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Almas partidas: a realidade das pessoas psicologicamente maltratadas

4 minutos
As almas partidas podem adotar dois papéis muito diferentes, mas o importante é que saibamos reconhecê-las para ajudá-las a sarar e a superar esse inferno que as acompanha
Almas partidas: a realidade das pessoas psicologicamente maltratadas
Última atualização: 23 agosto, 2022

As almas partidas foram quebradas devido a acontecimentos passados. Abusos por parte de seus pais, falta de carinho e uma notável indiferença.

À medida que os anos passam, as relações “maduras” começaram a se fazerem presentes. Entretanto, nada é utópico como muitas vezes lemos nos livros e vemos nos filmes românticos.

Tudo começou na infância e continuou durante o período de amadurecimento. A grande pergunta é: as almas partidas podem se recuperar?

Você ainda deseja ser maltratada?

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Quando o maltrato se insere em uma relação, há quem maltrata e há uma vítima. Muitas pessoas que querem essa relação tentaram fazer com que a razão se fizesse presente, que se abrisse os olhos, entretanto, não se pode.

Devido à carência e a abusos sofridos em sua infância, a pessoa naturalizou certos comportamentos agressivos. Um insulto, um tapa, uma palavra feia, uma atitude humilhante…

As almas partidas não estão vivendo nada novo, ainda que seja algo diferente e com outras estratégias para que se submetam a certas coisas.

Quando começam a ser conscientes de que as coisas não vão bem, aparece o medo…

Recomendamos também a leitura Feridas que não cicatrizam: neuropsicologia dos maus-tratos contra a mulher

Começam a se rebelar e a receber golpes mais notáveis que tentam esconder ou dar desculpas de que caiu, tentando não dar importância.

Estão sendo conscientes de que, o que antes consideravam “normal”, fugiu de seu controle. Agora não desejam continuar vivendo assim, mas não sabem como sair dessa situação.

Some figure

Sentem-se confusas, temerosas e impotentes. Sem se darem conta, alimentaram a fera por um longo período de tempo e agora não sabem como escapar dela.

As duas caras de uma mesma moeda

Ainda que pareça difícil de acreditarmos, tanto a pessoa que causa o maltrato como a vítima são as duas caras de uma mesma moeda.

Ambos sofreram em sua infância, ainda que sua maneira de manifestar isso seja muito diferente.

  • A vontade de ter poder sobre o outro: que maltrata exerce esse poder que foi tirado dele na sua infância. Não quer que lhe causem dano, não querem se sentir fracos.

Por outro lado, fere a quem mais quer, sobretudo, à pessoa mais vulnerável.

  • A necessidade de agradar: a vítima, por outro lado, busca agradar à outra pessoa para que seja aceita e lhe brinde com palavras carinhosas. Sente que deve fazer tudo certo e não falhar.

Se não for assim, considera lógico e aceitável receber uma repreensão por isso.

O grande problema é que toda vítima converte-se em uma alma partida. Alguém que foi rasgado por dentro, utilizado, que sofreu danos da maneira mais cruel, sendo ameaçado e, em alguns casos, sendo morto.

Não se esqueça de ler: 5 sinais que caracterizam às mulheres maltratadas

Some figure

A vítima não tem recursos para poder se defender, pois nunca aprendeu a fazê-lo. Aprendeu muito bem a esconder seus sentimentos e sofrer por dentro.

Um ciclo do qual se pode sair com paciência, esperança e firmeza necessárias.

A reconstrução das almas partidas

Não podemos negar que muitas almas partidas não podem ser reconstruídas. Tudo o que nos ocorre quando somos pequenos nos afetam de forma importante em períodos posteriores de nossa vida.

Contudo, se contar com as pessoas adequadas e conseguir tirar forças de onde nem sabia que existia para questionar tudo o que lhe ensinaram, todo esse medo inculcado…. Terá esperança.

Sair de uma relação tão destrutiva e dolorosa que cavou um buraco imenso, mais fundo do que se imagina em seu coração e sua alma.

Entretanto, conseguiu sair dele e agora é o momento de iniciar um novo caminho. Cercar-se de pessoas que lhe querem bem será um alicerce importante, assim como buscar ajuda profissional que o oriente de uma forma concreta e correta.

Passo a passo, com calma e sem pressa, as almas partidas vão recolhendo esses pedacinhos que os outros quebraram, mas que sempre podem voltar a se unir.

Some figure

É certo que ficaram rachaduras e marcas profundas do que foi vivido, porque ninguém esquece e tudo o que foi experimentado nos converte no que somos hoje.

Entretanto, o positivo está em melhorar, em tomar isso como experiência e seguir adiante com todas essas cicatrizes que possuímos, mas que soubemos sarar da maneira correta.

As almas partidas podem se reconstruir e seguir adiante. Não voltar a cometer os mesmos erros, mudar a percepção do que antes acreditavam que era correto e incorreto.

Há um antes e um durante em toda relação de maltrato. Não se esqueça de que também há um depois e isso é uma oportunidade para mudar tudo.

As almas partidas foram quebradas devido a acontecimentos passados. Abusos por parte de seus pais, falta de carinho e uma notável indiferença.

À medida que os anos passam, as relações “maduras” começaram a se fazerem presentes. Entretanto, nada é utópico como muitas vezes lemos nos livros e vemos nos filmes românticos.

Tudo começou na infância e continuou durante o período de amadurecimento. A grande pergunta é: as almas partidas podem se recuperar?

Você ainda deseja ser maltratada?

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Quando o maltrato se insere em uma relação, há quem maltrata e há uma vítima. Muitas pessoas que querem essa relação tentaram fazer com que a razão se fizesse presente, que se abrisse os olhos, entretanto, não se pode.

Devido à carência e a abusos sofridos em sua infância, a pessoa naturalizou certos comportamentos agressivos. Um insulto, um tapa, uma palavra feia, uma atitude humilhante…

As almas partidas não estão vivendo nada novo, ainda que seja algo diferente e com outras estratégias para que se submetam a certas coisas.

Quando começam a ser conscientes de que as coisas não vão bem, aparece o medo…

Recomendamos também a leitura Feridas que não cicatrizam: neuropsicologia dos maus-tratos contra a mulher

Começam a se rebelar e a receber golpes mais notáveis que tentam esconder ou dar desculpas de que caiu, tentando não dar importância.

Estão sendo conscientes de que, o que antes consideravam “normal”, fugiu de seu controle. Agora não desejam continuar vivendo assim, mas não sabem como sair dessa situação.

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Sentem-se confusas, temerosas e impotentes. Sem se darem conta, alimentaram a fera por um longo período de tempo e agora não sabem como escapar dela.

As duas caras de uma mesma moeda

Ainda que pareça difícil de acreditarmos, tanto a pessoa que causa o maltrato como a vítima são as duas caras de uma mesma moeda.

Ambos sofreram em sua infância, ainda que sua maneira de manifestar isso seja muito diferente.

  • A vontade de ter poder sobre o outro: que maltrata exerce esse poder que foi tirado dele na sua infância. Não quer que lhe causem dano, não querem se sentir fracos.

Por outro lado, fere a quem mais quer, sobretudo, à pessoa mais vulnerável.

  • A necessidade de agradar: a vítima, por outro lado, busca agradar à outra pessoa para que seja aceita e lhe brinde com palavras carinhosas. Sente que deve fazer tudo certo e não falhar.

Se não for assim, considera lógico e aceitável receber uma repreensão por isso.

O grande problema é que toda vítima converte-se em uma alma partida. Alguém que foi rasgado por dentro, utilizado, que sofreu danos da maneira mais cruel, sendo ameaçado e, em alguns casos, sendo morto.

Não se esqueça de ler: 5 sinais que caracterizam às mulheres maltratadas

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A vítima não tem recursos para poder se defender, pois nunca aprendeu a fazê-lo. Aprendeu muito bem a esconder seus sentimentos e sofrer por dentro.

Um ciclo do qual se pode sair com paciência, esperança e firmeza necessárias.

A reconstrução das almas partidas

Não podemos negar que muitas almas partidas não podem ser reconstruídas. Tudo o que nos ocorre quando somos pequenos nos afetam de forma importante em períodos posteriores de nossa vida.

Contudo, se contar com as pessoas adequadas e conseguir tirar forças de onde nem sabia que existia para questionar tudo o que lhe ensinaram, todo esse medo inculcado…. Terá esperança.

Sair de uma relação tão destrutiva e dolorosa que cavou um buraco imenso, mais fundo do que se imagina em seu coração e sua alma.

Entretanto, conseguiu sair dele e agora é o momento de iniciar um novo caminho. Cercar-se de pessoas que lhe querem bem será um alicerce importante, assim como buscar ajuda profissional que o oriente de uma forma concreta e correta.

Passo a passo, com calma e sem pressa, as almas partidas vão recolhendo esses pedacinhos que os outros quebraram, mas que sempre podem voltar a se unir.

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É certo que ficaram rachaduras e marcas profundas do que foi vivido, porque ninguém esquece e tudo o que foi experimentado nos converte no que somos hoje.

Entretanto, o positivo está em melhorar, em tomar isso como experiência e seguir adiante com todas essas cicatrizes que possuímos, mas que soubemos sarar da maneira correta.

As almas partidas podem se reconstruir e seguir adiante. Não voltar a cometer os mesmos erros, mudar a percepção do que antes acreditavam que era correto e incorreto.

Há um antes e um durante em toda relação de maltrato. Não se esqueça de que também há um depois e isso é uma oportunidade para mudar tudo.


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  • Arruabarrena, M. I. (2011). Maltrato Psicológico a los Niños, Niñas y Adolescentes en la Familia: Definición y Valoración de su Gravedad. Psychosocial Intervention. https://doi.org/10.5093/in2011v20n1a3
  • Gómez de Terreros, M. (2006). Maltrato psicológico. Cuad Med Forense. https://doi.org/10.4321/S1135-76062006000100008
  • Rey Anacona, C. A. (2009). Maltrato de tipo físico, psicológico, emocional, sexual y económico en el noviazgo: un estudio exploratorio. Acta Colombiana de Psicología.
  • Bueno, A. (1997). El maltrato psicológico/emocional como expresión de violencia hacia la infancia. Alternativas: Cuadernos de Trabajo Social. https://doi.org/10.1093/hmg/9.14.2175

 


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