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Depressão maior, a mais incapacitante: 6 aspectos que devemos conhecer

5 minutos
Na hora de combater a depressão maior é bom recorrer a uma combinação de medicação com a terapia, já que o foco cognitivo-comportamental é o mais efetivo.
Depressão maior, a mais incapacitante: 6 aspectos que devemos conhecer
Última atualização: 28 novembro, 2018

A depressão maior é o transtorno depressivo mais grave.

Vivemos em uma sociedade muito avançada em aspectos tecnológicos e sociais. Entretanto, na verdade, nossa matéria pendente segue sendo o mundo emocional, aqueles cantos privados onde milhões e milhões de pessoas ficam presas com maior frequência.

A depressão é uma das doenças mais comuns de nossa atualidade e, no entanto, seu eco segue sendo silencioso e discreto, uma realidade incômoda que nem todo mundo sabe como colocar sobre a mesa, como comunicar.

Quando o fazemos, é comum ouvir de mais de uma pessoa aquela frase de “Anime-se, isso se supera com vontade e alegria, tem que mudar um pouco de vida”.

Porém, hoje em dia, a maior parte da população segue associando “depressão” à “tristeza”, como se para superar uma depressão bastasse rir um pouco mais e mudar de ares, por exemplo. Quando na verdade, é algo muito mais profundo e cru.

Nos esquecemos de que a tristeza, muito além de sua conotação negativa, tem um valor adaptativo… em resumo: nos ajuda a refletir, a praticar aquele recolhimento interno onde enfrentamos o luto e as dificuldades cotidianas.
Na depressão maior, a tristeza não é adaptativa, e sim o contrário. Desse modo, o que existe, na verdade, é uma série de processos internos muitos obscuros, afiados e desgastantes que afundam a pessoa em um processo de desamparo contínuo.
Por isso, hoje em nosso artigo queremos falar sobre seus principais indicadores.

A anedonia na depressão maior

Na verdade, nenhuma depressão se explica de forma exclusiva com “estar triste”. E, além disso, a depressão maior é a que se coloca no extremo mais tortuoso e persistente.

O que se experimenta neste tipo de transtorno é a anedonia, e as características da mesma se resumem da seguinte forma:

  • Desinteresse por aquilo que nos envolve;
  • Incapacidade de sentir prazer com qualquer coisa;
  • Cansaço extremo;
  • Irritabilidade constante;
  • Falta de iniciativa;
  • Incapacidade para realizar qualquer atividade (e não porque a pessoa tenha um problema físico); pois trata-se simplesmente de não ter energia, vontade e ânimo.

Leia também: Como diferenciar os transtornos psicológicos

2. Existem determinados sintomas que sempre aparecem

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De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, devem aparecer pelo menos 5 sintomas muito concretos para que a pessoa seja diagnosticada com esta doença.

Então, entre estes sintomas podemos encontrar:

  • Estado de humor depressivo na maior parte do dia e quase todos os dias;
  • Perda de interesse pelas atividades que antes agradavam a pessoa;
  • Insônia ou sono excessivo;
  • Ganhar ou perder peso em pouco tempo;
  • Problemas de concentração e, ao mesmo tempo, incapacidade de tomar decisões;
  • Sentimentos de culpa;
  • Fadiga extrema;
  • Pensamentos suicidas;
  • Lentidão motora.

3. Aspectos de exclusão que não podem ser relacionados com a depressão maior

Os manuais de diagnósticos explicam, por outro lado, que existe uma série de aspectos que não devem aparecer na vida do paciente para poder ser diagnosticado com este transtorno depressivo.

Sendo assim, os aspectos são os seguintes:

  • A depressão maior não pode ser associada ao luto e àquelas semanas posteriores à perda de um ente querido ou quando vivemos uma separação afetiva (seja como for, lembre-se de que o luto é um processo normal com o qual se enfrenta uma perda);
  • A pessoa tampouco pode sofrer um episódio de mania, nem transtornos psicóticos ou outro tipo de doença, por exemplo.

Descubra como melhorar o humor de forma natural

4. Não existe um só tipo de depressão maior

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Algo que devemos saber claramente quando falamos sobre transtornos mentais é que cada caso é único, cada pessoa é excepcional e apresenta uma série de características próprias e que, por isso, é necessário saber ajudar.

Logo, é importante destacar que dentro da depressão maior existem dois subtipos.

São os seguintes:

  • Depressão maior com episódio único: A pessoa experimenta este tipo de depressão uma só vez na vida;
  • Depressão maior recorrente: Neste caso, a realidade é muito mais complexa e, de fato, é a mais comum. São muitos os pacientes que tiveram que enfrentar uma depressão maior já na adolescência, e depois uma vez mais na idade adulta.

5. Qual é a origem?

A depressão maior é um tipo de condição complexa, com muitas variantes, cores e graus, tanto para a própria ciência quanto para os pacientes.

Isso porque estamos diante de um transtorno que, no geral, não tem somente um desencadeador; ou seja, é um fenômeno multifatorial.

  • Por um lado está a genética;
  • A criação, a educação recebida e os possíveis traumas vividos são fatores a serem valorizados;
  • As adversidades experimentadas na juventude, assim como o contexto social, também são possíveis indicadores;
  • A personalidade do afetado também é determinante (baixa autoestima, desamparo aprendido, problemas cognitivos,etc.);
  • Os problemas financeiros e os tempos de crise também agem como fatores potenciais.

Por outro lado, tampouco podemos nos esquecer de algo essencial: muitas vezes, deve-se a um problema químico, a uma queda na dopamina e, por isso, é essencial sempre receber uma medicação adequada.

6. A depressão maior tem tratamento

Some figure

Ao abordar a depressão maior precisamos de vários focos, e de fato, quanto mais opções tivermos ao nosso alcance, melhor.

  • As essenciais, das quais ninguém pode descuidar, são os medicamentos por um lado e a psicoterapia por outro, sendo o foco cognitivo-comportamental o mais apropriado;
  • Por outro lado, temos ao nosso alcance a mindfulness ou mesmo técnicas mais emocionais, como a imaginação racional emotiva, o treinamento em assertividade ou o treinamento em solução de problemas, por exemplo.

Dessa forma, cada pessoa deve seguir a estratégia, a porta e a saída que mais lhe ajude a enfrentar pouco a pouco sua depressão.

Imagens cortesia Agnes Cecile.

A depressão maior é o transtorno depressivo mais grave.

Vivemos em uma sociedade muito avançada em aspectos tecnológicos e sociais. Entretanto, na verdade, nossa matéria pendente segue sendo o mundo emocional, aqueles cantos privados onde milhões e milhões de pessoas ficam presas com maior frequência.

A depressão é uma das doenças mais comuns de nossa atualidade e, no entanto, seu eco segue sendo silencioso e discreto, uma realidade incômoda que nem todo mundo sabe como colocar sobre a mesa, como comunicar.

Quando o fazemos, é comum ouvir de mais de uma pessoa aquela frase de “Anime-se, isso se supera com vontade e alegria, tem que mudar um pouco de vida”.

Porém, hoje em dia, a maior parte da população segue associando “depressão” à “tristeza”, como se para superar uma depressão bastasse rir um pouco mais e mudar de ares, por exemplo. Quando na verdade, é algo muito mais profundo e cru.

Nos esquecemos de que a tristeza, muito além de sua conotação negativa, tem um valor adaptativo… em resumo: nos ajuda a refletir, a praticar aquele recolhimento interno onde enfrentamos o luto e as dificuldades cotidianas.
Na depressão maior, a tristeza não é adaptativa, e sim o contrário. Desse modo, o que existe, na verdade, é uma série de processos internos muitos obscuros, afiados e desgastantes que afundam a pessoa em um processo de desamparo contínuo.
Por isso, hoje em nosso artigo queremos falar sobre seus principais indicadores.

A anedonia na depressão maior

Na verdade, nenhuma depressão se explica de forma exclusiva com “estar triste”. E, além disso, a depressão maior é a que se coloca no extremo mais tortuoso e persistente.

O que se experimenta neste tipo de transtorno é a anedonia, e as características da mesma se resumem da seguinte forma:

  • Desinteresse por aquilo que nos envolve;
  • Incapacidade de sentir prazer com qualquer coisa;
  • Cansaço extremo;
  • Irritabilidade constante;
  • Falta de iniciativa;
  • Incapacidade para realizar qualquer atividade (e não porque a pessoa tenha um problema físico); pois trata-se simplesmente de não ter energia, vontade e ânimo.

Leia também: Como diferenciar os transtornos psicológicos

2. Existem determinados sintomas que sempre aparecem

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De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, devem aparecer pelo menos 5 sintomas muito concretos para que a pessoa seja diagnosticada com esta doença.

Então, entre estes sintomas podemos encontrar:

  • Estado de humor depressivo na maior parte do dia e quase todos os dias;
  • Perda de interesse pelas atividades que antes agradavam a pessoa;
  • Insônia ou sono excessivo;
  • Ganhar ou perder peso em pouco tempo;
  • Problemas de concentração e, ao mesmo tempo, incapacidade de tomar decisões;
  • Sentimentos de culpa;
  • Fadiga extrema;
  • Pensamentos suicidas;
  • Lentidão motora.

3. Aspectos de exclusão que não podem ser relacionados com a depressão maior

Os manuais de diagnósticos explicam, por outro lado, que existe uma série de aspectos que não devem aparecer na vida do paciente para poder ser diagnosticado com este transtorno depressivo.

Sendo assim, os aspectos são os seguintes:

  • A depressão maior não pode ser associada ao luto e àquelas semanas posteriores à perda de um ente querido ou quando vivemos uma separação afetiva (seja como for, lembre-se de que o luto é um processo normal com o qual se enfrenta uma perda);
  • A pessoa tampouco pode sofrer um episódio de mania, nem transtornos psicóticos ou outro tipo de doença, por exemplo.

Descubra como melhorar o humor de forma natural

4. Não existe um só tipo de depressão maior

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Algo que devemos saber claramente quando falamos sobre transtornos mentais é que cada caso é único, cada pessoa é excepcional e apresenta uma série de características próprias e que, por isso, é necessário saber ajudar.

Logo, é importante destacar que dentro da depressão maior existem dois subtipos.

São os seguintes:

  • Depressão maior com episódio único: A pessoa experimenta este tipo de depressão uma só vez na vida;
  • Depressão maior recorrente: Neste caso, a realidade é muito mais complexa e, de fato, é a mais comum. São muitos os pacientes que tiveram que enfrentar uma depressão maior já na adolescência, e depois uma vez mais na idade adulta.

5. Qual é a origem?

A depressão maior é um tipo de condição complexa, com muitas variantes, cores e graus, tanto para a própria ciência quanto para os pacientes.

Isso porque estamos diante de um transtorno que, no geral, não tem somente um desencadeador; ou seja, é um fenômeno multifatorial.

  • Por um lado está a genética;
  • A criação, a educação recebida e os possíveis traumas vividos são fatores a serem valorizados;
  • As adversidades experimentadas na juventude, assim como o contexto social, também são possíveis indicadores;
  • A personalidade do afetado também é determinante (baixa autoestima, desamparo aprendido, problemas cognitivos,etc.);
  • Os problemas financeiros e os tempos de crise também agem como fatores potenciais.

Por outro lado, tampouco podemos nos esquecer de algo essencial: muitas vezes, deve-se a um problema químico, a uma queda na dopamina e, por isso, é essencial sempre receber uma medicação adequada.

6. A depressão maior tem tratamento

Some figure

Ao abordar a depressão maior precisamos de vários focos, e de fato, quanto mais opções tivermos ao nosso alcance, melhor.

  • As essenciais, das quais ninguém pode descuidar, são os medicamentos por um lado e a psicoterapia por outro, sendo o foco cognitivo-comportamental o mais apropriado;
  • Por outro lado, temos ao nosso alcance a mindfulness ou mesmo técnicas mais emocionais, como a imaginação racional emotiva, o treinamento em assertividade ou o treinamento em solução de problemas, por exemplo.

Dessa forma, cada pessoa deve seguir a estratégia, a porta e a saída que mais lhe ajude a enfrentar pouco a pouco sua depressão.

Imagens cortesia Agnes Cecile.


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  • Rittberg, B. R. (2016). Major depressive disorder. In The Medical Basis of Psychiatry: Fourth Edition. https://doi.org/10.1007/978-1-4939-2528-5_5
  • Bentley, S. M., Pagalilauan, G. L., & Simpson, S. A. (2014). Major Depression. Medical Clinics of North America. https://doi.org/10.1016/j.mcna.2014.06.013
  • Flint, J., & Kendler, K. S. (2014). The Genetics of Major Depression. Neuron. https://doi.org/10.1016/j.neuron.2014.01.027
  • Marazziti, D., Consoli, G., Picchetti, M., Carlini, M., & Faravelli, L. (2010). Cognitive impairment in major depression. European Journal of Pharmacology. https://doi.org/10.1016/j.ejphar.2009.08.046
  • Harvard Medical School. Major Depression. (2018). Recuperado el 19 de mayo de 2020. https://www.health.harvard.edu/a_to_z/major-depression-a-to-z
  • National Institute of Mental Health. Depression. (2018). Recuperado el 19 de mayo de 2020. https://www.nimh.nih.gov/health/topics/depression/index.shtml

 

 


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