O que é o botulismo?
Você sabe como identificar um alimento capaz de transmitir botulismo? Conhece as bactérias que causam a doença? Esse microrganismo pode aparecer em qualquer tipo de alimento, seja de origem animal ou vegetal, mas para o seu crescimento e proliferação, precisa da falta de oxigênio.
Sintomas como visão dupla, náusea, vômito ou fraqueza, acompanhados de paralisia generalizada, são indicativos de uma infecção gerada por bactérias clostridium botulinum. Os alimentos enlatados são responsáveis por quase todos os surtos, e neste artigo explicaremos o porquê.
Sobre a bactéria do botulismo: Clostridium botulinum
Clostridium botulinum é um microrganismo classificado entre as bactérias anaeróbicas obrigatórias, pois além de não precisar de oxigênio para realizar seus processos metabólicos, a existência dele os mata. Significa que eles são forçados a viver com baixas concentrações de gás.
A Clostridium botulinum tem uma forma característica de haste, e outra característica que a distingue de muitas bactérias é sua capacidade de gerar esporos. Esta forma de subsistência permite que ele permaneça em um estado dormente por longos períodos, e se ative quando o ambiente é adequado para o seu crescimento e proliferação.
O microrganismo tem uma resistência variável ao oxigênio. No entanto, vários estudos argumentam e concordam que ele nunca cresce em atmosferas que contêm mais de 10% desse gás.
O que a torna perigosa?
A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida por este microrganismo que atua na camada mioneural do corpo humano. Assim, impede o caminho correto do impulso nervoso. Seu mecanismo de ação pode ser dividido em três fases diferentes:
- A cadeia de hidrogênio da toxina se liga aos receptores da membrana pré-sináptica do neurônio. Ou seja, concentra sua ação no sistema nervoso do ser humano.
- A toxina penetra o neurônio através de um mecanismo ativo semelhante à endocitose. A célula neural suporta a entrada absorvendo a molécula.
- Dentro do neurônio, a toxina interfere na liberação de acetilcolina. Por não haver quantidade suficiente da mesma, a junção entre o nervo e o músculo não serve para a tarefa de indicar a contração das fibras quando necessário ou quando uma ordem é enviada do cérebro.
Em conclusão, a toxina botulínica, impedindo a acetilcolina de sair do neurônio, torna impossível despertar os músculos. O resultado final será a falta de tonicidade e contração.
Para saber mais: 6 hábitos para ter um sistema imunológico mais forte
Tipos de botulismo
A toxina botulínica será, então, a causa da patologia que conhecemos como botulismo. Existem três tipos básicos e diferentes de infecção por Clostridium botulinum:
- Por alimentos: especialmente através de conservas, em que a bactéria cresce graças à falta de oxigênio, impregnando o alimento com a toxina.
- Em feridas: pela produção da toxina em lesões contaminadas na pele.
- Infantil: pela ingestão de esporos e posterior proliferação de bactérias no intestino do bebê. O grupo de maior risco é o de crianças menores de 2 anos de idade, e essa é uma das razões pelas quais recomenda-se não oferecer alimentos como o mel até que elas sejam mais velhas.
Sintomas do botulismo
O botulismo se apresenta de diferentes maneiras, mas seus sintomas não costumam passar despercebidos. Estes incluem:
- Fraqueza com paralisia em ambos os lados do corpo.
- Cólicas abdominais.
- Dificuldade para falar e engolir.
- Problemas respiratórios.
- Náuseas e vômitos.
- Diminuição do estado de alerta.
A toxina impede o movimento muscular, com todas as falhas sistêmicas que isso implica. Portanto, se não for tratado a tempo, o prognóstico do paciente pode ser fatal.
Diagnóstico e tratamento
Para identificar as bactérias, é realizada a análise do conteúdo gástrico e fecal do paciente, buscando a presença da toxina botulínica. Uma vez identificada a intoxicação, o tratamento primário é baseado na assistência respiratória imediata.
Uma antitoxina é aplicada e previne os efeitos que podem ser letais. O paciente geralmente permanece entubado por um tempo variável para a administração de fluidos, nos casos em que ele não recupera rapidamente a capacidade de engolir.
O prognóstico é positivo desde que a doença seja identificada rapidamente e o suporte de vida seja concedido ao paciente. A disponibilidade de antitoxinas e o rastreio de casos que podem surgir entre conhecidos, familiares, amigos ou vizinhos que consumiram o mesmo alimento contaminado também é fundamental.
Você pode estar interessado em: É saudável consumir o caldo dos alimentos em conserva?
O que devemos lembrar sobre o botulismo?
Conhecer os mecanismos de ação dessa bactéria e a sintomatologia da doença é importante, mas o essencial é saber como preveni-la. Para isso, vários protocolos de controle alimentar foram estabelecidos para os alimentos enlatados.
Manter a embalagem sujeita a uma temperatura de 121 °C pelo tempo definido deve ser suficiente para matar bactérias e esporos. A prevenção do botulismo depende, em grande medida, do cumprimento das normas pela indústria alimentícia e pelos fabricantes caseiros.
Você sabe como identificar um alimento capaz de transmitir botulismo? Conhece as bactérias que causam a doença? Esse microrganismo pode aparecer em qualquer tipo de alimento, seja de origem animal ou vegetal, mas para o seu crescimento e proliferação, precisa da falta de oxigênio.
Sintomas como visão dupla, náusea, vômito ou fraqueza, acompanhados de paralisia generalizada, são indicativos de uma infecção gerada por bactérias clostridium botulinum. Os alimentos enlatados são responsáveis por quase todos os surtos, e neste artigo explicaremos o porquê.
Sobre a bactéria do botulismo: Clostridium botulinum
Clostridium botulinum é um microrganismo classificado entre as bactérias anaeróbicas obrigatórias, pois além de não precisar de oxigênio para realizar seus processos metabólicos, a existência dele os mata. Significa que eles são forçados a viver com baixas concentrações de gás.
A Clostridium botulinum tem uma forma característica de haste, e outra característica que a distingue de muitas bactérias é sua capacidade de gerar esporos. Esta forma de subsistência permite que ele permaneça em um estado dormente por longos períodos, e se ative quando o ambiente é adequado para o seu crescimento e proliferação.
O microrganismo tem uma resistência variável ao oxigênio. No entanto, vários estudos argumentam e concordam que ele nunca cresce em atmosferas que contêm mais de 10% desse gás.
O que a torna perigosa?
A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida por este microrganismo que atua na camada mioneural do corpo humano. Assim, impede o caminho correto do impulso nervoso. Seu mecanismo de ação pode ser dividido em três fases diferentes:
- A cadeia de hidrogênio da toxina se liga aos receptores da membrana pré-sináptica do neurônio. Ou seja, concentra sua ação no sistema nervoso do ser humano.
- A toxina penetra o neurônio através de um mecanismo ativo semelhante à endocitose. A célula neural suporta a entrada absorvendo a molécula.
- Dentro do neurônio, a toxina interfere na liberação de acetilcolina. Por não haver quantidade suficiente da mesma, a junção entre o nervo e o músculo não serve para a tarefa de indicar a contração das fibras quando necessário ou quando uma ordem é enviada do cérebro.
Em conclusão, a toxina botulínica, impedindo a acetilcolina de sair do neurônio, torna impossível despertar os músculos. O resultado final será a falta de tonicidade e contração.
Para saber mais: 6 hábitos para ter um sistema imunológico mais forte
Tipos de botulismo
A toxina botulínica será, então, a causa da patologia que conhecemos como botulismo. Existem três tipos básicos e diferentes de infecção por Clostridium botulinum:
- Por alimentos: especialmente através de conservas, em que a bactéria cresce graças à falta de oxigênio, impregnando o alimento com a toxina.
- Em feridas: pela produção da toxina em lesões contaminadas na pele.
- Infantil: pela ingestão de esporos e posterior proliferação de bactérias no intestino do bebê. O grupo de maior risco é o de crianças menores de 2 anos de idade, e essa é uma das razões pelas quais recomenda-se não oferecer alimentos como o mel até que elas sejam mais velhas.
Sintomas do botulismo
O botulismo se apresenta de diferentes maneiras, mas seus sintomas não costumam passar despercebidos. Estes incluem:
- Fraqueza com paralisia em ambos os lados do corpo.
- Cólicas abdominais.
- Dificuldade para falar e engolir.
- Problemas respiratórios.
- Náuseas e vômitos.
- Diminuição do estado de alerta.
A toxina impede o movimento muscular, com todas as falhas sistêmicas que isso implica. Portanto, se não for tratado a tempo, o prognóstico do paciente pode ser fatal.
Diagnóstico e tratamento
Para identificar as bactérias, é realizada a análise do conteúdo gástrico e fecal do paciente, buscando a presença da toxina botulínica. Uma vez identificada a intoxicação, o tratamento primário é baseado na assistência respiratória imediata.
Uma antitoxina é aplicada e previne os efeitos que podem ser letais. O paciente geralmente permanece entubado por um tempo variável para a administração de fluidos, nos casos em que ele não recupera rapidamente a capacidade de engolir.
O prognóstico é positivo desde que a doença seja identificada rapidamente e o suporte de vida seja concedido ao paciente. A disponibilidade de antitoxinas e o rastreio de casos que podem surgir entre conhecidos, familiares, amigos ou vizinhos que consumiram o mesmo alimento contaminado também é fundamental.
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O que devemos lembrar sobre o botulismo?
Conhecer os mecanismos de ação dessa bactéria e a sintomatologia da doença é importante, mas o essencial é saber como preveni-la. Para isso, vários protocolos de controle alimentar foram estabelecidos para os alimentos enlatados.
Manter a embalagem sujeita a uma temperatura de 121 °C pelo tempo definido deve ser suficiente para matar bactérias e esporos. A prevenção do botulismo depende, em grande medida, do cumprimento das normas pela indústria alimentícia e pelos fabricantes caseiros.
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