Tratar o herpes pode reduzir o risco de Alzheimer e depressão
Escrito e verificado por a neurocientista Raquel Marín
Tratar o herpes pode reduzir precocemente o risco de doenças como Alzheimer e depressão? De acordo com os resultados de um estudo recente, parece que sim. Agora, o que isso significa? Vamos ver com mais detalhes abaixo.
Muitas pessoas sofrem esporadicamente de infecções pelo vírus do herpes, especialmente na região dos lábios e membranas mucosas. Também é possível que a infecção ocorra devido a alterações no clima, exposição solar, contato com alguns alimentos irritantes, fadiga, estresse ou alterações hormonais (no caso das mulheres).
A importância de detectar e tratar doenças a tempo sempre foi destacada, mas agora, parece que tratar o herpes é ainda mais importante, uma vez que recentemente foram divulgados dados que despertaram, além de surpresa, um grande interesse.
Há evidências de que há uma certa ligação entre o vírus do herpes e o risco de depressão e Alzheimer. Tratar o herpes seria, portanto, crucial para a prevenção dessas doenças.
O vírus do herpes se instala e permanece
Os herpes humanos são uma ampla família de vírus altamente infecciosos. Uma vez que infectam as células, permanecem abrigados em estado letal e, dependendo de circunstâncias favoráveis (fadiga, estresse, fraqueza), provocam surtos de infecção.
Os surtos desses vírus geralmente causam infecções na pele e membranas mucosas (herpes labial e genital). No entanto, outros estudos indicaram que as células cerebrais também podem ser infectadas com esses vírus. Uma vez no sangue, esses microrganismos patogênicos podem chegar ao cérebro e se estabelecer em suas células, podendo ser reativados no futuro, conforme o organismo envelhece.
Alguns aspectos importantes
Devemos nos lembrar de que os vírus do herpes simples (tipo 1 e 2) muitas vezes causam recaídas ou infecções recorrentes e afetam a pele, boca, lábios, olhos e a região genital.
O herpes labial costuma representar uma recorrência do HSV (herpes simplex virus). A doença se desenvolve com úlceras nos lábios e, com menos frequência, elas são identificadas na mucosa do palato duro.
O Manual MSD explica que as infecções mais graves e mais comuns são: encefalite, meningite, herpes neonatal e, em pacientes imunodeficientes, infecção generalizada.
Com isso em mente, podemos passar a responder a seguinte pergunta: os vírus do herpes seriam responsáveis pelos casos de Alzheimer?
Você pode se interessar: Herpes em crianças: confira 6 remédios naturais
O herpes e o Alzheimer estão relacionados?
Alguns artigos que têm pesquisado essa questão descobriram que o vírus do herpes gera inflamação (neuroinflamação) quando está no cérebro, um dos fatores de risco para o Alzheimer. O agrupamento desses vírus no cérebro poderia contribuir para a geração de placas senis, que são comuns no cérebro de pessoas com Alzheimer.
Para entender melhor a relevância dos vírus do herpes em doenças cerebrais, um estudo foi realizado na população de Taiwan. Ao fazê-lo, eles descobriram que os tratamentos com drogas antivirais (quando houve surtos de herpes) reduziram o risco de demência senil em até 50% no futuro. Além disso, a proteção contra o risco de demência foi maior quanto maior o período de tratamento (mais de 30 dias).
Isso abre as portas para novas pesquisas que poderiam revelar fatos muito interessantes que, por sua vez, melhorariam o tratamento do Alzheimer.
Descubra também: Tipos de demência que não são Alzheimer
O vírus do herpes e o humor
Pesquisas também sugerem que o vírus do herpes pode ter uma relação com a depressão, um dos transtornos do humor mais comuns.
Outro aspecto interessante que tem sido estudado é o efeito das infecções pelo vírus do herpes em doenças como depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia. Nesse sentido, análises post-mortem do sistema nervoso de pessoas que sofreram dessas doenças identificaram o vírus herpes com mais frequência do que no cérebro de pessoas que não tinham tido essas doenças.
Portanto, o tratamento com medicamentos antivirais é proposto como prevenção das doenças cerebrais. A definição das doses, do tipo de medicamento e do regime de tratamento ainda requerem mais pesquisas.
Tratar o herpes para prevenir o Alzheimer e a depressão?
Tratar o herpes pode nunca ter sido tão importante quanto agora. Isso nos leva a refletir sobre uma série de questões, incluindo o valor de seguir as instruções do médico e de agendar uma consulta em caso de desconforto ou preocupação.
Tratar o herpes pode reduzir precocemente o risco de doenças como Alzheimer e depressão? De acordo com os resultados de um estudo recente, parece que sim. Agora, o que isso significa? Vamos ver com mais detalhes abaixo.
Muitas pessoas sofrem esporadicamente de infecções pelo vírus do herpes, especialmente na região dos lábios e membranas mucosas. Também é possível que a infecção ocorra devido a alterações no clima, exposição solar, contato com alguns alimentos irritantes, fadiga, estresse ou alterações hormonais (no caso das mulheres).
A importância de detectar e tratar doenças a tempo sempre foi destacada, mas agora, parece que tratar o herpes é ainda mais importante, uma vez que recentemente foram divulgados dados que despertaram, além de surpresa, um grande interesse.
Há evidências de que há uma certa ligação entre o vírus do herpes e o risco de depressão e Alzheimer. Tratar o herpes seria, portanto, crucial para a prevenção dessas doenças.
O vírus do herpes se instala e permanece
Os herpes humanos são uma ampla família de vírus altamente infecciosos. Uma vez que infectam as células, permanecem abrigados em estado letal e, dependendo de circunstâncias favoráveis (fadiga, estresse, fraqueza), provocam surtos de infecção.
Os surtos desses vírus geralmente causam infecções na pele e membranas mucosas (herpes labial e genital). No entanto, outros estudos indicaram que as células cerebrais também podem ser infectadas com esses vírus. Uma vez no sangue, esses microrganismos patogênicos podem chegar ao cérebro e se estabelecer em suas células, podendo ser reativados no futuro, conforme o organismo envelhece.
Alguns aspectos importantes
Devemos nos lembrar de que os vírus do herpes simples (tipo 1 e 2) muitas vezes causam recaídas ou infecções recorrentes e afetam a pele, boca, lábios, olhos e a região genital.
O herpes labial costuma representar uma recorrência do HSV (herpes simplex virus). A doença se desenvolve com úlceras nos lábios e, com menos frequência, elas são identificadas na mucosa do palato duro.
O Manual MSD explica que as infecções mais graves e mais comuns são: encefalite, meningite, herpes neonatal e, em pacientes imunodeficientes, infecção generalizada.
Com isso em mente, podemos passar a responder a seguinte pergunta: os vírus do herpes seriam responsáveis pelos casos de Alzheimer?
Você pode se interessar: Herpes em crianças: confira 6 remédios naturais
O herpes e o Alzheimer estão relacionados?
Alguns artigos que têm pesquisado essa questão descobriram que o vírus do herpes gera inflamação (neuroinflamação) quando está no cérebro, um dos fatores de risco para o Alzheimer. O agrupamento desses vírus no cérebro poderia contribuir para a geração de placas senis, que são comuns no cérebro de pessoas com Alzheimer.
Para entender melhor a relevância dos vírus do herpes em doenças cerebrais, um estudo foi realizado na população de Taiwan. Ao fazê-lo, eles descobriram que os tratamentos com drogas antivirais (quando houve surtos de herpes) reduziram o risco de demência senil em até 50% no futuro. Além disso, a proteção contra o risco de demência foi maior quanto maior o período de tratamento (mais de 30 dias).
Isso abre as portas para novas pesquisas que poderiam revelar fatos muito interessantes que, por sua vez, melhorariam o tratamento do Alzheimer.
Descubra também: Tipos de demência que não são Alzheimer
O vírus do herpes e o humor
Pesquisas também sugerem que o vírus do herpes pode ter uma relação com a depressão, um dos transtornos do humor mais comuns.
Outro aspecto interessante que tem sido estudado é o efeito das infecções pelo vírus do herpes em doenças como depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia. Nesse sentido, análises post-mortem do sistema nervoso de pessoas que sofreram dessas doenças identificaram o vírus herpes com mais frequência do que no cérebro de pessoas que não tinham tido essas doenças.
Portanto, o tratamento com medicamentos antivirais é proposto como prevenção das doenças cerebrais. A definição das doses, do tipo de medicamento e do regime de tratamento ainda requerem mais pesquisas.
Tratar o herpes para prevenir o Alzheimer e a depressão?
Tratar o herpes pode nunca ter sido tão importante quanto agora. Isso nos leva a refletir sobre uma série de questões, incluindo o valor de seguir as instruções do médico e de agendar uma consulta em caso de desconforto ou preocupação.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Itzhaki R. F. (2018). Corroboration of a Major Role for Herpes Simplex Virus Type 1 in Alzheimer’s Disease. Frontiers in aging neuroscience, 10, 324. https://doi.org/10.3389/fnagi.2018.00324
- Iqbal, U. H., Zeng, E., & Pasinetti, G. M. (2020). The Use of Antimicrobial and Antiviral Drugs in Alzheimer’s Disease. International journal of molecular sciences, 21(14), 4920. https://doi.org/10.3390/ijms21144920
- Medicamentos para la enfermedad de alzheimer. Retrieved from http://www.nia.nih.gov/espanol/medicamentos-enfermedad-alzheimer
-
Prusty, B. K., Gulve, N., Govind, S., Krueger, G. R. F., Feichtinger, J., Larcombe, L., . . . Toro, C. T. (2018). Active HHV-6 infection of cerebellar purkinje cells in mood disorders. Frontiers in Microbiology, 9 doi:10.3389/fmicb.2018.01955
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.