O que é a disfunção executiva e como ela pode afetar você?
Ana ouve o que a professora fala, mas depois se distrai com a cor dos seus sapatos. João começa seu dever de matemática, mas não consegue terminar porque se levanta da cadeira várias vezes. Alberto encontra-se diante de uma situação inesperada que exige uma decisão imediata, mas não consegue dar uma resposta. O que estas pessoas tem em comum? Elas apresentam disfunção executiva.
A função executiva é caracterizada pela tomada de decisões, planejamento e comportamento, organização e controle direcionados a metas. Para muitas pessoas, a função executiva é como o centro de comando do cérebro.
O que é a disfunção executiva?
Antes de entender o que é a disfunção executiva, vamos definir o que é a função executiva. Está relacionada à capacidade de planejamento, tomada de decisão e atenção. Permite-nos integrar as informações disponíveis para nos adaptarmos com sucesso ao ambiente.
O lobo frontal é a área do cérebro que está envolvida nas funções executivas. Mais especificamente, podemos citar o córtex pré-frontal. Em geral, desenvolve-se entre a infância e a adolescência, embora possa continuar a melhorar ao longo da vida.
Algumas das habilidades envolvidas na função executiva estão relacionadas ao seguinte:
- Ficar concentrados e prestar atenção.
- Iniciar e terminar tarefas.
- Organização e planejamento.
- Flexibilidade cognitiva: adaptando nossa resposta a uma nova situação, corrigindo, modificando uma ação em andamento.
- Monitoramento: supervisionar a própria atividade para poder adaptá-la ou corrigi-la se necessário.
- Controle de impulsos e emoções.
- Identificação dos desejos, intenções e necessidades dos outros.
- Memória de trabalho: manipulação de informações por um curto período de tempo para realizar uma tarefa.
Agora, quando pensamos em disfunção executiva, nos referimos às dificuldades ou déficits associados às habilidades de planejamento e controle.
Não deixe de ler: Quais são as partes do cérebro e suas principais funções?
Sinais e sintomas de disfunção executiva
Quando a função executiva é afetada, algumas das dificuldades que surgem são as seguintes:
- Problemas para dar continuidade às tarefas: você pode começar alguma coisa, mas é difícil terminar.
- Dificuldade de gerenciar a atenção com flexibilidade ou mudar o foco da atenção.
- Problemas para manter um comportamento por um longo período de tempo.
- Dificuldade de organizar prioridades e administrar o tempo.
- Problemas para seguir uma sequência de etapas ou instruções.
- Dificuldade de antecipar as consequências das ações.
- Problemas para entender o que os outros pensam, sentem ou como agem.
Possíveis causas e diagnóstico
O diagnóstico mais comum relacionado à disfunção executiva é o transtorno de déficit de atenção (com ou sem hiperatividade). Como o próprio nome indica, é caracterizado por hiperatividade, déficit de atenção e falta de controle dos impulsos. Geralmente é um diagnóstico complexo, pois quando especificado na infância, seus sintomas podem ser confusos.
A disfunção executiva também pode ser causada por danos aos lobos frontais, às vezes provocados por um trauma. Outras causas são decorrentes de distúrbios do neurodesenvolvimento ou doenças como demências e Alzheimer.
Por outro lado, as funções executivas também são afetadas em outras condições, como o transtorno de personalidade limítrofe. Em alguns casos, hereditariedade e genética estão envolvidas.
Leia também: Como lidar com o TDAH: o que fazer e o que não fazer
Gestão da disfunção executiva e recomendações
Como muitas das competências que se vinculam à função executiva são essenciais para o aprendizado e a vida profissional, além de um diagnóstico correto, existem algumas estratégias que permitem que as pessoas afetadas atinjam seus objetivos:
- Divida as tarefas em pequenas subtarefas: isso tornará mais fácil manter a atenção constante. É importante reconhecer as conquistas e motivá-las a continuar, principalmente se forem crianças.
- Limite os estímulos, promovendo um ambiente sem distrações: qualquer elemento pode ser uma potencial distração; portanto, é melhor tentar limpar a mesa de trabalho e o ambiente.
- O descanso é fundamental: quando o sono não é de qualidade, a hiperatividade e a dificuldade com o controle dos impulsos aumentam.
- Favoreça a organização por meio de diversos recursos: planners mensais, agendas, aplicativos, dispositivos eletrônicos.
- Pratique exercícios: isso ajuda a descarregar energia.
- Defina dias com atividades específicas: por exemplo, as segundas-feiras são dedicadas a fazer esporte, as terças-feiras a arrumar o quarto, e assim por diante.
- Psicoeducação: fornecer informações à pessoa e sua família sobre o que está acontecendo, as dificuldades e os recursos para enfrentá-lo.
- Automatize alguns processos: por exemplo, no caso de um adulto, você pode solicitar o pagamento automático de impostos.
- Converse com outras pessoas sobre os planos: permite detectar se um aspecto importante está sendo esquecido.
Envolva-se para ajudar e acompanhar
A disfunção executiva é caracterizada por dificuldades nas habilidades mais presentes no dia a dia: cognitivas, comportamentais e emocionais. Muitas vezes, aquelas tarefas que parecem simples requerem um esforço titânico.
Deve-se entender que muitos comportamentos que parecem erráticos encontram sua causa no funcionamento das habilidades executivas. Embora nem todos os casos sejam complexos, é importante que o ambiente procure acompanhar, que atue com paciência e que certas estratégias e meios possam ser facilitados para conseguir uma maior integração.
Ana ouve o que a professora fala, mas depois se distrai com a cor dos seus sapatos. João começa seu dever de matemática, mas não consegue terminar porque se levanta da cadeira várias vezes. Alberto encontra-se diante de uma situação inesperada que exige uma decisão imediata, mas não consegue dar uma resposta. O que estas pessoas tem em comum? Elas apresentam disfunção executiva.
A função executiva é caracterizada pela tomada de decisões, planejamento e comportamento, organização e controle direcionados a metas. Para muitas pessoas, a função executiva é como o centro de comando do cérebro.
O que é a disfunção executiva?
Antes de entender o que é a disfunção executiva, vamos definir o que é a função executiva. Está relacionada à capacidade de planejamento, tomada de decisão e atenção. Permite-nos integrar as informações disponíveis para nos adaptarmos com sucesso ao ambiente.
O lobo frontal é a área do cérebro que está envolvida nas funções executivas. Mais especificamente, podemos citar o córtex pré-frontal. Em geral, desenvolve-se entre a infância e a adolescência, embora possa continuar a melhorar ao longo da vida.
Algumas das habilidades envolvidas na função executiva estão relacionadas ao seguinte:
- Ficar concentrados e prestar atenção.
- Iniciar e terminar tarefas.
- Organização e planejamento.
- Flexibilidade cognitiva: adaptando nossa resposta a uma nova situação, corrigindo, modificando uma ação em andamento.
- Monitoramento: supervisionar a própria atividade para poder adaptá-la ou corrigi-la se necessário.
- Controle de impulsos e emoções.
- Identificação dos desejos, intenções e necessidades dos outros.
- Memória de trabalho: manipulação de informações por um curto período de tempo para realizar uma tarefa.
Agora, quando pensamos em disfunção executiva, nos referimos às dificuldades ou déficits associados às habilidades de planejamento e controle.
Não deixe de ler: Quais são as partes do cérebro e suas principais funções?
Sinais e sintomas de disfunção executiva
Quando a função executiva é afetada, algumas das dificuldades que surgem são as seguintes:
- Problemas para dar continuidade às tarefas: você pode começar alguma coisa, mas é difícil terminar.
- Dificuldade de gerenciar a atenção com flexibilidade ou mudar o foco da atenção.
- Problemas para manter um comportamento por um longo período de tempo.
- Dificuldade de organizar prioridades e administrar o tempo.
- Problemas para seguir uma sequência de etapas ou instruções.
- Dificuldade de antecipar as consequências das ações.
- Problemas para entender o que os outros pensam, sentem ou como agem.
Possíveis causas e diagnóstico
O diagnóstico mais comum relacionado à disfunção executiva é o transtorno de déficit de atenção (com ou sem hiperatividade). Como o próprio nome indica, é caracterizado por hiperatividade, déficit de atenção e falta de controle dos impulsos. Geralmente é um diagnóstico complexo, pois quando especificado na infância, seus sintomas podem ser confusos.
A disfunção executiva também pode ser causada por danos aos lobos frontais, às vezes provocados por um trauma. Outras causas são decorrentes de distúrbios do neurodesenvolvimento ou doenças como demências e Alzheimer.
Por outro lado, as funções executivas também são afetadas em outras condições, como o transtorno de personalidade limítrofe. Em alguns casos, hereditariedade e genética estão envolvidas.
Leia também: Como lidar com o TDAH: o que fazer e o que não fazer
Gestão da disfunção executiva e recomendações
Como muitas das competências que se vinculam à função executiva são essenciais para o aprendizado e a vida profissional, além de um diagnóstico correto, existem algumas estratégias que permitem que as pessoas afetadas atinjam seus objetivos:
- Divida as tarefas em pequenas subtarefas: isso tornará mais fácil manter a atenção constante. É importante reconhecer as conquistas e motivá-las a continuar, principalmente se forem crianças.
- Limite os estímulos, promovendo um ambiente sem distrações: qualquer elemento pode ser uma potencial distração; portanto, é melhor tentar limpar a mesa de trabalho e o ambiente.
- O descanso é fundamental: quando o sono não é de qualidade, a hiperatividade e a dificuldade com o controle dos impulsos aumentam.
- Favoreça a organização por meio de diversos recursos: planners mensais, agendas, aplicativos, dispositivos eletrônicos.
- Pratique exercícios: isso ajuda a descarregar energia.
- Defina dias com atividades específicas: por exemplo, as segundas-feiras são dedicadas a fazer esporte, as terças-feiras a arrumar o quarto, e assim por diante.
- Psicoeducação: fornecer informações à pessoa e sua família sobre o que está acontecendo, as dificuldades e os recursos para enfrentá-lo.
- Automatize alguns processos: por exemplo, no caso de um adulto, você pode solicitar o pagamento automático de impostos.
- Converse com outras pessoas sobre os planos: permite detectar se um aspecto importante está sendo esquecido.
Envolva-se para ajudar e acompanhar
A disfunção executiva é caracterizada por dificuldades nas habilidades mais presentes no dia a dia: cognitivas, comportamentais e emocionais. Muitas vezes, aquelas tarefas que parecem simples requerem um esforço titânico.
Deve-se entender que muitos comportamentos que parecem erráticos encontram sua causa no funcionamento das habilidades executivas. Embora nem todos os casos sejam complexos, é importante que o ambiente procure acompanhar, que atue com paciência e que certas estratégias e meios possam ser facilitados para conseguir uma maior integração.
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- Jiménez-Figueroa, G., Claros, J. A. V., & Mejía, F. R. (2020). Control de la interferencia en el trastorno por déficit de atención e hiperactividad (TDAH): revisión. Revista CES Psicologia, 13(1), 104-124.
- Pereira Llerena, Á. D., Mercado Viera, J. A., & Carrillo Arteaga, Y. I. (2020). Estrés parental en cuidadores de niños y niñas diagnosticados con TDAH.
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