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O uso do papel-alumínio para conservar alimentos é seguro?

4 minutos
O uso do papel-alumínio é feito para muitas coisas na cozinha. Mas será que há riscos relacionados com seu uso? Confira conosco neste artigo.
O uso do papel-alumínio para conservar alimentos é seguro?
Elisa Morales Lupayante

Revisado e aprovado por a pedagoga em educação física e nutricionista Elisa Morales Lupayante

Última atualização: 11 outubro, 2022

O uso do papel-alumínio na cozinha é tão antigo que já nem lembramos mais quando essa prática começou. Usado para conservar alimentos ou para assá-los no forno, esse produto parece inofensivo. Mas será que estamos correndo algum risco ao utilizá-lo?

As dúvidas em relação ao uso desse material são semelhantes às que rondam o uso do teflon, do plástico ou do silicone na cozinha, entre outros itens.

O uso do papel-alumínio é seguro?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que regulamenta o uso desses materiais no Brasil, afirma que “o alumínio é um material aprovado para uso em contato com alimentos, de acordo com a legislação brasileira”.

A agência estende a aprovação do uso do alumínio para outros itens feitos com esse material e que são utilizados na cozinha, como panelas, talheres e pratos.

A ANVISA esclareceu ainda que um estudo realizado com utensílios de cozinha feitos de alumínio conclui que a quantidade de metal que passa para os alimentos é muito baixa em relação ao valor tolerado de 1 mg por cada quilo de peso corporal por semana.

Esse percentual foi determinado pelo JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Addittives – Comitê Especializado em Aditivos Alimentares), que faz parte da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Outras considerações

Outra dúvida comum é se devemos colocar a face brilhante ou fosca do papel de alumínio em contato com os alimentos. A ANVISA afirma que não existe diferença em relação à passagem do metal para os alimentos.

Algumas pessoas acham que a superfície fosca deve ficar em contato com os alimentos e a brilhante deve se voltar para fora, como acontece com muitas embalagens, em que a parte fosca é sempre interna e a parte exterior geralmente é brilhante e colorida.

Mas a diferença entre os dois lados é devido ao processo de fabricação do produto, pois a parte brilhante entra em contato com uma superfície polida, daí o brilho.

O alumínio faz parte das nossas vidas de várias outras formas. Está presente em cosméticos, desodorantes e produtos de higiene pessoal, em medicamentos e em várias embalagens, como as latas de cerveja, que são feitas de alumínio.

Leve, resistente e reciclável, o alumínio é um metal “multiuso” que, entretanto, é bastante tóxico para a vida se absorvido pelo organismo.

Conheça: Ingredientes tóxicos que se escondem nos produtos de limpeza

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Estudos discordantes sobre o uso do papel-alumínio

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, pela sigla em inglês), afirmou que, nos alimentos que entram em contato com o papel ou com recipientes de alumínio, podem sem infiltrar pequenas quantidades do metal.

E as investigações mostraram que, quanto maior a temperatura, maior a absorção do metal pelos alimentos.

Entidades de pesquisa dos Emirados Árabes teriam também conduzido pesquisas para avaliar a toxicidade do alumínio, e descobriram que o metal se infiltra especialmente em alimentos ácidos, como o tomate e nas frutas cítricas, como a laranja e o limão.

Alimentos com muito vinagre ou em conservas também ofereceriam maior risco.

Entretanto, não há pesquisas comprovando que o uso do papel-alumínio ou de utensílios de alumínio colocam a saúde em risco. Mas, imaginemos que existe um risco. O que o alumínio poderia fazer no nosso corpo?

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Possíveis problemas de saúde causados pelo uso do papel-alumínio

Dentro do corpo, o alumínio se distribui pelos tecidos através da corrente sanguínea, podendo se acumular em alguns órgãos, sobretudo no tecido ósseo.

Para mulheres grávidas, há risco de o metal chegar ao feto e alterar a formação cerebral e nervosa do bebê.

Leia também: Conselhos e remédios para enfrentar a dor nos ossos

A contaminação por alumínio também comprometeria o sistema nervoso de adultos, podendo causar o mal de Alzheimer, alguns tipos de cânceres e a infertilidade.

Todos nós estamos expostos a certo nível de alumínio existente no ar, no solo e na água, além dos alimentos, mas apenas altas doses oferecem risco para a saúde. Portanto, não é necessário se alarmar.

Entretanto, vale a pena reduzir o consumo de papel-alumínio na cozinha. Além dos riscos potenciais à saúde, a extração do alumínio da natureza é uma atividade dispendiosa, que causa riscos ambientais e nem sempre é saudável para os trabalhadores envolvidos na sua extração.

Use filme plástico ou vasilhames bem tampados para conservar os restos de comida. Evite também o uso para envolver alimentos com alto grau de acidez ou muito quentes; prefira formas de vidro ou de cerâmica, que conservem o calor.

 

O uso do papel-alumínio na cozinha é tão antigo que já nem lembramos mais quando essa prática começou. Usado para conservar alimentos ou para assá-los no forno, esse produto parece inofensivo. Mas será que estamos correndo algum risco ao utilizá-lo?

As dúvidas em relação ao uso desse material são semelhantes às que rondam o uso do teflon, do plástico ou do silicone na cozinha, entre outros itens.

O uso do papel-alumínio é seguro?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que regulamenta o uso desses materiais no Brasil, afirma que “o alumínio é um material aprovado para uso em contato com alimentos, de acordo com a legislação brasileira”.

A agência estende a aprovação do uso do alumínio para outros itens feitos com esse material e que são utilizados na cozinha, como panelas, talheres e pratos.

A ANVISA esclareceu ainda que um estudo realizado com utensílios de cozinha feitos de alumínio conclui que a quantidade de metal que passa para os alimentos é muito baixa em relação ao valor tolerado de 1 mg por cada quilo de peso corporal por semana.

Esse percentual foi determinado pelo JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Addittives – Comitê Especializado em Aditivos Alimentares), que faz parte da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Outras considerações

Outra dúvida comum é se devemos colocar a face brilhante ou fosca do papel de alumínio em contato com os alimentos. A ANVISA afirma que não existe diferença em relação à passagem do metal para os alimentos.

Algumas pessoas acham que a superfície fosca deve ficar em contato com os alimentos e a brilhante deve se voltar para fora, como acontece com muitas embalagens, em que a parte fosca é sempre interna e a parte exterior geralmente é brilhante e colorida.

Mas a diferença entre os dois lados é devido ao processo de fabricação do produto, pois a parte brilhante entra em contato com uma superfície polida, daí o brilho.

O alumínio faz parte das nossas vidas de várias outras formas. Está presente em cosméticos, desodorantes e produtos de higiene pessoal, em medicamentos e em várias embalagens, como as latas de cerveja, que são feitas de alumínio.

Leve, resistente e reciclável, o alumínio é um metal “multiuso” que, entretanto, é bastante tóxico para a vida se absorvido pelo organismo.

Conheça: Ingredientes tóxicos que se escondem nos produtos de limpeza

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Estudos discordantes sobre o uso do papel-alumínio

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, pela sigla em inglês), afirmou que, nos alimentos que entram em contato com o papel ou com recipientes de alumínio, podem sem infiltrar pequenas quantidades do metal.

E as investigações mostraram que, quanto maior a temperatura, maior a absorção do metal pelos alimentos.

Entidades de pesquisa dos Emirados Árabes teriam também conduzido pesquisas para avaliar a toxicidade do alumínio, e descobriram que o metal se infiltra especialmente em alimentos ácidos, como o tomate e nas frutas cítricas, como a laranja e o limão.

Alimentos com muito vinagre ou em conservas também ofereceriam maior risco.

Entretanto, não há pesquisas comprovando que o uso do papel-alumínio ou de utensílios de alumínio colocam a saúde em risco. Mas, imaginemos que existe um risco. O que o alumínio poderia fazer no nosso corpo?

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Possíveis problemas de saúde causados pelo uso do papel-alumínio

Dentro do corpo, o alumínio se distribui pelos tecidos através da corrente sanguínea, podendo se acumular em alguns órgãos, sobretudo no tecido ósseo.

Para mulheres grávidas, há risco de o metal chegar ao feto e alterar a formação cerebral e nervosa do bebê.

Leia também: Conselhos e remédios para enfrentar a dor nos ossos

A contaminação por alumínio também comprometeria o sistema nervoso de adultos, podendo causar o mal de Alzheimer, alguns tipos de cânceres e a infertilidade.

Todos nós estamos expostos a certo nível de alumínio existente no ar, no solo e na água, além dos alimentos, mas apenas altas doses oferecem risco para a saúde. Portanto, não é necessário se alarmar.

Entretanto, vale a pena reduzir o consumo de papel-alumínio na cozinha. Além dos riscos potenciais à saúde, a extração do alumínio da natureza é uma atividade dispendiosa, que causa riscos ambientais e nem sempre é saudável para os trabalhadores envolvidos na sua extração.

Use filme plástico ou vasilhames bem tampados para conservar os restos de comida. Evite também o uso para envolver alimentos com alto grau de acidez ou muito quentes; prefira formas de vidro ou de cerâmica, que conservem o calor.

 


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • European Food Safety Authority (2008). Safety of aluminium from dietary intake. EFSA Journal 754, 122.
  • Bassioni, G., Mohammed, F.S., Zubaidy, E.A., and Kobrsi, I. (2012). Risk assessment of using aluminum foil in food preparation. International Journal of Electrochemical Science 7, 4498–4509.
  • Turhan, S. (2006). Aluminium contents in baked meats wrapped in aluminium foil. Meat Science 74, 644–647.
  • Ferreira, P. C., Piai, K. D. A., Takayanagui, A. M. M., & SeguraMunoz, S. I. (2008). Aluminum as a risk factor for Alzheimer’s disease. Revista Latino-Americana de Enfermagem16(1), 151–157. https://doi.org/10.1590/S0104-1169200800010002

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.