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6 coisas que você deve saber sobre a tireoidite de Hashimoto

4 minutos
Embora a tireoidite de Hashimoto não tenha cura, um diagnóstico precoce e um tratamento adequado podem nos ajudar a lidar com ela e evitar outros possíveis riscos.
6 coisas que você deve saber sobre a tireoidite de Hashimoto
José Gerardo Rosciano Paganelli

Escrito e verificado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli

Última atualização: 28 fevereiro, 2023

No ano de 1912 o médico japonês Hakaru Hashimoto descobriu uma doença no sistema imunológico: a tireoidite de Hashimoto.

Segundo suas pesquisas, nesta doença, o sistema imunológico ataca a glândula da tireoide.

Saiba mais sobre ela a seguir.

1. O que realmente acontece na tireoidite de Hashimoto?

Quando Hashimoto fez seus estudos, descobriu que o sistema imunológico, em algumas ocasiões, comporta-se como um agressor para os tecidos do corpo em vez de protegê-los.

No caso da tireoidite de Hashimoto, a glândula da tireoide é a afetada por este ataque.

O resultado imediato é uma diminuição considerável na produção dos hormônios que são necessários para muitas das funções regulares do corpo.

Ver também: O que você deve saber sobre as doenças autoimunes

2. As causas da tireoidite de Hashimoto

Some figure

As causas desta doença não foram determinadas com exatidão, mas há alguns aspectos que são relevantes no desenvolvimento deste problema.

Com a presença destas quatro características, recomenda-se consultar um médico especialista para determinar se a doença está presente e avaliar se existe algum risco.

A genética

Esta doença se apresenta de forma muito comum em famílias com casos de Hashimoto ou de outras doenças similares.

É importante conversar abertamente com seus entes queridos e fazer os exames pertinentes para descartar possíveis riscos.

Excesso de iodo

Os estudos do Dr. Hashimoto demonstraram que a presença de iodo em excesso no corpo pode desencadear esta doença.

Embora sempre devamos evitar o consumo de iodo em excesso, é preciso prestar uma atenção especial no caso de antecedentes familiares.

Alterações hormonais sem explicação

Some figure

Devido ao fato de que a tireoidite de Hashimoto afeta a glândula da tireoide, os níveis de hormônios podem se alterar sem que exista outro motivo.

Sabe-se que a maioria dos casos desta doença é detectada em mulheres no prazo de um a cinco anos após o parto, embora também possa surgir antes da gestação.

Exposição à radiação

Esta doença é um dos efeitos mais comuns em casos de exposição à radiação.

Diversos estudos realizados depois das explosões de Hiroshima, Nagasaki e Chernobyl demonstraram isso.

Os pacientes que exigem radioterapia para o tratamento de leucemia e outros tipos de câncer também podem apresentar esta doença.

3. Sintomas da doença de Hashimoto

Os sintomas costumam aparecer com muita lentidão, por isso sua detecção é difícil.

As mudanças às quais devemos estar atentos incluem:

  • Cansaço extremo ou fadiga diária e contínua.
  • Sensibilidade às baixas temperaturas.
  • Prisão de ventre crônica que aparece repentinamente.
  • O rosto tem um aspecto inchado.
  • Roncos constantes.
  • Pele pálida e seca.
  • Músculos dos ombros e dos quadris rígidos.
  • Extremidades inferiores fracas.
  • Aumento de peso devido à retenção de líquidos.
  • Articulações rígidas nas mãos, pés e joelhos.
  • Estados constantes de depressão.
  • Excesso de sangramento menstrual.

4. Detecção da tireoidite de Hashimoto

A doença pode ser detectada de uma forma simples com alguns exames:

  • Exame T3: é um exame que permite detectar problemas na glândula pituitária e analisar os níveis do hormônio tri-iodotironina.
  • TSH sérico: o TSH é o hormônio que estimula a tireoide a produzir e liberar os demais hormônios para o sangue. Com este exame, é possível analisar se os seus níveis estão alterados de alguma forma.
  • T4 livre: o equilíbrio deste hormônio liberado é muito importante para o organismo. É comum que seja aumentado por medicamentos como anticoncepcionais. Além disso, algumas drogas como os barbitúricos o diminuem. Na ausência destes fatores, seus níveis deveriam ser os corretos.

5. Qual é o problema com esta doença?

Some figure

O risco da tireoidite de Hashimoto está no fato de que é do tipo autoimune.

Como já falamos, trata-se de uma condição onde o próprio corpo se volta contra os tecidos e os órgãos, atacando-os.

Isso implica que os tecidos afetados comecem a perder a capacidade de cumprir suas funções naturais.

Com o tempo, isso pode causar outras doenças autoimunes como:

  • Diabetes tipo 1
  • Lúpus
  • Problemas nos ovários
  • Problemas no coração
  • Artrite reumatoide
  • Mixedema
  • Bócio
  • Doença de Addison

Recomendamos ler: O que você deve saber antes de decidir remover os ovários?

6. Prevenir a tireoidite de Hashimoto

A prevenção da doença, na verdade, não existe. O que é possível fazer é tomar conta dos fatores de risco e manter-se alerta aos sintomas.

No caso de contar com antecedentes familiares ou caso o seu médico acredite que existe um risco, deve-se fazer exames periódicos todos os anos para comprovar que tudo está bem.

Se você quiser evitar ou reduzir os riscos, um estilo de vida saudável que inclua uma boa alimentação, exercícios, descanso e tranquilidade será de grande ajuda.

No entanto, vale a pena destacar que os sintomas da doença são bastante claros para os especialistas, por isso é possível detectá-la a tempo com a atenção adequada.

Os exames são muito exatos e um diagnóstico precoce ajuda a lidar com a doença sem riscos, ao mesmo tempo em que evita o desenvolvimento de outros problemas.

No ano de 1912 o médico japonês Hakaru Hashimoto descobriu uma doença no sistema imunológico: a tireoidite de Hashimoto.

Segundo suas pesquisas, nesta doença, o sistema imunológico ataca a glândula da tireoide.

Saiba mais sobre ela a seguir.

1. O que realmente acontece na tireoidite de Hashimoto?

Quando Hashimoto fez seus estudos, descobriu que o sistema imunológico, em algumas ocasiões, comporta-se como um agressor para os tecidos do corpo em vez de protegê-los.

No caso da tireoidite de Hashimoto, a glândula da tireoide é a afetada por este ataque.

O resultado imediato é uma diminuição considerável na produção dos hormônios que são necessários para muitas das funções regulares do corpo.

Ver também: O que você deve saber sobre as doenças autoimunes

2. As causas da tireoidite de Hashimoto

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As causas desta doença não foram determinadas com exatidão, mas há alguns aspectos que são relevantes no desenvolvimento deste problema.

Com a presença destas quatro características, recomenda-se consultar um médico especialista para determinar se a doença está presente e avaliar se existe algum risco.

A genética

Esta doença se apresenta de forma muito comum em famílias com casos de Hashimoto ou de outras doenças similares.

É importante conversar abertamente com seus entes queridos e fazer os exames pertinentes para descartar possíveis riscos.

Excesso de iodo

Os estudos do Dr. Hashimoto demonstraram que a presença de iodo em excesso no corpo pode desencadear esta doença.

Embora sempre devamos evitar o consumo de iodo em excesso, é preciso prestar uma atenção especial no caso de antecedentes familiares.

Alterações hormonais sem explicação

Some figure

Devido ao fato de que a tireoidite de Hashimoto afeta a glândula da tireoide, os níveis de hormônios podem se alterar sem que exista outro motivo.

Sabe-se que a maioria dos casos desta doença é detectada em mulheres no prazo de um a cinco anos após o parto, embora também possa surgir antes da gestação.

Exposição à radiação

Esta doença é um dos efeitos mais comuns em casos de exposição à radiação.

Diversos estudos realizados depois das explosões de Hiroshima, Nagasaki e Chernobyl demonstraram isso.

Os pacientes que exigem radioterapia para o tratamento de leucemia e outros tipos de câncer também podem apresentar esta doença.

3. Sintomas da doença de Hashimoto

Os sintomas costumam aparecer com muita lentidão, por isso sua detecção é difícil.

As mudanças às quais devemos estar atentos incluem:

  • Cansaço extremo ou fadiga diária e contínua.
  • Sensibilidade às baixas temperaturas.
  • Prisão de ventre crônica que aparece repentinamente.
  • O rosto tem um aspecto inchado.
  • Roncos constantes.
  • Pele pálida e seca.
  • Músculos dos ombros e dos quadris rígidos.
  • Extremidades inferiores fracas.
  • Aumento de peso devido à retenção de líquidos.
  • Articulações rígidas nas mãos, pés e joelhos.
  • Estados constantes de depressão.
  • Excesso de sangramento menstrual.

4. Detecção da tireoidite de Hashimoto

A doença pode ser detectada de uma forma simples com alguns exames:

  • Exame T3: é um exame que permite detectar problemas na glândula pituitária e analisar os níveis do hormônio tri-iodotironina.
  • TSH sérico: o TSH é o hormônio que estimula a tireoide a produzir e liberar os demais hormônios para o sangue. Com este exame, é possível analisar se os seus níveis estão alterados de alguma forma.
  • T4 livre: o equilíbrio deste hormônio liberado é muito importante para o organismo. É comum que seja aumentado por medicamentos como anticoncepcionais. Além disso, algumas drogas como os barbitúricos o diminuem. Na ausência destes fatores, seus níveis deveriam ser os corretos.

5. Qual é o problema com esta doença?

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O risco da tireoidite de Hashimoto está no fato de que é do tipo autoimune.

Como já falamos, trata-se de uma condição onde o próprio corpo se volta contra os tecidos e os órgãos, atacando-os.

Isso implica que os tecidos afetados comecem a perder a capacidade de cumprir suas funções naturais.

Com o tempo, isso pode causar outras doenças autoimunes como:

  • Diabetes tipo 1
  • Lúpus
  • Problemas nos ovários
  • Problemas no coração
  • Artrite reumatoide
  • Mixedema
  • Bócio
  • Doença de Addison

Recomendamos ler: O que você deve saber antes de decidir remover os ovários?

6. Prevenir a tireoidite de Hashimoto

A prevenção da doença, na verdade, não existe. O que é possível fazer é tomar conta dos fatores de risco e manter-se alerta aos sintomas.

No caso de contar com antecedentes familiares ou caso o seu médico acredite que existe um risco, deve-se fazer exames periódicos todos os anos para comprovar que tudo está bem.

Se você quiser evitar ou reduzir os riscos, um estilo de vida saudável que inclua uma boa alimentação, exercícios, descanso e tranquilidade será de grande ajuda.

No entanto, vale a pena destacar que os sintomas da doença são bastante claros para os especialistas, por isso é possível detectá-la a tempo com a atenção adequada.

Os exames são muito exatos e um diagnóstico precoce ajuda a lidar com a doença sem riscos, ao mesmo tempo em que evita o desenvolvimento de outros problemas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Agate, L.; Mariotti, S.; Elisei, R.; Mossa, P., et al. (2008). “Thyroid autoantibodies and thyroid function in subjects exposed to Chernobyl fallout during childhood: evidence for a transient radiation-induced elevation of serum thyroid antibodies without an increase in thyroid autoimmune disease”, J Clin Endocrinol Metab, 93 (7): 2729-36.
  • Candel Gonzalez, F. J.; Matesanz David, M., y Candel Monserrate, I. (2001). “Insuficiencia corticosuprarrenal primaria: Enfermedad de Addison”, An. Med. Interna, 18 (9): 48-54.
  • Sawin, C. T. (2002). “The heritage of Dr. Hakaru Hashimoto (1881-1934)”, Endocr J., 49 (4): 399-403.
  • Vilanova, S. (1988). Chernóbil: el fin del mito nuclear. El impacto informativo y biológico del mayor accidente de la industria electro-nuclear. Madrid: Anthropos.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.