Cistoscopia: em que consiste, riscos e recuperação
Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira
A cistoscopia é um procedimento muito utilizado em urologia. Permite tanto o diagnóstico como o tratamento de determinadas patologias que afetam a bexiga e a uretra. Consiste na inserção de um tubo pela uretra, que possui uma pequena câmera na ponta.
Graças a esta ferramenta, você pode ver o interior da bexiga. Além disso, outros instrumentos podem ser inseridos para biópsia de tecido ou remover algo que esteja causando um bloqueio.
O problema é que —como muitos outros procedimentos semelhantes— não é isento de riscos. Por isso, a seguir explicamos tudo o que você precisa saber sobre essa intervenção, porque ela é realizada e quais são suas possíveis complicações.
O que é uma cistoscopia?
A cistoscopia, também denominada «cistouretroscopia», é uma das intervenções mais utilizadas pelos urologistas para o diagnóstico e tratamento de certas doenças que afetam a bexiga e a uretra.
Consiste na introdução de um tubo de pequeno calibre através da uretra até a bexiga. Este, por sua vez, carrega na ponta uma pequena câmera que permite a visualização direta das paredes da uretra, da bexiga, da próstata e dos orifícios ureterais.
Segundo explicam os especialistas da Clínica Mayo, é uma das técnicas mais úteis para diagnosticar doenças da bexiga. Por exemplo, pode ajudar a diagnosticar câncer, cistite ou a presença de pedras. Também ajuda a determinar a causa de infecções urinárias frequentes.
Inclusive, no caso dos homens, pode levar à hiperplasia da próstata. É uma situação em que a próstata aumenta consideravelmente. Isso faz com que ele pressione a uretra e a torne estreita, de modo que o cistoscópio não possa ser avançado por ela.
Além disso, o procedimento pode ser utilizado para tratar inúmeras patologias, já que outras ferramentas podem ser inseridas pelo tubo. Por exemplo, pinças que permitem retirar um pequeno tumor ou que ajudam a colher uma pequena amostra de tecido para uma biópsia.
Tipos de tubos para cistoscopia
A cistoscopia é realizada inserindo um tubo de cerca de 40 centímetros de comprimento e cerca de meio centímetro de diâmetro. Este tubo é chamado de ‘cistoscópio’. No início, era um tubo oco muito mais simples.
No entanto, graças aos avanços da ciência, agora possui muito mais ferramentas e utilitários. Assim, encontramos duas variedades principais; um flexível e outro rígido.
- O cistoscópio flexível produz menos desconforto para o paciente. Além disso, permite uma análise mais rápida da bexiga.
- O tubo rígido, apesar de mais pesado, permite imagens mais nítidas do interior da bexiga.
No entanto, o tubo flexível não permite a introdução de outras ferramentas. Portanto, caso se deseje tratar ou realizar medidas mais complexas durante a cistoscopia, é indicado o uso do rígido.
Como é feito este exame?
Para realizar a cistoscopia, é importante que o médico tenha feito previamente um exame físico do paciente. Este teste pode ser feito no consultório ou na sala de cirurgia. A escolha do local depende principalmente da utilização ou não de anestesia geral.
O paciente ficará deitado de bruços, com as pernas abertas e os joelhos flexionados. Se for usado um cistoscópio flexível, é possível endireitar as pernas. Muitas vezes, em vez de anestesia geral, é aplicada uma sedação mais leve ou anestesia local.
Uma vez colocado o cistoscópio, é introduzida solução salina através dele para encher a bexiga. Normalmente é um teste curto, entre 15 e 60 minutos. De qualquer forma, o tempo pode variar dependendo do que você deseja fazer durante o procedimento. Se for usado um cistoscópio rígido, geralmente leva mais tempo.
Possíveis riscos
A cistoscopia é um exame invasivo, pois envolve a introdução de um corpo estranho no corpo. Portanto, uma série de complicações pode aparecer. Um dos mais comuns é a dor ou desconforto após o procedimento.
Da mesma forma, pode haver leve sangramento ou sensação de queimação ao urinar. Embora seja menos frequente, pode causar infecção urinária, principalmente se o paciente apresentar algum fator de risco, como outras comorbidades ou idade avançada.
Por esse motivo, é essencial consultar um médico se aparecer febre ou se a dor persistir por mais de dois dias. O mesmo acontece se houver sangramento intenso ou se não for possível urinar após a técnica.
Como se preparar para uma cistoscopia
A cistoscopia é um procedimento relativamente simples. No entanto, requer levar em conta uma série de aspectos e considerações antes de realizá-lo. Nas seções a seguir, explicamos o básico.
Antes do procedimento
Antes de ir para a cistoscopia, é possível que o médico modifique ou acrescente certos tratamentos do paciente. Por exemplo, pode ser necessário tomar antibióticos de antemão. Desta forma, o risco de infecção com o teste é reduzido.
Muitas vezes, é recomendável parar de tomar medicamentos anticoagulantes nos dias anteriores. Por outro lado, sugere-se ir à consulta com a bexiga cheia. Isso porque pode ser necessário coletar amostras de urina para análise em laboratório.
Durante o exame
A intervenção às vezes é realizada sob anestesia ou sedação, embora em alguns casos apenas anestésicos locais sejam usados. Nesse caso, a pessoa permanecerá consciente enquanto o teste estiver sendo realizado e poderá até sentir o cistoscópio sendo inserido.
No entanto, como os anestésicos locais são aplicados, a área ficará dormente. Ao longo do exame, tanto o interior da uretra quanto a bexiga são observados. Esta última é preenchida com soro fisiológico para melhor visualização de seu interior. O médico vê as imagens projetadas em uma tela, ao vivo.
Leia também: Bexiga neurogênica: sintomas, causas e tratamentos
O que esperar após a cistoscopia
Após o exame, o paciente deve permanecer em uma área de recuperação por pelo menos uma a várias horas, especialmente se sedação ou anestesia geral foram usadas. É essencial esperar que os efeitos passem.
Além disso, como o soro é introduzido na bexiga, geralmente é recomendado urinar logo após o procedimento. Assim, observa-se se algum desconforto ou complicação aparece.
Depois disso, recomenda-se a ingestão de água e analgésicos para aliviar possíveis males. Panos úmidos e quentes na uretra também são indicados para diminuir a inflamação e a dor.
O que os resultados podem indicar?
A cistoscopia permite orientar sobre o aparecimento de diversas patologias. Por exemplo, pólipos, áreas de estenose, malformações ou lesões atípicas podem ser observadas durante o processo. A simples observação de alguns deles pode ser diagnóstica de uma doença.
Além disso, como biópsias podem ser obtidas com essa técnica, é útil analisar se é um processo tumoral ou não. Nesses casos, os resultados são um pouco atrasados; tempo suficiente para o laboratório analisar as amostras.
A cistoscopia é um procedimento muito útil
A grande vantagem da cistoscopia é que além de diagnosticar, serve para tratar instantaneamente certas patologias. Além disso, é um procedimento bastante seguro, com baixo risco de complicações.
A cistoscopia é um procedimento muito utilizado em urologia. Permite tanto o diagnóstico como o tratamento de determinadas patologias que afetam a bexiga e a uretra. Consiste na inserção de um tubo pela uretra, que possui uma pequena câmera na ponta.
Graças a esta ferramenta, você pode ver o interior da bexiga. Além disso, outros instrumentos podem ser inseridos para biópsia de tecido ou remover algo que esteja causando um bloqueio.
O problema é que —como muitos outros procedimentos semelhantes— não é isento de riscos. Por isso, a seguir explicamos tudo o que você precisa saber sobre essa intervenção, porque ela é realizada e quais são suas possíveis complicações.
O que é uma cistoscopia?
A cistoscopia, também denominada «cistouretroscopia», é uma das intervenções mais utilizadas pelos urologistas para o diagnóstico e tratamento de certas doenças que afetam a bexiga e a uretra.
Consiste na introdução de um tubo de pequeno calibre através da uretra até a bexiga. Este, por sua vez, carrega na ponta uma pequena câmera que permite a visualização direta das paredes da uretra, da bexiga, da próstata e dos orifícios ureterais.
Segundo explicam os especialistas da Clínica Mayo, é uma das técnicas mais úteis para diagnosticar doenças da bexiga. Por exemplo, pode ajudar a diagnosticar câncer, cistite ou a presença de pedras. Também ajuda a determinar a causa de infecções urinárias frequentes.
Inclusive, no caso dos homens, pode levar à hiperplasia da próstata. É uma situação em que a próstata aumenta consideravelmente. Isso faz com que ele pressione a uretra e a torne estreita, de modo que o cistoscópio não possa ser avançado por ela.
Além disso, o procedimento pode ser utilizado para tratar inúmeras patologias, já que outras ferramentas podem ser inseridas pelo tubo. Por exemplo, pinças que permitem retirar um pequeno tumor ou que ajudam a colher uma pequena amostra de tecido para uma biópsia.
Tipos de tubos para cistoscopia
A cistoscopia é realizada inserindo um tubo de cerca de 40 centímetros de comprimento e cerca de meio centímetro de diâmetro. Este tubo é chamado de ‘cistoscópio’. No início, era um tubo oco muito mais simples.
No entanto, graças aos avanços da ciência, agora possui muito mais ferramentas e utilitários. Assim, encontramos duas variedades principais; um flexível e outro rígido.
- O cistoscópio flexível produz menos desconforto para o paciente. Além disso, permite uma análise mais rápida da bexiga.
- O tubo rígido, apesar de mais pesado, permite imagens mais nítidas do interior da bexiga.
No entanto, o tubo flexível não permite a introdução de outras ferramentas. Portanto, caso se deseje tratar ou realizar medidas mais complexas durante a cistoscopia, é indicado o uso do rígido.
Como é feito este exame?
Para realizar a cistoscopia, é importante que o médico tenha feito previamente um exame físico do paciente. Este teste pode ser feito no consultório ou na sala de cirurgia. A escolha do local depende principalmente da utilização ou não de anestesia geral.
O paciente ficará deitado de bruços, com as pernas abertas e os joelhos flexionados. Se for usado um cistoscópio flexível, é possível endireitar as pernas. Muitas vezes, em vez de anestesia geral, é aplicada uma sedação mais leve ou anestesia local.
Uma vez colocado o cistoscópio, é introduzida solução salina através dele para encher a bexiga. Normalmente é um teste curto, entre 15 e 60 minutos. De qualquer forma, o tempo pode variar dependendo do que você deseja fazer durante o procedimento. Se for usado um cistoscópio rígido, geralmente leva mais tempo.
Possíveis riscos
A cistoscopia é um exame invasivo, pois envolve a introdução de um corpo estranho no corpo. Portanto, uma série de complicações pode aparecer. Um dos mais comuns é a dor ou desconforto após o procedimento.
Da mesma forma, pode haver leve sangramento ou sensação de queimação ao urinar. Embora seja menos frequente, pode causar infecção urinária, principalmente se o paciente apresentar algum fator de risco, como outras comorbidades ou idade avançada.
Por esse motivo, é essencial consultar um médico se aparecer febre ou se a dor persistir por mais de dois dias. O mesmo acontece se houver sangramento intenso ou se não for possível urinar após a técnica.
Como se preparar para uma cistoscopia
A cistoscopia é um procedimento relativamente simples. No entanto, requer levar em conta uma série de aspectos e considerações antes de realizá-lo. Nas seções a seguir, explicamos o básico.
Antes do procedimento
Antes de ir para a cistoscopia, é possível que o médico modifique ou acrescente certos tratamentos do paciente. Por exemplo, pode ser necessário tomar antibióticos de antemão. Desta forma, o risco de infecção com o teste é reduzido.
Muitas vezes, é recomendável parar de tomar medicamentos anticoagulantes nos dias anteriores. Por outro lado, sugere-se ir à consulta com a bexiga cheia. Isso porque pode ser necessário coletar amostras de urina para análise em laboratório.
Durante o exame
A intervenção às vezes é realizada sob anestesia ou sedação, embora em alguns casos apenas anestésicos locais sejam usados. Nesse caso, a pessoa permanecerá consciente enquanto o teste estiver sendo realizado e poderá até sentir o cistoscópio sendo inserido.
No entanto, como os anestésicos locais são aplicados, a área ficará dormente. Ao longo do exame, tanto o interior da uretra quanto a bexiga são observados. Esta última é preenchida com soro fisiológico para melhor visualização de seu interior. O médico vê as imagens projetadas em uma tela, ao vivo.
Leia também: Bexiga neurogênica: sintomas, causas e tratamentos
O que esperar após a cistoscopia
Após o exame, o paciente deve permanecer em uma área de recuperação por pelo menos uma a várias horas, especialmente se sedação ou anestesia geral foram usadas. É essencial esperar que os efeitos passem.
Além disso, como o soro é introduzido na bexiga, geralmente é recomendado urinar logo após o procedimento. Assim, observa-se se algum desconforto ou complicação aparece.
Depois disso, recomenda-se a ingestão de água e analgésicos para aliviar possíveis males. Panos úmidos e quentes na uretra também são indicados para diminuir a inflamação e a dor.
O que os resultados podem indicar?
A cistoscopia permite orientar sobre o aparecimento de diversas patologias. Por exemplo, pólipos, áreas de estenose, malformações ou lesões atípicas podem ser observadas durante o processo. A simples observação de alguns deles pode ser diagnóstica de uma doença.
Além disso, como biópsias podem ser obtidas com essa técnica, é útil analisar se é um processo tumoral ou não. Nesses casos, os resultados são um pouco atrasados; tempo suficiente para o laboratório analisar as amostras.
A cistoscopia é um procedimento muito útil
A grande vantagem da cistoscopia é que além de diagnosticar, serve para tratar instantaneamente certas patologias. Além disso, é um procedimento bastante seguro, com baixo risco de complicações.
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Abu Nasra, W., Abu Ahmed, M., Visoky, A., Huckim, M., Elias, I., & Katz, R. (2020). The Importance of Cystoscopy in Diagnosis and Treatment of Urethral Stricture Following Transurethral Prostatectomy. The Israel Medical Association journal : IMAJ, 22(4), 241–243. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32286028/
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- Información sobre su cistoscopia en el quirófano | Memorial Sloan Kettering Cancer Center. (n.d.). Retrieved March 23, 2021, from https://www.mskcc.org/es/cancer-care/patient-education/about-your-cystoscopy.
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