Cólica do lactente: causas e dicas para os pais
Escrito e verificado por A enfermeira Sara Cañamero
Algumas das principais razões para consultar o pediatra geralmente são aquelas relacionadas ao sono do bebê, alimentação, amamentação e cólica do lactente. Hoje vamos tratar desta última, pois é comum que ela cause ansiedade e confusão nos pais.
A definição mais amplamente difundida de cólica do lactente a descreve como episódios de choro intenso e vigoroso por pelo menos três horas por dia, três dias por semana durante pelo menos três semanas em um bebê saudável e bem alimentado.
Na maioria das vezes elas aparecem até as seis semanas de vida, e as crises de choro são descritas como ataques abruptos de alta intensidade que aparecem ao final do dia. A melhora aparece em torno de quatro ou seis meses pós-parto.
Como são essas crises?
A característica é que os bebês adotem uma posição muito típica: posicionam-se com as coxas flexionadas no abdômen, cerram os punhos, o rosto torna-se avermelhado e o abdômen fica muito tensionado.
Esses episódios podem durar de alguns minutos a horas. Nos períodos entre as crises, os bebês são completamente assintomáticos e sorridentes e, durante o acompanhamento, mamam e ganham peso normalmente.
Causas da cólica do lactente
As causas da cólica do lactente são multifatoriais, ou seja, não há uma causa única que a provoque, e muitas vezes existem vários fatores que fazem com que um determinado bebê seja mais suscetível a elas:
- Fatores orgânicos: imaturidade do sistema digestivo, intolerância à proteína do leite, etc.
- Fatores comportamentais: temperamento do bebê, comportamento em casa (pais de primeira viagem), uso de bicos, tipo de lactação, déficit de sucção, etc.
- Fatores anatômicos: presença de frênulo lingual, alteração no palato, baixo peso, etc.
O que podemos fazer?
A primeira coisa que temos a dizer para tranquilizar os pais é que este é um processo benigno, para o qual não existem remédios universais.
O principal a fazer é confortar nossos bebês e cuidar do choro, isso sempre, pois deixá-los chorar não apenas não fará com que as cólicas diminuam, mas também pode causar outras complicações físicas e psicológicas no pequenino.
Diante do choro, devemos descartar causas lógicas: que ele esteja com fome, com frio, com calor, com sono, com a fralda suja, etc. É verdade que, com o passar das semanas, os pais são capazes de identificar o tipo de choro do bebê e, com base nisso, sabem como cobrir as necessidades que eles têm.
Devemos descartar qualquer patologia ou doença, como dor de ouvido ou na gengiva. Portanto, é importante procurarmos um pediatra quando percebermos que o bebê pode ter algum tipo de dor.
Se, do ponto de vista médico, o bebê estiver saudável, mas suspeitamos que ele sofra de cólica do lactente, é importante procurar um centro especializado com uma equipe multidisciplinar.
Como é uma consulta sobre cólica do lactente?
Esse problema pode ser abordado de maneira multidisciplinar e, portanto, a médica especialista, a enfermeira pediátrica, o fisioterapeuta e, quando necessário, o psicólogo colaboram.
A primeira coisa que será feita é o levantamento do histórico do parto, gravidez, dos primeiros dias de vida e, também, a história familiar. Em seguida, inicia-se o exame físico do bebê: abdômen, diafragma, cavidade oral, sinais de dermatite atópica, etc.
Na mesma consulta, analisa-se a alimentação do bebê, a partir do peito ou da mamadeira, a fim de descartar problemas de aderência, uma vez que, em muitas ocasiões, essas são uma razão comum para que o bebê engula ar. Nesses casos, realiza-se um tratamento com fisioterapia ou osteopatia e, então, os pais são orientados a respeito de como agir em casa.
Dicas para os pais:
- Ofereça o peito até que o bebê o pegue espontaneamente. Evite o uso de bicos artificiais, que podem causar confusão de bicos. Temos que garantir que a técnica de sucção esteja correta e que não haja frênulo lingual para que ocorra uma mobilidade correta da língua.
- Se você der mamadeira, é importante que a técnica também esteja correta. Certifique-se de que não cause nenhuma alteração na boca. Podemos escolher uma mamadeira anticólica, que regule o fluxo de saída do leite, e oferecer leites específicos para bebês com alergias alimentares.
- É importante que, após a alimentação, mantenhamos o bebê na posição vertical para que ele possa expelir todo o ar.
- Ao dar o peito e suspeitar que o bebê tenha intolerâncias ou alergias alimentares, a mãe deve remover de sua própria dieta: laticínios, glúten, ovos, oleaginosas, soja ou peixe por duas ou três semanas para verificar alguma melhora. Caso ocorra uma relação desses alimentos com a alergia do bebê, uma dieta um tanto restritiva deverá ser mantida e, se não houver melhora, todos os alimentos que aconselhamos a retirar podem ser reintroduzidos.
- Massagem para bebês, realizada pelos pais ou cuidadores, ou por um fisioterapeuta especializado em cólicas infantis.
- Sempre atenda o choro do bebê.
- Promova o contato pele com pele. Foi provado que esta técnica faz os bebês chorarem menos. Além disso, utilize um sling. Desta forma, você garante a posição correta do bebê que o ajudará a expelir os gases e também poderá atender imediatamente às suas necessidades.
- Incline ligeiramente a cabeceira do berço.
Algumas das principais razões para consultar o pediatra geralmente são aquelas relacionadas ao sono do bebê, alimentação, amamentação e cólica do lactente. Hoje vamos tratar desta última, pois é comum que ela cause ansiedade e confusão nos pais.
A definição mais amplamente difundida de cólica do lactente a descreve como episódios de choro intenso e vigoroso por pelo menos três horas por dia, três dias por semana durante pelo menos três semanas em um bebê saudável e bem alimentado.
Na maioria das vezes elas aparecem até as seis semanas de vida, e as crises de choro são descritas como ataques abruptos de alta intensidade que aparecem ao final do dia. A melhora aparece em torno de quatro ou seis meses pós-parto.
Como são essas crises?
A característica é que os bebês adotem uma posição muito típica: posicionam-se com as coxas flexionadas no abdômen, cerram os punhos, o rosto torna-se avermelhado e o abdômen fica muito tensionado.
Esses episódios podem durar de alguns minutos a horas. Nos períodos entre as crises, os bebês são completamente assintomáticos e sorridentes e, durante o acompanhamento, mamam e ganham peso normalmente.
Causas da cólica do lactente
As causas da cólica do lactente são multifatoriais, ou seja, não há uma causa única que a provoque, e muitas vezes existem vários fatores que fazem com que um determinado bebê seja mais suscetível a elas:
- Fatores orgânicos: imaturidade do sistema digestivo, intolerância à proteína do leite, etc.
- Fatores comportamentais: temperamento do bebê, comportamento em casa (pais de primeira viagem), uso de bicos, tipo de lactação, déficit de sucção, etc.
- Fatores anatômicos: presença de frênulo lingual, alteração no palato, baixo peso, etc.
O que podemos fazer?
A primeira coisa que temos a dizer para tranquilizar os pais é que este é um processo benigno, para o qual não existem remédios universais.
O principal a fazer é confortar nossos bebês e cuidar do choro, isso sempre, pois deixá-los chorar não apenas não fará com que as cólicas diminuam, mas também pode causar outras complicações físicas e psicológicas no pequenino.
Diante do choro, devemos descartar causas lógicas: que ele esteja com fome, com frio, com calor, com sono, com a fralda suja, etc. É verdade que, com o passar das semanas, os pais são capazes de identificar o tipo de choro do bebê e, com base nisso, sabem como cobrir as necessidades que eles têm.
Devemos descartar qualquer patologia ou doença, como dor de ouvido ou na gengiva. Portanto, é importante procurarmos um pediatra quando percebermos que o bebê pode ter algum tipo de dor.
Se, do ponto de vista médico, o bebê estiver saudável, mas suspeitamos que ele sofra de cólica do lactente, é importante procurar um centro especializado com uma equipe multidisciplinar.
Como é uma consulta sobre cólica do lactente?
Esse problema pode ser abordado de maneira multidisciplinar e, portanto, a médica especialista, a enfermeira pediátrica, o fisioterapeuta e, quando necessário, o psicólogo colaboram.
A primeira coisa que será feita é o levantamento do histórico do parto, gravidez, dos primeiros dias de vida e, também, a história familiar. Em seguida, inicia-se o exame físico do bebê: abdômen, diafragma, cavidade oral, sinais de dermatite atópica, etc.
Na mesma consulta, analisa-se a alimentação do bebê, a partir do peito ou da mamadeira, a fim de descartar problemas de aderência, uma vez que, em muitas ocasiões, essas são uma razão comum para que o bebê engula ar. Nesses casos, realiza-se um tratamento com fisioterapia ou osteopatia e, então, os pais são orientados a respeito de como agir em casa.
Dicas para os pais:
- Ofereça o peito até que o bebê o pegue espontaneamente. Evite o uso de bicos artificiais, que podem causar confusão de bicos. Temos que garantir que a técnica de sucção esteja correta e que não haja frênulo lingual para que ocorra uma mobilidade correta da língua.
- Se você der mamadeira, é importante que a técnica também esteja correta. Certifique-se de que não cause nenhuma alteração na boca. Podemos escolher uma mamadeira anticólica, que regule o fluxo de saída do leite, e oferecer leites específicos para bebês com alergias alimentares.
- É importante que, após a alimentação, mantenhamos o bebê na posição vertical para que ele possa expelir todo o ar.
- Ao dar o peito e suspeitar que o bebê tenha intolerâncias ou alergias alimentares, a mãe deve remover de sua própria dieta: laticínios, glúten, ovos, oleaginosas, soja ou peixe por duas ou três semanas para verificar alguma melhora. Caso ocorra uma relação desses alimentos com a alergia do bebê, uma dieta um tanto restritiva deverá ser mantida e, se não houver melhora, todos os alimentos que aconselhamos a retirar podem ser reintroduzidos.
- Massagem para bebês, realizada pelos pais ou cuidadores, ou por um fisioterapeuta especializado em cólicas infantis.
- Sempre atenda o choro do bebê.
- Promova o contato pele com pele. Foi provado que esta técnica faz os bebês chorarem menos. Além disso, utilize um sling. Desta forma, você garante a posição correta do bebê que o ajudará a expelir os gases e também poderá atender imediatamente às suas necessidades.
- Incline ligeiramente a cabeceira do berço.
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- Ortega Páez, E., & Barroso Espadero, D. (2013). Cólico del lactante. Pediatría Atención Primaria, 15, 81-87. http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1139-76322013000300009
- Savino, F., Ceratto, S., De Marco, A., & di Montezemolo, L. C. (2014). Looking for new treatments of infantile colic. Italian journal of Pediatrics, 40(1), 53. https://link.springer.com/article/10.1186/1824-7288-40-53
- Castillo Ramírez, M., & Vargas Durán, K. (2017). Efectividad del masaje en el área abdominal para la reducción de los cólicos del lactante. Enfermería Actual de Costa Rica, (32), 79-89. https://www.scielo.sa.cr/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1409-45682017000100079
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