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Descubra como Roberto Carlos perdeu parte da perna na infância

3 minutos
Descubra os detalhes de um momento traumático da vida do cantor Roberto Carlos, quando ele tinha apenas 6 anos.
Descubra como Roberto Carlos perdeu parte da perna na infância
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 16 maio, 2022

Muitos fãs do cantor Roberto Carlos sabem que ele teve parte de sua perna amputada ainda na infância. O cantor não costuma falar muito sobre sua vida pessoal, de forma que esse acontecimento apenas foi relatado em um dos livros biográficos sobre ele, neste caso o livro Roberto Carlos Outra Vez, escrito por Paulo Cesar de Araújo.

Especula-se que que Roberto não goste de falar sobre o assunto por esse ter sido um acontecimento traumático. Mesmo tendo uma boa recuperação e passando a usar uma prótese algum tempo depois do ocorrido, essa não é uma experiência banal. O cantor inclusive menciona o episódio em suas canções, o que prova que esse momento o transformou.  Em “O Divã” (“Relembro bem a festa, o apito/E na multidão um grito/O sangue no linho branco”) e “Traumas” (“Falou dos anjos que eu conheci/No delírio da febre que ardia/Do meu pequeno corpo que sofria/Sem nada entender”).

O acidente na infância de Roberto Carlos

De acordo com o biógrafo Paulo Cesar Araújo, tudo aconteceu em 29 de junho de 1947, em Cachoeiro de Itapemirim, cidade natal de Roberto, no interior do Espírito Santo. Na época, ele tinha apenas 6 anos de idade.

Era dia de São Pedro e Zunga (o apelido de Roberto Carlos na época) convidou sua amiga Fifinha (Eunice Solino) para ver as celebrações com ele. Por volta das 9:30h da manhã, uma professora os viu perigosamente perto de uma linha de trem, enquanto uma locomotiva a vapor carregada de minério chegava cada vez mais perto. Desesperada, a mulher tentou chamar a atenção dos meninos, mas Roberto se assustou e acabou tropeçando.

Durante sua entrevista ao biógrafo, Eunice lembrou que a professora chegou a tentar gritar para o maquinista parar a locomotiva, mas não deu tempo: o trem passou por cima da canela de Roberto.

“Me lembro da professora na frente do trem, gritando para o maquinista parar. Mais um pouco e ela também podia ter sido atropelada, porque se desesperou, coitada. Guardo até hoje essa imagem comigo”.

Muitas pessoas se aproximaram para ajudar a resgatar o menino: alguns chamando uma ambulância, outros tentando retirar Roberto dos trilhos e procurando um macaco para levantar a locomotiva.

No meio da confusão, um jovem chamado Renato Spíndola e Castro gritou que não havia tempo e rapidamente fez um torniquete com seu paletó de linho e levou o menino em seu carro até o hospital. A parte “sangue no linho branco”, da letra de “O Divã”, é uma referência a esse momento.

Roberto foi atendido pelo médico Romildo Gonçalves. De acordo com o biógrafo, o médico comentou em uma entrevista ao jornalista Ivan Finotti que o menino parecia não ter entendido a dimensão do acidente, pois comentou: “Doutor, cuidado para não sujar muito o meu sapato, porque ele é novo”.

A criança não sentia dor, pois a locomotiva tinha destruído os nervos que davam sensibilidade ao local. Ao cuidar de Roberto, o médico optou por uma técnica nova para a época: ao invés de amputar a perna na região do joelho, que era o procedimento padrão, ele decidiu realizar a amputação um pouco mais abaixo, o que permitiu que o menino mantivesse os movimentos na articulação.

Após o incidente, Roberto começou sua adaptação à vida sem parte de uma perna. Felizmente o tempo foi passando sem incidentes, com o menino usando muletas para se locomover e prendendo a barra da calça com um alfinete. Apenas aos 14 nos ele conseguiu a sua primeira prótese.

Ao experimentá-la pela primeira vez, Roberto não sentiu medo ou receio. De acordo com Nelson Motta, que produziu uma série sobre a vida do cantor, “Ele saiu correndo, caindo, tropeçando, entrou pela areia, foi correndo pela praia. No dia seguinte, foi a um baile, dançou a noite inteira”.

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Muitos fãs do cantor Roberto Carlos sabem que ele teve parte de sua perna amputada ainda na infância. O cantor não costuma falar muito sobre sua vida pessoal, de forma que esse acontecimento apenas foi relatado em um dos livros biográficos sobre ele, neste caso o livro Roberto Carlos Outra Vez, escrito por Paulo Cesar de Araújo.

Especula-se que que Roberto não goste de falar sobre o assunto por esse ter sido um acontecimento traumático. Mesmo tendo uma boa recuperação e passando a usar uma prótese algum tempo depois do ocorrido, essa não é uma experiência banal. O cantor inclusive menciona o episódio em suas canções, o que prova que esse momento o transformou.  Em “O Divã” (“Relembro bem a festa, o apito/E na multidão um grito/O sangue no linho branco”) e “Traumas” (“Falou dos anjos que eu conheci/No delírio da febre que ardia/Do meu pequeno corpo que sofria/Sem nada entender”).

O acidente na infância de Roberto Carlos

De acordo com o biógrafo Paulo Cesar Araújo, tudo aconteceu em 29 de junho de 1947, em Cachoeiro de Itapemirim, cidade natal de Roberto, no interior do Espírito Santo. Na época, ele tinha apenas 6 anos de idade.

Era dia de São Pedro e Zunga (o apelido de Roberto Carlos na época) convidou sua amiga Fifinha (Eunice Solino) para ver as celebrações com ele. Por volta das 9:30h da manhã, uma professora os viu perigosamente perto de uma linha de trem, enquanto uma locomotiva a vapor carregada de minério chegava cada vez mais perto. Desesperada, a mulher tentou chamar a atenção dos meninos, mas Roberto se assustou e acabou tropeçando.

Durante sua entrevista ao biógrafo, Eunice lembrou que a professora chegou a tentar gritar para o maquinista parar a locomotiva, mas não deu tempo: o trem passou por cima da canela de Roberto.

“Me lembro da professora na frente do trem, gritando para o maquinista parar. Mais um pouco e ela também podia ter sido atropelada, porque se desesperou, coitada. Guardo até hoje essa imagem comigo”.

Muitas pessoas se aproximaram para ajudar a resgatar o menino: alguns chamando uma ambulância, outros tentando retirar Roberto dos trilhos e procurando um macaco para levantar a locomotiva.

No meio da confusão, um jovem chamado Renato Spíndola e Castro gritou que não havia tempo e rapidamente fez um torniquete com seu paletó de linho e levou o menino em seu carro até o hospital. A parte “sangue no linho branco”, da letra de “O Divã”, é uma referência a esse momento.

Roberto foi atendido pelo médico Romildo Gonçalves. De acordo com o biógrafo, o médico comentou em uma entrevista ao jornalista Ivan Finotti que o menino parecia não ter entendido a dimensão do acidente, pois comentou: “Doutor, cuidado para não sujar muito o meu sapato, porque ele é novo”.

A criança não sentia dor, pois a locomotiva tinha destruído os nervos que davam sensibilidade ao local. Ao cuidar de Roberto, o médico optou por uma técnica nova para a época: ao invés de amputar a perna na região do joelho, que era o procedimento padrão, ele decidiu realizar a amputação um pouco mais abaixo, o que permitiu que o menino mantivesse os movimentos na articulação.

Após o incidente, Roberto começou sua adaptação à vida sem parte de uma perna. Felizmente o tempo foi passando sem incidentes, com o menino usando muletas para se locomover e prendendo a barra da calça com um alfinete. Apenas aos 14 nos ele conseguiu a sua primeira prótese.

Ao experimentá-la pela primeira vez, Roberto não sentiu medo ou receio. De acordo com Nelson Motta, que produziu uma série sobre a vida do cantor, “Ele saiu correndo, caindo, tropeçando, entrou pela areia, foi correndo pela praia. No dia seguinte, foi a um baile, dançou a noite inteira”.

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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.