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Por que os ataques de raiva ocorrem e como podemos controlá-los?

5 minutos
A maioria de nós sente ira ou frustração em algum momento da vida. A dificuldade surge quando essas emoções fogem do controle e se manifestam como ataques de raiva.
Por que os ataques de raiva ocorrem e como podemos controlá-los?
Montse Armero

Escrito e verificado por a psicóloga Montse Armero

Escrito por Montse Armero
Última atualização: 10 dezembro, 2022

Os ataques de raiva são a expressão mais visível de ira e frustração. Podem ser um verdadeiro problema de convivência, pois geram sofrimento tanto nas pessoas que os vivenciam quanto em seu ambiente mais próximo.

Todas as pessoas podem sentir raiva. É uma emoção universal inata e, conforme classificada pelo psicólogo Paul Ekman, é uma das seis emoções básicas.

O problema surge quando as pessoas sentem raiva de uma maneira muito intensa e a canalizam de uma forma explosiva.

Vejamos em que consistem exatamente os ataques de raiva e algumas estratégias para controlá-los melhor.

O que são os ataques de raiva?

Os ataques de raiva são episódios de cólera em que as pessoas reagem de forma desproporcional a essa emoção. Caracterizam-se por se iniciarem de maneira repentina, com perda de controle dos impulsos e expressão violenta de emoções.

Essa violência pode ser expressa verbalmente, com gritos e insultos, embora em muitas ocasiões também se manifeste ao bater em objetos, quebrá-los ou agredir fisicamente um animal ou uma pessoa.

Os ataques de raiva são classificados no “Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais” (DSM-V) como transtorno explosivo intermitente. Para atender aos critérios de diagnóstico, os seguintes sintomas devem estar presentes:

  • Explosões recorrentes de comportamento que manifestam falta de controle dos impulsos agressivos. Isso inclui ataques verbais e físicos a objetos, animais ou pessoas.
  • A reação é bastante desproporcional.
  • As explosões de raiva não são premeditadas.
  • As explosões causam desconforto significativo na pessoa e afetam seu desempenho no trabalho, seu relacionamento com outras pessoas, ou há algum tipo de consequência jurídica ou econômica.
  • A pessoa tem mais de seis anos.
  • As explosões recorrentes não são resultado de outro transtorno mental, não podem ser atribuídas a outra condição médica e não são resultado do uso de substâncias.
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A raiva é uma das emoções básicas, mas se ficar fora de controle, terá sérias consequências.

Leia também: Diga adeus às birras em público!

Causas dos ataques de raiva

De acordo com o DSM-V, pessoas que sofreram traumas emocionais na infância ou adolescência correm um maior risco de ter acessos de raiva.

O Transtorno Explosivo Intermitente também é mais comum entre parentes de primeiro grau de pessoas com acessos de raiva. Na verdade, estudos com gêmeos mostraram uma influência marcante da genética no aparecimento da doença.

Também não podemos esquecer que a expressão desproporcional de raiva está presente em muitos transtornos mentais, como esquizofrenia e depressão (Muscatello y Scudellari 2000 citado en Painuly et al 2005). Da mesma forma, pode aparecer em diferentes tipos de demência, como Alzheimer, em certos transtornos de personalidade ou em situações relacionadas ao uso de substâncias, como a síndrome de abstinência.

Por que as pessoas reagem de forma explosiva?

Além das causas citadas, o denominador comum de todos os ataques de raiva é que a pessoa que os vivencia percebe a situação como uma ofensa humilhante. Ela realmente sente que ela ou seus entes queridos estão sendo agredidos e, portanto, reage de forma desproporcional.

O elemento provocador pode ser algo que ofenda a sua ideologia, seus valores, sua forma de agir, seu trabalho, sua família ou até mesmo seu time de futebol. Se a pessoa perceber isso como ofensivo e estiver passando por um momento em que o manejo das emoções é inadequado, o ataque de raiva pode surgir a qualquer momento.

Estratégias para controlar os ataques de raiva

Pessoas com transtorno explosivo intermitente não estão condenadas a viver dessa maneira permanentemente. A psicologia oferece muitas ferramentas que podem ser úteis quando se trata de controlar os impulsos. Algumas das mais comuns são as seguintes:

  • Meditação e mindfulness: praticar essas técnicas pode ajudá-lo a se distanciar dos pensamentos mais distorcidos.
  • Técnicas de relaxamento: ferramentas como o relaxamento progressivo de Jacobson podem ser técnicas eficazes para a pessoa aprender a controlar melhor toda a parte fisiológica que é ativada em um ataque de raiva.
  • Exercício físico: a atividade física ajuda de forma muito significativa a liberar o estresse. Além disso, aumenta o nível de transmissores como a dopamina e a serotonina, que promovem o bem-estar emocional.
  • Treinamento de habilidades sociais: melhorar a assertividade é uma das estratégias mais eficazes. Isso permitirá que você se comunique de forma mais adequada em situações em que surjam ataques de raiva.
  • Reestruturação cognitiva: os pensamentos distorcidos são, em muitos casos, o grande gatilho que gera a reação explosiva. Aprender a detectá-los e substituí-los por pensamentos mais funcionais pode ser uma grande mudança de vida.
  • Inteligência emocional: pessoas com ataques de raiva não gerenciam bem as suas emoções. Portanto, outra das chaves fundamentais para aumentar o seu bem-estar será realizar um processo de autoconhecimento. Com isso, a pessoa aprenderá a reconhecer suas emoções, aceitá-las e deixá-las ir.
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As explosões de raiva no ambiente de trabalho também são difíceis para funcionários e chefes.

Descubra também: Como evitar surtos de raiva

Se você não consegue controlar sua raiva, peça ajuda

Os ataques de raiva não são fáceis de controlar no início. As pessoas acham que essa é a única maneira de expressar a sua cólera. Por mais que tentem se controlar, explodem como uma panela de pressão.

Isso causa muita frustração na pessoa e, na maioria das vezes, um profundo arrependimento depois. Ninguém gosta de perder o controle.

Se você ou alguém próximo a você está sofrendo, não hesite em consultar um especialista em saúde mental. Como dissemos ao longo do texto, é possível aprender a controlar a raiva de uma maneira muito mais apropriada.

Os ataques de raiva são a expressão mais visível de ira e frustração. Podem ser um verdadeiro problema de convivência, pois geram sofrimento tanto nas pessoas que os vivenciam quanto em seu ambiente mais próximo.

Todas as pessoas podem sentir raiva. É uma emoção universal inata e, conforme classificada pelo psicólogo Paul Ekman, é uma das seis emoções básicas.

O problema surge quando as pessoas sentem raiva de uma maneira muito intensa e a canalizam de uma forma explosiva.

Vejamos em que consistem exatamente os ataques de raiva e algumas estratégias para controlá-los melhor.

O que são os ataques de raiva?

Os ataques de raiva são episódios de cólera em que as pessoas reagem de forma desproporcional a essa emoção. Caracterizam-se por se iniciarem de maneira repentina, com perda de controle dos impulsos e expressão violenta de emoções.

Essa violência pode ser expressa verbalmente, com gritos e insultos, embora em muitas ocasiões também se manifeste ao bater em objetos, quebrá-los ou agredir fisicamente um animal ou uma pessoa.

Os ataques de raiva são classificados no “Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais” (DSM-V) como transtorno explosivo intermitente. Para atender aos critérios de diagnóstico, os seguintes sintomas devem estar presentes:

  • Explosões recorrentes de comportamento que manifestam falta de controle dos impulsos agressivos. Isso inclui ataques verbais e físicos a objetos, animais ou pessoas.
  • A reação é bastante desproporcional.
  • As explosões de raiva não são premeditadas.
  • As explosões causam desconforto significativo na pessoa e afetam seu desempenho no trabalho, seu relacionamento com outras pessoas, ou há algum tipo de consequência jurídica ou econômica.
  • A pessoa tem mais de seis anos.
  • As explosões recorrentes não são resultado de outro transtorno mental, não podem ser atribuídas a outra condição médica e não são resultado do uso de substâncias.
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A raiva é uma das emoções básicas, mas se ficar fora de controle, terá sérias consequências.

Leia também: Diga adeus às birras em público!

Causas dos ataques de raiva

De acordo com o DSM-V, pessoas que sofreram traumas emocionais na infância ou adolescência correm um maior risco de ter acessos de raiva.

O Transtorno Explosivo Intermitente também é mais comum entre parentes de primeiro grau de pessoas com acessos de raiva. Na verdade, estudos com gêmeos mostraram uma influência marcante da genética no aparecimento da doença.

Também não podemos esquecer que a expressão desproporcional de raiva está presente em muitos transtornos mentais, como esquizofrenia e depressão (Muscatello y Scudellari 2000 citado en Painuly et al 2005). Da mesma forma, pode aparecer em diferentes tipos de demência, como Alzheimer, em certos transtornos de personalidade ou em situações relacionadas ao uso de substâncias, como a síndrome de abstinência.

Por que as pessoas reagem de forma explosiva?

Além das causas citadas, o denominador comum de todos os ataques de raiva é que a pessoa que os vivencia percebe a situação como uma ofensa humilhante. Ela realmente sente que ela ou seus entes queridos estão sendo agredidos e, portanto, reage de forma desproporcional.

O elemento provocador pode ser algo que ofenda a sua ideologia, seus valores, sua forma de agir, seu trabalho, sua família ou até mesmo seu time de futebol. Se a pessoa perceber isso como ofensivo e estiver passando por um momento em que o manejo das emoções é inadequado, o ataque de raiva pode surgir a qualquer momento.

Estratégias para controlar os ataques de raiva

Pessoas com transtorno explosivo intermitente não estão condenadas a viver dessa maneira permanentemente. A psicologia oferece muitas ferramentas que podem ser úteis quando se trata de controlar os impulsos. Algumas das mais comuns são as seguintes:

  • Meditação e mindfulness: praticar essas técnicas pode ajudá-lo a se distanciar dos pensamentos mais distorcidos.
  • Técnicas de relaxamento: ferramentas como o relaxamento progressivo de Jacobson podem ser técnicas eficazes para a pessoa aprender a controlar melhor toda a parte fisiológica que é ativada em um ataque de raiva.
  • Exercício físico: a atividade física ajuda de forma muito significativa a liberar o estresse. Além disso, aumenta o nível de transmissores como a dopamina e a serotonina, que promovem o bem-estar emocional.
  • Treinamento de habilidades sociais: melhorar a assertividade é uma das estratégias mais eficazes. Isso permitirá que você se comunique de forma mais adequada em situações em que surjam ataques de raiva.
  • Reestruturação cognitiva: os pensamentos distorcidos são, em muitos casos, o grande gatilho que gera a reação explosiva. Aprender a detectá-los e substituí-los por pensamentos mais funcionais pode ser uma grande mudança de vida.
  • Inteligência emocional: pessoas com ataques de raiva não gerenciam bem as suas emoções. Portanto, outra das chaves fundamentais para aumentar o seu bem-estar será realizar um processo de autoconhecimento. Com isso, a pessoa aprenderá a reconhecer suas emoções, aceitá-las e deixá-las ir.
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As explosões de raiva no ambiente de trabalho também são difíceis para funcionários e chefes.

Descubra também: Como evitar surtos de raiva

Se você não consegue controlar sua raiva, peça ajuda

Os ataques de raiva não são fáceis de controlar no início. As pessoas acham que essa é a única maneira de expressar a sua cólera. Por mais que tentem se controlar, explodem como uma panela de pressão.

Isso causa muita frustração na pessoa e, na maioria das vezes, um profundo arrependimento depois. Ninguém gosta de perder o controle.

Se você ou alguém próximo a você está sofrendo, não hesite em consultar um especialista em saúde mental. Como dissemos ao longo do texto, é possível aprender a controlar a raiva de uma maneira muito mais apropriada.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • American Psychiatric Association (2018). Manual Diagnóstico y Estadístico de los Trastornos Mentales (DSM-5), 5ª Ed. Madrid: Editorial Médica Panamericana.
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  • Ellis, A. y Trafate, R.C. (2013). Controle su ira antes de que ella le controle a usted. Barcelona: Paidós.
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  • Painuly, N., Sharan. P y Mattoo, S.K. (2005). Relación de la ira y los ataques de ira con la depresión. Revista de toxicomanías, 45, 11-18. [fecha de consulta 30 de enero de 2021]. Recuperado de: http://diverrisa.es/web/uploads/documentos/optimismo/LA%20IRA.pdf
  • Roca, E. (2003). Cómo mejorar tus habilidades sociales, programa de asertividad, autoestima e inteligencia emocional. Valencia: ACDE. [fecha de consulta 30 de enero de 2021]. Recuperado de: https://www.cop.es/colegiados/PV00520/pdf/Habilidades%20sociales-Dale%20una%20mirada.pdf
  • Zapata, J.P. y Palacio, J.D. (2016). Trastorno explosivo intermitente: un diagnóstico controversial. Revista colombiana de psiquiatría, 45(3), 214-223. [fecha de consulta 30 de enero de 2021]. Recuperado de: http://www.scielo.org.co/pdf/rcp/v45n3/v45n3a10.pdf

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