Como apagar memórias dolorosas da mente?
Há episódios na vida das pessoas que marcam por sua natureza triste. Essas memórias dolorosas impedem o desenvolvimento de uma vida saudável, calma e sem sobressaltos. É possível apagar as memórias dolorosas da mente?
O que são memórias?
Memória é uma palavra que vem do latim e cuja etimologia significa “voltar a passar pelo coração”. Lembrar é a maneira pela qual guardamos em nossa mente uma certa situação ocorrida no passado.
Para que servem as memórias?
As memórias servem para organizar a existência de seres humanos. Sem recordações ou memórias, seria impossível viver. Isso implicaria ter que aprender tudo novamente a cada momento, tornando impossível a acumulação e a transferência de experiências.
Como as memórias são armazenadas?
A memória armazena recordações de várias maneiras, estabelecendo um conjunto diferenciado para cada tipo de lembrança. A lista é extensa, no entanto, pode-se dizer que as recordações são divididas entre aquelas que são de curto prazo, de longo prazo e sensoriais.
Memória sensorial
É a memória que se manifesta através dos sentidos. Armazena as memórias de forma muito breve, as quais não duram mais do que 300 milissegundos. Depois desse tempo, desaparece imediatamente, a menos que se tornem parte da memória de curto prazo.
Memória de curto prazo
Uma vez que uma experiência da memória sensorial foi selecionada, ela é instalada na memória de curto prazo, também é designada de memória operacional. Pode ter entre 5 e 9 elementos.
Memória de longo prazo
É aquela que armazena recordações de forma duradoura. É aí que as memórias dolorosas permanecem. Esta é dividida em memória implícita e explícita.
A primeira é a que mantém as experiências inconscientemente e está relacionada com a aprendizagem de diferentes tipos de habilidades. Graças a esta memória, você pode realizar atividades como andar de bicicleta ou dirigir o carro.
A memória explícita está ligada à atividade consciente. Podem se distinguir dois tipos de memória explícita: semântica e memória episódica. A semântica se refere a memórias históricas ou científicas e ao conhecimento de natureza geográfica. Também o nome das pessoas, por exemplo, é armazenado como uma memória neste campo.
A memória episódica é onde memórias dolorosas são armazenadas mais especificamente. É aí que são mantidos os episódios autobiográficos, isto é, nos permite reconhecer certos fatos ou experiências particulares. Por exemplo, o dia de casamento, o dia da formatura, uma luta ou uma ofensa forte, são armazenados na memória episódica.
Recomendamos que você leia: Dicas para melhorar a memória de curto prazo
Podemos apagar as memórias dolorosas?
Os seres humanos passam por eventos dolorosos ao longo de suas vidas. Muitas vezes é possível encarar essas memórias e continuar. No entanto, há momentos em que isso pode ser mais complicado. A depressão ou o transtorno de estresse pós-traumático resultante de eventos que marcam o passado das pessoas podem representar um peso muito forte e difícil de suportar.
Devido à forma como as memórias são armazenadas, estas dependem da forma como a memória é consolidada. Esta área de estudo pertence à neurociência.
Pesquisas neste campo indicam que cada vez que você recupera (lembra) um determinado episódio, torna-se maleável ou instável, possibilitando que a pessoa adicione novas informações. Ao voltar a armazenar esse fato, este é alterado em relação ao inicial ou original.
Este mecanismo fornece um espaço para modificar a forma como um evento doloroso e traumático é moldado na memória. Por sua vez, podemos mudar as reações emocionais que estão relacionadas a ele.
Emoções negativas
A psicoterapia também pode ajudar a neutralizar emoções negativas em uma pessoa reinterpretando os fatos que causam dor. Quando os significados são alterados, o fato doloroso é alterado. São adicionadas ou substituídas essas informações por outras diferentes daquelas que causam o sofrimento.
Hoje em dia é possível desenvolver drogas que evitem a fixação de memórias dolorosas. Estas são substâncias capazes de inibir a produção de cortisol, que é a substância que ajuda a “consertar” memórias dolorosas.
No entanto, a maioria das teorias relacionadas ao estudo de memórias dolorosas concorda que os fatos devem ser aceitos e devemos manter a premissa de que o passado não pode ser alterado.
É necessário tirar um aprendizado desse fato doloroso. Por mais forte ou traumático que seja, você sempre tirará uma lição positiva e, por fim, é importante perdoar. Perdoar e se perdoar faz qualquer fato poder ser superado e permanecer no passado.
Há episódios na vida das pessoas que marcam por sua natureza triste. Essas memórias dolorosas impedem o desenvolvimento de uma vida saudável, calma e sem sobressaltos. É possível apagar as memórias dolorosas da mente?
O que são memórias?
Memória é uma palavra que vem do latim e cuja etimologia significa “voltar a passar pelo coração”. Lembrar é a maneira pela qual guardamos em nossa mente uma certa situação ocorrida no passado.
Para que servem as memórias?
As memórias servem para organizar a existência de seres humanos. Sem recordações ou memórias, seria impossível viver. Isso implicaria ter que aprender tudo novamente a cada momento, tornando impossível a acumulação e a transferência de experiências.
Como as memórias são armazenadas?
A memória armazena recordações de várias maneiras, estabelecendo um conjunto diferenciado para cada tipo de lembrança. A lista é extensa, no entanto, pode-se dizer que as recordações são divididas entre aquelas que são de curto prazo, de longo prazo e sensoriais.
Memória sensorial
É a memória que se manifesta através dos sentidos. Armazena as memórias de forma muito breve, as quais não duram mais do que 300 milissegundos. Depois desse tempo, desaparece imediatamente, a menos que se tornem parte da memória de curto prazo.
Memória de curto prazo
Uma vez que uma experiência da memória sensorial foi selecionada, ela é instalada na memória de curto prazo, também é designada de memória operacional. Pode ter entre 5 e 9 elementos.
Memória de longo prazo
É aquela que armazena recordações de forma duradoura. É aí que as memórias dolorosas permanecem. Esta é dividida em memória implícita e explícita.
A primeira é a que mantém as experiências inconscientemente e está relacionada com a aprendizagem de diferentes tipos de habilidades. Graças a esta memória, você pode realizar atividades como andar de bicicleta ou dirigir o carro.
A memória explícita está ligada à atividade consciente. Podem se distinguir dois tipos de memória explícita: semântica e memória episódica. A semântica se refere a memórias históricas ou científicas e ao conhecimento de natureza geográfica. Também o nome das pessoas, por exemplo, é armazenado como uma memória neste campo.
A memória episódica é onde memórias dolorosas são armazenadas mais especificamente. É aí que são mantidos os episódios autobiográficos, isto é, nos permite reconhecer certos fatos ou experiências particulares. Por exemplo, o dia de casamento, o dia da formatura, uma luta ou uma ofensa forte, são armazenados na memória episódica.
Recomendamos que você leia: Dicas para melhorar a memória de curto prazo
Podemos apagar as memórias dolorosas?
Os seres humanos passam por eventos dolorosos ao longo de suas vidas. Muitas vezes é possível encarar essas memórias e continuar. No entanto, há momentos em que isso pode ser mais complicado. A depressão ou o transtorno de estresse pós-traumático resultante de eventos que marcam o passado das pessoas podem representar um peso muito forte e difícil de suportar.
Devido à forma como as memórias são armazenadas, estas dependem da forma como a memória é consolidada. Esta área de estudo pertence à neurociência.
Pesquisas neste campo indicam que cada vez que você recupera (lembra) um determinado episódio, torna-se maleável ou instável, possibilitando que a pessoa adicione novas informações. Ao voltar a armazenar esse fato, este é alterado em relação ao inicial ou original.
Este mecanismo fornece um espaço para modificar a forma como um evento doloroso e traumático é moldado na memória. Por sua vez, podemos mudar as reações emocionais que estão relacionadas a ele.
Emoções negativas
A psicoterapia também pode ajudar a neutralizar emoções negativas em uma pessoa reinterpretando os fatos que causam dor. Quando os significados são alterados, o fato doloroso é alterado. São adicionadas ou substituídas essas informações por outras diferentes daquelas que causam o sofrimento.
Hoje em dia é possível desenvolver drogas que evitem a fixação de memórias dolorosas. Estas são substâncias capazes de inibir a produção de cortisol, que é a substância que ajuda a “consertar” memórias dolorosas.
No entanto, a maioria das teorias relacionadas ao estudo de memórias dolorosas concorda que os fatos devem ser aceitos e devemos manter a premissa de que o passado não pode ser alterado.
É necessário tirar um aprendizado desse fato doloroso. Por mais forte ou traumático que seja, você sempre tirará uma lição positiva e, por fim, é importante perdoar. Perdoar e se perdoar faz qualquer fato poder ser superado e permanecer no passado.
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Manzanero, A. L., & López, B. (2007). Características de los recuerdos autobiográficos sobre sucesos traumáticos. Boletín de psicología, 90, 7-18.
- Odriozola, Enrique Echeburúa. “Modulación emocional de la memoria: de las viviencias traumáticas a los recuerdos biográficos.” Eguzkilore: Cuaderno del Instituto Vasco de Criminología 28 (2014): 169-176.
- Puebla, Antonio Lucas Manzanero. “Recuerdo de hechos traumáticos: de la introspección al estudio objetivo.” Psicopatología Clínica Legal y Forense 10.1 (2010): 149-164.
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Carrillo-Mora, P. (2010). Sistemas de memoria: reseña histórica, clasificación y conceptos actuales. Segunda parte: Sistemas de memoria de largo plazo: Memoria episódica, sistemas de memoria no declarativa y memoria de trabajo. Salud mental, 33(2), 197-205.
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Jáuregui, M., & Razumiejczyk, E. (2011). Memoria y aprendizaje: una revisión de los aportes cognitivos. Psicología y psicopedagogía, (26), 20-44.
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