Açúcar mascavo: tudo que você precisa saber
Escrito e verificado por a nutricionista Anna Vilarrasa
O açúcar mascavo é um dos açúcares menos refinados que podemos encontrar no mercado. Com textura levemente úmida e sabor marcante, sua reputação de alternativa saudável disparou sua produção e consumo.
Neste artigo, apresentamos 8 coisas que você talvez não saiba sobre o açúcar mascavo.
1. O açúcar mascavo é um tipo integral retirado da cana-de-açúcar
Existem diversos produtos obtidos a partir da cana-de-açúcar que se apresentam em formas distintas: açúcar bruto, açúcar refinado, xarope ou melaço. A diferença entre eles é a sua textura mais ou menos úmida, o tamanho dos cristais e a proporção de sacarose.
A Food And Drug Administration (FDA) distingue entre açúcar de cana e xarope de cana. Os demais tipos de açúcar, como o mascavo, são reconhecidos como “outros tipos de cana com nomes comuns”.
Todos os açúcares morenos são caracterizados pela sua cor marrom, com tonalidades do amarelo ao marrom mais escuro. É o caso do produto que estamos analisando neste artigo.
2. Existem muitos tipos de açúcar integral
Todos são diferentes uns dos outros. Demerara, turbinado, rapadura, açúcar mascavo. Embora possam parecer iguais para nós, eles têm algumas características que os diferenciam.
São produto da evaporação da cana-de-açúcar e mantêm uma parte do melaço que não evapora completamente. No entanto, a quantidade final do melaço muda em cada variedade. É por isso que eles têm texturas e sabores variáveis.
O açúcar demerara e o turbinado são mais leves e têm cristais mais secos. O açúcar de rapadura costuma ter um aspecto de areia fina, pois passa por uma peneira durante o processo de produção. A rapadura pode ser encontrada na forma de blocos maciços.
Leia mais: O açúcar de beterraba traz benefícios?
3. O processo de produção tem diferentes fases
O açúcar mascavo não é obtido rapidamente, nem é um produto de descarte. A produção deve completar certas fases, entre as quais estão as seguintes:
- Obtenção do caldo da cana-de-açúcar.
- Clarificação do fluido e evaporação para obtenção da primeira concentração das partes sólidas.
- Resfriamento para a obtenção dos cristais de açúcar.
- Manutenção do melaço que surge durante o cozimento para chegar ao produto final, que não é refinado.
4. Origem do açúcar mascavo: somente da cana-de-açúcar
Em geral, o açúcar pode ser obtido a partir de duas matérias-primas: beterraba sacarina ou cana-de-açúcar. O processo pelo qual elas passam até a obtenção do produto final é sempre o mesmo, independentemente da planta da qual seja obtido.
A região geográfica é decisiva, principalmente pelo clima. Nos locais mais frios, como a Europa, predomina o cultivo da beterraba sacarina (Beta Vulgaris L.), mas em climas tropicais, a cana-de-açúcar é mais presente.
O açúcar mascavo só pode ser produzido através da cana-de-açúcar. Não importa a região do seu fabricante, não há como obtê-lo da beterraba sacarina.
5. O açúcar mascavo tem um sabor marcante
O açúcar mascavo tem um gosto diferente do açúcar branco, mel ou xaropes adoçantes. Seu sabor é mais intenso, determinado pela presença de melaço, que permanece no produto final.
Pode ser uma reminiscência de alcaçuz ou toffee, com um leve gostinho amargo. Sua textura também é diferente, sendo um tipo de açúcar mais úmido.
6. Usado como adoçante e na culinária
Podemos usar o açúcar mascavo como substituto do açúcar branco: em infusões, cafés, iogurtes, mas ele também pode ser usado para a preparação de receitas doces. Na verdade, é muito apreciado em produtos de confeitaria, pois dá um sabor mais forte e uma cor mais atraente.
Embora faça maravilhas em receitas de biscoitos, bolos ou pudins, não é válido apenas para pratos doces. Também é interessante em molhos, como vinagrete, ou em marinadas para a preparação de carnes.
Na cozinha, funciona de maneira diferente e isso deve ser levado em consideração se quisermos substituir um produto pelo outro. No final do cozimento, o açúcar mascavo confere um sabor mais frutado e adocicado, e uma textura mais úmida.
7. Tem a mesma composição nutricional do açúcar refinado
Embora algumas pessoas o considerem mais saudável que o açúcar branco, o açúcar mascavo tem quase a mesma composição nutricional. Ambos fornecem 4 calorias por 1 grama de produto e são quase 100% carboidratos.
Embora seja verdade que, ao conservar uma parte do caldo da cana, o açúcar mascavo contém vestígios de alguns minerais como magnésio, potássio e cálcio, não podemos considerá-lo como uma fonte válida desses nutrientes. É mais conveniente obtê-los através de alimentos mais saudáveis, como vegetais, oleaginosas e grãos integrais.
Pelo mesmo motivo, embora seja um açúcar menos processado, não deixa de ser um açúcar adicionado. Portanto, devemos controlar seu consumo e não ultrapassar 25 gramas por dia, de acordo com as recomendações.
Descubra: Os refrigerantes sem açúcar engordam?
8. Seu mercado está crescendo
Hoje, o interesse por alimentos saudáveis e orgânicos está crescendo notavelmente. Isso ocorre principalmente entre os mais jovens, que se dedicam mais a encontrar e comprar produtos locais menos processados, cuja produção tem um menor impacto ecológico.
Isso também se traduz em um aumento no consumo de açúcares de cana não refinados, entre os quais está o açúcar mascavo. Índia, Colômbia e Paquistão são, hoje, os principais produtores.
O açúcar mascavo é natural, mas também é um aditivo
Ao contrário do açúcar branco, o açúcar mascavo não é refinado. Seu processo de produção preserva naturalmente a presença de melaço. É por isso que ele contém alguns minerais e fitonutrientes e tem um sabor e textura característicos.
Embora possa ser uma escolha melhor do que o açúcar refinado, não devemos abusar, pois afinal é um açúcar adicionado que pode acabar causando problemas de saúde. É importante conhecermos as recomendações diárias para aplicá-las em nossa alimentação.
O açúcar mascavo é um dos açúcares menos refinados que podemos encontrar no mercado. Com textura levemente úmida e sabor marcante, sua reputação de alternativa saudável disparou sua produção e consumo.
Neste artigo, apresentamos 8 coisas que você talvez não saiba sobre o açúcar mascavo.
1. O açúcar mascavo é um tipo integral retirado da cana-de-açúcar
Existem diversos produtos obtidos a partir da cana-de-açúcar que se apresentam em formas distintas: açúcar bruto, açúcar refinado, xarope ou melaço. A diferença entre eles é a sua textura mais ou menos úmida, o tamanho dos cristais e a proporção de sacarose.
A Food And Drug Administration (FDA) distingue entre açúcar de cana e xarope de cana. Os demais tipos de açúcar, como o mascavo, são reconhecidos como “outros tipos de cana com nomes comuns”.
Todos os açúcares morenos são caracterizados pela sua cor marrom, com tonalidades do amarelo ao marrom mais escuro. É o caso do produto que estamos analisando neste artigo.
2. Existem muitos tipos de açúcar integral
Todos são diferentes uns dos outros. Demerara, turbinado, rapadura, açúcar mascavo. Embora possam parecer iguais para nós, eles têm algumas características que os diferenciam.
São produto da evaporação da cana-de-açúcar e mantêm uma parte do melaço que não evapora completamente. No entanto, a quantidade final do melaço muda em cada variedade. É por isso que eles têm texturas e sabores variáveis.
O açúcar demerara e o turbinado são mais leves e têm cristais mais secos. O açúcar de rapadura costuma ter um aspecto de areia fina, pois passa por uma peneira durante o processo de produção. A rapadura pode ser encontrada na forma de blocos maciços.
Leia mais: O açúcar de beterraba traz benefícios?
3. O processo de produção tem diferentes fases
O açúcar mascavo não é obtido rapidamente, nem é um produto de descarte. A produção deve completar certas fases, entre as quais estão as seguintes:
- Obtenção do caldo da cana-de-açúcar.
- Clarificação do fluido e evaporação para obtenção da primeira concentração das partes sólidas.
- Resfriamento para a obtenção dos cristais de açúcar.
- Manutenção do melaço que surge durante o cozimento para chegar ao produto final, que não é refinado.
4. Origem do açúcar mascavo: somente da cana-de-açúcar
Em geral, o açúcar pode ser obtido a partir de duas matérias-primas: beterraba sacarina ou cana-de-açúcar. O processo pelo qual elas passam até a obtenção do produto final é sempre o mesmo, independentemente da planta da qual seja obtido.
A região geográfica é decisiva, principalmente pelo clima. Nos locais mais frios, como a Europa, predomina o cultivo da beterraba sacarina (Beta Vulgaris L.), mas em climas tropicais, a cana-de-açúcar é mais presente.
O açúcar mascavo só pode ser produzido através da cana-de-açúcar. Não importa a região do seu fabricante, não há como obtê-lo da beterraba sacarina.
5. O açúcar mascavo tem um sabor marcante
O açúcar mascavo tem um gosto diferente do açúcar branco, mel ou xaropes adoçantes. Seu sabor é mais intenso, determinado pela presença de melaço, que permanece no produto final.
Pode ser uma reminiscência de alcaçuz ou toffee, com um leve gostinho amargo. Sua textura também é diferente, sendo um tipo de açúcar mais úmido.
6. Usado como adoçante e na culinária
Podemos usar o açúcar mascavo como substituto do açúcar branco: em infusões, cafés, iogurtes, mas ele também pode ser usado para a preparação de receitas doces. Na verdade, é muito apreciado em produtos de confeitaria, pois dá um sabor mais forte e uma cor mais atraente.
Embora faça maravilhas em receitas de biscoitos, bolos ou pudins, não é válido apenas para pratos doces. Também é interessante em molhos, como vinagrete, ou em marinadas para a preparação de carnes.
Na cozinha, funciona de maneira diferente e isso deve ser levado em consideração se quisermos substituir um produto pelo outro. No final do cozimento, o açúcar mascavo confere um sabor mais frutado e adocicado, e uma textura mais úmida.
7. Tem a mesma composição nutricional do açúcar refinado
Embora algumas pessoas o considerem mais saudável que o açúcar branco, o açúcar mascavo tem quase a mesma composição nutricional. Ambos fornecem 4 calorias por 1 grama de produto e são quase 100% carboidratos.
Embora seja verdade que, ao conservar uma parte do caldo da cana, o açúcar mascavo contém vestígios de alguns minerais como magnésio, potássio e cálcio, não podemos considerá-lo como uma fonte válida desses nutrientes. É mais conveniente obtê-los através de alimentos mais saudáveis, como vegetais, oleaginosas e grãos integrais.
Pelo mesmo motivo, embora seja um açúcar menos processado, não deixa de ser um açúcar adicionado. Portanto, devemos controlar seu consumo e não ultrapassar 25 gramas por dia, de acordo com as recomendações.
Descubra: Os refrigerantes sem açúcar engordam?
8. Seu mercado está crescendo
Hoje, o interesse por alimentos saudáveis e orgânicos está crescendo notavelmente. Isso ocorre principalmente entre os mais jovens, que se dedicam mais a encontrar e comprar produtos locais menos processados, cuja produção tem um menor impacto ecológico.
Isso também se traduz em um aumento no consumo de açúcares de cana não refinados, entre os quais está o açúcar mascavo. Índia, Colômbia e Paquistão são, hoje, os principais produtores.
O açúcar mascavo é natural, mas também é um aditivo
Ao contrário do açúcar branco, o açúcar mascavo não é refinado. Seu processo de produção preserva naturalmente a presença de melaço. É por isso que ele contém alguns minerais e fitonutrientes e tem um sabor e textura característicos.
Embora possa ser uma escolha melhor do que o açúcar refinado, não devemos abusar, pois afinal é um açúcar adicionado que pode acabar causando problemas de saúde. É importante conhecermos as recomendações diárias para aplicá-las em nossa alimentação.
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- Eggleston G. Positive Aspects of Cane Sugar and Sugar Cane Derived Products in Food and Nutrition. Journal of Agricultural and Food chemistry. Abril 2018. 25;66(16):4007-4012.
- EU Science HUB. Sugars and Sweeteners. Marzo 2020.
- FDA (Food and Drug Administration). Ingredients Declared as Evaporated Cane Juice: Guidance for Industry. Mayo 2016.
- Gobierno de España. Real Decreto 1261/1987, de 11 de septiembre, por el que se aprueba la Reglamentación Técnico-Sanitaria para la elaboración, almacenamiento, transporte y comercialización de los azúcares destinados al consumo humano. Agencia Estatal Boletín Oficial del Estado. Octubre 1987. Pp 30640-30647.
- McGee H. La cocina y los alimentos. Enciclopedia de la ciencia y la cultura de la comida. Random House Mondadori. Enero 2008. Pp 714-715.
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