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Dona de brechó encontra cabide com recados de 40 anos e busca autoras

4 minutos
Uma simples compra fez a dona de um brechó iniciar uma jornada para desvendar uma história curiosa.
Dona de brechó encontra cabide com recados de 40 anos e busca autoras
Última atualização: 24 novembro, 2022

Graziela Mendes, dona de um brechó em Curitiba, encontrou um cabide com recados de 40 anos em um lote que adquiriu em um bazar.

“Eu comprei esse lote de uns 200 cabides em um bazar beneficente, que vende itens de vários lugares. Porque minha opção era ou comprar cabides novos, ou continuar com meu propósito de reaproveitamento de reciclagem no meu negócio […] E eu não escolhi, peguei os que sobraram”, lembrou.

Graziela contou que conseguiu o cabide por acaso. Ao conferir as peças, ela descobriu que um cabide estava todo escrito à caneta, com recados de quatro jovens, datados de 1981 e 1982, quando elas estavam em um retiro espiritual.

Graziela achou tudo isso muito curioso e iniciou uma busca na internet para encontrar as autoras daqueles recados.

“Eu imagino que a Rita seja a dona do cabide. E, normalmente, em retiros as pessoas ficam em quartos. Pode ser que ficaram as quatro em um lugar só, e as três deixaram um recado para a Rita. A princípio, foi o que eu imaginei […]. É como aquelas garrafas no oceano. Uma garrafa no mar, a onda leva, mas e um cabide? Como que lança para o universo um cabide?!”.

Some figure

As mensagens no cabide

O cabide tem três mensagens diferentes, assinadas por quatro pessoas que se identificam como Rita, Suzi, Márcia e Marília. As três últimas dizem ser de Lucélia (SP).

“Aqui é sua amiga Márcia, de Lucélia, do retiro espiritual de 06/09/1982. Quem usar esse cabide, por favor, mande-me um cartão ou carta para a Rua…”.

Em seguida, vem outra mensagem:

“Aqui é sua amiga Suzi Mariza, que fez o retiro espiritual de 06/09/1982. Quem usar o cabide, por favor, mande um cartão ou uma carta. Meu endereço…”.

Marília finaliza os recados, também com a assinatura de setembro de 1982: “Aqui deixo meu nome, Marília… Mande uma carta para meu nome. Endereço…”.

Busca nas redes sociais

Movida pela curiosidade de saber a história por trás do cabide, a empreendedora procurou nas redes sociais pelos nomes que assinaram os recados e, também, os endereços que constam na peça.

“Eu até já sonhei com isso […] Eu gostaria muito de conhecer elas, justamente para conhecer a história. Uma amiga me falou ‘Vai que é uma história triste?’ Mas ainda seria uma história, e pode ser bonita”, finalizou.

Márcia e irmã de Marilsa entraram em contato

“Localizei Márcia e Marilsa, e conversei apenas com Márcia e com a irmã da Marilsa. Gostaria muito de encontrar com elas, de levar o cabide, e, então, se elas permitirem, gostaria de ficar com ele como relíquia. Mas gostaria que elas o tocassem novamente”, contou Graziela.

As mensagens foram escritas por elas durante um retiro espiritual em Ibiúna (SP). As duas, entretanto, moravam em Lucélia, também em São Paulo. Atualmente, Márcia tem 55 anos e Marilsa tem 53. Quando escreveram as “cartas”, elas contaram que tinham 15 e 13 anos.

Márcia ficou surpresa quando leu a notícia de que o cabide tinha sido encontrado. Ela recebeu o link da reportagem através de uma colega de trabalho. Depois, conseguiu o número de Graziela e entrou em contato.

“Eu estava sentada tomando café na hora que recebi a reportagem de uma colega que perguntou: ‘O Márcia, você escrevia em cabide?’ […] Eu preciso ser sincera e falar que eu não me lembro de ter feito isso, mas quando eu percebi que era eu, até chorei na hora que reconheci a letra e o endereço de quando era solteira […] Já ri muito com isso, meu celular não parou desde que a reportagem saiu”, contou Márcia.

Some figure

Marilsa, professora aposentada, disse que viu a notícia em um grupo que reúne moradores de Lucélia. No começo ela não ligou os pontos porque seu nome tinha sido identificado como Marília.

Quem percebeu que Marília, na verdade, era Marilsa, foi a irmã dela, ao aproximar a imagem do cabide e identificar o endereço.

“Foi uma surpresa. Volta na cabeça da gente momentos assim, que a gente viveu na época. Volta a lembrança da participação nestes grupos, coisas assim que eu não pensava há muito tempo”, disse Marilsa.

Graziela quer inspirar novas amizades

Inspirada pela história, Graziela teve a ideia de incentivar os clientes do brechó a também escreverem recados nos cabides da loja.

“Vou lançar essa ideia de cabides como cartas, quem quiser pode deixar o contato ou deixar uma mensagem assinada para que outras pessoas leiam e se inspirem”.

Fonte: G1

Graziela Mendes, dona de um brechó em Curitiba, encontrou um cabide com recados de 40 anos em um lote que adquiriu em um bazar.

“Eu comprei esse lote de uns 200 cabides em um bazar beneficente, que vende itens de vários lugares. Porque minha opção era ou comprar cabides novos, ou continuar com meu propósito de reaproveitamento de reciclagem no meu negócio […] E eu não escolhi, peguei os que sobraram”, lembrou.

Graziela contou que conseguiu o cabide por acaso. Ao conferir as peças, ela descobriu que um cabide estava todo escrito à caneta, com recados de quatro jovens, datados de 1981 e 1982, quando elas estavam em um retiro espiritual.

Graziela achou tudo isso muito curioso e iniciou uma busca na internet para encontrar as autoras daqueles recados.

“Eu imagino que a Rita seja a dona do cabide. E, normalmente, em retiros as pessoas ficam em quartos. Pode ser que ficaram as quatro em um lugar só, e as três deixaram um recado para a Rita. A princípio, foi o que eu imaginei […]. É como aquelas garrafas no oceano. Uma garrafa no mar, a onda leva, mas e um cabide? Como que lança para o universo um cabide?!”.

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As mensagens no cabide

O cabide tem três mensagens diferentes, assinadas por quatro pessoas que se identificam como Rita, Suzi, Márcia e Marília. As três últimas dizem ser de Lucélia (SP).

“Aqui é sua amiga Márcia, de Lucélia, do retiro espiritual de 06/09/1982. Quem usar esse cabide, por favor, mande-me um cartão ou carta para a Rua…”.

Em seguida, vem outra mensagem:

“Aqui é sua amiga Suzi Mariza, que fez o retiro espiritual de 06/09/1982. Quem usar o cabide, por favor, mande um cartão ou uma carta. Meu endereço…”.

Marília finaliza os recados, também com a assinatura de setembro de 1982: “Aqui deixo meu nome, Marília… Mande uma carta para meu nome. Endereço…”.

Busca nas redes sociais

Movida pela curiosidade de saber a história por trás do cabide, a empreendedora procurou nas redes sociais pelos nomes que assinaram os recados e, também, os endereços que constam na peça.

“Eu até já sonhei com isso […] Eu gostaria muito de conhecer elas, justamente para conhecer a história. Uma amiga me falou ‘Vai que é uma história triste?’ Mas ainda seria uma história, e pode ser bonita”, finalizou.

Márcia e irmã de Marilsa entraram em contato

“Localizei Márcia e Marilsa, e conversei apenas com Márcia e com a irmã da Marilsa. Gostaria muito de encontrar com elas, de levar o cabide, e, então, se elas permitirem, gostaria de ficar com ele como relíquia. Mas gostaria que elas o tocassem novamente”, contou Graziela.

As mensagens foram escritas por elas durante um retiro espiritual em Ibiúna (SP). As duas, entretanto, moravam em Lucélia, também em São Paulo. Atualmente, Márcia tem 55 anos e Marilsa tem 53. Quando escreveram as “cartas”, elas contaram que tinham 15 e 13 anos.

Márcia ficou surpresa quando leu a notícia de que o cabide tinha sido encontrado. Ela recebeu o link da reportagem através de uma colega de trabalho. Depois, conseguiu o número de Graziela e entrou em contato.

“Eu estava sentada tomando café na hora que recebi a reportagem de uma colega que perguntou: ‘O Márcia, você escrevia em cabide?’ […] Eu preciso ser sincera e falar que eu não me lembro de ter feito isso, mas quando eu percebi que era eu, até chorei na hora que reconheci a letra e o endereço de quando era solteira […] Já ri muito com isso, meu celular não parou desde que a reportagem saiu”, contou Márcia.

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Marilsa, professora aposentada, disse que viu a notícia em um grupo que reúne moradores de Lucélia. No começo ela não ligou os pontos porque seu nome tinha sido identificado como Marília.

Quem percebeu que Marília, na verdade, era Marilsa, foi a irmã dela, ao aproximar a imagem do cabide e identificar o endereço.

“Foi uma surpresa. Volta na cabeça da gente momentos assim, que a gente viveu na época. Volta a lembrança da participação nestes grupos, coisas assim que eu não pensava há muito tempo”, disse Marilsa.

Graziela quer inspirar novas amizades

Inspirada pela história, Graziela teve a ideia de incentivar os clientes do brechó a também escreverem recados nos cabides da loja.

“Vou lançar essa ideia de cabides como cartas, quem quiser pode deixar o contato ou deixar uma mensagem assinada para que outras pessoas leiam e se inspirem”.

Fonte: G1

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.