9 mensagens que suas pupilas transmitem
Escrito e verificado por o psicólogo Raquel Aldana
Centenas de vezes já escutamos dizer que os olhos são espelhos da alma. Quantas vezes tomamos decisões se baseando no olhar dos demais? O que terão os olhos, ou as pupilas, que dizem tanto sobre nós?
A verdade é que os olhos são um sinal de confiança. Porém, grande parte da informação que captamos de forma implícita se deve às pupilas.
O fato de se contraírem e dilatarem é algo que dá muitas pistas aos demais sobre o que comunicamos e sobre o que estão nos comunicando.
Como tudo na vida, isso tem suas vantagens e suas desvantagens. Além disso, não podemos considerar que seja cem por cento exato ou confiável.
No entanto, nossas pupilas transmitem muitas mensagens que é interessante que aprendamos a ler ou decifrar.
1. As pupilas mostram concentração
As pupilas são um reflexo fiel do que está acontecendo em nosso cérebro. Quando uma atividade requer que foquemos toda a nossa atenção, as pupilas se dilatam.
Isso foi demonstrado em 1964, em um estudo realizado pela Universidade de Chicago (Estados Unidos).
Eckard Hess e James M. Polt observaram que as pupilas ficavam maiores quando os participantes enfrentavam tarefas cada vez mais difíceis.
No entanto, quando as atividades eram excessivamente complexas, as pupilas se contraíam levemente.
Leia também: Cuidar da visão: 5 dicas úteis
2. Saturação mental
No começo dos anos 70, psicólogos da Universidade da Califórnia (Estados Unido) se perguntaram como as pupilas responderiam diante de uma sobrecarga mental, ou seja, quando estamos esgotados ou chegando ao limite de nossa capacidade cognitiva.
Interessados nisso, pediram a um grupo de voluntários que resolvessem, o mais rápido possível, as questões que apareciam na tela de um computador. Só precisavam escolher uma dentre quatro opções.
No entanto, ainda que ao primeiro olhar parecesse simples, aquele pedido tinha um intuito. De fato, os problemas passavam cada vez mais rápido, chegando ao ponto de saturar os voluntários, que abandonavam o teste.
Dessa maneira, os pesquisadores observaram que quando o cérebro está sobrecarregado, as pupilas se contraem consideravelmente.
3. Algo que está chamando a atenção
Em 1977, os psicólogos Blanco e Maltzman se interessaram em saber como o estado das pupilas dos participantes mudava quando escutavam fragmentos de três livros diferentes: um erótico, outro sobre mutilações e outro neutro.
Primeiramente, mostraram atenção e interesse por estímulos mais românticos, ou eróticos; dessa maneira, as pupilas de todos os participantes se dilataram.
No entanto, só se mantiveram dilatadas quando escutavam o material erótico ou sobre a mutilação, enquanto que durante a escuta de fragmentos neutros, as pupilas se contraíam na medida em que seu interesse diminuía.
4. Seu cérebro está sofrendo
É muito comum que durante o check up médico, o profissional ilumine nossos olhos com uma lanterna para comprovar se tudo está em ordem a nível neurológico.
Pode ocorrer de nossas pupilas não estarem do mesmo tamanho, o que é indicativo de algum problema neurológico. Tais como, por exemplo, um derrame cerebral ou deficiências oftalmológicas.
Quer saber mais? Leia: 10 dicas para manter o cérebro jovem e em forma
5. Alguém te atrai sexualmente
Sabe o que acontece nos olhos de um homem quando uma mulher o atrai e vice-versa? Bom, suas pupilas dilatam até limites que não podem ser percebidos facilmente.
No entanto, ainda que estudos de Bernick em 1991 pareciam constatar que o desejo sexual expande as pupilas, existem estudos que evidenciam que o que realmente nos interessa é o “nu” e não a pessoa em si.
6. Quando sente nojo
Novamente, um grupo de psicólogos da Universidade de Chicago fez uma pesquisa que consistia em apresentar aos participantes uma série de imagens que poderiam desencadear diferentes reações.
Enquanto as pessoas observavam essas imagens, a atividade de suas pupilas era gravada a cada segundo. Estes indivíduos reagiram com muito nojo quando eram apresentavam imagens de abuso a crianças, mutilações ou imagens violentas.
Antes destas horrorosas imagens, suas pupilas se dilatavam, mas imediatamente diminuíam consideravelmente o tamanho, tentando de forma inconsciente não ver as imagens.
7. Está sentindo dor
Um estudo realizado pelo psicólogo Alex Chapman em 1992 revelou que perante pequenas descargas que causavam dor física as pupilas dos participantes dilatavam.
De fato, chegam a se expandir mais de 0,2 milímetros. Essa descoberta é muito importante para avaliar e investigar a intensidade da dor e o limite que cada pessoa é capaz de suportar.
8. Consumiu drogas ou álcool
Existem drogas como o álcool ou os narcóticos (por exemplo, a morfina), que fazem com que as pupilas se contraiam.
No entanto, as anfetaminas, a cocaína ou o LSD tem um efeito contrário; fazendo com que as pupilas se dilatem muito.
Por exemplo, essa é a razão pela qual a polícia examina as pupilas das pessoas na hora de fazer algum tipo de controle.
Em relação ao consumo de drogas, é interessante destacar que essas reações acontecem sempre e quando o consumo for moderado; caso tenha-se consumido de forma abusiva, as pupilas responderão de maneira contrária.
9. Revelam sua personalidade e… sua ideologia política!
É complicado saber como é uma pessoa apenas pelo estado de suas pupilas. Porém, o professor Larssom do Instituto de Karolinska (Suecia) destacou que as linhas da íris podem ajudar a descobrir algumas características da personalidade de quem está diante de nós.
Quando olhamos a parte colorida do olho de uma pessoa, a íris, e observamos que tem uma espécie de curva que se irradia para fora, as pessoas tendem a ser mais sensíveis, honestas e amigáveis.
No entanto, este pesquisador diz que as dobras concêntricas na íris em forma de sulcos delatam a pessoas impulsivas e nervosas. Esta é, sem dúvida, uma descoberta muito importante que deve ser explorada para ver que tipo de confiança a informação é capaz de nos oferecer.
De acordo com essas pesquisas, a chave está no gene Pax6, ao qual está implicado no crescimento do tecido ocular e o córtex cingulado anterior de nosso cérebro; região que participa na regulação do humor e do autocontrole.
Por outro lado, em um estudo realizado em 1969, Barlow observou como as pupilas dos participantes se dilatavam diante da apresentação de uma foto de um candidato liberal ou de um conservador; o qual concordou com as preferências ideológicas da pessoa em questão.
Podemos perceber esses detalhes?
É provável que pense que esses detalhes podem passar desapercebidos, afinal, são muito pequenos para chamar nossa atenção.
Contudo, um estudo realizado no Darmouth College (Estados Unidos) encontrou que, ainda que conscientemente não percebamos, isso não escapa ao nosso inconsciente.
De alguma forma, as regiões cerebrais implicadas no processamento emocional são capazes de perceber e dar o sinal de alarme.
Imagem em destaque: Artístico Monitor
Fonte do artigo: Dilated Pupils: 10 Messages My Eyes are Sending You, Jeremy Dean.
Centenas de vezes já escutamos dizer que os olhos são espelhos da alma. Quantas vezes tomamos decisões se baseando no olhar dos demais? O que terão os olhos, ou as pupilas, que dizem tanto sobre nós?
A verdade é que os olhos são um sinal de confiança. Porém, grande parte da informação que captamos de forma implícita se deve às pupilas.
O fato de se contraírem e dilatarem é algo que dá muitas pistas aos demais sobre o que comunicamos e sobre o que estão nos comunicando.
Como tudo na vida, isso tem suas vantagens e suas desvantagens. Além disso, não podemos considerar que seja cem por cento exato ou confiável.
No entanto, nossas pupilas transmitem muitas mensagens que é interessante que aprendamos a ler ou decifrar.
1. As pupilas mostram concentração
As pupilas são um reflexo fiel do que está acontecendo em nosso cérebro. Quando uma atividade requer que foquemos toda a nossa atenção, as pupilas se dilatam.
Isso foi demonstrado em 1964, em um estudo realizado pela Universidade de Chicago (Estados Unidos).
Eckard Hess e James M. Polt observaram que as pupilas ficavam maiores quando os participantes enfrentavam tarefas cada vez mais difíceis.
No entanto, quando as atividades eram excessivamente complexas, as pupilas se contraíam levemente.
Leia também: Cuidar da visão: 5 dicas úteis
2. Saturação mental
No começo dos anos 70, psicólogos da Universidade da Califórnia (Estados Unido) se perguntaram como as pupilas responderiam diante de uma sobrecarga mental, ou seja, quando estamos esgotados ou chegando ao limite de nossa capacidade cognitiva.
Interessados nisso, pediram a um grupo de voluntários que resolvessem, o mais rápido possível, as questões que apareciam na tela de um computador. Só precisavam escolher uma dentre quatro opções.
No entanto, ainda que ao primeiro olhar parecesse simples, aquele pedido tinha um intuito. De fato, os problemas passavam cada vez mais rápido, chegando ao ponto de saturar os voluntários, que abandonavam o teste.
Dessa maneira, os pesquisadores observaram que quando o cérebro está sobrecarregado, as pupilas se contraem consideravelmente.
3. Algo que está chamando a atenção
Em 1977, os psicólogos Blanco e Maltzman se interessaram em saber como o estado das pupilas dos participantes mudava quando escutavam fragmentos de três livros diferentes: um erótico, outro sobre mutilações e outro neutro.
Primeiramente, mostraram atenção e interesse por estímulos mais românticos, ou eróticos; dessa maneira, as pupilas de todos os participantes se dilataram.
No entanto, só se mantiveram dilatadas quando escutavam o material erótico ou sobre a mutilação, enquanto que durante a escuta de fragmentos neutros, as pupilas se contraíam na medida em que seu interesse diminuía.
4. Seu cérebro está sofrendo
É muito comum que durante o check up médico, o profissional ilumine nossos olhos com uma lanterna para comprovar se tudo está em ordem a nível neurológico.
Pode ocorrer de nossas pupilas não estarem do mesmo tamanho, o que é indicativo de algum problema neurológico. Tais como, por exemplo, um derrame cerebral ou deficiências oftalmológicas.
Quer saber mais? Leia: 10 dicas para manter o cérebro jovem e em forma
5. Alguém te atrai sexualmente
Sabe o que acontece nos olhos de um homem quando uma mulher o atrai e vice-versa? Bom, suas pupilas dilatam até limites que não podem ser percebidos facilmente.
No entanto, ainda que estudos de Bernick em 1991 pareciam constatar que o desejo sexual expande as pupilas, existem estudos que evidenciam que o que realmente nos interessa é o “nu” e não a pessoa em si.
6. Quando sente nojo
Novamente, um grupo de psicólogos da Universidade de Chicago fez uma pesquisa que consistia em apresentar aos participantes uma série de imagens que poderiam desencadear diferentes reações.
Enquanto as pessoas observavam essas imagens, a atividade de suas pupilas era gravada a cada segundo. Estes indivíduos reagiram com muito nojo quando eram apresentavam imagens de abuso a crianças, mutilações ou imagens violentas.
Antes destas horrorosas imagens, suas pupilas se dilatavam, mas imediatamente diminuíam consideravelmente o tamanho, tentando de forma inconsciente não ver as imagens.
7. Está sentindo dor
Um estudo realizado pelo psicólogo Alex Chapman em 1992 revelou que perante pequenas descargas que causavam dor física as pupilas dos participantes dilatavam.
De fato, chegam a se expandir mais de 0,2 milímetros. Essa descoberta é muito importante para avaliar e investigar a intensidade da dor e o limite que cada pessoa é capaz de suportar.
8. Consumiu drogas ou álcool
Existem drogas como o álcool ou os narcóticos (por exemplo, a morfina), que fazem com que as pupilas se contraiam.
No entanto, as anfetaminas, a cocaína ou o LSD tem um efeito contrário; fazendo com que as pupilas se dilatem muito.
Por exemplo, essa é a razão pela qual a polícia examina as pupilas das pessoas na hora de fazer algum tipo de controle.
Em relação ao consumo de drogas, é interessante destacar que essas reações acontecem sempre e quando o consumo for moderado; caso tenha-se consumido de forma abusiva, as pupilas responderão de maneira contrária.
9. Revelam sua personalidade e… sua ideologia política!
É complicado saber como é uma pessoa apenas pelo estado de suas pupilas. Porém, o professor Larssom do Instituto de Karolinska (Suecia) destacou que as linhas da íris podem ajudar a descobrir algumas características da personalidade de quem está diante de nós.
Quando olhamos a parte colorida do olho de uma pessoa, a íris, e observamos que tem uma espécie de curva que se irradia para fora, as pessoas tendem a ser mais sensíveis, honestas e amigáveis.
No entanto, este pesquisador diz que as dobras concêntricas na íris em forma de sulcos delatam a pessoas impulsivas e nervosas. Esta é, sem dúvida, uma descoberta muito importante que deve ser explorada para ver que tipo de confiança a informação é capaz de nos oferecer.
De acordo com essas pesquisas, a chave está no gene Pax6, ao qual está implicado no crescimento do tecido ocular e o córtex cingulado anterior de nosso cérebro; região que participa na regulação do humor e do autocontrole.
Por outro lado, em um estudo realizado em 1969, Barlow observou como as pupilas dos participantes se dilatavam diante da apresentação de uma foto de um candidato liberal ou de um conservador; o qual concordou com as preferências ideológicas da pessoa em questão.
Podemos perceber esses detalhes?
É provável que pense que esses detalhes podem passar desapercebidos, afinal, são muito pequenos para chamar nossa atenção.
Contudo, um estudo realizado no Darmouth College (Estados Unidos) encontrou que, ainda que conscientemente não percebamos, isso não escapa ao nosso inconsciente.
De alguma forma, as regiões cerebrais implicadas no processamento emocional são capazes de perceber e dar o sinal de alarme.
Imagem em destaque: Artístico Monitor
Fonte do artigo: Dilated Pupils: 10 Messages My Eyes are Sending You, Jeremy Dean.
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- Pupil Size in Relation to Mental Activity during Simple Problem-Solving. BY ECKHARD H. HESS, JAMES M. POLT. SCIENCE13 MAR 1964 : 1190-1192
- Juris, M., & Velden, M. (1977). The pupillary response to mental overload. Physiological Psychology. https://doi.org/10.3758/BF03337847
- Chapman, C. R., Oka, S., Bradshaw, D. H., Jacobson, R. C., & Donaldson, G. W. (1999). Phasic pupil dilation response to noxious stimulation in normal volunteers: Relationship to brain evoked potentials and pain report. Psychophysiology. https://doi.org/10.1017/S0048577299970373
- Richman, J. E., McAndrew, K. G., Decker, D., & Mullaney, S. C. (2004). An evaluation of pupil size standards used by police officers for detecting drug impairment. Optometry. https://doi.org/10.1016/S1529-1839(04)70037-8
- Larsson, M., Pedersen, N. L., & Stattin, H. (2007). Associations between iris characteristics and personality in adulthood. Biological Psychology. https://doi.org/10.1016/j.biopsycho.2007.01.007
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