Quais são as diferenças entre canal radicular e obturação?
Escrito e verificado por o dentista Vanesa Evangelina Buffa
Quando se trata de resolver um problema de cárie dentária, muitos pacientes se perguntam que tipo de tratamento é ideal. Conhecer as diferenças entre um canal radicular e uma obturação permite entender por que o dentista sugere cada uma dessas alternativas.
A cárie dentária é uma doença progressiva que destrói os tecidos duros dos dentes. O tratamento dependerá da extensão e profundidade da lesão, dos tecidos comprometidos e dos sintomas do paciente.
Os reparos e tratamentos do canal radicular são as alternativas mais comumente usadas para as lesões de cárie. Quanto mais cedo se buscar uma solução, mais simples e confortável será o tratamento. Além disso, será possível evitar complicações incômodas para o paciente.
Existem semelhanças e diferenças entre um canal radicular e uma obturação, e neste artigo iremos falar sobre elas. Continue lendo e descubra em quais casos cada um desses tratamentos é mais adequado.
Danos nos dentes
Como antecipamos, embora existam diferenças entre um canal radicular e uma obturação, ambos os tratamentos podem ser usados para tratar as cáries. Essa doença é uma das mais comuns do mundo e atinge crianças e adultos.
A cárie dentária é a destruição dos tecidos duros dos dentes. As bactérias da boca fermentam os carboidratos da dieta e produzem um ácido que desmineraliza os dentes.
Se não se busca uma solução, o dano progride e destrói cada vez mais tecidos. Assim, a polpa dentária pode ser afetada, causando sintomas dolorosos.
No entanto, embora a cárie seja a causa mais comum de danos aos dentes, existem outras fontes de lesões dentárias. Traumas ou golpes pesados, por exemplo, podem causar fraturas e lesões pulpares.
A escolha do tratamento vai depender dos sintomas que o paciente apresenta e da quantidade e tipo de tecidos danificados. Aqui está uma das grandes diferenças entre um canal radicular e uma obturação.
O dentista irá considerar o grau de destruição do elemento dentário, a presença de manchas brancas, marrons ou buracos pretos. Além disso, irá considerar se há sensibilidade ao frio, calor ou alimentos doces, dor espontânea ou abscessos.
Com essas informações, ele escolherá o melhor tratamento para fornecer uma solução adequada ao paciente. A seguir, detalhamos as diferenças entre um canal radicular e uma obturação para que você conheça em detalhes cada um desses tratamentos.
Leia também: Primeira visita da criança ao dentista
Endodontia
A endodontia ou tratamento de canal radicular é o procedimento odontológico realizado para remover o tecido pulpar danificado e limpar o interior do dente. Esse espaço é, então, preenchido e selado com materiais biocompatíveis.
A endodontia permite preservar um elemento dentário com polpa inflamada, morta ou infectada e evitar a sua extração. A causa mais comum de danos internos aos dentes são as cáries, embora pancadas, patologias dos tecidos que circundam o elemento dentário ou mesmo obturações mal feitas possam ser relevantes.
À medida que a parte mole do dente, onde estão localizadas as terminações nervosas e os vasos sanguíneos, é afetada, o paciente começa a apresentar sintomas que indicam o dano. Estes são alguns desconfortos que a pessoa pode sentir que indicam a necessidade de um tratamento de canal:
- Sensibilidade ao frio e ao calor.
- Dor no dente ou nas regiões vizinhas: pode ser intermitente, constante, pulsante, ao mastigar e com intensidades diferentes dependendo do caso.
- Desconforto ao mastigar.
- Mudança de cor da coroa dentária.
- Aparecimento de um flegmão ou fístula.
- Inchaço na área
Quando algum desses sintomas aparecer, é aconselhável ir ao dentista imediatamente. Assim, será possível buscar uma solução precoce que evite o surgimento de desconfortos e complicações.
Esta intervenção é realizada em dentes definitivos e os materiais a serem utilizados variam em casos de dentes jovens que ainda não tenham completado a formação da raiz. Quando ocorre dano pulpar nos dentes de leite, os canais radiculares não são realizados como nos adultos. Há outros tipos de abordagens apropriadas para os dentes temporários.
Não deixe de ler: Por que os dentes são sensíveis à dor?
Como o canal radicular é feito?
A endodontia é realizada em uma ou duas sessões, dependendo das particularidades do caso clínico. Em geral, estas são as etapas para realizar este tratamento odontológico:
- Anestesia: a anestesia local é aplicada na área para evitar que o paciente sinta dor durante a intervenção.
- Isolamento do elemento dentário: utiliza-se uma borracha especial que permite isolar o dente que será trabalhado.
- Acesso à câmara pulpar: por meio de instrumentos rotativos, o tecido doente é removido. Além disso, é feito um furo profundo para atingir a polpa.
- Limpeza e modelagem do canal: todo o tecido pulpar é retirado e o restante é limpo. Com instrumentos rotativos e manuais, as paredes internas do dente são raspadas, removendo matéria orgânica e dando aos canais um formato cônico. Além disso, são colocados líquidos desinfetantes que removem os restos de tecidos moles.
- Preenchimento de dutos: quando toda a área ocupada pela polpa está limpa, ela é seca e, em seguida, preenchida com um material biocompatível. Ele é introduzido ao final dos canais radiculares para ocupar toda a área da câmara pulpar.
- Radiografia de controle: durante o processo, são realizadas radiografias para verificar o comprimento das raízes e em que ponto elas devem ser trabalhadas. Ao final da selagem dos canais, uma placa de controle é posicionada para garantir que o material atinja a ponta da raiz, mas não a ultrapasse.
- Reconstrução do dente: ao final da endodontia, é necessário devolver a anatomia perdida ao dente para que ele possa cumprir sua função na boca. A cavidade deixada na limpeza do elemento dentário é preenchida com algum material provisório ou definitivo, dependendo do caso clínico.
Os canais radiculares doem?
Como já mencionamos, o tratamento endodôntico é realizado, na maioria das vezes, sob anestesia local. Existem casos específicos em que isso não é necessário porque a polpa morreu e o dente não sente mais nada.
Em qualquer caso, ao trabalhar em uma área sensível dos dentes, o dentista estará sempre atento às sensações do paciente. Dessa forma, é possível reforçar a anestesia para evitar qualquer desconforto durante o procedimento.
Após a conclusão do tratamento do canal radicular, é comum que apareça dor ou sensibilidade na área trabalhada. A inflamação produzida na região e o processo de cicatrização gerado na ponta da raiz causam um desconforto que desaparece com o passar dos dias.
Para evitar sintomas pós-operatórios, o dentista indicará o uso de anti-inflamatórios por alguns dias. Se o tecido pulpar estiver infectado, também serão prescritos antibióticos.
As consultas de revisão após o tratamento são essenciais para monitorar o dente tratado.
Obturações dentárias
As obturações dentárias são o tratamento de escolha na restauração de dentes cariados, mas que não apresentam danos à polpa. É um tratamento simples e confortável que permite solucionar a perda de tecido dentário e retardar a progressão da doença.
As obturações consistem na remoção do tecido afetado e na limpeza do remanescente dentário. O espaço restante é, então, preenchido com um material biocompatível que restaura a anatomia e a função perdida do dente.
As obturações também são utilizadas para restaurar dentes fraturados ou melhorar a aparência de elementos com anomalias dentárias, como hipoplasias.
Como as obturações dentárias são feitas?
Uma vez que o dentista tenha feito o diagnóstico e planejado o tratamento, ele aplicará a anestesia local. Ao anestesiar a área, o desconforto durante o procedimento é evitado.
Em seguida, começa a remoção do tecido afetado. Com instrumentos rotativos, todo o tecido deteriorado é removido até que uma cavidade limpa e saudável seja deixada.
Por fim, este espaço é limpo e preenchido com um material biocompatível. A escolha do mesmo depende do caso clínico e das necessidades e possibilidades do paciente.
Em geral, as resinas compostas são o material mais amplamente utilizado. No entanto, podem ser usadas amálgamas de prata, ligas metálicas ou ionômeros de vidro.
Dependendo da obturação escolhida, o sistema adesivo apropriado será feito para gerar uma união ótima entre o dente e a obturação. Em casos de cavidades muito profundas, é necessário proteger a área próxima à polpa com materiais especiais.
O dentista coloca o material na cavidade e o modela para restaurar a anatomia original do dente. No caso de resinas compostas, é necessário endurecê-las com uma luz especial.
Após a conclusão da obturação, o dentista testa a oclusão e o equilíbrio com o resto da boca. Se necessário, o excesso de material é desgastado para não interferir na mordida. Além disso, é feito um polimento final para deixar a superfície lisa e com brilho.
Os preenchimentos podem durar vários anos na boca. De qualquer forma, verificá-los periodicamente permite detectar quebras ou vazamentos que podem causar complicações.
Diferenças entre um canal radicular e uma obturação
Agora você sabe em que consiste cada um desses tratamentos. Aqui estão as principais diferenças entre um canal radicular e uma obturação:
- Gravidade das lesões tratadas: As obturações são usadas para tratar lesões de cárie leves ou fraturas de tecidos duros. Os canais radiculares, por outro lado, são a solução para preservar os dentes com lesões grandes e profundas.
- Tecidos sobre os quais intervém: o canal permite retirar a polpa dentária e tratar a parte interna dos dentes, ao nível da coroa e da raiz do elemento. Por outro lado, as obturações são responsáveis por reverter as afecções nos tecidos duros das coroas dos dentes, sem atingir o nervo.
- Objetivo do tratamento: os canais radiculares permitem retirar a polpa, limpar, desinfetar e preencher os canais dos dentes. As obturações removem o tecido duro danificado e reconstroem a forma dos dentes.
- Duração e complexidade do procedimento: as obturações são muito mais rápidas e fáceis de fazer do que os canais radiculares.
- Vitalidade dos dentes: uma vez terminado o tratamento do canal radicular, os dentes perdem vitalidade. Em contraste, no caso das obturações, eles permanecem vitais.
Embora as diferenças entre um canal radicular e uma obturação sejam muito evidentes, ambos os tratamentos coincidem na recuperação da saúde de um elemento dentário danificado. Ambos são procedimentos conservadores que permitem que o dente danificado permaneça na boca sem a necessidade de removê-lo.
Embora neste artigo tenhamos esclarecido em quais situações cada um é utilizado, é o dentista que vai determinar o mais adequado para cada caso particular. O profissional levará em consideração os sintomas presentes, o estado do dente e a gravidade da lesão.
Ambos os tratamentos podem ser evitados
Como já mencionamos, a origem mais comum das lesões dentárias que requerem esses tratamentos são as cáries. Essa patologia, com os devidos cuidados, pode ser prevenida.
Prevenir o acúmulo de placa bacteriana na cavidade oral com higiene bucal correta é fundamental para evitar as cáries. Escovar os dentes três vezes ao dia, passar fio dental e usar pastas e enxaguantes com flúor é importante para manter a boca limpa.
Também é muito importante prestar atenção à alimentação mantendo uma dieta saudável, variada e com baixo teor de açúcar. Você deve evitar, ou pelo menos reduzir, o consumo de refrigerantes, doces e tortas.
Visitar regularmente o dentista é outra forma de cuidar da saúde da cavidade oral. As limpezas profissionais e os check-ups semestrais mantêm a sua boca saudável e detectam precocemente qualquer problema.
Tanto um canal radicular quanto uma obturação são tratamentos que permitem que a saúde da cavidade oral seja restaurada. Em qualquer caso, evitando que os dentes adoeçam, é possível ter um sorriso saudável sem a necessidade de recorrer a estes tratamentos.
Quando se trata de resolver um problema de cárie dentária, muitos pacientes se perguntam que tipo de tratamento é ideal. Conhecer as diferenças entre um canal radicular e uma obturação permite entender por que o dentista sugere cada uma dessas alternativas.
A cárie dentária é uma doença progressiva que destrói os tecidos duros dos dentes. O tratamento dependerá da extensão e profundidade da lesão, dos tecidos comprometidos e dos sintomas do paciente.
Os reparos e tratamentos do canal radicular são as alternativas mais comumente usadas para as lesões de cárie. Quanto mais cedo se buscar uma solução, mais simples e confortável será o tratamento. Além disso, será possível evitar complicações incômodas para o paciente.
Existem semelhanças e diferenças entre um canal radicular e uma obturação, e neste artigo iremos falar sobre elas. Continue lendo e descubra em quais casos cada um desses tratamentos é mais adequado.
Danos nos dentes
Como antecipamos, embora existam diferenças entre um canal radicular e uma obturação, ambos os tratamentos podem ser usados para tratar as cáries. Essa doença é uma das mais comuns do mundo e atinge crianças e adultos.
A cárie dentária é a destruição dos tecidos duros dos dentes. As bactérias da boca fermentam os carboidratos da dieta e produzem um ácido que desmineraliza os dentes.
Se não se busca uma solução, o dano progride e destrói cada vez mais tecidos. Assim, a polpa dentária pode ser afetada, causando sintomas dolorosos.
No entanto, embora a cárie seja a causa mais comum de danos aos dentes, existem outras fontes de lesões dentárias. Traumas ou golpes pesados, por exemplo, podem causar fraturas e lesões pulpares.
A escolha do tratamento vai depender dos sintomas que o paciente apresenta e da quantidade e tipo de tecidos danificados. Aqui está uma das grandes diferenças entre um canal radicular e uma obturação.
O dentista irá considerar o grau de destruição do elemento dentário, a presença de manchas brancas, marrons ou buracos pretos. Além disso, irá considerar se há sensibilidade ao frio, calor ou alimentos doces, dor espontânea ou abscessos.
Com essas informações, ele escolherá o melhor tratamento para fornecer uma solução adequada ao paciente. A seguir, detalhamos as diferenças entre um canal radicular e uma obturação para que você conheça em detalhes cada um desses tratamentos.
Leia também: Primeira visita da criança ao dentista
Endodontia
A endodontia ou tratamento de canal radicular é o procedimento odontológico realizado para remover o tecido pulpar danificado e limpar o interior do dente. Esse espaço é, então, preenchido e selado com materiais biocompatíveis.
A endodontia permite preservar um elemento dentário com polpa inflamada, morta ou infectada e evitar a sua extração. A causa mais comum de danos internos aos dentes são as cáries, embora pancadas, patologias dos tecidos que circundam o elemento dentário ou mesmo obturações mal feitas possam ser relevantes.
À medida que a parte mole do dente, onde estão localizadas as terminações nervosas e os vasos sanguíneos, é afetada, o paciente começa a apresentar sintomas que indicam o dano. Estes são alguns desconfortos que a pessoa pode sentir que indicam a necessidade de um tratamento de canal:
- Sensibilidade ao frio e ao calor.
- Dor no dente ou nas regiões vizinhas: pode ser intermitente, constante, pulsante, ao mastigar e com intensidades diferentes dependendo do caso.
- Desconforto ao mastigar.
- Mudança de cor da coroa dentária.
- Aparecimento de um flegmão ou fístula.
- Inchaço na área
Quando algum desses sintomas aparecer, é aconselhável ir ao dentista imediatamente. Assim, será possível buscar uma solução precoce que evite o surgimento de desconfortos e complicações.
Esta intervenção é realizada em dentes definitivos e os materiais a serem utilizados variam em casos de dentes jovens que ainda não tenham completado a formação da raiz. Quando ocorre dano pulpar nos dentes de leite, os canais radiculares não são realizados como nos adultos. Há outros tipos de abordagens apropriadas para os dentes temporários.
Não deixe de ler: Por que os dentes são sensíveis à dor?
Como o canal radicular é feito?
A endodontia é realizada em uma ou duas sessões, dependendo das particularidades do caso clínico. Em geral, estas são as etapas para realizar este tratamento odontológico:
- Anestesia: a anestesia local é aplicada na área para evitar que o paciente sinta dor durante a intervenção.
- Isolamento do elemento dentário: utiliza-se uma borracha especial que permite isolar o dente que será trabalhado.
- Acesso à câmara pulpar: por meio de instrumentos rotativos, o tecido doente é removido. Além disso, é feito um furo profundo para atingir a polpa.
- Limpeza e modelagem do canal: todo o tecido pulpar é retirado e o restante é limpo. Com instrumentos rotativos e manuais, as paredes internas do dente são raspadas, removendo matéria orgânica e dando aos canais um formato cônico. Além disso, são colocados líquidos desinfetantes que removem os restos de tecidos moles.
- Preenchimento de dutos: quando toda a área ocupada pela polpa está limpa, ela é seca e, em seguida, preenchida com um material biocompatível. Ele é introduzido ao final dos canais radiculares para ocupar toda a área da câmara pulpar.
- Radiografia de controle: durante o processo, são realizadas radiografias para verificar o comprimento das raízes e em que ponto elas devem ser trabalhadas. Ao final da selagem dos canais, uma placa de controle é posicionada para garantir que o material atinja a ponta da raiz, mas não a ultrapasse.
- Reconstrução do dente: ao final da endodontia, é necessário devolver a anatomia perdida ao dente para que ele possa cumprir sua função na boca. A cavidade deixada na limpeza do elemento dentário é preenchida com algum material provisório ou definitivo, dependendo do caso clínico.
Os canais radiculares doem?
Como já mencionamos, o tratamento endodôntico é realizado, na maioria das vezes, sob anestesia local. Existem casos específicos em que isso não é necessário porque a polpa morreu e o dente não sente mais nada.
Em qualquer caso, ao trabalhar em uma área sensível dos dentes, o dentista estará sempre atento às sensações do paciente. Dessa forma, é possível reforçar a anestesia para evitar qualquer desconforto durante o procedimento.
Após a conclusão do tratamento do canal radicular, é comum que apareça dor ou sensibilidade na área trabalhada. A inflamação produzida na região e o processo de cicatrização gerado na ponta da raiz causam um desconforto que desaparece com o passar dos dias.
Para evitar sintomas pós-operatórios, o dentista indicará o uso de anti-inflamatórios por alguns dias. Se o tecido pulpar estiver infectado, também serão prescritos antibióticos.
As consultas de revisão após o tratamento são essenciais para monitorar o dente tratado.
Obturações dentárias
As obturações dentárias são o tratamento de escolha na restauração de dentes cariados, mas que não apresentam danos à polpa. É um tratamento simples e confortável que permite solucionar a perda de tecido dentário e retardar a progressão da doença.
As obturações consistem na remoção do tecido afetado e na limpeza do remanescente dentário. O espaço restante é, então, preenchido com um material biocompatível que restaura a anatomia e a função perdida do dente.
As obturações também são utilizadas para restaurar dentes fraturados ou melhorar a aparência de elementos com anomalias dentárias, como hipoplasias.
Como as obturações dentárias são feitas?
Uma vez que o dentista tenha feito o diagnóstico e planejado o tratamento, ele aplicará a anestesia local. Ao anestesiar a área, o desconforto durante o procedimento é evitado.
Em seguida, começa a remoção do tecido afetado. Com instrumentos rotativos, todo o tecido deteriorado é removido até que uma cavidade limpa e saudável seja deixada.
Por fim, este espaço é limpo e preenchido com um material biocompatível. A escolha do mesmo depende do caso clínico e das necessidades e possibilidades do paciente.
Em geral, as resinas compostas são o material mais amplamente utilizado. No entanto, podem ser usadas amálgamas de prata, ligas metálicas ou ionômeros de vidro.
Dependendo da obturação escolhida, o sistema adesivo apropriado será feito para gerar uma união ótima entre o dente e a obturação. Em casos de cavidades muito profundas, é necessário proteger a área próxima à polpa com materiais especiais.
O dentista coloca o material na cavidade e o modela para restaurar a anatomia original do dente. No caso de resinas compostas, é necessário endurecê-las com uma luz especial.
Após a conclusão da obturação, o dentista testa a oclusão e o equilíbrio com o resto da boca. Se necessário, o excesso de material é desgastado para não interferir na mordida. Além disso, é feito um polimento final para deixar a superfície lisa e com brilho.
Os preenchimentos podem durar vários anos na boca. De qualquer forma, verificá-los periodicamente permite detectar quebras ou vazamentos que podem causar complicações.
Diferenças entre um canal radicular e uma obturação
Agora você sabe em que consiste cada um desses tratamentos. Aqui estão as principais diferenças entre um canal radicular e uma obturação:
- Gravidade das lesões tratadas: As obturações são usadas para tratar lesões de cárie leves ou fraturas de tecidos duros. Os canais radiculares, por outro lado, são a solução para preservar os dentes com lesões grandes e profundas.
- Tecidos sobre os quais intervém: o canal permite retirar a polpa dentária e tratar a parte interna dos dentes, ao nível da coroa e da raiz do elemento. Por outro lado, as obturações são responsáveis por reverter as afecções nos tecidos duros das coroas dos dentes, sem atingir o nervo.
- Objetivo do tratamento: os canais radiculares permitem retirar a polpa, limpar, desinfetar e preencher os canais dos dentes. As obturações removem o tecido duro danificado e reconstroem a forma dos dentes.
- Duração e complexidade do procedimento: as obturações são muito mais rápidas e fáceis de fazer do que os canais radiculares.
- Vitalidade dos dentes: uma vez terminado o tratamento do canal radicular, os dentes perdem vitalidade. Em contraste, no caso das obturações, eles permanecem vitais.
Embora as diferenças entre um canal radicular e uma obturação sejam muito evidentes, ambos os tratamentos coincidem na recuperação da saúde de um elemento dentário danificado. Ambos são procedimentos conservadores que permitem que o dente danificado permaneça na boca sem a necessidade de removê-lo.
Embora neste artigo tenhamos esclarecido em quais situações cada um é utilizado, é o dentista que vai determinar o mais adequado para cada caso particular. O profissional levará em consideração os sintomas presentes, o estado do dente e a gravidade da lesão.
Ambos os tratamentos podem ser evitados
Como já mencionamos, a origem mais comum das lesões dentárias que requerem esses tratamentos são as cáries. Essa patologia, com os devidos cuidados, pode ser prevenida.
Prevenir o acúmulo de placa bacteriana na cavidade oral com higiene bucal correta é fundamental para evitar as cáries. Escovar os dentes três vezes ao dia, passar fio dental e usar pastas e enxaguantes com flúor é importante para manter a boca limpa.
Também é muito importante prestar atenção à alimentação mantendo uma dieta saudável, variada e com baixo teor de açúcar. Você deve evitar, ou pelo menos reduzir, o consumo de refrigerantes, doces e tortas.
Visitar regularmente o dentista é outra forma de cuidar da saúde da cavidade oral. As limpezas profissionais e os check-ups semestrais mantêm a sua boca saudável e detectam precocemente qualquer problema.
Tanto um canal radicular quanto uma obturação são tratamentos que permitem que a saúde da cavidade oral seja restaurada. Em qualquer caso, evitando que os dentes adoeçam, é possível ter um sorriso saudável sem a necessidade de recorrer a estes tratamentos.
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