Esses 6 atores fizeram terapia após interpretar personagens polêmicos
Escrito e verificado por a psicóloga Maria Fatima Seppi Vinuales
Alucinações, exaustão, estresse, insônia. Em mais de uma ocasião, após longos dias de filmagem e muita exigência física e mental, os atores vivenciam essas consequências na saúde ao interpretar determinados personagens. Embora muitos acreditem no contrário, atuar não é uma tarefa fácil. Por esse motivo, muitos atores decidem fazer terapia para pedir ajuda. A seguir, você poderá conhecer um pouco mais sobre o assunto.
6 atores que fizeram terapia após suas apresentações
É claro que o objetivo da performance é representar um personagem e assumir suas qualidades para transmitir sua essência. Para isso, os atores preparam e estudam a fundo o papel que devem desempenhar. Essa dinâmica, que às vezes leva ao sucesso do filme ou da série, tem certas consequências na vida real. Por quê?
Porque existem personagens sinistros, com personalidades sombrias e sem escrúpulos. Em outros casos, os atores decidem mudar hábitos de vida (passar fome, isolar-se etc.), para entender como aquele personagem se sente e vive. Até porque tornar-se outra pessoa, por muito tempo, pode levar o ator a esquecer quem ele é. Atuar pode ser emocionante, mas atrás das luzes e dos holofotes, também tem suas próprias armadilhas.
Aqui estão alguns atores que fizeram terapia depois de interpretar certos personagens.
1. Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas
Em qualquer uma de suas versões, a interpretação do famoso Coringa pode ser polêmica para os atores. Para muitos, o desempenho de Ledger foi o melhor de todos os tempos.
Porém, o sucesso não lhe custou pouco: ele se isolou por um tempo e teve dificuldade para dormir. Em entrevista, o ator comentou que se trancou em um hotel por um mês, ensaiando diferentes vozes para o vilão. Por isso mesmo, após sua interpretação, decidiu fazer terapia.
2. Anne Hathaway em Os Miseráveis
Depois de interpretar Fantine no musical, Hathaway afirmou que acabou tendo dificuldades físicas (perda de peso) e mentais (estresse e fadiga). Embora seu papel tenha conquistado seu reconhecimento nos prêmios Oscar, a atriz expressou em várias entrevistas que não conseguia se sentir feliz com o estado em que se encontrava.
3. Adrien Brody em O Pianista
Seu papel nesse filme como um pianista judeu que se esconde para sobreviver após a invasão nazista lhe rendeu o destacado Oscar de Melhor Ator. No entanto, o artista confessou que tinha 27 anos e passou por várias mudanças que o catapultaram repentinamente para a idade adulta.
Ele experimentou certa dureza e sofrimento para entender seu personagem, que vivia em um contexto delicado. Brody fez uma dieta extrema para perder peso e também viveu isolado para melhor caracterizar seu papel. Isso derivou em uma depressão que o levou a consultar para terapia.
4. Jane Fonda em Grace and Frankie
Este é um caso diferente dos demais, pois aqui não se trata da interpretação de um personagem sinistro, e sim de uma situação pessoal. Para a atriz, a volta às câmeras depois de vários anos afastada da função, implicou um desafio que causou alguma ansiedade.
Às vezes, as próprias pressões internas, a cobrança e o desejo de um bom desempenho funcionam como fatores estressantes, gerando algum desconforto.
5. Bob Hoskins em Uma Cilada Para Roger Rabbit
O ator britânico que interpretou o detetive Eddie Valiant teve que se afastar da atuação por um tempo e fazer terapia, pois começou a ter alucinações. Durante as filmagens, ele teve de interagir com desenhos animados, o que levou a que, durante muito tempo, sentisse que via aquelas personagens por todo o lado. Inclusive, ele revelou que os desenhos animados apareceram para ele ao conversar com outras pessoas.
6. Bill Skarsgard em It
Quem não sentiu medo depois de ver o assustador Pennywise sair dos esgotos? Bem, até o ator que o representou sofre de pesadelos!
No caso de Skarsgard, ele mencionou que, após o término das filmagens, ele teve pesadelos muito reais. Por outro lado, ele também expressou que durante as gravações se sentia muito sozinho, já que nos intervalos ninguém vinha falar com ele porque ele era assustador.
Embora o ator não tenha se aprofundado, não revelando se fez ou não terapia após sua atuação, o que ele mencionou foi que, durante a preparação de seu papel, estudou e se questionou muito sobre a psicologia do personagem, tentando entender seus pensamentos sombrios. Isso, por vezes, o fazia sentir que o palhaço vivia dentro de si.
Nenhum trabalho sob pressão é cor-de-rosa
Ao conhecer alguns casos de atores que fizeram terapia após representarem determinados papéis, pode-se observar que todo trabalho, sob condições de estresse e pressão, tem graves repercussões na saúde física e mental das pessoas.
O ambiente de trabalho e profissional determina a identidade de quem trabalha, pois ao “fazer”, ele também “é”. Ou seja, ele configura seu próprio estilo e coloca muito de si nele. Às vezes, depois, o trabalho acaba borrando a vida íntima, que acaba sendo afetada.
Em geral, muitas pessoas pensam na atuação como luxo, conforto, limusines, festas particulares, etc. No entanto, talvez essa seja apenas a parte visível do iceberg, pois também há longos dias de gravação, cenas de risco, entre outras coisas.
O burnout é uma das consequências de se submeter ao estresse e à fadiga. Seus resultados, além dos físicos (dores de cabeça, zumbido, cansaço extremo, etc.); são também psicológicos (perda de prazer, dificuldade em dormir, ansiedade, ataques de pânico, mau humor e irritabilidade, não se sentir si mesmo, entre outros).
Nesse sentido, é importante conseguir encontrar um equilíbrio e procurar as melhores condições para cumprir as nossas obrigações: descanso, dedicar micro-momentos à descontração durante o dia de trabalho, manter uma boa alimentação ou praticar exercício físico.
Por fim, o que se pode resgatar dessa situação é a visibilidade da saúde mental por parte de figuras públicas. Dessa forma, fica mais fácil naturalizar que qualquer pessoa, mesmo quem se julga com a vida resolvida, pode precisar de ajuda. E é bom pedir a tempo.
Alucinações, exaustão, estresse, insônia. Em mais de uma ocasião, após longos dias de filmagem e muita exigência física e mental, os atores vivenciam essas consequências na saúde ao interpretar determinados personagens. Embora muitos acreditem no contrário, atuar não é uma tarefa fácil. Por esse motivo, muitos atores decidem fazer terapia para pedir ajuda. A seguir, você poderá conhecer um pouco mais sobre o assunto.
6 atores que fizeram terapia após suas apresentações
É claro que o objetivo da performance é representar um personagem e assumir suas qualidades para transmitir sua essência. Para isso, os atores preparam e estudam a fundo o papel que devem desempenhar. Essa dinâmica, que às vezes leva ao sucesso do filme ou da série, tem certas consequências na vida real. Por quê?
Porque existem personagens sinistros, com personalidades sombrias e sem escrúpulos. Em outros casos, os atores decidem mudar hábitos de vida (passar fome, isolar-se etc.), para entender como aquele personagem se sente e vive. Até porque tornar-se outra pessoa, por muito tempo, pode levar o ator a esquecer quem ele é. Atuar pode ser emocionante, mas atrás das luzes e dos holofotes, também tem suas próprias armadilhas.
Aqui estão alguns atores que fizeram terapia depois de interpretar certos personagens.
1. Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas
Em qualquer uma de suas versões, a interpretação do famoso Coringa pode ser polêmica para os atores. Para muitos, o desempenho de Ledger foi o melhor de todos os tempos.
Porém, o sucesso não lhe custou pouco: ele se isolou por um tempo e teve dificuldade para dormir. Em entrevista, o ator comentou que se trancou em um hotel por um mês, ensaiando diferentes vozes para o vilão. Por isso mesmo, após sua interpretação, decidiu fazer terapia.
2. Anne Hathaway em Os Miseráveis
Depois de interpretar Fantine no musical, Hathaway afirmou que acabou tendo dificuldades físicas (perda de peso) e mentais (estresse e fadiga). Embora seu papel tenha conquistado seu reconhecimento nos prêmios Oscar, a atriz expressou em várias entrevistas que não conseguia se sentir feliz com o estado em que se encontrava.
3. Adrien Brody em O Pianista
Seu papel nesse filme como um pianista judeu que se esconde para sobreviver após a invasão nazista lhe rendeu o destacado Oscar de Melhor Ator. No entanto, o artista confessou que tinha 27 anos e passou por várias mudanças que o catapultaram repentinamente para a idade adulta.
Ele experimentou certa dureza e sofrimento para entender seu personagem, que vivia em um contexto delicado. Brody fez uma dieta extrema para perder peso e também viveu isolado para melhor caracterizar seu papel. Isso derivou em uma depressão que o levou a consultar para terapia.
4. Jane Fonda em Grace and Frankie
Este é um caso diferente dos demais, pois aqui não se trata da interpretação de um personagem sinistro, e sim de uma situação pessoal. Para a atriz, a volta às câmeras depois de vários anos afastada da função, implicou um desafio que causou alguma ansiedade.
Às vezes, as próprias pressões internas, a cobrança e o desejo de um bom desempenho funcionam como fatores estressantes, gerando algum desconforto.
5. Bob Hoskins em Uma Cilada Para Roger Rabbit
O ator britânico que interpretou o detetive Eddie Valiant teve que se afastar da atuação por um tempo e fazer terapia, pois começou a ter alucinações. Durante as filmagens, ele teve de interagir com desenhos animados, o que levou a que, durante muito tempo, sentisse que via aquelas personagens por todo o lado. Inclusive, ele revelou que os desenhos animados apareceram para ele ao conversar com outras pessoas.
6. Bill Skarsgard em It
Quem não sentiu medo depois de ver o assustador Pennywise sair dos esgotos? Bem, até o ator que o representou sofre de pesadelos!
No caso de Skarsgard, ele mencionou que, após o término das filmagens, ele teve pesadelos muito reais. Por outro lado, ele também expressou que durante as gravações se sentia muito sozinho, já que nos intervalos ninguém vinha falar com ele porque ele era assustador.
Embora o ator não tenha se aprofundado, não revelando se fez ou não terapia após sua atuação, o que ele mencionou foi que, durante a preparação de seu papel, estudou e se questionou muito sobre a psicologia do personagem, tentando entender seus pensamentos sombrios. Isso, por vezes, o fazia sentir que o palhaço vivia dentro de si.
Nenhum trabalho sob pressão é cor-de-rosa
Ao conhecer alguns casos de atores que fizeram terapia após representarem determinados papéis, pode-se observar que todo trabalho, sob condições de estresse e pressão, tem graves repercussões na saúde física e mental das pessoas.
O ambiente de trabalho e profissional determina a identidade de quem trabalha, pois ao “fazer”, ele também “é”. Ou seja, ele configura seu próprio estilo e coloca muito de si nele. Às vezes, depois, o trabalho acaba borrando a vida íntima, que acaba sendo afetada.
Em geral, muitas pessoas pensam na atuação como luxo, conforto, limusines, festas particulares, etc. No entanto, talvez essa seja apenas a parte visível do iceberg, pois também há longos dias de gravação, cenas de risco, entre outras coisas.
O burnout é uma das consequências de se submeter ao estresse e à fadiga. Seus resultados, além dos físicos (dores de cabeça, zumbido, cansaço extremo, etc.); são também psicológicos (perda de prazer, dificuldade em dormir, ansiedade, ataques de pânico, mau humor e irritabilidade, não se sentir si mesmo, entre outros).
Nesse sentido, é importante conseguir encontrar um equilíbrio e procurar as melhores condições para cumprir as nossas obrigações: descanso, dedicar micro-momentos à descontração durante o dia de trabalho, manter uma boa alimentação ou praticar exercício físico.
Por fim, o que se pode resgatar dessa situação é a visibilidade da saúde mental por parte de figuras públicas. Dessa forma, fica mais fácil naturalizar que qualquer pessoa, mesmo quem se julga com a vida resolvida, pode precisar de ajuda. E é bom pedir a tempo.
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- Martínez Pérez, A. (2010). El síndrome de burnout. Evolución conceptual y estado actual de la cuestión. Vivat Academia, (112),42-80. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=525752962004
- Saborío Morales, L. & Hidalgo Murillo, L. F. (2015). Síndrome de Burnout. Medicina Legal de Costa Rica, 32(1), 119-124. http://www.scielo.sa.cr/scielo.
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