Você sabia que existem diferentes tipos de insônia?

Em função do momento da noite em que apareça e do quanto se prolongue, podemos falar de diferentes tipos de insônia que podem ou não requerer ajuda.
Você sabia que existem diferentes tipos de insônia?

Escrito por Yamila Papa Pintor

Última atualização: 26 maio, 2022

A dificuldade para iniciar ou manter o sono é um problema muito habitual hoje em dia. Segundo o motivo, a duração ou as consequências, podemos dizer que existem diferentes tipos de insônia. Neste artigo falaremos sobre as mais importantes.

O que é a insônia?

O que é a insônia?

Não conseguir dormir uma noite porque estamos muito ansiosos antes de um evento (uma viagem, uma mudança, um casamento, etc.) é normal e não precisamos nos preocupar com isso.

O problema acontece quando os problemas para conciliar o sono se transformam na regra e não na exceção.

A insônia afeta uma grande porcentagem da população mundial e pode se manifestar ao deitarmos ou de madrugada (acordamos e não conseguimos dormir de novo).

Divide-se segundo a duração:

  • Aguda, se dura menos de 1 mês.
  • Subaguda, se se mantém entre 4 e 6 semanas.
  • Crônica, se passam mais de 6 meses e não conseguimos resolvê-la.

São muitas as causas da insônia mas, principalmente, se deve a alterações psicológicas tais como o estresse, a depressão ou a ansiedade.

Em algumas pessoas se deve a um desequilíbrio hormonal ou pode estar relacionada a certos problemas no ritmo cardíaco (que regula o sono e a vigília).

Por outro lado, devemos saber que a insônia pode ter outras origens, tais como:

  • Más condições do lugar onde se descansa.
  • Hábitos irregulares de sono.
  • Jantares pesados.
  • Consumo de substâncias estimulantes para o sistema nervoso (café, álcool, drogas, etc.).

Por sua vez, há quem possa ter insônia depois de uma intervenção cirúrgica, pela abstinência de álcool, por estresse pós-traumático ou como efeito secundário de um medicamento.

A insônia pode ser controlada?

Podemos prevenir o desenvolvimento de insônia e evitar que se transforme em um problema crônico se tivermos hábitos saudáveis, tais como:

  • Não consumir substâncias estimulantes à noite.
  • Jantar leve.
  • Praticar exercícios no máximo até o entardecer.
  • Refrigerar o quarto e minimizar os barulhos e as luzes.
  • Manter uma rotina quanto aos horários para dormir e acordar.
  • Tomar um banho relaxante à noite.
  • Não ver televisão ou usar o telefone na cama.
  • Evitar descansos prolongados após o almoço.

O descanso é fundamental para o nosso organismo, porque o repara e restaura, termorregula e prepara para as atividades do dia seguinte.

Assim, a insônia pode ter muitas consequências negativas, dentre as quais se destacam:

  • Dificuldade para se concentrar ou memorizar.
  • Cansaço, falta de vontade e sonolência.
  • Acidentes no trânsito ou no trabalho.
  • Irritabilidade, depressão e mau humor.
  • Desorientação e conflitos existenciais.

Quais são os tipos de insônia que existem?

Quais são os tipos de insônia que existem?

É dividida em três grandes grupos: segundo a duração, a gravidade e o espaço de tempo.

Transitória ou aguda

É o transtorno que se mantém por no máximo 4 semanas. Pode ocorrer devido a, por exemplo, mudanças no padrão do sono, no horário de trabalho ou na localização geográfica (o que conhecemos como “jet lag“).

Além disso, este tipo de insônia pode ser causado pelo estresse, por uma doença, por problemas pessoais ou pelo excesso de cafeína ou álcool.

A curto prazo ou subaguda

Dura entre 4 e 6 semanas. É mais frequente nas pessoas que sofreram um acidente importante ou uma perda de um ente querido.

Também é muito habitual experimentá-la como consequência do estresse pós-traumático.

A longo prazo ou crônica

Tem uma duração superior a 3 meses e pode se estender até que a pessoa trate o problema. Na maioria dos casos se deve a uma doença física ou psiquiátrica crônica.

Leve

Tipos de insônia

 

Mulher com um tipo de insônia determinado

É o transtorno do sono mais habitual, já que não tem consequências muito negativas na qualidade de vida da pessoa.

No outro dia se levantará mais cansado ou com menos vontade de trabalhar, mas sem pôr em risco sua saúde.

Moderada

Quando a insônia se torna algo cada vez mais habitual os efeitos são mais visíveis e importantes.

A deterioração no dia a dia da pessoa está relacionada com o cansaço, a irritabilidade, a ansiedade e a falta de rendimento em seu trabalho.

O mau humor é comum e os problemas para reter informação também.

Severa ou grave

O transtorno do sono neste caso é de maior intensidade e repercute notavelmente na vida do afetado.

Não é possível realizar qualquer uma de suas atividades cotidianas, já que não conta com a energia suficiente nem para se levantar da cama.

Além disso, as mudanças de humor são cada vez mais erráticas e a pessoa pode acabar recorrendo ao consumo de medicamentos ou certas substâncias para reverter a situação.

Inicial ou de conciliação

Aparece apenas quando deitamos e se caracteriza pela dificuldade para conciliar o sono até altas horas da madrugada.

A pessoa não encontra um método eficaz para dormir (contar ovelhas, ler, meditar, escutar músicas relaxantes, etc.).

Muitas vezes, este tipo de insônia é causado pela ansiedade ou pelos problemas e não permite que o cérebro se acalme o suficiente.

Intermediária ou de mantimento do sono

A insônia pode ser controlada?

Neste caso, o problema se desenvolve de madrugada. Ainda que possa conciliar o sono ao deitar, depois de poucas horas a pessoa acorda e não consegue dormir mais.

Também pode acordar em vários momentos durante a noite.

Terminal ou de fim de sono

Também conhecida como insônia matinal. Nesta situação, a pessoa acorda antes do horário planejado para o despertador.

Pode ser causada pela falta de escuridão total no quarto (com os primeiros raios de sol, a pessoa desperta) ou muita ansiedade devido a um acontecimento importante nesse dia.

Imagem principal oferecida por © wikiHow.com


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Levenson, J. C., Kay, D. B., & Buysse, D. J. (2015). The pathophysiology of insomnia. Chest. https://doi.org/10.1378/chest.14-1617
  • Tang, N. K. Y., Goodchild, C. E., Hester, J., & Salkovskis, P. M. (2012). Pain-related insomnia versus primary insomnia: A comparison study of sleep pattern, psychological characteristics, and cognitive-behavioral processes. Clinical Journal of Pain. https://doi.org/10.1097/AJP.0b013e31823711bc
  • Alonso, F., Esteban, C., Montoro, L., & Tortosa, F. (2014). Psychotropic drugs and driving: Prevalence and types. Annals of General Psychiatry. https://doi.org/10.1186/1744-859X-13-14

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.