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Doença arterial periférica: sintomas, causas e tratamento

5 minutos
A doença arterial periférica causa uma diminuição do fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo. É uma condição perigosa, mas evitável. Descubra o que você precisa saber para se cuidar.
Doença arterial periférica: sintomas, causas e tratamento
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

Por definição, falamos de doença arterial periférica quando ocorre um estreitamento ou bloqueio dos vasos sanguíneos do corpo. Ou seja, quando eles diminuem o seu calibre, reduzindo o fluxo de sangue que passa por eles.

Vamos pensar nos vasos sanguíneos como tubos de transporte de sangue. Esses tubos têm um certo calibre, isto é, um certo diâmetro interno. Se esse diâmetro diminuir, o fluxo sanguíneo será afetado, causando a doença arterial periférica.

Para sermos mais específicos, devemos esclarecer que essa patologia é diagnosticada quando os vasos sanguíneos afetados são as grandes artérias do corpo humano que não são encontradas no coração, no sistema da aorta ou no cérebro. As principais artérias envolvidas são as dos membros.

Mesmo que a origem seja decorrente de problemas de aterosclerose, formação de trombos ou processos inflamatórios, o resultado final é sempre o mesmo. O efeito da obstrução arterial é a isquemia, a falta de suprimento sanguíneo a uma parte do organismo.

Quanto à incidência da doença arterial periférica, sabemos que ela afeta aproximadamente 12% da população. Quanto maior a idade do paciente, maior será a prevalência, atingindo até 20% das pessoas com mais de setenta anos.

Infelizmente, pode permanecer assintomática em grande parte das pessoas afetadas. Até 80% dos pacientes descobrem quando é tarde demais e os danos instalados já são irreversíveis. Portanto, é importante que pacientes e médicos aprendam a reconhecê-la.

Causas da doença arterial periférica

A principal causa da doença arterial periférica é a aterosclerose. Trata-se da formação de placas de gordura nas paredes das artérias, o que diminui o diâmetro interno destas, impedindo a passagem normal do fluxo sanguíneo.

O local mais comum para essas placas aparecerem são as pernas. Ao reduzir o suprimento sanguíneo para os membros inferiores, desenvolvem-se sintomas característicos da patologia que nomearemos mais adiante. Se evoluir sem tratamento, os tecidos podem morrer devido à falta de oxigênio e nutrientes.

Foram identificados fatores de risco que, estando presentes na pessoa, aumentam a possibilidade de formação de aterosclerose. Esses fatores são:

Há também uma substância que estudos científicos vinculam à doença arterial periférica: a homocisteína. É uma parte das proteínas que participa de diferentes processos metabólicos.

A homocisteína causaria uma falha na função da camada interna das artérias, impedindo-a de se proteger do colesterol circulante. Por isso, aumentaria a formação de placas de gordura e o risco de formar coágulos, que também são capazes de interromper o fluxo sanguíneo.

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As placas formadas pela aterosclerose são a principal causa da doença arterial periférica.

Continue descobrindo: Tudo sobre a aterosclerose

Sintomas

O sinal clássico da doença arterial periférica, há muito descrita pelos médicos, é a claudicação intermitente. Trata-se do surgimento de dor localizada na panturrilha ao caminhar, que obrigada o paciente a parar de se movimentar. A dor desaparece com o descanso.

Se a patologia evoluir, a dor deixa de aparecer apenas com o esforço e surge também estando em repouso. É um sinal sério de avanço da doença. Pode aparecer mesmo à noite, interrompendo o sono e acordando o paciente.

Outros sintomas da doença são:

  • Peso nas pernas: sensação de cansaço nos músculos dos membros.
  • Pulso fraco: especialmente nos membros inferiores.
  • Feridas e úlceras da pele: o aparecimento é progressivo, mas a cicatrização é lenta.
  • Alterações na cor da pele: as pernas podem ficar pálidas ou azuladas.
  • Resfriamento: uma perna mais fria que a outra, por exemplo.
  • Crescimento lento de unhas e pelos: as unhas dos pés ou os pelos das pernas podem se tornar frágeis e crescer mais lentamente.
  • Disfunção erétil: Os homens podem ter dificuldades para alcançar ou manter uma ereção.
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Saiba mais: 4 remédios naturais para a circulação sanguínea

Tratamento da doença vascular periférica

Há três abordagens para o tratamento da doença vascular periférica: mudanças no estilo de vida, medicamentos e cirurgia. Às vezes basta mudar seus hábitos, outras vezes é necessário adicionar medicamentos e, em casos graves, pode ser necessário fazer uma cirurgia.

As modificações no estilo de vida envolvem parar de fumar se você é usuário de tabaco. Esta é a principal medida. Atividade física e alimentação variada e saudável são o complemento ideal. Para aqueles com pressão alta ou diabetes, aplicam-se as recomendações próprias dessas doenças.

Em relação aos medicamentos, o profissional responsável pelo tratamento pode indicar ao paciente medicamentos que impeçam a formação de coágulos sanguíneos, como, por exemplo, a aspirina. Também são utilizados o cilostazol e a pentoxifilina, que têm a função de melhorar o fluxo sanguíneo, principalmente quando já existe o sintoma de claudicação intermitente.

Finalmente, a última opção é a cirurgia. Está reservada para casos graves e consiste em três técnicas que o profissional escolherá de acordo com o quadro clínico:

  • Angioplastia: um cateter é inserido na artéria afetada para inflar um balão que reabre a área obstruída.
  • Bypass: um enxerto com um vaso sanguíneo de outra parte do corpo ou com tecido artificial é usado para que o sangue evite a obstrução por meio de uma espécie de ponte.
  • Trombolítico: um medicamento que tem a função de dissolver coágulos é injetado diretamente na artéria.

Resumindo

A doença arterial periférica se origina quando os vasos sanguíneos do corpo se estreitam devido à formação de placas de gordura nas paredes arteriais. Embora a princípio o problema seja assintomático, com o tempo pode causar sérias complicações à saúde. Portanto, é importante receber um diagnóstico e tratamento o quanto antes.

Por definição, falamos de doença arterial periférica quando ocorre um estreitamento ou bloqueio dos vasos sanguíneos do corpo. Ou seja, quando eles diminuem o seu calibre, reduzindo o fluxo de sangue que passa por eles.

Vamos pensar nos vasos sanguíneos como tubos de transporte de sangue. Esses tubos têm um certo calibre, isto é, um certo diâmetro interno. Se esse diâmetro diminuir, o fluxo sanguíneo será afetado, causando a doença arterial periférica.

Para sermos mais específicos, devemos esclarecer que essa patologia é diagnosticada quando os vasos sanguíneos afetados são as grandes artérias do corpo humano que não são encontradas no coração, no sistema da aorta ou no cérebro. As principais artérias envolvidas são as dos membros.

Mesmo que a origem seja decorrente de problemas de aterosclerose, formação de trombos ou processos inflamatórios, o resultado final é sempre o mesmo. O efeito da obstrução arterial é a isquemia, a falta de suprimento sanguíneo a uma parte do organismo.

Quanto à incidência da doença arterial periférica, sabemos que ela afeta aproximadamente 12% da população. Quanto maior a idade do paciente, maior será a prevalência, atingindo até 20% das pessoas com mais de setenta anos.

Infelizmente, pode permanecer assintomática em grande parte das pessoas afetadas. Até 80% dos pacientes descobrem quando é tarde demais e os danos instalados já são irreversíveis. Portanto, é importante que pacientes e médicos aprendam a reconhecê-la.

Causas da doença arterial periférica

A principal causa da doença arterial periférica é a aterosclerose. Trata-se da formação de placas de gordura nas paredes das artérias, o que diminui o diâmetro interno destas, impedindo a passagem normal do fluxo sanguíneo.

O local mais comum para essas placas aparecerem são as pernas. Ao reduzir o suprimento sanguíneo para os membros inferiores, desenvolvem-se sintomas característicos da patologia que nomearemos mais adiante. Se evoluir sem tratamento, os tecidos podem morrer devido à falta de oxigênio e nutrientes.

Foram identificados fatores de risco que, estando presentes na pessoa, aumentam a possibilidade de formação de aterosclerose. Esses fatores são:

Há também uma substância que estudos científicos vinculam à doença arterial periférica: a homocisteína. É uma parte das proteínas que participa de diferentes processos metabólicos.

A homocisteína causaria uma falha na função da camada interna das artérias, impedindo-a de se proteger do colesterol circulante. Por isso, aumentaria a formação de placas de gordura e o risco de formar coágulos, que também são capazes de interromper o fluxo sanguíneo.

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As placas formadas pela aterosclerose são a principal causa da doença arterial periférica.

Continue descobrindo: Tudo sobre a aterosclerose

Sintomas

O sinal clássico da doença arterial periférica, há muito descrita pelos médicos, é a claudicação intermitente. Trata-se do surgimento de dor localizada na panturrilha ao caminhar, que obrigada o paciente a parar de se movimentar. A dor desaparece com o descanso.

Se a patologia evoluir, a dor deixa de aparecer apenas com o esforço e surge também estando em repouso. É um sinal sério de avanço da doença. Pode aparecer mesmo à noite, interrompendo o sono e acordando o paciente.

Outros sintomas da doença são:

  • Peso nas pernas: sensação de cansaço nos músculos dos membros.
  • Pulso fraco: especialmente nos membros inferiores.
  • Feridas e úlceras da pele: o aparecimento é progressivo, mas a cicatrização é lenta.
  • Alterações na cor da pele: as pernas podem ficar pálidas ou azuladas.
  • Resfriamento: uma perna mais fria que a outra, por exemplo.
  • Crescimento lento de unhas e pelos: as unhas dos pés ou os pelos das pernas podem se tornar frágeis e crescer mais lentamente.
  • Disfunção erétil: Os homens podem ter dificuldades para alcançar ou manter uma ereção.
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Saiba mais: 4 remédios naturais para a circulação sanguínea

Tratamento da doença vascular periférica

Há três abordagens para o tratamento da doença vascular periférica: mudanças no estilo de vida, medicamentos e cirurgia. Às vezes basta mudar seus hábitos, outras vezes é necessário adicionar medicamentos e, em casos graves, pode ser necessário fazer uma cirurgia.

As modificações no estilo de vida envolvem parar de fumar se você é usuário de tabaco. Esta é a principal medida. Atividade física e alimentação variada e saudável são o complemento ideal. Para aqueles com pressão alta ou diabetes, aplicam-se as recomendações próprias dessas doenças.

Em relação aos medicamentos, o profissional responsável pelo tratamento pode indicar ao paciente medicamentos que impeçam a formação de coágulos sanguíneos, como, por exemplo, a aspirina. Também são utilizados o cilostazol e a pentoxifilina, que têm a função de melhorar o fluxo sanguíneo, principalmente quando já existe o sintoma de claudicação intermitente.

Finalmente, a última opção é a cirurgia. Está reservada para casos graves e consiste em três técnicas que o profissional escolherá de acordo com o quadro clínico:

  • Angioplastia: um cateter é inserido na artéria afetada para inflar um balão que reabre a área obstruída.
  • Bypass: um enxerto com um vaso sanguíneo de outra parte do corpo ou com tecido artificial é usado para que o sangue evite a obstrução por meio de uma espécie de ponte.
  • Trombolítico: um medicamento que tem a função de dissolver coágulos é injetado diretamente na artéria.

Resumindo

A doença arterial periférica se origina quando os vasos sanguíneos do corpo se estreitam devido à formação de placas de gordura nas paredes arteriais. Embora a princípio o problema seja assintomático, com o tempo pode causar sérias complicações à saúde. Portanto, é importante receber um diagnóstico e tratamento o quanto antes.


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  • Hernando, Francisco J. Serrano, and Antonio Martín Conejero. “Enfermedad arterial periférica: aspectos fisiopatológicos, clínicos y terapéuticos.” Revista española de cardiología 60.9 (2007): 969-982.
  • Guindo, Josep, et al. “Métodos diagnósticos de la enfermedad arterial periférica. Importancia del índice tobillo-brazo como técnica de criba.” Revista española de cardiología suplementos 9.4 (2009): 11-17.
  • Lahoz, Carlos, and José M. Mostaza. “La aterosclerosis como enfermedad sistémica.” Revista española de cardiología 60.2 (2007): 184-195.
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