Artrite reumatoide: como conviver com os sintomas?
Também conhecida como artrite degenerativa, anquilosante ou ainda artrite infecciosa crônica, a artrite reumatoide é uma doença crônica, inflamatória e de origem autoimune.
Ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico, que normalmente defende o nosso corpo de infecções (vírus e bactérias), passa a atacar o próprio organismo. Neste caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como sinóvia.
Sua causa, como a de todas as doenças autoimunes, ainda é desconhecida. Acredita-se que seja a interação entre diferentes fatores, tais como a predisposição genética, infecções e fatores ambientais, como tabagismo, estresse, etc.
A doença acomete cerca de 1% da população e qualquer pessoa, desde crianças até idosos, pode desenvolver a doença.
Entretanto, a ocorrência é mais comum em pessoas entre 35 e 55 anos, e a incidência é três vezes mais em mulheres do que em homens.
Histórico
A artrite não é uma doença recente. Pelo contrário, ela tem incomodado a humanidade desde épocas antigas.
Relatos de 1500 a.C., encontrados no papiro Ebers, um dos tratados medicinais mais antigos descrito no Egito, falam sobre sintomas naquele povo que eram muito parecidos à artrite reumatoide.
E mais, a artrite aparece como uma doença muito comum entre os egípcios. Esta é provavelmente a referência mais antiga a esta doença.
Na literatura indiana, Charak Samhita (escritos de aproximadamente 300 – 200 a.C.) descreveu uma doença que causava dor, inchaço e perda de mobilidade.
Igualmente, Hipócrates descreveu a artrite em 400 a.C. sem relatar tipos específicos desta doença. E, posteriormente, Galeno introduziu o termo reumatoide (ou rheumatismus).
Depois, nos séculos seguintes, pesquisas mais avançadas surgiram. Ao longo do tempo, evoluções tecnológicas permitiram esclarecimentos a respeito dessa doença, seus diferentes tipos, sintomas e tratamentos, sobre os quais falaremos um pouco mais.
Sintomas da artrite reumatoide
Os sintomas dependem muito da gravidade da doença. Eles podem aparecer e desaparecer constantemente ou desaparecerem por longos períodos.
Quando a doença está ativa, os sintomas podem ser fatiga, perda de energia, falta de apetite, dores, rigidez muscular e articular prolongada, que ocorre geralmente pelas manhãs.
Em períodos de crise, as articulações costumam ficar vermelhas, inchadas, doloridas e sensíveis. Isso porque o tecido que reveste as articulações inflama (sinovite), produzindo líquido articular em excesso.
O mais comum é que os sintomas, e as inflamações, se manifestem dos dois lados do corpo, principalmente nas mãos, nos punhos e nos pés, evoluindo para as articulações maiores, como cotovelos, ombros, tornozelos, joelhos e quadris. As mãos são afetadas com mais frequência.
Incapacidade física
A artrite reumatoide é uma doença muito séria, principalmente porque pode levar o paciente à incapacidade física.
Sem o tratamento adequado, a doença evolui progressivamente, causando desvios e deformidades decorrentes do afrouxamento ou da ruptura de tendões e das erosões articulares.
Logo, todas as estruturas das articulações podem ser afetadas, sejam ossos, cartilagens, tendões, músculos e ligamentos, comprometendo o movimento.
Diferentes alterações ocorrendo em conjunto podem levar o paciente à incapacidade física. Algumas delas são:
- Desvio ulnar dos dedos ou “dedos em ventania”, que pode ocorrer devido ao deslocamento dos tendões extensores dos dedos.
- Deformidades em “pescoço de cisne” – flexão das articulações metacarpofalangianas (MCF), hiperextensão das articulações interfalangiadas proximais (IFP) e flexão das articulações interfalangianas distais (IFD) -, sendo uma das causas mais comuns o encurtamento dos músculos intrínsecos.
- Deformidades em “boteira”, que nada mais é do que a deformação dos dedos por alterações articulares características.
- Mãos em dorso de camelo, quando o punho e algumas articulações aumentam de volume.
- Joelhos, tornozelos e dedão do pé para dentro (ou valgos), dentre outras.
Tratamento
É fundamental que o diagnóstico seja precoce, bem como o tratamento. Dessa forma, controlar a doença, evitar os sintomas e principalmente a evolução da mesma será mais fácil.
Existem inúmeros fármacos para tratar o problema, desde anti-inflamatórios a fármacos modificadores da doença ou anticorpos monoclonais.
Quem decidirá qual desses será mais adequado a cada paciente é o especialista responsável.
Mas é importante lembrar que nenhum tipo de medicamento vai curar a doença, apenas podem tratar seus sintomas e evitar sua evolução.
Por isso, pesquisas sobre as causas da artrite reumatoide e possíveis tratamentos são desenvolvidas constantemente.
Contudo, existem algumas medidas gerais que podem ajudar em paralelo ao tratamento farmacológico:
- Dormir entre 8 e 10 horas diárias, em uma posição que não comprometa as articulações.
- Alimentação e hábitos saudáveis são fundamentais.
- Em períodos de crises, evitar muitos esforços, sobretudo aqueles com as mãos, ou permanecer muito tempo em pé, e buscar não praticar exercícios repetitivos com as articulações.
- Em reincidência, praticar exercícios de maneira habitual e fortalecer os músculos localizados em volta das articulações afetadas.
- Um fisioterapeuta é ideal para ajudar na prática de exercícios convenientes.
Leia também: Como tratar as dores nos ombros
Aprofunde-se mais
Veja alguns relatos interessantes sobre a descoberta e tratamento da doença em pessoas de épocas distintas, os resultados e como a artrite pode interferir seriamente em casos como a gravidez.
Remédios naturais
Consumir sucos de lima-da-pérsia e melancia, intercalados com suco de limão e mel durante um a três dias pode beneficiar quem sofre de artrite reumatoide. Junto com esse tratamento, tente consumir frutas pela manhã e saladas cruas (variando bem as hortaliças).
Também é indicado consumir tomate, rabanete, rúcula, cebola, alface, repolho e acelga.
Leia também: 8 benefícios pouco conhecidos da cebola
Na hora do almoço, vale experimentar hortaliças cozidas com cará ou raiz de taioba, ou ainda mandioquinha, inhame, mangarito, batata doce ou mandioca. No jantar, é interessante passar a consumir mais frutas e nos intervalos o chá é recomendado.
Em períodos de crises dolorosas, banhos de imersão em chá forte de eucalipto, com 1 a 2 kg de sal grosso ou ainda banhos quentes de 30 minutos todos os dias seguidos de exercícios leves podem ajudar.
Receitas
Para beber
- 2 colheres (sopa) de raiz de erva-doce
- 1 colher (sopa) de bardana
- 2 colheres (sopa) de cavalinha
- 3 xícaras de água fervendo
Preparo
- Deixe as raízes de bardana e de erva-doce por 2 a 3 minutos fervendo em um vasilhame de louça ou vidro.
- Desligue o fogo e acrescente cavalinha.
- Deixe repousar até a infusão estar morna.
- Tome uma xícara antes de cada refeição.
Para aplicar na pele
- ½ xícara de cânfora
- 8 folhas de eucalipto
- 2 brotos de pinheiro
- ½ de menta
- 1 xícara de óleo de linhaça ou oliva
Preparo
- Moa bem as ervas citadas, cubra com o óleo e deixe por 12 horas em local fresco.
- Coe, espremendo bem as ervas.
- Use para friccionar músculos doloridos e articulações.
Também conhecida como artrite degenerativa, anquilosante ou ainda artrite infecciosa crônica, a artrite reumatoide é uma doença crônica, inflamatória e de origem autoimune.
Ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico, que normalmente defende o nosso corpo de infecções (vírus e bactérias), passa a atacar o próprio organismo. Neste caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como sinóvia.
Sua causa, como a de todas as doenças autoimunes, ainda é desconhecida. Acredita-se que seja a interação entre diferentes fatores, tais como a predisposição genética, infecções e fatores ambientais, como tabagismo, estresse, etc.
A doença acomete cerca de 1% da população e qualquer pessoa, desde crianças até idosos, pode desenvolver a doença.
Entretanto, a ocorrência é mais comum em pessoas entre 35 e 55 anos, e a incidência é três vezes mais em mulheres do que em homens.
Histórico
A artrite não é uma doença recente. Pelo contrário, ela tem incomodado a humanidade desde épocas antigas.
Relatos de 1500 a.C., encontrados no papiro Ebers, um dos tratados medicinais mais antigos descrito no Egito, falam sobre sintomas naquele povo que eram muito parecidos à artrite reumatoide.
E mais, a artrite aparece como uma doença muito comum entre os egípcios. Esta é provavelmente a referência mais antiga a esta doença.
Na literatura indiana, Charak Samhita (escritos de aproximadamente 300 – 200 a.C.) descreveu uma doença que causava dor, inchaço e perda de mobilidade.
Igualmente, Hipócrates descreveu a artrite em 400 a.C. sem relatar tipos específicos desta doença. E, posteriormente, Galeno introduziu o termo reumatoide (ou rheumatismus).
Depois, nos séculos seguintes, pesquisas mais avançadas surgiram. Ao longo do tempo, evoluções tecnológicas permitiram esclarecimentos a respeito dessa doença, seus diferentes tipos, sintomas e tratamentos, sobre os quais falaremos um pouco mais.
Sintomas da artrite reumatoide
Os sintomas dependem muito da gravidade da doença. Eles podem aparecer e desaparecer constantemente ou desaparecerem por longos períodos.
Quando a doença está ativa, os sintomas podem ser fatiga, perda de energia, falta de apetite, dores, rigidez muscular e articular prolongada, que ocorre geralmente pelas manhãs.
Em períodos de crise, as articulações costumam ficar vermelhas, inchadas, doloridas e sensíveis. Isso porque o tecido que reveste as articulações inflama (sinovite), produzindo líquido articular em excesso.
O mais comum é que os sintomas, e as inflamações, se manifestem dos dois lados do corpo, principalmente nas mãos, nos punhos e nos pés, evoluindo para as articulações maiores, como cotovelos, ombros, tornozelos, joelhos e quadris. As mãos são afetadas com mais frequência.
Incapacidade física
A artrite reumatoide é uma doença muito séria, principalmente porque pode levar o paciente à incapacidade física.
Sem o tratamento adequado, a doença evolui progressivamente, causando desvios e deformidades decorrentes do afrouxamento ou da ruptura de tendões e das erosões articulares.
Logo, todas as estruturas das articulações podem ser afetadas, sejam ossos, cartilagens, tendões, músculos e ligamentos, comprometendo o movimento.
Diferentes alterações ocorrendo em conjunto podem levar o paciente à incapacidade física. Algumas delas são:
- Desvio ulnar dos dedos ou “dedos em ventania”, que pode ocorrer devido ao deslocamento dos tendões extensores dos dedos.
- Deformidades em “pescoço de cisne” – flexão das articulações metacarpofalangianas (MCF), hiperextensão das articulações interfalangiadas proximais (IFP) e flexão das articulações interfalangianas distais (IFD) -, sendo uma das causas mais comuns o encurtamento dos músculos intrínsecos.
- Deformidades em “boteira”, que nada mais é do que a deformação dos dedos por alterações articulares características.
- Mãos em dorso de camelo, quando o punho e algumas articulações aumentam de volume.
- Joelhos, tornozelos e dedão do pé para dentro (ou valgos), dentre outras.
Tratamento
É fundamental que o diagnóstico seja precoce, bem como o tratamento. Dessa forma, controlar a doença, evitar os sintomas e principalmente a evolução da mesma será mais fácil.
Existem inúmeros fármacos para tratar o problema, desde anti-inflamatórios a fármacos modificadores da doença ou anticorpos monoclonais.
Quem decidirá qual desses será mais adequado a cada paciente é o especialista responsável.
Mas é importante lembrar que nenhum tipo de medicamento vai curar a doença, apenas podem tratar seus sintomas e evitar sua evolução.
Por isso, pesquisas sobre as causas da artrite reumatoide e possíveis tratamentos são desenvolvidas constantemente.
Contudo, existem algumas medidas gerais que podem ajudar em paralelo ao tratamento farmacológico:
- Dormir entre 8 e 10 horas diárias, em uma posição que não comprometa as articulações.
- Alimentação e hábitos saudáveis são fundamentais.
- Em períodos de crises, evitar muitos esforços, sobretudo aqueles com as mãos, ou permanecer muito tempo em pé, e buscar não praticar exercícios repetitivos com as articulações.
- Em reincidência, praticar exercícios de maneira habitual e fortalecer os músculos localizados em volta das articulações afetadas.
- Um fisioterapeuta é ideal para ajudar na prática de exercícios convenientes.
Leia também: Como tratar as dores nos ombros
Aprofunde-se mais
Veja alguns relatos interessantes sobre a descoberta e tratamento da doença em pessoas de épocas distintas, os resultados e como a artrite pode interferir seriamente em casos como a gravidez.
Remédios naturais
Consumir sucos de lima-da-pérsia e melancia, intercalados com suco de limão e mel durante um a três dias pode beneficiar quem sofre de artrite reumatoide. Junto com esse tratamento, tente consumir frutas pela manhã e saladas cruas (variando bem as hortaliças).
Também é indicado consumir tomate, rabanete, rúcula, cebola, alface, repolho e acelga.
Leia também: 8 benefícios pouco conhecidos da cebola
Na hora do almoço, vale experimentar hortaliças cozidas com cará ou raiz de taioba, ou ainda mandioquinha, inhame, mangarito, batata doce ou mandioca. No jantar, é interessante passar a consumir mais frutas e nos intervalos o chá é recomendado.
Em períodos de crises dolorosas, banhos de imersão em chá forte de eucalipto, com 1 a 2 kg de sal grosso ou ainda banhos quentes de 30 minutos todos os dias seguidos de exercícios leves podem ajudar.
Receitas
Para beber
- 2 colheres (sopa) de raiz de erva-doce
- 1 colher (sopa) de bardana
- 2 colheres (sopa) de cavalinha
- 3 xícaras de água fervendo
Preparo
- Deixe as raízes de bardana e de erva-doce por 2 a 3 minutos fervendo em um vasilhame de louça ou vidro.
- Desligue o fogo e acrescente cavalinha.
- Deixe repousar até a infusão estar morna.
- Tome uma xícara antes de cada refeição.
Para aplicar na pele
- ½ xícara de cânfora
- 8 folhas de eucalipto
- 2 brotos de pinheiro
- ½ de menta
- 1 xícara de óleo de linhaça ou oliva
Preparo
- Moa bem as ervas citadas, cubra com o óleo e deixe por 12 horas em local fresco.
- Coe, espremendo bem as ervas.
- Use para friccionar músculos doloridos e articulações.
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Rutherford, A., Nikiphorou, E., & Galloway, J. (2017). Rheumatoid arthritis. In Comorbidity in Rheumatic Diseases. https://doi.org/10.1007/978-3-319-59963-2_3
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