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9 dicas para ajudar alguém com transtorno bipolar

6 minutos
Pessoas com transtorno bipolar precisam, além de tratamento médico e psicológico, do apoio de outras pessoas importantes para ela. Isso contribui para a melhora e o alívio dos seus desconfortos.
9 dicas para ajudar alguém com transtorno bipolar
Última atualização: 31 julho, 2021

O acompanhamento e apoio de pessoas significativas (familiares e amigos) representa um pilar fundamental para aplicar os conselhos que auxiliam no tratamento da bipolaridade. Essas pessoas são uma fonte de motivação externa e ajudam a melhorar os resultados e a adesão ao tratamento. A seguir, vamos falar sobre como ajudar alguém com transtorno bipolar.

O transtorno bipolar é uma doença mental crônica que provoca oscilações no humor de quem o padece. Suas repercussões causam uma grave deterioração nas esferas interpessoal, trabalhista e social. Portanto, para garantir o bem-estar da pessoa, é fundamental obter atendimento médico e psicológico.

Se você conhece ou mora com uma pessoa com esse transtorno, queremos convidá-lo a continuar lendo, pois apresentaremos algumas dicas para oferecer o suporte adequado e necessário.

O que é a bipolaridade?

Esta é uma condição mental que provoca mudanças extremas e incontroláveis ​​de humor. Essas alterações compreendem uma polaridade maníaca ou hipomaníaca, caracterizada por altos níveis de euforia, agitação e sensação de grandeza, e outra depressiva, referente a sentimentos de tristeza, desinteresse e cansaço.

As mudanças de humor não acontecem repentinamente, ou seja, podem levar meses. Da mesma forma, sua intensidade é marcante, o que gera muito desconforto e uma deterioração significativa no funcionamento interpessoal, social e profissional da pessoa.

Dependendo dos sintomas, podemos classificar diferentes tipos de transtorno bipolar:

  • Transtorno bipolar I: consiste na manifestação de pelo menos um episódio maníaco. Antes ou depois, a pessoa pode ter apresentado episódios hipomaníacos (expressão mais branda dos sintomas de mania) ou depressão maior.
  • Transtorno bipolar II: a pessoa sofreu pelo menos um episódio depressivo maior e pelo menos um episódio hipomaníaco. Nesse caso, não apresenta episódios maníacos. Sendo assim, o diagnóstico se tornaria tipo I.
  • Transtorno ciclotímico: caracterizado por flutuações crônicas no humor que incluem vários períodos de sintomas hipomaníacos (não atendendo aos critérios para um episódio hipomaníaco) e períodos com sintomas depressivos (não atendendo aos critérios para um episódio depressivo maior). Essas alterações estão presentes há pelo menos 2 anos em adultos e um ano em crianças e adolescentes.
  • Outros tipos: no “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM V), os transtornos bipolares incluem aqueles causados ​​por substâncias ou medicamentos.
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A bipolaridade é uma patologia de abordagem crônica que necessita do apoio da rede familiar.

Dicas para ajudar alguém com transtorno bipolar

Além do tratamento médico, o apoio da família e dos amigos é extremamente importante para garantir o bem-estar e a estabilidade das pessoas com bipolaridade. Se você mora ou conhece alguém com essa condição, pode ajudá-lo de várias maneiras.

1. Aprenda tudo que puder sobre o transtorno bipolar

Quanto mais você souber sobre esse transtorno, maior será a possibilidade de ajudar. Isso envolve a compreensão dos sintomas depressivos e maníacos, dos tratamentos disponíveis e das consequências das crises.

2. Ajude-o a aceitar o seu distúrbio

É de vital importância que a pessoa afetada reconheça que tem uma patologia. Dessa forma, estará mais disposta a receber a ajuda necessária.

Lembre-se de que o papel da família e dos amigos é oferecer acompanhamento e apoio. Portanto, é necessária a intervenção de um profissional de saúde mental para que haja uma melhora significativa.

Uma maneira de a pessoa concordar em ir à terapia é falando sobre os benefícios que ela oferece. Nesse ponto é pertinente ter cuidado com nossas palavras, pois não pretendemos que ela se sinta julgada ou pressionada.

Não deixe de ler: Como é a mente de um bipolar?

3. Acompanhe o paciente à terapia

Estar disposto e disponível para acompanhá-lo às sessões de terapia pode ser uma fonte adicional de motivação. Além disso, você também evita que a pessoa se sinta só, o que contribui significativamente para que ela não desista.

Por outro lado, se a pessoa autorizar, é útil conversar com os profissionais que a atendem. Eles serão capazes de lhe oferecer informações mais válidas sobre a sua condição, conselhos sobre como lidar com situações de crise específicas e responder às suas preocupações.

4. Seja empático e compreensivo

Ter empatia significa colocar-se no lugar do outro, o que nos permite responder ou agir melhor. Para isso, é fundamental ouvir com atenção, manter a calma, evitar discussões, fazer julgamentos ou trazer à tona qualquer assunto que irrite ou frustre.

Muitas vezes, tudo que essas pessoas precisam é de um bom ouvinte, especialmente quando o que querem é expressar os seus desafios. Nestes casos, o que importa é expressar nossa aceitação e compreensão. Assim, ela se sentirá mais confortável com a sua condição e terá mais abertura.

5. Controle a sua medicação

O tratamento mais eficaz para a bipolaridade é a combinação equilibrada de terapia e medicamentos. Na maioria dos casos, os medicamentos são essenciais para garantir a estabilidade emocional.

Consequentemente, uma forma de ajudar a pessoa é verificar, tanto quanto possível, se ela está tomando os remédios de acordo com as recomendações do médico. Se não, você deve falar com ela. Lembre-se de que essas conversas devem ser isentas de julgamento.

6. Tenha um plano em caso de emergência

O transtorno bipolar costuma ser imprevisível. Da mesma forma, ataques depressivos e maníacos podem ser perigosos, tanto para a pessoa afetada quanto para as pessoas ao seu redor. Consequentemente, é necessário ter todo o suporte para poder lidar com o caso.

Aconselhamos que tanto a pessoa afetada quanto os familiares e amigos tenham em mãos os números de telefone de terapeutas, ambulâncias, hospitais e outras pessoas próximas. Assim, quando ocorrer uma crise, será mais fácil pedir ajuda.

7. Não se esqueça do seu próprio cuidado

Se você convive com alguém com transtorno bipolar, pode descuidar do seu próprio cuidado pessoal. Sabe-se que ser cuidador nessa patologia acarreta uma sobrecarga emocional e psíquica que acaba por deteriorar o bem-estar.

Para ajudar alguém, você deve ter capacidade emocional para fazê-lo. Para fazer isso, certifique-se de dormir o suficiente, comer de forma saudável, fazer exercícios e até mesmo fazer terapia.

Descubra também: Medicamentos para o TOC

8. Aprenda estratégias de enfrentamento para controlar as crises

Isso pode levar tempo e até ser complexo. O principal é aprender a reconhecer os sintomas ou indicadores que antecipam um episódio maníaco ou depressivo e, então, tomar medidas que impeçam o desenvolvimento do episódio ou retardem o seu início.

Da mesma forma, é útil para a pessoa afetada aprender a reconhecer esses sinais e ser capaz de agir por conta própria. Isso a ajuda a ganhar autocontrole e autonomia.

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As crises de transtorno bipolar são intensas, e leva tempo para aprender a lidar com elas da melhor maneira possível.

9. Ofereça tempo de qualidade

Pessoas com bipolaridade geralmente têm dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos estáveis ​​e duradouros. Dito isso, é importante que você passe um tempo de qualidade e se divirta com o paciente, evitando que se isole e se sinta sozinho.

Você pode pensar em atividades de que ambos gostem, que garantam a interação e proporcionem a sensação de uma vida normal.

Aplique estas dicas para ajudar alguém com transtorno bipolar

Ajudar e acompanhar alguém que sofre de transtorno bipolar, ou de qualquer outra doença mental, pode ser um grande desafio. Implica realizar esforços que garantam, na medida do possível, o bem-estar do outro.

É por isso que é de vital importância não se esquecer do autocuidado e se informar o máximo possível sobre a doença. Isso permitirá que você ofereça um suporte mais direcionado, adaptado às necessidades individuais.

O acompanhamento e apoio de pessoas significativas (familiares e amigos) representa um pilar fundamental para aplicar os conselhos que auxiliam no tratamento da bipolaridade. Essas pessoas são uma fonte de motivação externa e ajudam a melhorar os resultados e a adesão ao tratamento. A seguir, vamos falar sobre como ajudar alguém com transtorno bipolar.

O transtorno bipolar é uma doença mental crônica que provoca oscilações no humor de quem o padece. Suas repercussões causam uma grave deterioração nas esferas interpessoal, trabalhista e social. Portanto, para garantir o bem-estar da pessoa, é fundamental obter atendimento médico e psicológico.

Se você conhece ou mora com uma pessoa com esse transtorno, queremos convidá-lo a continuar lendo, pois apresentaremos algumas dicas para oferecer o suporte adequado e necessário.

O que é a bipolaridade?

Esta é uma condição mental que provoca mudanças extremas e incontroláveis ​​de humor. Essas alterações compreendem uma polaridade maníaca ou hipomaníaca, caracterizada por altos níveis de euforia, agitação e sensação de grandeza, e outra depressiva, referente a sentimentos de tristeza, desinteresse e cansaço.

As mudanças de humor não acontecem repentinamente, ou seja, podem levar meses. Da mesma forma, sua intensidade é marcante, o que gera muito desconforto e uma deterioração significativa no funcionamento interpessoal, social e profissional da pessoa.

Dependendo dos sintomas, podemos classificar diferentes tipos de transtorno bipolar:

  • Transtorno bipolar I: consiste na manifestação de pelo menos um episódio maníaco. Antes ou depois, a pessoa pode ter apresentado episódios hipomaníacos (expressão mais branda dos sintomas de mania) ou depressão maior.
  • Transtorno bipolar II: a pessoa sofreu pelo menos um episódio depressivo maior e pelo menos um episódio hipomaníaco. Nesse caso, não apresenta episódios maníacos. Sendo assim, o diagnóstico se tornaria tipo I.
  • Transtorno ciclotímico: caracterizado por flutuações crônicas no humor que incluem vários períodos de sintomas hipomaníacos (não atendendo aos critérios para um episódio hipomaníaco) e períodos com sintomas depressivos (não atendendo aos critérios para um episódio depressivo maior). Essas alterações estão presentes há pelo menos 2 anos em adultos e um ano em crianças e adolescentes.
  • Outros tipos: no “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM V), os transtornos bipolares incluem aqueles causados ​​por substâncias ou medicamentos.
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A bipolaridade é uma patologia de abordagem crônica que necessita do apoio da rede familiar.

Dicas para ajudar alguém com transtorno bipolar

Além do tratamento médico, o apoio da família e dos amigos é extremamente importante para garantir o bem-estar e a estabilidade das pessoas com bipolaridade. Se você mora ou conhece alguém com essa condição, pode ajudá-lo de várias maneiras.

1. Aprenda tudo que puder sobre o transtorno bipolar

Quanto mais você souber sobre esse transtorno, maior será a possibilidade de ajudar. Isso envolve a compreensão dos sintomas depressivos e maníacos, dos tratamentos disponíveis e das consequências das crises.

2. Ajude-o a aceitar o seu distúrbio

É de vital importância que a pessoa afetada reconheça que tem uma patologia. Dessa forma, estará mais disposta a receber a ajuda necessária.

Lembre-se de que o papel da família e dos amigos é oferecer acompanhamento e apoio. Portanto, é necessária a intervenção de um profissional de saúde mental para que haja uma melhora significativa.

Uma maneira de a pessoa concordar em ir à terapia é falando sobre os benefícios que ela oferece. Nesse ponto é pertinente ter cuidado com nossas palavras, pois não pretendemos que ela se sinta julgada ou pressionada.

Não deixe de ler: Como é a mente de um bipolar?

3. Acompanhe o paciente à terapia

Estar disposto e disponível para acompanhá-lo às sessões de terapia pode ser uma fonte adicional de motivação. Além disso, você também evita que a pessoa se sinta só, o que contribui significativamente para que ela não desista.

Por outro lado, se a pessoa autorizar, é útil conversar com os profissionais que a atendem. Eles serão capazes de lhe oferecer informações mais válidas sobre a sua condição, conselhos sobre como lidar com situações de crise específicas e responder às suas preocupações.

4. Seja empático e compreensivo

Ter empatia significa colocar-se no lugar do outro, o que nos permite responder ou agir melhor. Para isso, é fundamental ouvir com atenção, manter a calma, evitar discussões, fazer julgamentos ou trazer à tona qualquer assunto que irrite ou frustre.

Muitas vezes, tudo que essas pessoas precisam é de um bom ouvinte, especialmente quando o que querem é expressar os seus desafios. Nestes casos, o que importa é expressar nossa aceitação e compreensão. Assim, ela se sentirá mais confortável com a sua condição e terá mais abertura.

5. Controle a sua medicação

O tratamento mais eficaz para a bipolaridade é a combinação equilibrada de terapia e medicamentos. Na maioria dos casos, os medicamentos são essenciais para garantir a estabilidade emocional.

Consequentemente, uma forma de ajudar a pessoa é verificar, tanto quanto possível, se ela está tomando os remédios de acordo com as recomendações do médico. Se não, você deve falar com ela. Lembre-se de que essas conversas devem ser isentas de julgamento.

6. Tenha um plano em caso de emergência

O transtorno bipolar costuma ser imprevisível. Da mesma forma, ataques depressivos e maníacos podem ser perigosos, tanto para a pessoa afetada quanto para as pessoas ao seu redor. Consequentemente, é necessário ter todo o suporte para poder lidar com o caso.

Aconselhamos que tanto a pessoa afetada quanto os familiares e amigos tenham em mãos os números de telefone de terapeutas, ambulâncias, hospitais e outras pessoas próximas. Assim, quando ocorrer uma crise, será mais fácil pedir ajuda.

7. Não se esqueça do seu próprio cuidado

Se você convive com alguém com transtorno bipolar, pode descuidar do seu próprio cuidado pessoal. Sabe-se que ser cuidador nessa patologia acarreta uma sobrecarga emocional e psíquica que acaba por deteriorar o bem-estar.

Para ajudar alguém, você deve ter capacidade emocional para fazê-lo. Para fazer isso, certifique-se de dormir o suficiente, comer de forma saudável, fazer exercícios e até mesmo fazer terapia.

Descubra também: Medicamentos para o TOC

8. Aprenda estratégias de enfrentamento para controlar as crises

Isso pode levar tempo e até ser complexo. O principal é aprender a reconhecer os sintomas ou indicadores que antecipam um episódio maníaco ou depressivo e, então, tomar medidas que impeçam o desenvolvimento do episódio ou retardem o seu início.

Da mesma forma, é útil para a pessoa afetada aprender a reconhecer esses sinais e ser capaz de agir por conta própria. Isso a ajuda a ganhar autocontrole e autonomia.

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As crises de transtorno bipolar são intensas, e leva tempo para aprender a lidar com elas da melhor maneira possível.

9. Ofereça tempo de qualidade

Pessoas com bipolaridade geralmente têm dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos estáveis ​​e duradouros. Dito isso, é importante que você passe um tempo de qualidade e se divirta com o paciente, evitando que se isole e se sinta sozinho.

Você pode pensar em atividades de que ambos gostem, que garantam a interação e proporcionem a sensação de uma vida normal.

Aplique estas dicas para ajudar alguém com transtorno bipolar

Ajudar e acompanhar alguém que sofre de transtorno bipolar, ou de qualquer outra doença mental, pode ser um grande desafio. Implica realizar esforços que garantam, na medida do possível, o bem-estar do outro.

É por isso que é de vital importância não se esquecer do autocuidado e se informar o máximo possível sobre a doença. Isso permitirá que você ofereça um suporte mais direcionado, adaptado às necessidades individuais.


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  • Amercian Psychiatric Association. Manual diagnóstico y estadístico de los trastornos mentales DSM 5. Quinta Edi. London: Amercian Psychiatric Publishing; 2013. 123–154 p.
  • Becoña E, Lorenzo MDC. Tratamientos psicológicos eficaces para el trastorno bipolar. PST [Internet]. 2001;13(3):511-22. Disponible en: https://reunido.uniovi.es/index.php/PST/article/view/7903
  • García B., Sierra P. y Livianos L. Nosología, epidemiología y etiopatogenia del trastorno bipolar: Últimas aproximaciones [Internet]. 2014;21(3): 89-94. Disponible en: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1134593414000670
  • Gutiérrez-Rojas L, Martínez-Ortega JM, Rodríguez FD. La sobrecarga del cuidador en el trastorno bipolar. An. psicol. [Internet]. 2013;29(2):624-32. Disponible en: https://revistas.um.es/analesps/article/view/analesps.29.2.124061
  • De Dios C., Goikolea J.; Colom F., Moreno C. y Vieta E. Los trastornos bipolares en las nuevas clasificaciones: DSM-5 y CIE-11. Rev de Psiquiatría y Salud Mental [Internet]. 2014;7(4): 179-185. Disponible en: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1888989114001025

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