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Minerais na alimentação para a saúde cardiovascular 

5 minutos
As doenças cardiovasculares prevalecem como a principal causa de morte no mundo. Existem minerais em alimentos que contribuem para a saúde cardiovascular e o bom funcionamento desse sistema.
Minerais na alimentação para a saúde cardiovascular 
Mariana Sánchez Huergo

Escrito e verificado por a nutricionista Mariana Sánchez Huergo

Última atualização: 23 agosto, 2022

Atualmente, a dieta que predomina no mundo é a ocidental, caracterizada pelo alto consumo de gorduras saturadas, sódio e açúcar. Por sua vez, apresenta deficiências em minerais que mantêm o equilíbrio do organismo, uma vez que o consumo de vegetais, frutas e sementes é insuficiente para cobrir a ingestão diária recomendada. Mas, por que os minerais são importantes na alimentação para a saúde cardiovascular? 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Por isso, para a prevenção eficaz e o tratamento oportuno desses transtornos recomenda-se a implementação de uma dieta saudável em conjunto com a prática habitual de atividade física, como tratamento adjuvante ao farmacológico.  

O que são doenças cardiovasculares? 

Em primeiro lugar, devemos destacar que são um grupo de desordens que incluem os transtornos do coração, doenças cerebrais vasculares, e doenças dos vasos sanguíneos. Graças às doenças cardiovasculares, a cada ano morrem 17,1 milhões de pessoas no mundo. 

Por exemplo, no Brasil as doenças cardiovasculares representam um custo anual de milhões de Reais para os tratamentos. Segundo a OMS, 75% das mortes atribuíveis a essas doenças poderiam ter sido evitadas seguindo um estilo de vida saudável e reduzindo os fatores de risco. 

Descubra ademais: 7 alimentos que toda mulher deve consumir para proteger a saúde do coração

Principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares

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Os maus hábitos alimentares, juntamente com hábitos prejudiciais à saúde, estão diretamente correlacionados com o desenvolvimento da aterosclerose. Esta doença é caracterizada pela formação de uma placa lipídica ou gordurosa nos vasos sanguíneos, impedindo o seu correto funcionamento. 

Entre os fatores que promovem o desenvolvimento de um processo aterosclerótico estão: 

  • Fatores de risco comportamentais: tabagismo, sedentarismo, dieta rica em sal, gordura e calorias, além de alcoolismo. 
  • Fatores de risco metabólicos: hipertensão, diabetes mellitus, hipercolesterolemia, sobrepeso e obesidade 

 As doenças metabólicas estão intimamente relacionadas a fatores de risco comportamentais. A dieta ocidental está associada ao acúmulo excessivo de tecido adiposo no corpo, refletido no aumento do peso corporal dos indivíduos. 

O sobrepeso e a obesidade são condições que causam alterações no funcionamento dos órgãos, desencadeando doenças como o diabetes mellitus, hipertensão arterial e dislipidemias. 

Ter um estilo de vida saudável representa mudanças nos hábitos alimentares e na prática de exercícios. Existem recomendações nutricionais específicas para regular as alterações metabólicas, bem como planos alimentares que controlam vários fatores de risco e exercem um efeito cardioprotetor. Entre elas, a mais conhecida é a Abordagem Dietética para Controle da Hipertensão (dieta DASH). 

Dieta DASH: minerais com atividade vascular na alimentação para a saúde cardiovascular

A dieta DASH é um padrão alimentar criado pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue (NHLBI). É caracterizado por: 

  • Um grande consumo de vegetais e frutas. 
  • Substituindo a farinha refinada por grãos integrais. 
  • Contribuição moderada de gorduras e alimentos de origem animal. 
  • Consumo ocasional ou inexistente de produtos com alto teor de açúcar. 

Essa dieta modula efetivamente os principais fatores metabólicos associados ao desenvolvimento de um evento cardiovascular. Numerosas metanálises, de acordo com Chiavaroli L et al em 2019, mostram que o consumo dessa dieta diminui a incidência de um evento cardiovascular, pressão arterial, colesterol total, colesterol LDL, hemoglobina glicosilada, insulina plasmática em jejum, e peso corporal em ensaios clínicos. 

Os efeitos benéficos atribuíveis à dieta DASH estão relacionados ao efeito biológico que tem outros componentes nutricionais dos alimentos, como os flavonoides, que possuem atividade anti-inflamatória e antioxidante, além de minerais em alimentos com atividade nos vasos sanguíneos. 

Não deixe de ler: O colesterol alto: por que é um perigo para a saúde e como reduzir seus níveis

Quais são os principais minerais que deve conter uma alimentação para a saúde cardiovascular? 

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Sem dúvida alguma, existem muitos nutrientes que têm um impacto positivo na saúde cardiovascular. No entanto, focaremos esta seção em minerais em alimentos que, como destacado por um estudo publicado no Current Hypertension Reports, são benéficos. 

Potássio 

Apresenta interação com o sistema renina-angiotensina, alterando a atividade plasmática da retina, evitando o aumento dos valores da pressão arterial. Além disso, participa da excreção renal de sódio, diminuindo os marcadores da disfunção endotelial. 

  • Fontes alimentares: espinafre, tomate, abobrinha, cogumelos, banana, nozes, abacate e sementes de chia. 

Magnésio 

Atua como um inibidor da contração do músculo liso vascular, exercendo um efeito vasodilatador, de modo que o sangue flua à uma pressão mais baixa através das veias e artérias. 

  • Fontes alimentares: nozes, chocolate amargo (70% de cacau) e grãos integrais. 

Cálcio não pode faltar na alimentação para a saúde cardiovascular

Tem um efeito semelhante à família de medicamentos anti-hipertensivos, conhecidos como inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA), inibindo a contração vascular. Além disso, colabora com o potássio na excreção renal de sódio. 

  • Fontes alimentares: leite desnatado, sardinha, amêndoas e grão de bico. 

Certamente, o consumo de uma dieta variada, rica em vegetais, frutas e grãos integrais, com contribuição moderada de alimentos de origem animal com baixo teor de gordura cobrirá os requisitos de minerais cardioprotetores, além de outros componentes nutricionais que manterão o corpo funcionando de maneira ideal. 

Por outro lado, controlará os fatores de risco metabólicos associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 

Finalmente … 

Em conclusão, é importante consultar um nutricionista para realizar uma avaliação e diagnóstico nutricional adequado, a fim de obter um plano de alimentação individualizado que atenda às necessidades de cada pessoa, e contribua para melhorar a saúde.

 

Atualmente, a dieta que predomina no mundo é a ocidental, caracterizada pelo alto consumo de gorduras saturadas, sódio e açúcar. Por sua vez, apresenta deficiências em minerais que mantêm o equilíbrio do organismo, uma vez que o consumo de vegetais, frutas e sementes é insuficiente para cobrir a ingestão diária recomendada. Mas, por que os minerais são importantes na alimentação para a saúde cardiovascular? 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Por isso, para a prevenção eficaz e o tratamento oportuno desses transtornos recomenda-se a implementação de uma dieta saudável em conjunto com a prática habitual de atividade física, como tratamento adjuvante ao farmacológico.  

O que são doenças cardiovasculares? 

Em primeiro lugar, devemos destacar que são um grupo de desordens que incluem os transtornos do coração, doenças cerebrais vasculares, e doenças dos vasos sanguíneos. Graças às doenças cardiovasculares, a cada ano morrem 17,1 milhões de pessoas no mundo. 

Por exemplo, no Brasil as doenças cardiovasculares representam um custo anual de milhões de Reais para os tratamentos. Segundo a OMS, 75% das mortes atribuíveis a essas doenças poderiam ter sido evitadas seguindo um estilo de vida saudável e reduzindo os fatores de risco. 

Descubra ademais: 7 alimentos que toda mulher deve consumir para proteger a saúde do coração

Principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares

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Os maus hábitos alimentares, juntamente com hábitos prejudiciais à saúde, estão diretamente correlacionados com o desenvolvimento da aterosclerose. Esta doença é caracterizada pela formação de uma placa lipídica ou gordurosa nos vasos sanguíneos, impedindo o seu correto funcionamento. 

Entre os fatores que promovem o desenvolvimento de um processo aterosclerótico estão: 

  • Fatores de risco comportamentais: tabagismo, sedentarismo, dieta rica em sal, gordura e calorias, além de alcoolismo. 
  • Fatores de risco metabólicos: hipertensão, diabetes mellitus, hipercolesterolemia, sobrepeso e obesidade 

 As doenças metabólicas estão intimamente relacionadas a fatores de risco comportamentais. A dieta ocidental está associada ao acúmulo excessivo de tecido adiposo no corpo, refletido no aumento do peso corporal dos indivíduos. 

O sobrepeso e a obesidade são condições que causam alterações no funcionamento dos órgãos, desencadeando doenças como o diabetes mellitus, hipertensão arterial e dislipidemias. 

Ter um estilo de vida saudável representa mudanças nos hábitos alimentares e na prática de exercícios. Existem recomendações nutricionais específicas para regular as alterações metabólicas, bem como planos alimentares que controlam vários fatores de risco e exercem um efeito cardioprotetor. Entre elas, a mais conhecida é a Abordagem Dietética para Controle da Hipertensão (dieta DASH). 

Dieta DASH: minerais com atividade vascular na alimentação para a saúde cardiovascular

A dieta DASH é um padrão alimentar criado pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue (NHLBI). É caracterizado por: 

  • Um grande consumo de vegetais e frutas. 
  • Substituindo a farinha refinada por grãos integrais. 
  • Contribuição moderada de gorduras e alimentos de origem animal. 
  • Consumo ocasional ou inexistente de produtos com alto teor de açúcar. 

Essa dieta modula efetivamente os principais fatores metabólicos associados ao desenvolvimento de um evento cardiovascular. Numerosas metanálises, de acordo com Chiavaroli L et al em 2019, mostram que o consumo dessa dieta diminui a incidência de um evento cardiovascular, pressão arterial, colesterol total, colesterol LDL, hemoglobina glicosilada, insulina plasmática em jejum, e peso corporal em ensaios clínicos. 

Os efeitos benéficos atribuíveis à dieta DASH estão relacionados ao efeito biológico que tem outros componentes nutricionais dos alimentos, como os flavonoides, que possuem atividade anti-inflamatória e antioxidante, além de minerais em alimentos com atividade nos vasos sanguíneos. 

Não deixe de ler: O colesterol alto: por que é um perigo para a saúde e como reduzir seus níveis

Quais são os principais minerais que deve conter uma alimentação para a saúde cardiovascular? 

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Sem dúvida alguma, existem muitos nutrientes que têm um impacto positivo na saúde cardiovascular. No entanto, focaremos esta seção em minerais em alimentos que, como destacado por um estudo publicado no Current Hypertension Reports, são benéficos. 

Potássio 

Apresenta interação com o sistema renina-angiotensina, alterando a atividade plasmática da retina, evitando o aumento dos valores da pressão arterial. Além disso, participa da excreção renal de sódio, diminuindo os marcadores da disfunção endotelial. 

  • Fontes alimentares: espinafre, tomate, abobrinha, cogumelos, banana, nozes, abacate e sementes de chia. 

Magnésio 

Atua como um inibidor da contração do músculo liso vascular, exercendo um efeito vasodilatador, de modo que o sangue flua à uma pressão mais baixa através das veias e artérias. 

  • Fontes alimentares: nozes, chocolate amargo (70% de cacau) e grãos integrais. 

Cálcio não pode faltar na alimentação para a saúde cardiovascular

Tem um efeito semelhante à família de medicamentos anti-hipertensivos, conhecidos como inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA), inibindo a contração vascular. Além disso, colabora com o potássio na excreção renal de sódio. 

  • Fontes alimentares: leite desnatado, sardinha, amêndoas e grão de bico. 

Certamente, o consumo de uma dieta variada, rica em vegetais, frutas e grãos integrais, com contribuição moderada de alimentos de origem animal com baixo teor de gordura cobrirá os requisitos de minerais cardioprotetores, além de outros componentes nutricionais que manterão o corpo funcionando de maneira ideal. 

Por outro lado, controlará os fatores de risco metabólicos associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 

Finalmente … 

Em conclusão, é importante consultar um nutricionista para realizar uma avaliação e diagnóstico nutricional adequado, a fim de obter um plano de alimentação individualizado que atenda às necessidades de cada pessoa, e contribua para melhorar a saúde.

 


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  • Boles A., Kandimalla R., Reddy PH., Dynamics of diabetes and obesity: epidemiologicaal perspective. Biochim Biophy Acta Mol Basis Dis, 2017. 1863 (5): 1026-1036.
  • Chiavaroli L., Viguiliouk E., Nishi SK., Mejia SB., et al., DASH dietary pattern and cardiometabolic outcomes: an umbrella review of systematic reviews and meta analyses. Nutrients, 2019.
  • Bazzano LA., Green T., Harrison TN., Reynolds K., Dietary approaches to prevent hypertension. Curr Hypertens Rep, 2013. 15 (6): 694-702.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.