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Você já se perguntou alguma vez para que serve chorar?

4 minutos
Você sabia que chorar é necessário para manter sua saúde? Reprimir as lágrimas pode inclusive levar a problemas de ansiedade ou até a transtornos gástricos importantes.
Você já se perguntou alguma vez para que serve chorar?
Escrito por Yamila Papa Pintor
Última atualização: 26 maio, 2022

O choro é geralmente associado à fraqueza ou à falta de caráter. No entanto, dar a nós mesmos a oportunidade de chorar quando precisamos é bom para a saúde.

Neste artigo, contamos a você qual é a função das lágrimas e em que momento vale a pena fazer uso delas.

Chorar não é ser vulnerável

Vemos as lágrimas com certa reticência. Pensamos que, se alguém nos vê chorando, acreditará que somos fracos, sensíveis demais ou até instáveis.

Para alguns, chorar é um sinal de submissão ou de nos sentirmos vencidos. Mas também pode ser uma estratégia emocional para alcançar aquilo que queremos.

As lágrimas podem até fortalecer as relações e criar vínculos. Se choramos com alguém, alcançaremos uma conexão difícil de romper.

Entretanto, esse comportamento emocional não funciona em certas áreas ou ambientes como, por exemplo, no trabalho.

No trabalho, se derramamos lágrimas quando alguma coisa não sai bem, seremos considerados “fracos”, pessoas de quem não se pode exigir demais, nem esperar nada de notável.

É compreensível o ato de nos escondermos para chorar e só “convidarmos” pessoas do círculo íntimo para compartilhar esse momento conosco.

Segundo o doutor Juan Murube (Universidade de Alcalá de Henares, na Espanha) existem quase 500 emoções pelas quais um ser humano pode chorar.

Entre elas, as mais “conhecidas” são a ira, a angústia, a solidão e a admiração.

Pode-se dizer que todas elas se reduzem a dois grandes grupos: o de pedir ajuda e o de oferecer assistência.

Não se esqueça de ler: Conheça algumas curiosidades sobre as lágrimas e o ato de chorar

Chorar é libertador

Some figure

Sigmund Freud foi o pioneiro nos estudos sobre o choro. O pai da psicanálise disse que chorar é um ato de liberação.

Logo se chegou à conclusão de que reprimir as lágrimas pode desencadear transtornos de ansiedade, asma ou úlcera intestinal. Não exteriorizar os sentimentos nos deixa mais propensos à depressão e ao adoecimento.

Sob o ponto de vista emocional, chorar equilibra nosso estado de ânimo, nos faz sentir apoiados e queridos, permite que nos expressemos e eliminemos o mal e aquilo que nos incomoda.

Se analisado sob o aspecto físico, por exemplo, o choro controla a respiração e causa um efeito calmante sobre o organismo.

Quando o choro surge devido a uma situação desagradável, conseguimos um período de calma até maior que o experimentado antes da situação que nos levou às lágrimas.

Por exemplo, chorar na cama por um desengano amoroso ou uma perda nos conduz a um sono reparador que talvez não poderíamos desfrutar de outra maneira.

Também podemos chorar quando vemos um filme ou escutamos uma música triste até mesmo quando não possuem relação com o nosso presente ou com a mensagem transmitida.

Chorar ordena as emoções

Some figure

Assim como rir, chorar é uma expressão emocional muito importante e é uma das maneiras que os seres humanos têm para se comunicar. Através das lágrimas, expressamos o que nos acontece.

Chorar pode ser terapêutico porque alivia as tensões e aumenta a empatia com quem nos rodeia. É mais provável receber ajuda quando choramos do que quando estamos irritados, por exemplo.

O alívio, a calma e o relaxamento são outras das consequências positivas do choro. Trata-se de uma atividade saudável, ainda que pensemos demonstrar fraqueza.

Entretanto, é importante saber diferenciar quando choramos para eliminar a depressão ou para conseguir algo.

Neste último caso, nos tornamos seres dependentes das lágrimas, vivendo em função delas para conseguir as coisas.

Diferentemente do choro dos bebês, que avisam que estão com fome, com sono ou que requerem troca de fralda, os adultos têm outras formas de se comunicar e alcançar os objetivos.

Não se esqueça de ler: Às vezes não choro por fraqueza, mas por estar cansada de ser forte

Por acaso chorar é coisa de mulheres?

As mulheres choram mais vezes (entre 30 e 64 vezes por ano, contra 17 dos homens) desde os 13 anos de idade (até essa idade não há diferenças entre sexos).

Além disso, o sexo feminino chora por mais tempo a cada vez: 6 minutos contra 3 dos rapazes. A herança patriarcal e a cultura obrigam os homens a se mostrarem mais fortes.

Nesse pensamento, um esposo ou um pai nunca podem ser inferiores a uma mulher nesse sentido. Inclusive, os pais ensinam os filhos a não chorar porque “isso é coisa de menina”.

Some figure

Questões sociais à parte, há uma questão hormonal que leva as mulheres a chorarem com mais frequência.

A expressão emocional feminina está muito relacionada com o choro. Dessa forma, elas empregam essa técnica como uma autoterapia. Ao mesmo tempo, a incapacidade de demonstrar os sentimentos (alexitimia) é mais frequente nos homens.

O choro é geralmente associado à fraqueza ou à falta de caráter. No entanto, dar a nós mesmos a oportunidade de chorar quando precisamos é bom para a saúde.

Neste artigo, contamos a você qual é a função das lágrimas e em que momento vale a pena fazer uso delas.

Chorar não é ser vulnerável

Vemos as lágrimas com certa reticência. Pensamos que, se alguém nos vê chorando, acreditará que somos fracos, sensíveis demais ou até instáveis.

Para alguns, chorar é um sinal de submissão ou de nos sentirmos vencidos. Mas também pode ser uma estratégia emocional para alcançar aquilo que queremos.

As lágrimas podem até fortalecer as relações e criar vínculos. Se choramos com alguém, alcançaremos uma conexão difícil de romper.

Entretanto, esse comportamento emocional não funciona em certas áreas ou ambientes como, por exemplo, no trabalho.

No trabalho, se derramamos lágrimas quando alguma coisa não sai bem, seremos considerados “fracos”, pessoas de quem não se pode exigir demais, nem esperar nada de notável.

É compreensível o ato de nos escondermos para chorar e só “convidarmos” pessoas do círculo íntimo para compartilhar esse momento conosco.

Segundo o doutor Juan Murube (Universidade de Alcalá de Henares, na Espanha) existem quase 500 emoções pelas quais um ser humano pode chorar.

Entre elas, as mais “conhecidas” são a ira, a angústia, a solidão e a admiração.

Pode-se dizer que todas elas se reduzem a dois grandes grupos: o de pedir ajuda e o de oferecer assistência.

Não se esqueça de ler: Conheça algumas curiosidades sobre as lágrimas e o ato de chorar

Chorar é libertador

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Sigmund Freud foi o pioneiro nos estudos sobre o choro. O pai da psicanálise disse que chorar é um ato de liberação.

Logo se chegou à conclusão de que reprimir as lágrimas pode desencadear transtornos de ansiedade, asma ou úlcera intestinal. Não exteriorizar os sentimentos nos deixa mais propensos à depressão e ao adoecimento.

Sob o ponto de vista emocional, chorar equilibra nosso estado de ânimo, nos faz sentir apoiados e queridos, permite que nos expressemos e eliminemos o mal e aquilo que nos incomoda.

Se analisado sob o aspecto físico, por exemplo, o choro controla a respiração e causa um efeito calmante sobre o organismo.

Quando o choro surge devido a uma situação desagradável, conseguimos um período de calma até maior que o experimentado antes da situação que nos levou às lágrimas.

Por exemplo, chorar na cama por um desengano amoroso ou uma perda nos conduz a um sono reparador que talvez não poderíamos desfrutar de outra maneira.

Também podemos chorar quando vemos um filme ou escutamos uma música triste até mesmo quando não possuem relação com o nosso presente ou com a mensagem transmitida.

Chorar ordena as emoções

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Assim como rir, chorar é uma expressão emocional muito importante e é uma das maneiras que os seres humanos têm para se comunicar. Através das lágrimas, expressamos o que nos acontece.

Chorar pode ser terapêutico porque alivia as tensões e aumenta a empatia com quem nos rodeia. É mais provável receber ajuda quando choramos do que quando estamos irritados, por exemplo.

O alívio, a calma e o relaxamento são outras das consequências positivas do choro. Trata-se de uma atividade saudável, ainda que pensemos demonstrar fraqueza.

Entretanto, é importante saber diferenciar quando choramos para eliminar a depressão ou para conseguir algo.

Neste último caso, nos tornamos seres dependentes das lágrimas, vivendo em função delas para conseguir as coisas.

Diferentemente do choro dos bebês, que avisam que estão com fome, com sono ou que requerem troca de fralda, os adultos têm outras formas de se comunicar e alcançar os objetivos.

Não se esqueça de ler: Às vezes não choro por fraqueza, mas por estar cansada de ser forte

Por acaso chorar é coisa de mulheres?

As mulheres choram mais vezes (entre 30 e 64 vezes por ano, contra 17 dos homens) desde os 13 anos de idade (até essa idade não há diferenças entre sexos).

Além disso, o sexo feminino chora por mais tempo a cada vez: 6 minutos contra 3 dos rapazes. A herança patriarcal e a cultura obrigam os homens a se mostrarem mais fortes.

Nesse pensamento, um esposo ou um pai nunca podem ser inferiores a uma mulher nesse sentido. Inclusive, os pais ensinam os filhos a não chorar porque “isso é coisa de menina”.

Some figure

Questões sociais à parte, há uma questão hormonal que leva as mulheres a chorarem com mais frequência.

A expressão emocional feminina está muito relacionada com o choro. Dessa forma, elas empregam essa técnica como uma autoterapia. Ao mesmo tempo, a incapacidade de demonstrar os sentimentos (alexitimia) é mais frequente nos homens.


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  • Fitzgerald, O. S., & Mejía Constaín, B. E. (2007). Función social de las lágrimas: una indagación empírica sobre los tipos de llanto emocional. Universitas Psychologica, 6(2), 295-308.
  • Murube, J., Murube, L., & Murube, A. (1999). Origin and types of emotional tearing. European Journal of Ophthalmology, 9(2), 77-84.
  • Rivas, L., Murube, J., Rivas, A., & Murube, E. (2003). Estudio del ojo seco en pacientes con aniridia congénita, mediante citología de impresión. Archivos de la Sociedad Española de Oftalmología, 78(11), 615-622.
  • Hess, U., Senécal, S., Kirouac, G., Herrera, P., Philippot, P., & Kleck, R. E. (2000). Emotional expressivity in men and women: Stereotypes and self-perceptions. Cognition & Emotion, 14(5), 609-642.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.