Climatério e menopausa: como adaptar o seu estilo de vida?
Escrito e verificado por o enfermeiro Daniel Baldó Vela
Climatério e menopausa são conceitos relacionados à perda da capacidade reprodutiva da mulher. Ambos levam ao aparecimento de sintomas diferentes, bem como a um risco aumentado de sofrer de várias doenças. Por isso, adaptar o estilo de vida a esta nova etapa é fundamental para manter a boa saúde. O que você deve saber sobre o tema? Descubra todos os detalhes a seguir.
Compreender essa nova fase, readequar o padrão alimentar, aumentar a atividade física, aplicar estratégias de higiene do sono e fazer um uso correto da suplementação são medidas fundamentais para o combate aos sintomas e riscos associados ao climatério e à menopausa.
O que é o climatério?
O climatério se refere ao processo fisiológico no qual a mulher perde a sua capacidade reprodutiva. Começa entre as idades de 40 e 45 anos e termina aos 65 anos, vários anos após a cessação da menstruação.
Essa fase da vida da mulher é caracterizada pela redução progressiva da produção de estrogênio e progesterona, os hormônios femininos, em decorrência do envelhecimento ovariano.
Saiba mais: 6 hormônios importantes para o ciclo da ovulação
Que sintomas aparecem?
O climatério é caracterizado principalmente pelo aparecimento de desequilíbrios menstruais. Na verdade, estes são os primeiros sintomas em todas as mulheres e, portanto, são eles que avisam que o climatério já começou. A partir disso, cada mulher experimenta uma sintomatologia diferente.
A variabilidade dos sintomas é determinada pela queda do estrogênio. Quando a progesterona cai enquanto o estrogênio está estável, não surgem outros sintomas além do desajuste menstrual.
No entanto, quando os níveis de estrogênio caem acentuadamente, um quadro sintomático mais intenso e variado é observado. Os sintomas associados à queda no estrogênio incluem:
- Ganho de peso.
- Insônia.
- Suor noturno.
- Irritabilidade.
- Ansiedade.
- Labilidade emocional.
- Pele e membranas mucosas secas.
- Dispareunia (dor vaginal durante a relação sexual).
- Desejo sexual reduzido.
- Ondas de calor.
E a menopausa?
A menopausa não é um processo, mas um evento que põe fim à capacidade reprodutiva da mulher. É diagnosticada com um caráter retrospectivo, quando a mulher está há 12 meses sem nenhum tipo de sangramento vaginal. A partir daí, a mulher é considerada menopáusica ou pós-menopáusica.
Climatério e menopausa: quais riscos esta etapa representa para a saúde?
A queda do estrogênio associada ao climatério e à menopausa aumenta o risco de certos problemas de saúde. Esses incluem:
- Osteoporose.
- Sobrepeso e obesidade.
- Câncer.
- Doenças cardiovasculares (acidente vascular cerebral, hipertensão, enfarto do miocárdio, etc…).
- Patologias metabólicas (diabetes mellitus, distúrbios da tireoide, etc…).
Assim, com o objetivo de minimizar os sintomas e reduzir os riscos, é fundamental reajustar o estilo de vida para se adaptar às novas necessidades de saúde.
Climatério, menopausa e estilo de vida
Reajustar seu estilo de vida para enfrentar essa nova etapa de forma saudável significa adaptar seus padrões de alimentação, atividade física, sono e controle das próprias emoções.
Alimentação saudável
Nesse ponto, devemos desenhar uma estratégia de alimentação cujo principal objetivo seja lidar com a queda do estrogênio e a desmineralização óssea associada (perda de cálcio dos ossos). Além disso, junto com o aumento da atividade física, uma dieta saudável ajudará a manter uma composição corporal ideal.
Em linhas gerais, a alimentação deve ser balanceada, fresca, variada e rica em laticínios, vegetais, frutas, leguminosas, grãos integrais e sementes.
Vida ativa
Aqui, o objetivo principal será estimular o metabolismo e neutralizar a tendência de acúmulo de gordura corporal associada à queda do estrogênio. Isso também contribuirá para uma melhor gestão do estresse e do humor.
Da mesma forma, o exercício físico será essencial para fixar o cálcio dentro do osso para reduzir o risco de osteoporose e fratura óssea.
Além disso, se for ao ar livre, também contribuirá para a absorção intestinal desse mineral, já que a vitamina D, cuja síntese é estimulada pela exposição da pele ao sol, é essencial para isso.
Incluir a atividade física no contexto da vida diária é a estratégia de atividade mais aderente e sustentável.
Higiene do sono
Os distúrbios do sono costumam ser os sintomas mais pronunciados e mais desconfortáveis em mulheres na pré e pós-menopausa. Além disso, a ciência nos diz que não dormir bem aumenta todos os riscos que, por sua vez, já são elevados pela queda do estrogênio. Assim, fica evidente a necessidade de implementar estratégias.
A solução é estabelecer certas mudanças relacionadas ao horário de dormir e acordar, atividade física, jantar, hábitos antes de ir para a cama e as condições do quarto em que se dorme. Além disso, seria muito interessante iniciar um regime de suplementação com melatonina, substâncias precursoras do GABA e vitaminas do complexo B.
Leia também: Como reduzir os danos da osteoporose após a menopausa
Ômega 3
O consumo adequado de ômega 3 contribui para reduzir o risco cardiovascular e melhorar os sintomas cognitivos e emocionais associados a essa fase.
Este ácido graxo é encontrado principalmente em peixes e em algumas oleaginosas e sementes. Porém, sua disponibilidade é escassa em todos eles.
Os peixes costumam ser cozidos antes de serem consumidos, e o ômega 3 oxida ao entrar em contato com o calor. Já as oleaginosas e sementes contêm um tipo de ômega 3 que não pode ser assimilado pelo nosso corpo.
É por isso que a suplementação é essencial. Um suplemento de ômega 3 adequado é aquele que se apresenta na forma de triglicerídeo, não foi submetido a altas temperaturas e contém a quantidade mínima possível de mercúrio.
Entender o processo
Entender o processo e as formas de aliviá-lo é essencial para reduzir a ansiedade que as mulheres experimentam em decorrência da ignorância e da incompreensão do que está acontecendo.
Além disso, é fundamental trabalhar para que as mulheres não vejam esse período como uma perda de saúde, mas como uma oportunidade de cuidar dela e melhorá-la. Aqui, é essencial demonstrar que as alterações propostas melhoram os sintomas e reduzem os riscos associados.
Adaptar o estilo de vida às novas necessidades é fundamental para viver estas duas etapas da vida com mais saúde e bem-estar.
Climatério e menopausa são conceitos relacionados à perda da capacidade reprodutiva da mulher. Ambos levam ao aparecimento de sintomas diferentes, bem como a um risco aumentado de sofrer de várias doenças. Por isso, adaptar o estilo de vida a esta nova etapa é fundamental para manter a boa saúde. O que você deve saber sobre o tema? Descubra todos os detalhes a seguir.
Compreender essa nova fase, readequar o padrão alimentar, aumentar a atividade física, aplicar estratégias de higiene do sono e fazer um uso correto da suplementação são medidas fundamentais para o combate aos sintomas e riscos associados ao climatério e à menopausa.
O que é o climatério?
O climatério se refere ao processo fisiológico no qual a mulher perde a sua capacidade reprodutiva. Começa entre as idades de 40 e 45 anos e termina aos 65 anos, vários anos após a cessação da menstruação.
Essa fase da vida da mulher é caracterizada pela redução progressiva da produção de estrogênio e progesterona, os hormônios femininos, em decorrência do envelhecimento ovariano.
Saiba mais: 6 hormônios importantes para o ciclo da ovulação
Que sintomas aparecem?
O climatério é caracterizado principalmente pelo aparecimento de desequilíbrios menstruais. Na verdade, estes são os primeiros sintomas em todas as mulheres e, portanto, são eles que avisam que o climatério já começou. A partir disso, cada mulher experimenta uma sintomatologia diferente.
A variabilidade dos sintomas é determinada pela queda do estrogênio. Quando a progesterona cai enquanto o estrogênio está estável, não surgem outros sintomas além do desajuste menstrual.
No entanto, quando os níveis de estrogênio caem acentuadamente, um quadro sintomático mais intenso e variado é observado. Os sintomas associados à queda no estrogênio incluem:
- Ganho de peso.
- Insônia.
- Suor noturno.
- Irritabilidade.
- Ansiedade.
- Labilidade emocional.
- Pele e membranas mucosas secas.
- Dispareunia (dor vaginal durante a relação sexual).
- Desejo sexual reduzido.
- Ondas de calor.
E a menopausa?
A menopausa não é um processo, mas um evento que põe fim à capacidade reprodutiva da mulher. É diagnosticada com um caráter retrospectivo, quando a mulher está há 12 meses sem nenhum tipo de sangramento vaginal. A partir daí, a mulher é considerada menopáusica ou pós-menopáusica.
Climatério e menopausa: quais riscos esta etapa representa para a saúde?
A queda do estrogênio associada ao climatério e à menopausa aumenta o risco de certos problemas de saúde. Esses incluem:
- Osteoporose.
- Sobrepeso e obesidade.
- Câncer.
- Doenças cardiovasculares (acidente vascular cerebral, hipertensão, enfarto do miocárdio, etc…).
- Patologias metabólicas (diabetes mellitus, distúrbios da tireoide, etc…).
Assim, com o objetivo de minimizar os sintomas e reduzir os riscos, é fundamental reajustar o estilo de vida para se adaptar às novas necessidades de saúde.
Climatério, menopausa e estilo de vida
Reajustar seu estilo de vida para enfrentar essa nova etapa de forma saudável significa adaptar seus padrões de alimentação, atividade física, sono e controle das próprias emoções.
Alimentação saudável
Nesse ponto, devemos desenhar uma estratégia de alimentação cujo principal objetivo seja lidar com a queda do estrogênio e a desmineralização óssea associada (perda de cálcio dos ossos). Além disso, junto com o aumento da atividade física, uma dieta saudável ajudará a manter uma composição corporal ideal.
Em linhas gerais, a alimentação deve ser balanceada, fresca, variada e rica em laticínios, vegetais, frutas, leguminosas, grãos integrais e sementes.
Vida ativa
Aqui, o objetivo principal será estimular o metabolismo e neutralizar a tendência de acúmulo de gordura corporal associada à queda do estrogênio. Isso também contribuirá para uma melhor gestão do estresse e do humor.
Da mesma forma, o exercício físico será essencial para fixar o cálcio dentro do osso para reduzir o risco de osteoporose e fratura óssea.
Além disso, se for ao ar livre, também contribuirá para a absorção intestinal desse mineral, já que a vitamina D, cuja síntese é estimulada pela exposição da pele ao sol, é essencial para isso.
Incluir a atividade física no contexto da vida diária é a estratégia de atividade mais aderente e sustentável.
Higiene do sono
Os distúrbios do sono costumam ser os sintomas mais pronunciados e mais desconfortáveis em mulheres na pré e pós-menopausa. Além disso, a ciência nos diz que não dormir bem aumenta todos os riscos que, por sua vez, já são elevados pela queda do estrogênio. Assim, fica evidente a necessidade de implementar estratégias.
A solução é estabelecer certas mudanças relacionadas ao horário de dormir e acordar, atividade física, jantar, hábitos antes de ir para a cama e as condições do quarto em que se dorme. Além disso, seria muito interessante iniciar um regime de suplementação com melatonina, substâncias precursoras do GABA e vitaminas do complexo B.
Leia também: Como reduzir os danos da osteoporose após a menopausa
Ômega 3
O consumo adequado de ômega 3 contribui para reduzir o risco cardiovascular e melhorar os sintomas cognitivos e emocionais associados a essa fase.
Este ácido graxo é encontrado principalmente em peixes e em algumas oleaginosas e sementes. Porém, sua disponibilidade é escassa em todos eles.
Os peixes costumam ser cozidos antes de serem consumidos, e o ômega 3 oxida ao entrar em contato com o calor. Já as oleaginosas e sementes contêm um tipo de ômega 3 que não pode ser assimilado pelo nosso corpo.
É por isso que a suplementação é essencial. Um suplemento de ômega 3 adequado é aquele que se apresenta na forma de triglicerídeo, não foi submetido a altas temperaturas e contém a quantidade mínima possível de mercúrio.
Entender o processo
Entender o processo e as formas de aliviá-lo é essencial para reduzir a ansiedade que as mulheres experimentam em decorrência da ignorância e da incompreensão do que está acontecendo.
Além disso, é fundamental trabalhar para que as mulheres não vejam esse período como uma perda de saúde, mas como uma oportunidade de cuidar dela e melhorá-la. Aqui, é essencial demonstrar que as alterações propostas melhoram os sintomas e reduzem os riscos associados.
Adaptar o estilo de vida às novas necessidades é fundamental para viver estas duas etapas da vida com mais saúde e bem-estar.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Escobar Viana, M. & Sánchez-Nieva Lampaya, C. (2018). Alimentación saludable y recomendada a mujeres en la etapa climatérica. En Gázquez, J.J., Molero, M.M., Pérez Fuentes, M.C., Barragán, A.B., Simón, M.M. & Martos, A. Salud y cuidados durante el desarrollo (pp. 187-192). España: ASUNIVEP. Consultado el 06/11/2019. Recuperado de: https://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=716848
- Heras Córdova, M.M., Recalde Ayona, A.V., Rodríguez Vargas, R.A., Bone Lajones, L.I., Álava Magallanes, G.D. & De la Cruz Bermeo, L. (2017). Menopausia y actividad física: manual para la atención físico-educativa. Revista Cubana de Investigaciones Biomédicas, 36(2): 138-149. Consultado el 06/11/2019. Recuperado de: http://scielo.sld.cu/pdf/ibi/v36n2/ibi12217.pdf
- Martínez Camilo, R.V. (2010). Trastornos del sueño y climaterio. Revista Cubana de Ginecología y Obstetricia, 36(4): 585-593. Consultado el 06/11/2019. Recuperado de: http://scielo.sld.cu/pdf/gin/v36n4/gin12410.pdf
- Palacios, S., Cancelo, M.J., Castaño, M.R., García, A., Pintó, X., Sánchez Borrego, R., Bannenberg, G & Gil, E. (2013). Ácidos grasos omega 3 y trastornos afectivos en la mujer. Cuadernos de medicina psicosomática y psiquiatría de enlace, 106: 23-30. Consultado el: 06/11/2019. Recuperado de: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4394211
- Piñeiro Corrales, G., Rivero, N.L. & Culebras Fernández, J.M. (2013). Papel de los ácidos grasos omega 3 en la prevención de enfermedades cardiovasculares. Nutrición Hospitalaria, 28(1): 1-5. Consultado el 06/11/2019. Recuperado de: http://scielo.isciii.es/pdf/nh/v28n1/01revision01.pdf
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.