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Alergia à penicilina

4 minutos
A penicilina é um antibiótico originado do fungo Penicillium, que pertence ao grupo dos antibióticos β-lactâmicos. Existem diferentes tipos de penicilinas, mas todas elas possuem o núcleo β-lactâmico.
Alergia à penicilina
Franciele Rohor de Souza

Revisado e aprovado por a farmacêutica Franciele Rohor de Souza

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 15 dezembro, 2022

Apesar de ser muito eficiente para combater bactérias, alguns pacientes podem apresentar alergia à penicilina. A classificação dessas alergias é baseada no intervalo de tempo entre a administração do medicamento e o aparecimento da reação. O que mais você deve saber sobre o tema?

Cada tipo de penicilina atua contra as bactérias em graus diferentes. Além de eliminar bactérias que causam diferentes infecções em nosso corpo, a penicilina serve para prevenir infecções causadas por bactérias gram-positivas.

O que acontece se tivermos alergia à penicilina?

A alergia a beta-lactâmicos se relaciona, com frequência, à morbidade e mortalidade. O diagnóstico da alergia à penicilina é feito por meio do histórico médico e de testes cutâneos.

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Realiza-se o diagnóstico da alergia à penicilina por meio de testes cutâneos e analisando o histórico clínico do paciente. Além disso, deve-se considerar que existem vários tipos de reações alérgicas.

Tipos de reações alérgicas

A classificação das reações alérgicas à penicilina e, em geral, aos antibióticos beta-lactâmicos, é baseada no intervalo de tempo entre a administração do medicamento e o aparecimento da reação.

Reações alérgicas imediatas

São aquelas reações que ocorrem na primeira hora após a administração do medicamento. Geralmente são mediadas por imunoglobulina E (IgE) específica, que libera histamina e outros mediadores inflamatórios muito rapidamente.

A forma como se manifesta varia de reações leves, como urticária, angioedema e sibilância, até reações graves, como choque anafilático.

Reações aceleradas

Este tipo de reação aparece entre duas e setenta e duas horas após a administração do antibiótico. Embora seu mecanismo não seja bem descrito, podem ocorrer reações como urticária, angioedema, edema de laringe e sibilância.

Reações alérgicas tardias

São aquelas que ocorrem a partir de setenta e duas horas após a administração do medicamento. Normalmente são mediadas por linfócitos T e se manifestam de maneiras muito diversas.

Pode-se catalogar tanto as reações aceleradas quanto as tardias como reações não imediatas. Os sinais e sintomas das reações não imediatas incluem os seguintes:

  • Erupção maculopapular ou fixa medicamentosa.
  • Urticária.
  • Eritema multiforme.
  • Síndrome de Stevens-Johnson.
  • Necrólise epidérmica tóxica.
  • Dermatite esfoliativa ou de contato.
  • Síndrome de hipersensibilidade.
  • Dermatose liquenóide.

Entretanto, o lado positivo é que as reações mais comuns geralmente não são graves e consistem em erupções maculopapulares seguidas de urticária.

Descubra: Como a alergia se desenvolve?

Como se diagnostica uma alergia à penicilina?

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Os testes de alergia são essenciais diante da suspeita de alergia à penicilina.

Se houver suspeita de hipersensibilidade, o teste de alergia à penicilina é essencial. Isso é importante pois as reações adversas costumam ser confundidas com reações alérgicas.

Realiza-se o diagnóstico com base na descrição dos sintomas e do tempo decorrido entre a ingestão da penicilina e o início da reação, bem como o tipo de sintoma.

Dessa forma, pode classificar-se o tipo de reação alérgica como imediata ou não imediata.  Nas reações alérgicas imediatas, descobriu-se que, quanto mais tempo transcorre entre a reação inicial e o estudo, há menos chance de obter um resultado positivo no teste cutâneo.

No entanto, essa perda de sensibilidade não necessariamente será permanente. Existe a possibilidade de que o paciente se sensibilize com esses antibióticos após a realização de testes cutâneos ou com a administração do medicamento novamente. Em compensação, em reações não imediatas, o fenômeno de perda de sensibilidade não é comum.

Testes cutâneos para diagnosticar a alergia à penicilina

Para as reações imediatas, realiza-se primeiramente um teste cutâneo de alergia na pele, também chamado de prick test ou teste de puntura. Podem utilizar-se ​​um ou mais alérgenos, e se a resposta for negativa, o próximo passo será realizar um teste intradérmico.

Ambos costumam ser feitos no antebraço e a leitura ocorre após 15 a 20 minutos. No entanto, em reações não imediatas, os testes intradérmicos podem iniciar-se diretamente com leituras em 20 minutos e em 48 e 72 horas.

Durante a realização dos testes intradérmicos, podem ocorrer reações sistêmicas. Isso pode acontecer no caso de usar muitas substâncias ​​ao mesmo tempo.

Dessensibilização

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Durante a dessensibilização, administra-se novamente o antibiótico para que se possa determinar a dose terapêutica.

A dessensibilização consiste em administrar novamente o antibiótico que provocou uma reação alérgica em doses progressivas até atingir a dose terapêutica.

A dessensibilização é reversível e depende da presença contínua do antibiótico no organismo. Entretanto, perde a sua eficácia quando se suspende a administração por um período de mais de 48 horas.

Leia também: As 9 alergias mais comuns em crianças

Conclusão

Prescreve-se o grupo dos antibióticos da penicilina com muita frequência e, por isso, em pessoas sensibilizadas, ocorrem reações alérgicas que podem ser fatais.

Portanto, é importante diagnosticar de maneira adequada e oportuna as verdadeiras alergias a antibióticos e diferenciá-las das reações pseudo-alérgicas.

Apesar de ser muito eficiente para combater bactérias, alguns pacientes podem apresentar alergia à penicilina. A classificação dessas alergias é baseada no intervalo de tempo entre a administração do medicamento e o aparecimento da reação. O que mais você deve saber sobre o tema?

Cada tipo de penicilina atua contra as bactérias em graus diferentes. Além de eliminar bactérias que causam diferentes infecções em nosso corpo, a penicilina serve para prevenir infecções causadas por bactérias gram-positivas.

O que acontece se tivermos alergia à penicilina?

A alergia a beta-lactâmicos se relaciona, com frequência, à morbidade e mortalidade. O diagnóstico da alergia à penicilina é feito por meio do histórico médico e de testes cutâneos.

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Realiza-se o diagnóstico da alergia à penicilina por meio de testes cutâneos e analisando o histórico clínico do paciente. Além disso, deve-se considerar que existem vários tipos de reações alérgicas.

Tipos de reações alérgicas

A classificação das reações alérgicas à penicilina e, em geral, aos antibióticos beta-lactâmicos, é baseada no intervalo de tempo entre a administração do medicamento e o aparecimento da reação.

Reações alérgicas imediatas

São aquelas reações que ocorrem na primeira hora após a administração do medicamento. Geralmente são mediadas por imunoglobulina E (IgE) específica, que libera histamina e outros mediadores inflamatórios muito rapidamente.

A forma como se manifesta varia de reações leves, como urticária, angioedema e sibilância, até reações graves, como choque anafilático.

Reações aceleradas

Este tipo de reação aparece entre duas e setenta e duas horas após a administração do antibiótico. Embora seu mecanismo não seja bem descrito, podem ocorrer reações como urticária, angioedema, edema de laringe e sibilância.

Reações alérgicas tardias

São aquelas que ocorrem a partir de setenta e duas horas após a administração do medicamento. Normalmente são mediadas por linfócitos T e se manifestam de maneiras muito diversas.

Pode-se catalogar tanto as reações aceleradas quanto as tardias como reações não imediatas. Os sinais e sintomas das reações não imediatas incluem os seguintes:

  • Erupção maculopapular ou fixa medicamentosa.
  • Urticária.
  • Eritema multiforme.
  • Síndrome de Stevens-Johnson.
  • Necrólise epidérmica tóxica.
  • Dermatite esfoliativa ou de contato.
  • Síndrome de hipersensibilidade.
  • Dermatose liquenóide.

Entretanto, o lado positivo é que as reações mais comuns geralmente não são graves e consistem em erupções maculopapulares seguidas de urticária.

Descubra: Como a alergia se desenvolve?

Como se diagnostica uma alergia à penicilina?

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Os testes de alergia são essenciais diante da suspeita de alergia à penicilina.

Se houver suspeita de hipersensibilidade, o teste de alergia à penicilina é essencial. Isso é importante pois as reações adversas costumam ser confundidas com reações alérgicas.

Realiza-se o diagnóstico com base na descrição dos sintomas e do tempo decorrido entre a ingestão da penicilina e o início da reação, bem como o tipo de sintoma.

Dessa forma, pode classificar-se o tipo de reação alérgica como imediata ou não imediata.  Nas reações alérgicas imediatas, descobriu-se que, quanto mais tempo transcorre entre a reação inicial e o estudo, há menos chance de obter um resultado positivo no teste cutâneo.

No entanto, essa perda de sensibilidade não necessariamente será permanente. Existe a possibilidade de que o paciente se sensibilize com esses antibióticos após a realização de testes cutâneos ou com a administração do medicamento novamente. Em compensação, em reações não imediatas, o fenômeno de perda de sensibilidade não é comum.

Testes cutâneos para diagnosticar a alergia à penicilina

Para as reações imediatas, realiza-se primeiramente um teste cutâneo de alergia na pele, também chamado de prick test ou teste de puntura. Podem utilizar-se ​​um ou mais alérgenos, e se a resposta for negativa, o próximo passo será realizar um teste intradérmico.

Ambos costumam ser feitos no antebraço e a leitura ocorre após 15 a 20 minutos. No entanto, em reações não imediatas, os testes intradérmicos podem iniciar-se diretamente com leituras em 20 minutos e em 48 e 72 horas.

Durante a realização dos testes intradérmicos, podem ocorrer reações sistêmicas. Isso pode acontecer no caso de usar muitas substâncias ​​ao mesmo tempo.

Dessensibilização

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Durante a dessensibilização, administra-se novamente o antibiótico para que se possa determinar a dose terapêutica.

A dessensibilização consiste em administrar novamente o antibiótico que provocou uma reação alérgica em doses progressivas até atingir a dose terapêutica.

A dessensibilização é reversível e depende da presença contínua do antibiótico no organismo. Entretanto, perde a sua eficácia quando se suspende a administração por um período de mais de 48 horas.

Leia também: As 9 alergias mais comuns em crianças

Conclusão

Prescreve-se o grupo dos antibióticos da penicilina com muita frequência e, por isso, em pessoas sensibilizadas, ocorrem reações alérgicas que podem ser fatais.

Portanto, é importante diagnosticar de maneira adequada e oportuna as verdadeiras alergias a antibióticos e diferenciá-las das reações pseudo-alérgicas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Geller, M., Malaman, M. F., Chavarria, M. L., Motta, A. A., & Silva, D. D. L. R. F. F. (2006). Alergia à penicilina: conduta alergológica^ipt. Rev. Bras. Alergia Imunopatol.
  • Montoya, F. (1996). Penicilina y pruebas de sensibilidad. Iatreia.
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