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O cérebro da mulher durante o sexo

4 minutos
Muito além de ser algo puramente físico, para a mulher o ato sexual começa em sua mente, e por isso ela deve estar livre de preocupações para poder aproveitar o momento.
O cérebro da mulher durante o sexo
Bernardo Peña

Escrito e verificado por o psicólogo Bernardo Peña

Escrito por Raquel Aldana
Última atualização: 14 março, 2023

Como funciona o cérebro da mulher durante o sexo?

A mente de Paola estava tranquila, uma massagem a relaxou. As férias sempre eram um grande momento, sem trabalho nem preocupações. Paola tinha os pés quentes e o coração tranquilo.

Ele era um bom amante, apaixonado e caloroso. Paola podia deixar-se levar enquanto o centro de ansiedade em seu cérebro ia sendo desativado. E a área relacionada à tomada de decisões não brilhava de maneira tão intensa quanto normalmente.

As estrelas se alinharam e cada constelação neuroquímica do cérebro de Paola explodiu. Chegou o orgasmo, a magia, o auge. Paola se sentiu mais viva do que nunca e seu corpo e sua mente se submergiram no êxtase do momento.

A caminhada sexual da mulher

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Resumidamente, e ainda que possa soar contraditório, a caminhada sexual da mulher só chega ao seu destino quando o cérebro se desconecta. Então, todos os impulsos passam por seu sistema nervoso até o centro de prazer, e disparam o orgasmo.

Isso só acontece quando a amígdala, nossa sentinela emocional e, portanto, a responsável pela ansiedade, se desativa. Assim, o orgasmo requer que esta estrutura cerebral deixe de lado todas aquelas questões que mantêm o cérebro trabalhando de maneira constante.

A conexão cerebral com o clitóris é direta, fato pelo qual, tendo em mente que a sua única função é dar prazer, a estimulação deste pequeno órgão poderá trabalhar ao máximo todas aquelas estruturas encarregadas de disparar os impulsos químicos e elétricos responsáveis por nossas emoções.

Então, a mulher chegará ao orgasmo graças à ação da dopamina, da oxitocina e das endorfinas. Isso só será possível com uma estimulação eficaz. Pois, sem ela os sinais não chegarão ao nosso cérebro com a intensidade necessária para que o orgasmo ocorra.

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Por isso, se a mulher não estiver relaxada, cômoda e sem frio nos pés, não conseguirá aproveitar o intercâmbio sexual de maneira plena.

É assim que funciona o cérebro da mulher durante o sexo. Dito desta maneira parece que é um processo lento. Mas, a verdade é que ele pode ocorrer em segundos ou minutos.

Sabendo isso, e dado que a mulher tem que recorrer a um aspecto extra no âmbito das relações sexuais, devemos dar às preliminares a importância que elas merecem.

Mente e corpo: uma conexão tão delicada quanto indispensável

Na mulher, a conexão entre o psicológico, emocional e o físico possui uma relevância especial quando falamos de sexo. Este fenômeno foi investigado e examinado diversas vezes, e ainda assim não foi possível chegar a uma conclusão satisfatória.

No entanto, graças aos avanços científicos no campo na neurociência, e mais especificamente à Ressonância Magnética Funcional, foi possível ver o que ocorre no cérebro feminino de mulheres como Paola durante a relação sexual.

Some figure

Assim, no momento em que o parceiro da mulher do nosso exemplo a esta acariciando e beijando, todas aquelas áreas cerebrais envolvidas na tomada de decisão (córtex pré-frontal) e as emoções intensas (amígdala e sistema límbico) permanecerão pouco ativas.

Por outro lado, as áreas relacionadas aos genitais e outras zonas erógenas se iluminarão com maior intensidade enquanto aqueles locais que disparam as constelações eletroquímicas do prazer são estimulados.

Assim mesmo, apesar dos avanços científicos, nosso desconhecimento quase total em relação à anatomia do clitóris é algo surpreendente. Como consequência, ainda não somos capazes de medir em profundidade as mudanças físicas que ocorrem neste pequeno órgão quando ele se excita.

Assim, digamos que a resposta sexual da mulher é um processo que inter-relaciona todo o nosso organismo com o mesmo nível de protagonismo.

A importância das emoções no sexo

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Como pudemos comprovar, a grande quantidade de demonstrações destas questões, tanto a nível científico quanto popular, nos faz definir nossas emoções como as rainhas da festa.

Por isso, é muito importante compreender que as preliminares constituem tudo aquilo que acontece tanto na relação sexual quanto 24 horas antes da mesma.

Neste sentido, a resposta emocional é escrava da existência ou ausência de tudo aquilo que nos atormenta ou nos preocupa. Se a mulher estiver relaxada e cômoda, provavelmente tudo irá se desenvolver com normalidade.

No entanto, se ela não consegue se desconectar daquilo que prejudica o seu entendimento, ela não terá vontade e disposição de ter relações sexuais.

Isso não significa que ela não ame seu parceiro ou que ele não seja atraente. Mas, simplesmente, que a prioridade na mente desta pessoa neste instante é outra. E isso é algo que não se pode controlar.

Em suma, cabe dizer que o ponto G está primeiramente na cabeça. Por isso, só se o cérebro se desconectar de suas preocupações poderemos encontrar a excitação em nossas regiões erógenas.

Bibliografia consultada: “O cérebro feminino” de Louann Brizendinne e “Fisiologia da conduta” de Neil Carlson.

Como funciona o cérebro da mulher durante o sexo?

A mente de Paola estava tranquila, uma massagem a relaxou. As férias sempre eram um grande momento, sem trabalho nem preocupações. Paola tinha os pés quentes e o coração tranquilo.

Ele era um bom amante, apaixonado e caloroso. Paola podia deixar-se levar enquanto o centro de ansiedade em seu cérebro ia sendo desativado. E a área relacionada à tomada de decisões não brilhava de maneira tão intensa quanto normalmente.

As estrelas se alinharam e cada constelação neuroquímica do cérebro de Paola explodiu. Chegou o orgasmo, a magia, o auge. Paola se sentiu mais viva do que nunca e seu corpo e sua mente se submergiram no êxtase do momento.

A caminhada sexual da mulher

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Resumidamente, e ainda que possa soar contraditório, a caminhada sexual da mulher só chega ao seu destino quando o cérebro se desconecta. Então, todos os impulsos passam por seu sistema nervoso até o centro de prazer, e disparam o orgasmo.

Isso só acontece quando a amígdala, nossa sentinela emocional e, portanto, a responsável pela ansiedade, se desativa. Assim, o orgasmo requer que esta estrutura cerebral deixe de lado todas aquelas questões que mantêm o cérebro trabalhando de maneira constante.

A conexão cerebral com o clitóris é direta, fato pelo qual, tendo em mente que a sua única função é dar prazer, a estimulação deste pequeno órgão poderá trabalhar ao máximo todas aquelas estruturas encarregadas de disparar os impulsos químicos e elétricos responsáveis por nossas emoções.

Então, a mulher chegará ao orgasmo graças à ação da dopamina, da oxitocina e das endorfinas. Isso só será possível com uma estimulação eficaz. Pois, sem ela os sinais não chegarão ao nosso cérebro com a intensidade necessária para que o orgasmo ocorra.

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Por isso, se a mulher não estiver relaxada, cômoda e sem frio nos pés, não conseguirá aproveitar o intercâmbio sexual de maneira plena.

É assim que funciona o cérebro da mulher durante o sexo. Dito desta maneira parece que é um processo lento. Mas, a verdade é que ele pode ocorrer em segundos ou minutos.

Sabendo isso, e dado que a mulher tem que recorrer a um aspecto extra no âmbito das relações sexuais, devemos dar às preliminares a importância que elas merecem.

Mente e corpo: uma conexão tão delicada quanto indispensável

Na mulher, a conexão entre o psicológico, emocional e o físico possui uma relevância especial quando falamos de sexo. Este fenômeno foi investigado e examinado diversas vezes, e ainda assim não foi possível chegar a uma conclusão satisfatória.

No entanto, graças aos avanços científicos no campo na neurociência, e mais especificamente à Ressonância Magnética Funcional, foi possível ver o que ocorre no cérebro feminino de mulheres como Paola durante a relação sexual.

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Assim, no momento em que o parceiro da mulher do nosso exemplo a esta acariciando e beijando, todas aquelas áreas cerebrais envolvidas na tomada de decisão (córtex pré-frontal) e as emoções intensas (amígdala e sistema límbico) permanecerão pouco ativas.

Por outro lado, as áreas relacionadas aos genitais e outras zonas erógenas se iluminarão com maior intensidade enquanto aqueles locais que disparam as constelações eletroquímicas do prazer são estimulados.

Assim mesmo, apesar dos avanços científicos, nosso desconhecimento quase total em relação à anatomia do clitóris é algo surpreendente. Como consequência, ainda não somos capazes de medir em profundidade as mudanças físicas que ocorrem neste pequeno órgão quando ele se excita.

Assim, digamos que a resposta sexual da mulher é um processo que inter-relaciona todo o nosso organismo com o mesmo nível de protagonismo.

A importância das emoções no sexo

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Como pudemos comprovar, a grande quantidade de demonstrações destas questões, tanto a nível científico quanto popular, nos faz definir nossas emoções como as rainhas da festa.

Por isso, é muito importante compreender que as preliminares constituem tudo aquilo que acontece tanto na relação sexual quanto 24 horas antes da mesma.

Neste sentido, a resposta emocional é escrava da existência ou ausência de tudo aquilo que nos atormenta ou nos preocupa. Se a mulher estiver relaxada e cômoda, provavelmente tudo irá se desenvolver com normalidade.

No entanto, se ela não consegue se desconectar daquilo que prejudica o seu entendimento, ela não terá vontade e disposição de ter relações sexuais.

Isso não significa que ela não ame seu parceiro ou que ele não seja atraente. Mas, simplesmente, que a prioridade na mente desta pessoa neste instante é outra. E isso é algo que não se pode controlar.

Em suma, cabe dizer que o ponto G está primeiramente na cabeça. Por isso, só se o cérebro se desconectar de suas preocupações poderemos encontrar a excitação em nossas regiões erógenas.

Bibliografia consultada: “O cérebro feminino” de Louann Brizendinne e “Fisiologia da conduta” de Neil Carlson.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Spratt, D. (2000). Sex differences in the brain. Journal of Neuroendocrinology. https://doi.org/10.3233/CBM-181459
  • Gagnidze, K., & Pfaff, D. W. (2009). Sex on the Brain. Cell. https://doi.org/10.1016/j.cell.2009.09.011
  • Tischler, V. (2008). The female brain. Sexual and Relationship Therapy. https://doi.org/10.1080/14681990701630179

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.