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Por trás de toda criança difícil há uma emoção que ela não sabe expressar

5 minutos
Visto que, por sua insegurança, a criança difícil busca se sentir reconhecida em cada ação que empreende, é importante oferecer a ela estratégias emocionais para que deixe de precisar deste reforço externo constante.
Por trás de toda criança difícil há uma emoção que ela não sabe expressar
Última atualização: 09 maio, 2021

Por trás de toda criança difícil se esconde um caos emocional revestido de ira e até de desobediência, que nunca é fácil de abordar por parte dos pais ou professores.

Em algumas ocasiões, é mais simples recorrer ao castigo ou às palavras em tons mais fortes, que somente conseguem intensificar ainda mais as emoções negativas, sua frustração e até a sua baixa autoestima.

Nunca poderemos saber por que algumas crianças vêm ao mundo com uma personalidade mais complexa do que outras. No entanto, longe de buscar uma razão para a personalidade difícil de nossas crianças, devemos entender, simplesmente, que há pessoas que têm mais necessidades, que precisam de mais atenção. Convidamos a todos a refletir sobre isso.

A criança difícil, a criança exigente

A criança difícil não escuta, não obedece e costuma reagir de forma desmedida a certas situações. Tudo isso faz com que mergulhemos em um círculo de sofrimento onde o vínculo com esta criança vai sendo carregado de tensões, ansiedade e muitas lágrimas.

Algo que muitos pais e muitas mães costumam fazer é se perguntar por quê? Sou um pai ruim? Estou fazendo algo errado? Antes de cair nestes estados de abatimento nos quais iremos alimentar ainda mais a frustração, vale a pena colocar em prática estas estratégias.

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Assumir que temos um filho mais exigente

Há crianças que crescem sozinhas, que quase sem sabermos o porquê são mais maduras, receptivas e obedientes, ao mesmo tempo em que são independentes.

  • Por outro lado, é possível que algum dos irmãos desta mesma criança mostre já desde os primeiros meses de vida mais necessidades, e demande mais atenção. São bebês que choram mais do que o normal, que dormem pouco e que vão do riso ao pranto em poucos segundos.
  • Tudo isso deve nos fazer entender que há crianças “superexigentes”. Elas precisam de mais reforços, mais apoio, palavras e segurança.
  • Longe de nos culparmos por termos “feito algo errado”, devemos entender que o estilo de criação nem sempre é o responsável por moldar uma criança difícil.

No entanto, é nossa responsabilidade saber dar uma resposta a esta criança exigente e isso requer paciência, esforços e muito carinho.

O mundo emocional da criança difícil

Se para os adultos já é difícil poder compreender e controlar nossas emoções, para uma criança exigente isso será ainda mais complicado. Por isso, vale a pena levar em conta primeiro quais necessidades básicas uma criança difícil tem.

  • A criança difícil busca se sentir reconhecida em cada coisa que faz. São crianças inseguras que precisam de reforços com muita frequência. Quando não os encontram ou não os recebem, elas se frustram e se sentem incompreendidas.
  • Sua baixa autoestima faz com que elas sintam ciúmes, com que busquem chamar a nossa atenção para se sentirem bem, com que sintam de forma mais intensa emoções como medo e a solidão.
  • Conforme vão crescendo, a sensação de insegurança pessoal e de falta de reconhecimento se traduz em ira e em reações desproporcionais quando, no fundo, o que existe é apenas medo, tristeza e angústia.
  • É necessário canalizar estas emoções e oferecer estratégias para que a criança deixe de precisar de tantos reforços externos para se sentir bem. Ela deve ser capaz de controlar seu próprio mundo emocional com a nossa ajuda.

Chaves para ajudar uma criança difícil

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O papel dos pais deve ser superior ao dos filhos com acessos de raiva para não agravar o problema.

O poder do reforço positivo

Muitos pais e muitas mães não aceitam ou entendem o reforço positivo. No entanto, é necessário ressaltar alguns aspectos sobre esta estratégia educativa.

  • O reforço positivo não consiste em dar um abraço quando uma criança faz algo que não deve. É mais que isso: trata-se de não fazer uso do castigo ou do grito porque, então, iremos produzir uma reação ainda mais negativa na criança.
  • Devemos nos aproximar da criança para perguntar a ela por que fez o que fez. Com calma, iremos explicar que o ato cometido não é correto, e iremos explicar também o porquê. A seguir, iremos indicar como devemos agir nesta situação.
  • Por último, iremos fazer uso do reforço positivo: “eu confio em você”, “eu sei que você pode fazer melhor do que isso”, “eu te apoio, te amo e espero o melhor de você, não me decepcione”.

Oferecer confiança, dar responsabilidades e estabelecer limites

A criança deve entender desde muito cedo que todos temos limites, e que para ter direitos é preciso cumprir com algumas obrigações. Se os adultos precisam fazer isso, não seria diferente com as crianças.

Recomendamos a leitura: As crianças precisam dos seus abraços para se sentirem parte do mundo

  • É necessário que a criança se acostume a alguns hábitos, a uma rotina e que saiba o que pode esperar de cada momento. As crianças exigentes precisam de segurança e, se a educarmos em ambientes muito estruturados onde o reforço positivo esteja presente, iremos ajudá-la a se sentir mais tranquila.
  • Dê a ela confiança, convença-a de que ela é capaz de fazer muitas coisas, incentive-a a ter responsabilidades com as quais poderá aumentar a sua autoestima.

A importância da inteligência emocional

A inteligência emocional deve estar presente na criação de todas as crianças. É necessário ajudá-la a identificar suas emoções e traduzir em palavras o que ela sente.

Leia também: 5 sinais de maturidade emocional

Desde muito pequenos iremos habituá-los a esta comunicação emocional falando sobre “o que se sente”. Elas precisam saber expressar esta tristeza, a raiva e o medo. Deste modo ela poderá fazer uso do desabafo emocional mas, para isso, devemos mostrar a elas confiança e proximidade. Jamais as julgue pelo que dizem, e nem ria delas. É necessário ser receptivo e propiciar sempre um diálogo fluido, divertido e cúmplice.

Por trás de toda criança difícil se esconde um caos emocional revestido de ira e até de desobediência, que nunca é fácil de abordar por parte dos pais ou professores.

Em algumas ocasiões, é mais simples recorrer ao castigo ou às palavras em tons mais fortes, que somente conseguem intensificar ainda mais as emoções negativas, sua frustração e até a sua baixa autoestima.

Nunca poderemos saber por que algumas crianças vêm ao mundo com uma personalidade mais complexa do que outras. No entanto, longe de buscar uma razão para a personalidade difícil de nossas crianças, devemos entender, simplesmente, que há pessoas que têm mais necessidades, que precisam de mais atenção. Convidamos a todos a refletir sobre isso.

A criança difícil, a criança exigente

A criança difícil não escuta, não obedece e costuma reagir de forma desmedida a certas situações. Tudo isso faz com que mergulhemos em um círculo de sofrimento onde o vínculo com esta criança vai sendo carregado de tensões, ansiedade e muitas lágrimas.

Algo que muitos pais e muitas mães costumam fazer é se perguntar por quê? Sou um pai ruim? Estou fazendo algo errado? Antes de cair nestes estados de abatimento nos quais iremos alimentar ainda mais a frustração, vale a pena colocar em prática estas estratégias.

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Assumir que temos um filho mais exigente

Há crianças que crescem sozinhas, que quase sem sabermos o porquê são mais maduras, receptivas e obedientes, ao mesmo tempo em que são independentes.

  • Por outro lado, é possível que algum dos irmãos desta mesma criança mostre já desde os primeiros meses de vida mais necessidades, e demande mais atenção. São bebês que choram mais do que o normal, que dormem pouco e que vão do riso ao pranto em poucos segundos.
  • Tudo isso deve nos fazer entender que há crianças “superexigentes”. Elas precisam de mais reforços, mais apoio, palavras e segurança.
  • Longe de nos culparmos por termos “feito algo errado”, devemos entender que o estilo de criação nem sempre é o responsável por moldar uma criança difícil.

No entanto, é nossa responsabilidade saber dar uma resposta a esta criança exigente e isso requer paciência, esforços e muito carinho.

O mundo emocional da criança difícil

Se para os adultos já é difícil poder compreender e controlar nossas emoções, para uma criança exigente isso será ainda mais complicado. Por isso, vale a pena levar em conta primeiro quais necessidades básicas uma criança difícil tem.

  • A criança difícil busca se sentir reconhecida em cada coisa que faz. São crianças inseguras que precisam de reforços com muita frequência. Quando não os encontram ou não os recebem, elas se frustram e se sentem incompreendidas.
  • Sua baixa autoestima faz com que elas sintam ciúmes, com que busquem chamar a nossa atenção para se sentirem bem, com que sintam de forma mais intensa emoções como medo e a solidão.
  • Conforme vão crescendo, a sensação de insegurança pessoal e de falta de reconhecimento se traduz em ira e em reações desproporcionais quando, no fundo, o que existe é apenas medo, tristeza e angústia.
  • É necessário canalizar estas emoções e oferecer estratégias para que a criança deixe de precisar de tantos reforços externos para se sentir bem. Ela deve ser capaz de controlar seu próprio mundo emocional com a nossa ajuda.

Chaves para ajudar uma criança difícil

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O papel dos pais deve ser superior ao dos filhos com acessos de raiva para não agravar o problema.

O poder do reforço positivo

Muitos pais e muitas mães não aceitam ou entendem o reforço positivo. No entanto, é necessário ressaltar alguns aspectos sobre esta estratégia educativa.

  • O reforço positivo não consiste em dar um abraço quando uma criança faz algo que não deve. É mais que isso: trata-se de não fazer uso do castigo ou do grito porque, então, iremos produzir uma reação ainda mais negativa na criança.
  • Devemos nos aproximar da criança para perguntar a ela por que fez o que fez. Com calma, iremos explicar que o ato cometido não é correto, e iremos explicar também o porquê. A seguir, iremos indicar como devemos agir nesta situação.
  • Por último, iremos fazer uso do reforço positivo: “eu confio em você”, “eu sei que você pode fazer melhor do que isso”, “eu te apoio, te amo e espero o melhor de você, não me decepcione”.

Oferecer confiança, dar responsabilidades e estabelecer limites

A criança deve entender desde muito cedo que todos temos limites, e que para ter direitos é preciso cumprir com algumas obrigações. Se os adultos precisam fazer isso, não seria diferente com as crianças.

Recomendamos a leitura: As crianças precisam dos seus abraços para se sentirem parte do mundo

  • É necessário que a criança se acostume a alguns hábitos, a uma rotina e que saiba o que pode esperar de cada momento. As crianças exigentes precisam de segurança e, se a educarmos em ambientes muito estruturados onde o reforço positivo esteja presente, iremos ajudá-la a se sentir mais tranquila.
  • Dê a ela confiança, convença-a de que ela é capaz de fazer muitas coisas, incentive-a a ter responsabilidades com as quais poderá aumentar a sua autoestima.

A importância da inteligência emocional

A inteligência emocional deve estar presente na criação de todas as crianças. É necessário ajudá-la a identificar suas emoções e traduzir em palavras o que ela sente.

Leia também: 5 sinais de maturidade emocional

Desde muito pequenos iremos habituá-los a esta comunicação emocional falando sobre “o que se sente”. Elas precisam saber expressar esta tristeza, a raiva e o medo. Deste modo ela poderá fazer uso do desabafo emocional mas, para isso, devemos mostrar a elas confiança e proximidade. Jamais as julgue pelo que dizem, e nem ria delas. É necessário ser receptivo e propiciar sempre um diálogo fluido, divertido e cúmplice.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Fernández-Castillo, A., & López-Naranjo, I. (2006). Transmisión de emociones, miedo y estrés infantil por hospitalización. International Journal of Clinical and Health Psychology. https://doi.org/10.1590/S0102-053620150000100001
  • Lantieri, L. (2010). Las emociones van a la Escuela. National Geographic, Monográfico Cerebro y Emociones.
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  • Sanders, W., Zeman, J., Poon, J., & Miller, R. (2015). Child regulation of negative emotions and depressive symptoms: The moderating role of parental emotion socialization. Journal of Child and Family Studies, 24(2), 402-415.

 


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