Os 10 principais benefícios do sal rosa do Himalaia são verdadeiros?
Revisado e aprovado por a pedagoga em educação física e nutricionista Elisa Morales Lupayante
O sal rosa do Himalaia é um tipo de sal que vem das montanhas do Paquistão, especificamente de Khewra, perto do sopé do Himalaia. Nos últimos anos, ganhou bastante popularidade, pois a ele é atribuída uma grande variedade de propriedades para a saúde.
De fato, alguns o consideram “o sal mais puro do planeta” e afirmam que é muito mais saudável que o sal de cozinha tradicional. Mas… será que isso é realmente verdade? Esse sal pode mesmo ajudar a melhorar a saúde? A seguir, vamos trazer mais detalhes sobre suas principais propriedades e esclarecer essas questões.
O que é o sal rosa do Himalaia?
Como já mencionamos, o sal rosa do Himalaia é um tipo de sal rosa extraído de uma mina de sal que fica perto do Himalaia. Seus defensores apontam que é um dos sais mais puros do planeta, embora essas declarações tenham sido questionadas.
De fato, em uma publicação da Science-Based Medicine, afirma-se que precisamente sua cor se deve à presença de impurezas. A razão? Em seu estado natural, o cloreto de sódio puro é branco. Portanto, é irônico anunciá-lo como o sal mais puro, quando sua própria cor esconde tal afirmação.
Alguns sugerem que o sal do Himalaia é mais puro do que outros sais. No entanto, essa alegação foi desmentida por especialistas.
Falando em cloreto de sódio, é importante destacar que este é o principal componente do sal do Himalaia, o qual também contém cerca de 84 minerais, precisamente o motivo pelo qual se diz que é um sal mais saudável.
No entanto, isso também foi questionado e até desmentido por alguns especialistas. Segundo a publicação mencionada, muitos desses minerais estão presentes em quantidades quase imperceptíveis.
Além disso, até agora é sabido que apenas 15 minerais desempenham papéis importantes nos processos biológicos, enquanto 7 são considerados “possivelmente essenciais, mas não confirmados”.
Assim, a presença de todos esses minerais não é uma razão para dizer que esse sal é “super saudável”. Alguns dos que ele contém, como mercúrio, arsênico, chumbo e tálio, são na verdade prejudiciais, embora nesse produto estejam presentes em quantidades mínimas.
O sal do Himalaia traz 10 benefícios?
Mais de 10 benefícios foram atribuídos ao sal do Himalaia desde que começou a ganhar popularidade. Até seus distribuidores o vendiam como um produto “curativo” que pode melhorar a saúde e a qualidade de vida. Sem evidências científicas para apoiar isso, dizem que o sal do Himalaia:
- Combate a retenção de líquidos.
- Regula o pH do sangue.
- Aumenta a absorção de nutrientes.
- Aumenta o nível de energia.
- Melhora a saúde vascular.
- Reduz a pressão alta.
- Combate enxaquecas.
- Diminui cãibras musculares.
- Desintoxica o organismo.
- Melhora os padrões de sono.
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No entanto, nutricionistas e cientistas conseguiram refutar muitas das afirmações feitas a respeito.
Ramón de Cangas, nutricionista, doutor em Biologia Molecular e Funcional e membro da Academia Espanhola de Nutrição e Dietética, explicou ao jornal El País, da Espanha, que o sal do Himalaia “fornece as mesmas quantidades de sódio que o sal de tabela”.
Portanto, de acordo com o especialista, as recomendações de consumo de sal estabelecidas pela OMS são aplicáveis. Ou seja, como no sal de cozinha tradicional, seu consumo não deve exceder 5 gramas por dia, ou seja, o equivalente a uma colher de café.
Um consumo excessivo desse sal, como qualquer outra fonte de sódio, envolve uma série de riscos à saúde, além do aumento da pressão arterial, como pode ser observado em uma pesquisa publicada no Journal of the American College of Cardiology.
Uma questão de marketing
Apesar da popularidade do sal rosa Himalaia e de seus supostos benefícios, não há evidências para provar que seja mais saudável que o sal de cozinha normal. Também não existe garantia total de sua “pureza” e grande parte de sua popularidade se deve mais ao marketing do que à ciência .
Portanto, investir nesse tipo de sal pode significar mais despesas do que benefícios. É muito mais caro que o sal tradicional e deve ser usado com as mesmas precauções.
O sal rosa do Himalaia é um tipo de sal que vem das montanhas do Paquistão, especificamente de Khewra, perto do sopé do Himalaia. Nos últimos anos, ganhou bastante popularidade, pois a ele é atribuída uma grande variedade de propriedades para a saúde.
De fato, alguns o consideram “o sal mais puro do planeta” e afirmam que é muito mais saudável que o sal de cozinha tradicional. Mas… será que isso é realmente verdade? Esse sal pode mesmo ajudar a melhorar a saúde? A seguir, vamos trazer mais detalhes sobre suas principais propriedades e esclarecer essas questões.
O que é o sal rosa do Himalaia?
Como já mencionamos, o sal rosa do Himalaia é um tipo de sal rosa extraído de uma mina de sal que fica perto do Himalaia. Seus defensores apontam que é um dos sais mais puros do planeta, embora essas declarações tenham sido questionadas.
De fato, em uma publicação da Science-Based Medicine, afirma-se que precisamente sua cor se deve à presença de impurezas. A razão? Em seu estado natural, o cloreto de sódio puro é branco. Portanto, é irônico anunciá-lo como o sal mais puro, quando sua própria cor esconde tal afirmação.
Alguns sugerem que o sal do Himalaia é mais puro do que outros sais. No entanto, essa alegação foi desmentida por especialistas.
Falando em cloreto de sódio, é importante destacar que este é o principal componente do sal do Himalaia, o qual também contém cerca de 84 minerais, precisamente o motivo pelo qual se diz que é um sal mais saudável.
No entanto, isso também foi questionado e até desmentido por alguns especialistas. Segundo a publicação mencionada, muitos desses minerais estão presentes em quantidades quase imperceptíveis.
Além disso, até agora é sabido que apenas 15 minerais desempenham papéis importantes nos processos biológicos, enquanto 7 são considerados “possivelmente essenciais, mas não confirmados”.
Assim, a presença de todos esses minerais não é uma razão para dizer que esse sal é “super saudável”. Alguns dos que ele contém, como mercúrio, arsênico, chumbo e tálio, são na verdade prejudiciais, embora nesse produto estejam presentes em quantidades mínimas.
O sal do Himalaia traz 10 benefícios?
Mais de 10 benefícios foram atribuídos ao sal do Himalaia desde que começou a ganhar popularidade. Até seus distribuidores o vendiam como um produto “curativo” que pode melhorar a saúde e a qualidade de vida. Sem evidências científicas para apoiar isso, dizem que o sal do Himalaia:
- Combate a retenção de líquidos.
- Regula o pH do sangue.
- Aumenta a absorção de nutrientes.
- Aumenta o nível de energia.
- Melhora a saúde vascular.
- Reduz a pressão alta.
- Combate enxaquecas.
- Diminui cãibras musculares.
- Desintoxica o organismo.
- Melhora os padrões de sono.
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No entanto, nutricionistas e cientistas conseguiram refutar muitas das afirmações feitas a respeito.
Ramón de Cangas, nutricionista, doutor em Biologia Molecular e Funcional e membro da Academia Espanhola de Nutrição e Dietética, explicou ao jornal El País, da Espanha, que o sal do Himalaia “fornece as mesmas quantidades de sódio que o sal de tabela”.
Portanto, de acordo com o especialista, as recomendações de consumo de sal estabelecidas pela OMS são aplicáveis. Ou seja, como no sal de cozinha tradicional, seu consumo não deve exceder 5 gramas por dia, ou seja, o equivalente a uma colher de café.
Um consumo excessivo desse sal, como qualquer outra fonte de sódio, envolve uma série de riscos à saúde, além do aumento da pressão arterial, como pode ser observado em uma pesquisa publicada no Journal of the American College of Cardiology.
Uma questão de marketing
Apesar da popularidade do sal rosa Himalaia e de seus supostos benefícios, não há evidências para provar que seja mais saudável que o sal de cozinha normal. Também não existe garantia total de sua “pureza” e grande parte de sua popularidade se deve mais ao marketing do que à ciência .
Portanto, investir nesse tipo de sal pode significar mais despesas do que benefícios. É muito mais caro que o sal tradicional e deve ser usado com as mesmas precauções.
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- Chander, V., Tewari, D., Negi, V., Singh, R., Upadhyaya, K., & Aleya, L. Structural characterization of Himalayan black rock salt by SEM, XRD and in-vitro antioxidant activity. Science of the Total Environment. 2020; 748: 141269.
- Farquhar WB, Edwards DG, Jurkovitz CT, Weintraub WS. Dietary sodium and health: more than just blood pressure. J Am Coll Cardiol. 2015;65(10):1042–1050. doi:10.1016/j.jacc.2014.12.039
- Fayet-Moore F, Wibisono C, Carr P, Duve E, Petocz P, Lancaster G, McMillan J, Marshall S, Blumfield M. An Analysis of the Mineral Composition of Pink Salt Available in Australia. Foods. 2020 Oct 19;9(10):1490.
- Harriet Hall, MD. Pink Himalayan Sea Salt: An Update. 2017.
Available in: https://sciencebasedmedicine.org/pink-himalayan-sea-salt-an-update/ - Tan, W. L., Azlan, A., & Noh, M. F. M. (2016). Sodium and potassium contents in selected salts and sauces. International Food Research Journal, 23(5), 2181–2186.
- El País. Las mentiras de la sal rosa de moda: ni es tan beneficiosa ni viene del Himalaya. (2018).
- FDA. Sodium in Your Diet. (2021).
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