Tudo sobre a prisão de ventre
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
Você quer saber tudo sobre a prisão de ventre? Vamos começar dizendo que ela tem uma definição médica, mas também é verdade que é muito definida por cada pessoa. Cada um de nós sabe qual é a sua taxa normal de evacuação, e uma alteração dela é particular para cada indivíduo.
Em termos rigorosos e científicos, a prisão de ventre ocorre quando a frequência dos movimentos intestinais diminui. Ou seja, quando o hábito intestinal é menor do que o considerado normal para a população geral. Assim, podemos dizer que está com prisão de ventre quem evacua menos de três vezes por semana.
Há pessoas que, durante toda a vida, defecam menos de três vezes por semana e não sofrem de alterações gastrointestinais. No entanto, muitos veem sua qualidade de vida alterada por uma diminuição do ritmo e do hábito intestinal.
Estima-se que mais de 15% dos adultos sofram de prisão de ventre. É uma quantidade significativa, que vai aumentando à medida que a idade avança. Aos 60 anos, pode-se dizer que um terço da população sofre com esse problema.
A prisão de ventre, dependendo da sua duração ao longo do tempo, pode ser classificada de duas maneiras:
- Aguda: quando o ritmo defecatório diminui devido a uma causa específica, que geralmente é bastante perceptível. Às vezes, uma mudança na dieta ou um estado de estresse causa a alteração. Em pouco tempo, resolvendo a causa, a pessoa volta ao seu ritmo habitual.
- Crônica: é a prisão de ventre que é sofrida por longos períodos, às vezes por uma vida inteira. Pode ser uma condição quase inata que força a pessoa a tomar uma série de medidas para melhorar a sua qualidade de vida.
Tudo sobre a prisão de ventre: principais sintomas
Embora esteja claro que o sinal principal é a baixa frequência de evacuação, indivíduos constipados podem acompanhar essa baixa frequência com:
- Grandes esforços defecatórios: eles têm dificuldade para evacuar e usam seus músculos excessivamente para conseguir isso, causando um cansaço considerável.
- Sensação de obstrução: a pessoa constipada tem a sensação de ter uma obstrução no intestino que não permite que as fezes avancem.
- Fezes duras: por ser menos frequente, a matéria fecal se acumula por longos períodos no intestino, endurecendo pela desidratação. Isso aumenta a dificuldade da evacuação e o desconforto.
- Esvaziamento incompleto: uma vez que a defecação esteja completa, a pessoa constipada fica sentindo que não foi capaz de expulsar tudo. Em geral, esse sentimento é real, e mesmo que ela tenha defecado, pode não ter expulsado completamente o acúmulo de matéria presente em seu intestino.
Não deixe de ler: 7 maneiras de aumentar o consumo de fibras para tratar a constipação
Causas da prisão de ventre
São várias as causas por trás da constipação. Aqui estão algumas delas:
- Dieta: possivelmente, esta é a principal causa de constipações agudas e crônicas. Uma dieta que não seja rica em fibras retarda o trânsito intestinal causando prisão de ventre. O baixo consumo de frutas e hortaliças está por trás dessa causa.
- Uso de medicamentos: algumas drogas têm o efeito adverso da prisão de ventre. É comum uma série de antidepressivos causarem isso, por exemplo. Em geral, o médico que as prescreve recomenda ao paciente modificar sua dieta para neutralizar esse efeito adverso.
- Hipomotilidade: há pessoas que têm um intestino preguiçoso, com menos movimento do que deveriam. É uma condição que vem desde o nascimento e retarda o processo de digestão, atrasando a evacuação.
- Doenças gerais e sistêmicas: patologias como diabetes e hipotireoidismo estão associadas à prisão de ventre. Não se trata de uma causa direta e o problema não costuma ser crônico. No entanto, o sintoma pode se desenvolver diante dos desequilíbrios causados pela doença.
- Gestação: Mulheres grávidas costumam ter prisão de ventre. O mecanismo é explicado pelo aumento do tamanho do útero, que pressiona os intestinos e dificulta o trânsito das fezes.
- Tumores intestinais: a causa mais grave de prisão de ventre é um processo de câncer no tubo intestinal. O câncer de cólon é um dos mais prevalentes, e pode iniciar seus sintomas com uma simples prisão de ventre.
- Doenças neurológicas: patologias que afetam a condução nervosa também levam à constipação, como o mal de Parkinson e a esclerose múltipla.
Leia também: Morango: uma fruta muito benéfica para o organismo
Complicações da constipação
Além do desconforto para a pessoa constipada, a persistência do sintoma ao longo do tempo pode levar a outras situações indesejadas. As complicações mais comuns da prisão de ventre são:
- Hemorroidas: tendo que fazer esforços excessivos para evacuar, as veias do reto e do ânus aumentam sua pressão. Isso as dilata e elas se transformam em hemorroidas, que podem ser dolorosas e sangrar.
- Fissura anal: ao defecar fezes duras, a sua passagem pelo ânus causa feridas, incluindo a ruptura do anel de pele naquela área.
- Prolapso retal: também pelo excesso de esforço, parte do intestino retal pode vir para fora. Isso é chamado de prolapso e aumenta o risco de infecções na região anal, expondo uma mucosa ao ambiente.
Você quer saber tudo sobre a prisão de ventre? Vamos começar dizendo que ela tem uma definição médica, mas também é verdade que é muito definida por cada pessoa. Cada um de nós sabe qual é a sua taxa normal de evacuação, e uma alteração dela é particular para cada indivíduo.
Em termos rigorosos e científicos, a prisão de ventre ocorre quando a frequência dos movimentos intestinais diminui. Ou seja, quando o hábito intestinal é menor do que o considerado normal para a população geral. Assim, podemos dizer que está com prisão de ventre quem evacua menos de três vezes por semana.
Há pessoas que, durante toda a vida, defecam menos de três vezes por semana e não sofrem de alterações gastrointestinais. No entanto, muitos veem sua qualidade de vida alterada por uma diminuição do ritmo e do hábito intestinal.
Estima-se que mais de 15% dos adultos sofram de prisão de ventre. É uma quantidade significativa, que vai aumentando à medida que a idade avança. Aos 60 anos, pode-se dizer que um terço da população sofre com esse problema.
A prisão de ventre, dependendo da sua duração ao longo do tempo, pode ser classificada de duas maneiras:
- Aguda: quando o ritmo defecatório diminui devido a uma causa específica, que geralmente é bastante perceptível. Às vezes, uma mudança na dieta ou um estado de estresse causa a alteração. Em pouco tempo, resolvendo a causa, a pessoa volta ao seu ritmo habitual.
- Crônica: é a prisão de ventre que é sofrida por longos períodos, às vezes por uma vida inteira. Pode ser uma condição quase inata que força a pessoa a tomar uma série de medidas para melhorar a sua qualidade de vida.
Tudo sobre a prisão de ventre: principais sintomas
Embora esteja claro que o sinal principal é a baixa frequência de evacuação, indivíduos constipados podem acompanhar essa baixa frequência com:
- Grandes esforços defecatórios: eles têm dificuldade para evacuar e usam seus músculos excessivamente para conseguir isso, causando um cansaço considerável.
- Sensação de obstrução: a pessoa constipada tem a sensação de ter uma obstrução no intestino que não permite que as fezes avancem.
- Fezes duras: por ser menos frequente, a matéria fecal se acumula por longos períodos no intestino, endurecendo pela desidratação. Isso aumenta a dificuldade da evacuação e o desconforto.
- Esvaziamento incompleto: uma vez que a defecação esteja completa, a pessoa constipada fica sentindo que não foi capaz de expulsar tudo. Em geral, esse sentimento é real, e mesmo que ela tenha defecado, pode não ter expulsado completamente o acúmulo de matéria presente em seu intestino.
Não deixe de ler: 7 maneiras de aumentar o consumo de fibras para tratar a constipação
Causas da prisão de ventre
São várias as causas por trás da constipação. Aqui estão algumas delas:
- Dieta: possivelmente, esta é a principal causa de constipações agudas e crônicas. Uma dieta que não seja rica em fibras retarda o trânsito intestinal causando prisão de ventre. O baixo consumo de frutas e hortaliças está por trás dessa causa.
- Uso de medicamentos: algumas drogas têm o efeito adverso da prisão de ventre. É comum uma série de antidepressivos causarem isso, por exemplo. Em geral, o médico que as prescreve recomenda ao paciente modificar sua dieta para neutralizar esse efeito adverso.
- Hipomotilidade: há pessoas que têm um intestino preguiçoso, com menos movimento do que deveriam. É uma condição que vem desde o nascimento e retarda o processo de digestão, atrasando a evacuação.
- Doenças gerais e sistêmicas: patologias como diabetes e hipotireoidismo estão associadas à prisão de ventre. Não se trata de uma causa direta e o problema não costuma ser crônico. No entanto, o sintoma pode se desenvolver diante dos desequilíbrios causados pela doença.
- Gestação: Mulheres grávidas costumam ter prisão de ventre. O mecanismo é explicado pelo aumento do tamanho do útero, que pressiona os intestinos e dificulta o trânsito das fezes.
- Tumores intestinais: a causa mais grave de prisão de ventre é um processo de câncer no tubo intestinal. O câncer de cólon é um dos mais prevalentes, e pode iniciar seus sintomas com uma simples prisão de ventre.
- Doenças neurológicas: patologias que afetam a condução nervosa também levam à constipação, como o mal de Parkinson e a esclerose múltipla.
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Complicações da constipação
Além do desconforto para a pessoa constipada, a persistência do sintoma ao longo do tempo pode levar a outras situações indesejadas. As complicações mais comuns da prisão de ventre são:
- Hemorroidas: tendo que fazer esforços excessivos para evacuar, as veias do reto e do ânus aumentam sua pressão. Isso as dilata e elas se transformam em hemorroidas, que podem ser dolorosas e sangrar.
- Fissura anal: ao defecar fezes duras, a sua passagem pelo ânus causa feridas, incluindo a ruptura do anel de pele naquela área.
- Prolapso retal: também pelo excesso de esforço, parte do intestino retal pode vir para fora. Isso é chamado de prolapso e aumenta o risco de infecções na região anal, expondo uma mucosa ao ambiente.
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- Cofré, Pamela, et al. “Manejo de la constipación crónica del adulto: actualización.” Revista médica de Chile 136.4 (2008): 507-516.
- Correa, Marta, and Juan R. Márquez. “Enfoque del paciente con constipación.” Rev Colomb Gastroentrol 18.3 (2003): 168-175.
- Torres, Alejandra, and Mónica González. “Constipación crónica.” Revista chilena de pediatría 86.4 (2015): 299-304.
- Forootan, M., Bagheri, N., & Darvishi, M. (2018). Chronic constipation: A review of literature. Medicine, 97(20), e10631. https://doi.org/10.1097/MD.0000000000010631
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