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14 passos para uma amputação supracondiliana

4 minutos
O principal objetivo de uma amputação supracondiliana é obter um coto que cure corretamente e sem complicações, para que o paciente volte ao normal no menor tempo possível e com a mais alta qualidade de vida.
14 passos para uma amputação supracondiliana
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

A amputação supracondiliana é um procedimento cirúrgico projetado para cortar um membro pélvico acima do côndilo. Entre 50% e 65% das amputações não traumáticas desse tipo correspondem a uma complicação do diabetes.

O próprio fato de que uma amputação supracondiliana deve ser feita implica em um fracasso no tratamento prévio do problema, seja ele qual for. Assim, o procedimento requer um processo de aceitação e a formulação de um objetivo claro para o paciente: proteger sua saúde e garantir a mais alta qualidade de vida possível.

Por isso, com base no acima exposto, o objetivo a alcançar é um coto estável e bem curado e ao qual se possa adicionar uma prótese o mais rapidamente possível. O objetivo final é que o paciente normalize sua vida o quanto antes.

Princípios gerais

Some figure

Em geral, as amputações são classificadas em maiores e menores. A amputação supracondiliana é maior, pois cobre uma grande área. No entanto, independentemente de seu grau ou nível, qualquer amputação é uma intervenção técnica complexa que deve aderir aos princípios básicos. Estes são os seguintes:

  • Sempre implica em um tratamento com antibióticos. Isso é feito para controlar uma infecção prévia ou como uma medida profilática.
  • A hemostasia, ou controle da hemorragia, deve ser muito rigorosa. Se aparecer uma contusão, é um sinal de necrose ou infecção.
  •  Não deve haver tensão nos pontos de aproximação das bordas cutâneas. Para que isso não aconteça é necessário fazer um manejo cuidadoso dos tecidos moles.
  • Deve haver uma proporção razoável entre a seção óssea e o comprimento cutâneo e músculo-tendíneo. Isso evita tensão e proporciona boa cobertura óssea.
  • Realizar a tração dos caminhos nervosos para evitar possíveis neurinomas na cicatriz.
  • Fazer o mesmo do ponto anterior com as cartilagens articulares e com os tendões.
  • Evitar que restem lascas ósseas na ferida ou bordas que sejam afiadas.
  • Lavar a ferida cirúrgica repetidamente com soro fisiológico ou antisséptico antes de prosseguir para o seu cerramento.

Não deixe de conferir a leitura: Antibióticos de amplo espectro: funções e resistências

Indicações e contraindicações

A amputação supracondiliana é realizada quando há falha na cura de uma amputação infracondilar anterior. Além disso, quando há uma contratura nos músculos da panturrilha, que inclui flexão na articulação do joelho.

Na amputação supracondiliana, a articulação do joelho é perdida. Por isso, para evitar complicações com a prótese que o paciente irá carregar, é importante que o coto tenha um comprimento adequado.

Mas, atenção, pois este procedimento não é recomendado quando há gangrena ou infecção no nível da coxa.

 

Técnica de amputação supracondiliana

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Em seguida, conheça os passos para realizar uma amputação supracondiliana:

  1. Primeiramente, coloca-se o paciente na posição supina.
  2. Em seguida, marca-se a incisão na forma de “boca de peixe”, também chamada de “boca de tubarão”.
  3. A pele é cortada com um bisturi frio.
  4. O subcutâneo é seccionado até a aponeurose, ou membrana que cobre os músculos e os fixa ao osso. Para isso, um bisturi elétrico é usado. No corte em profundidade deve ser considerado deixar tecido suficiente para o coto.
  5. Faz-se identificação, ligadura e seccionamento separadamente do feixe vascular femoral superficial e profundo, bem como do nervo ciático. É necessário fazer uma infiltração de anestésico local.
  6. Se circunda o fêmur, cobrindo toda a sua circunferência.
  7. Em seguida, separa-se os tecidos que estão presos ao fêmur. Para isso, o periótomo é usado.
  8. Deve-se realizar o ajuste de Percy Retractor para a amputação do fêmur. Isso permitirá que haja tecidos moles suficientes para cobrir o coto ósseo.
  9. O osso é seccionado com a Serra de Gigli. Para fazer isso, um ângulo de 90° é feito entre as duas extremidades da mesma serra. Ao mesmo tempo que esta operação é realizada, a área deve ser lavada constantemente com solução salina fisiológica.

Também pode te interessar ler: Técnicas básicas para fechamento das feridas

Passos finais depois de uma amputação supracondiliana

  1. Em seguida, as bordas ósseas devem ser limadas.
  2. Aplica-se cera de osso na seção de corte. Deve-se pressionar a massa sobre o plano e deixa-la fixa ou presa. Os restos devem ser descartados.
  3. O coto deve ser fechado com sutura cirúrgica sintética, não reabsorvível, conhecida como Prolene. Primeiro é feito o fechamento dos grupos musculares mais profundos, com o objetivo de cobrir a superfície óssea. Em seguida, a aponeurose mais superficial é suturada.
  4. O subcutâneo é fechado com sutura absorvível sintética, mais conhecida como Vicryl.
  5. Por fim, a pele é fechada com uma sutura de seda, usando o ponto colchoeiro.

A amputação supracondiliana é um procedimento cirúrgico projetado para cortar um membro pélvico acima do côndilo. Entre 50% e 65% das amputações não traumáticas desse tipo correspondem a uma complicação do diabetes.

O próprio fato de que uma amputação supracondiliana deve ser feita implica em um fracasso no tratamento prévio do problema, seja ele qual for. Assim, o procedimento requer um processo de aceitação e a formulação de um objetivo claro para o paciente: proteger sua saúde e garantir a mais alta qualidade de vida possível.

Por isso, com base no acima exposto, o objetivo a alcançar é um coto estável e bem curado e ao qual se possa adicionar uma prótese o mais rapidamente possível. O objetivo final é que o paciente normalize sua vida o quanto antes.

Princípios gerais

Some figure

Em geral, as amputações são classificadas em maiores e menores. A amputação supracondiliana é maior, pois cobre uma grande área. No entanto, independentemente de seu grau ou nível, qualquer amputação é uma intervenção técnica complexa que deve aderir aos princípios básicos. Estes são os seguintes:

  • Sempre implica em um tratamento com antibióticos. Isso é feito para controlar uma infecção prévia ou como uma medida profilática.
  • A hemostasia, ou controle da hemorragia, deve ser muito rigorosa. Se aparecer uma contusão, é um sinal de necrose ou infecção.
  •  Não deve haver tensão nos pontos de aproximação das bordas cutâneas. Para que isso não aconteça é necessário fazer um manejo cuidadoso dos tecidos moles.
  • Deve haver uma proporção razoável entre a seção óssea e o comprimento cutâneo e músculo-tendíneo. Isso evita tensão e proporciona boa cobertura óssea.
  • Realizar a tração dos caminhos nervosos para evitar possíveis neurinomas na cicatriz.
  • Fazer o mesmo do ponto anterior com as cartilagens articulares e com os tendões.
  • Evitar que restem lascas ósseas na ferida ou bordas que sejam afiadas.
  • Lavar a ferida cirúrgica repetidamente com soro fisiológico ou antisséptico antes de prosseguir para o seu cerramento.

Não deixe de conferir a leitura: Antibióticos de amplo espectro: funções e resistências

Indicações e contraindicações

A amputação supracondiliana é realizada quando há falha na cura de uma amputação infracondilar anterior. Além disso, quando há uma contratura nos músculos da panturrilha, que inclui flexão na articulação do joelho.

Na amputação supracondiliana, a articulação do joelho é perdida. Por isso, para evitar complicações com a prótese que o paciente irá carregar, é importante que o coto tenha um comprimento adequado.

Mas, atenção, pois este procedimento não é recomendado quando há gangrena ou infecção no nível da coxa.

 

Técnica de amputação supracondiliana

Some figure

Em seguida, conheça os passos para realizar uma amputação supracondiliana:

  1. Primeiramente, coloca-se o paciente na posição supina.
  2. Em seguida, marca-se a incisão na forma de “boca de peixe”, também chamada de “boca de tubarão”.
  3. A pele é cortada com um bisturi frio.
  4. O subcutâneo é seccionado até a aponeurose, ou membrana que cobre os músculos e os fixa ao osso. Para isso, um bisturi elétrico é usado. No corte em profundidade deve ser considerado deixar tecido suficiente para o coto.
  5. Faz-se identificação, ligadura e seccionamento separadamente do feixe vascular femoral superficial e profundo, bem como do nervo ciático. É necessário fazer uma infiltração de anestésico local.
  6. Se circunda o fêmur, cobrindo toda a sua circunferência.
  7. Em seguida, separa-se os tecidos que estão presos ao fêmur. Para isso, o periótomo é usado.
  8. Deve-se realizar o ajuste de Percy Retractor para a amputação do fêmur. Isso permitirá que haja tecidos moles suficientes para cobrir o coto ósseo.
  9. O osso é seccionado com a Serra de Gigli. Para fazer isso, um ângulo de 90° é feito entre as duas extremidades da mesma serra. Ao mesmo tempo que esta operação é realizada, a área deve ser lavada constantemente com solução salina fisiológica.

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Passos finais depois de uma amputação supracondiliana

  1. Em seguida, as bordas ósseas devem ser limadas.
  2. Aplica-se cera de osso na seção de corte. Deve-se pressionar a massa sobre o plano e deixa-la fixa ou presa. Os restos devem ser descartados.
  3. O coto deve ser fechado com sutura cirúrgica sintética, não reabsorvível, conhecida como Prolene. Primeiro é feito o fechamento dos grupos musculares mais profundos, com o objetivo de cobrir a superfície óssea. Em seguida, a aponeurose mais superficial é suturada.
  4. O subcutâneo é fechado com sutura absorvível sintética, mais conhecida como Vicryl.
  5. Por fim, a pele é fechada com uma sutura de seda, usando o ponto colchoeiro.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


García, L. H. (2009). Calidad de vida de los pacientes amputados de la extremidad inferior. Revista Médica de Costa Rica y Centroamérica, 66(589), 267-273.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.