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Quais são as bactérias da boca?

4 minutos
Há um grande número e diversidade de bactérias na cavidade oral. A maioria das bactérias da boca é combatida por enzimas da saliva, mas também existem muitas que sobrevivem e podem causar problemas de saúde.
Quais são as bactérias da boca?
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

As bactérias da boca são muito numerosas. Existem cerca de 100 milhões de bactérias para cada milímetro de saliva. Estas correspondem a mais de 600 espécies de bactérias. Na realidade, a cavidade oral possui todas as condições para que inúmeros micro-organismos se refugiem ali.

Apesar de tudo, muitas bactérias da boca não têm futuro dentro do organismo humano. Uma boa parte delas é atacada por enzimas da saliva, enquanto outra parte vai para o sistema digestivo, onde são destruídas em pouco tempo.

Dito isso, deve-se notar também que outro grupo de bactérias da boca consegue sobreviver e acaba ficando na cavidade oral. Quando isso acontece, elas podem levar a problemas como cáries ou outras doenças. A maneira de combatê-las é com uma boa higiene bucal.

Bactérias da boca

A boca é composta por muitas superfícies, e cada uma delas é coberta por um grande número de bactérias. Algumas bactérias da boca influenciam o desenvolvimento de doenças como as cáries e a periodontite. Ambas são fatores de risco para o desenvolvimento de outras patologias mais graves, como a diabetes mellitus e patologias cardiovasculares.

A composição e concentração das bactérias na boca depende de vários fatores:

  • Disponibilidade de nutrientes
  • Temperatura
  • Concentração de oxigênio
  • Características anatômicas
  • Exposição a fatores imunológicos

As bactérias da boca, juntamente com outros micro-organismos, são conhecidas como a microbiota oral. Essa população não é fixa, mas muda constantemente até mesmo devido a fatores simples, como bocejar, beijar ou comer certos alimentos.

Em geral, as bactérias aeróbicas e anaeróbicas predominam na boca, tanto gram-positivas quanto gram-negativas. Entre elas, destacam-se os gêneros Lactobacillus, Actinobacillus, Staphylococcus e Streptococcus. Vamos dar uma olhada mais detalhada nesse assunto.

Some figure
A higiene bucal é um fator protetor fundamental para prevenir as cáries e as periodontites.

Continue lendo: Como tratar as aftas na boca com remédios caseiros

Saliva e bactérias

Na saliva predominam os cocos gram-positivos anaeróbios facultativos, que representam cerca de 44% da população bacteriana, seguidos pelos cocos gram-negativos anaeróbicos estritos, representando cerca de 15%. Os bacilos anaeróbicos facultativos gram-positivos têm uma porcentagem semelhante.

Fatores como a perda de dentes e doenças como a gengivite, alveolite ou periodontite podem provocar mudanças na composição da microbiota da saliva. O hábito de fumar e a falta de higiene também desempenham um papel importante.

Mucosa bucal

Os seguintes tipos de bactérias predominam na mucosa bucal: Firmicutes – principalmente dos gêneros Streptococcus e Veillonellas – proteobactérias – especialmente a Neisseria – bacteroides – a Prevotella –  e actinobacteria – a micrococcineae.

A boa higiene  da mucosa oral impede a colonização por Treponema denticola e Fusobacterium Nucleatum. Segundo alguns estudos, as bactérias da mucosa oral podem estar envolvidas em alguns tipos de câncer.

Bactérias nos dentes

Se os dentes não estiverem cariados, costumam apresentar as seguintes bactérias: Campylobacter, Granulicatella, Kingella, Leptotrichia e Streptococcus – especialmente a Streptococcus sanguinis. Também estão presentes, sobretudo em adultos, a Haemophilus parainfluenza, a Gemella haemolysans, a Slackia exigua e as espécies Rothia.

Os dentes são superfícies que facilitam a formação de biofilmes. Estes biofilmes mudam dependendo de diferentes fatores. Algumas bactérias, como Streptococcus mutans, Actinomyces e Lactobacillus, afetam a formação de cáries e a periodontite.

Some figure
Consultar um dentista regularmente é importante para identificar a presença de bactérias patogênicas na boca.

Saiba mais: Ardência na boca: tudo que você precisa saber

As gengivas e as bactérias da boca

O biofilme também pode se formar nas gengivas, o que pode levar ao surgimento de doenças como a gengivite. Se as gengivas são saudáveis predominam, micro-organismos como Proteobacterias, em particular as gamaproteobactérias do gênero Acinetobacter, Haemophilus e Moraxella. Quando há problemas de saúde também encontramos Streptococcus, Granulicatella e Gemella.

Na parte superficial do biofilme da gengiva está a Treponema denticola, juntamente com Porphyromona gingivalis e Tannerella forsythia. Da mesma forma, o biofilme pode conter vírus e, às vezes, micro-organismos como fungos. As doenças bucais modificam as comunidades bacterianas.

Língua

O biofilme que se forma na língua também é dinâmico e abriga muitas das bactérias da boca. Aproximadamente 45% são cocos gram-positivos anaeróbicos facultativos, especialmente Streptococcus salivarius, seguidos por Streptococcus mitis, estreptococos do grupo milleri e Streptococcus mucilaginosus.

Também são encontrados cocos gram-negativos anaeróbicos estritos e bacilos gram-positivos anaeróbicos facultativos. Em porcentagem mais baixa, várias espécies dos gêneros Lactobacillus, Neisseria, Fusobacterium e Haemophilus podem ser detectadas. Fusobacterium nucleatum, Porphyromona gingivalis e Tannerella forsythi foram encontrados na parte de trás da língua de pessoas com halitose.

Prevenir as bactérias patogênicas da boca

A higiene bucal é a chave para evitar os micro-organismos patogênicos que afetam a nossa cavidade oral. Da mesma forma, visitas frequentes ao dentista identificam fatores de risco e patologias em fase inicial, que podem ser detidas antes de causar um dano definitivo. Se você estiver com dúvidas ou se não faz um exame bucal há muito tempo, procure um especialista.

As bactérias da boca são muito numerosas. Existem cerca de 100 milhões de bactérias para cada milímetro de saliva. Estas correspondem a mais de 600 espécies de bactérias. Na realidade, a cavidade oral possui todas as condições para que inúmeros micro-organismos se refugiem ali.

Apesar de tudo, muitas bactérias da boca não têm futuro dentro do organismo humano. Uma boa parte delas é atacada por enzimas da saliva, enquanto outra parte vai para o sistema digestivo, onde são destruídas em pouco tempo.

Dito isso, deve-se notar também que outro grupo de bactérias da boca consegue sobreviver e acaba ficando na cavidade oral. Quando isso acontece, elas podem levar a problemas como cáries ou outras doenças. A maneira de combatê-las é com uma boa higiene bucal.

Bactérias da boca

A boca é composta por muitas superfícies, e cada uma delas é coberta por um grande número de bactérias. Algumas bactérias da boca influenciam o desenvolvimento de doenças como as cáries e a periodontite. Ambas são fatores de risco para o desenvolvimento de outras patologias mais graves, como a diabetes mellitus e patologias cardiovasculares.

A composição e concentração das bactérias na boca depende de vários fatores:

  • Disponibilidade de nutrientes
  • Temperatura
  • Concentração de oxigênio
  • Características anatômicas
  • Exposição a fatores imunológicos

As bactérias da boca, juntamente com outros micro-organismos, são conhecidas como a microbiota oral. Essa população não é fixa, mas muda constantemente até mesmo devido a fatores simples, como bocejar, beijar ou comer certos alimentos.

Em geral, as bactérias aeróbicas e anaeróbicas predominam na boca, tanto gram-positivas quanto gram-negativas. Entre elas, destacam-se os gêneros Lactobacillus, Actinobacillus, Staphylococcus e Streptococcus. Vamos dar uma olhada mais detalhada nesse assunto.

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A higiene bucal é um fator protetor fundamental para prevenir as cáries e as periodontites.

Continue lendo: Como tratar as aftas na boca com remédios caseiros

Saliva e bactérias

Na saliva predominam os cocos gram-positivos anaeróbios facultativos, que representam cerca de 44% da população bacteriana, seguidos pelos cocos gram-negativos anaeróbicos estritos, representando cerca de 15%. Os bacilos anaeróbicos facultativos gram-positivos têm uma porcentagem semelhante.

Fatores como a perda de dentes e doenças como a gengivite, alveolite ou periodontite podem provocar mudanças na composição da microbiota da saliva. O hábito de fumar e a falta de higiene também desempenham um papel importante.

Mucosa bucal

Os seguintes tipos de bactérias predominam na mucosa bucal: Firmicutes – principalmente dos gêneros Streptococcus e Veillonellas – proteobactérias – especialmente a Neisseria – bacteroides – a Prevotella –  e actinobacteria – a micrococcineae.

A boa higiene  da mucosa oral impede a colonização por Treponema denticola e Fusobacterium Nucleatum. Segundo alguns estudos, as bactérias da mucosa oral podem estar envolvidas em alguns tipos de câncer.

Bactérias nos dentes

Se os dentes não estiverem cariados, costumam apresentar as seguintes bactérias: Campylobacter, Granulicatella, Kingella, Leptotrichia e Streptococcus – especialmente a Streptococcus sanguinis. Também estão presentes, sobretudo em adultos, a Haemophilus parainfluenza, a Gemella haemolysans, a Slackia exigua e as espécies Rothia.

Os dentes são superfícies que facilitam a formação de biofilmes. Estes biofilmes mudam dependendo de diferentes fatores. Algumas bactérias, como Streptococcus mutans, Actinomyces e Lactobacillus, afetam a formação de cáries e a periodontite.

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Consultar um dentista regularmente é importante para identificar a presença de bactérias patogênicas na boca.

Saiba mais: Ardência na boca: tudo que você precisa saber

As gengivas e as bactérias da boca

O biofilme também pode se formar nas gengivas, o que pode levar ao surgimento de doenças como a gengivite. Se as gengivas são saudáveis predominam, micro-organismos como Proteobacterias, em particular as gamaproteobactérias do gênero Acinetobacter, Haemophilus e Moraxella. Quando há problemas de saúde também encontramos Streptococcus, Granulicatella e Gemella.

Na parte superficial do biofilme da gengiva está a Treponema denticola, juntamente com Porphyromona gingivalis e Tannerella forsythia. Da mesma forma, o biofilme pode conter vírus e, às vezes, micro-organismos como fungos. As doenças bucais modificam as comunidades bacterianas.

Língua

O biofilme que se forma na língua também é dinâmico e abriga muitas das bactérias da boca. Aproximadamente 45% são cocos gram-positivos anaeróbicos facultativos, especialmente Streptococcus salivarius, seguidos por Streptococcus mitis, estreptococos do grupo milleri e Streptococcus mucilaginosus.

Também são encontrados cocos gram-negativos anaeróbicos estritos e bacilos gram-positivos anaeróbicos facultativos. Em porcentagem mais baixa, várias espécies dos gêneros Lactobacillus, Neisseria, Fusobacterium e Haemophilus podem ser detectadas. Fusobacterium nucleatum, Porphyromona gingivalis e Tannerella forsythi foram encontrados na parte de trás da língua de pessoas com halitose.

Prevenir as bactérias patogênicas da boca

A higiene bucal é a chave para evitar os micro-organismos patogênicos que afetam a nossa cavidade oral. Da mesma forma, visitas frequentes ao dentista identificam fatores de risco e patologias em fase inicial, que podem ser detidas antes de causar um dano definitivo. Se você estiver com dúvidas ou se não faz um exame bucal há muito tempo, procure um especialista.


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  • Cruz Quintana, S. M., Díaz Sjostrom, P., Arias Socarrás, D., & Mazón Baldeón, G. M. (2017). Microbiota de los ecosistemas de la cavidad bucal. Revista Cubana de Estomatología, 54(1), 84-99.
  • Ortega Fernández, Omar. Estudio de la microbiota oral y de las complicaciones respiratorias de la disfagia orofaríngea: fisiopatología, diagnóstico y tratamiento de los factores de riesgo de la disfagia orofaríngea y la neumonía aspirativa en pacientes de edad avanzada. Universitat Autònoma de Barcelona,, 2016.
  • Cruz, Miguel, et al. “Factores de riesgo de cáncer bucal.” Revista Cubana de Estomatología 53.3 (2016): 128-145.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.