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9 tipos de sinestesia e suas características

4 minutos
A sinestesia é formada por conexões involuntárias entre os sentidos. No entanto, esse não é um fenômeno patológico.
9 tipos de sinestesia e suas características
Última atualização: 03 maio, 2022

Embora estejamos acostumados a pensar que o tato apenas se trata de nos permitir experimentar sensações superficiais ou que o sentido da audição apenas nos possibilita ouvir sons, existe um fenômeno curioso chamado sinestesia, que possui diferentes tipos.

A sinestesia conecta diferentes estímulos e reverbera ou multiplica seus efeitos de maneiras diferentes das que esperaríamos. Por exemplo, perceber sabores em sons. Vejamos do que se trata esse curioso fenômeno de percepção.

O que é a sinestesia?

A sinestesia é um fenômeno de percepção através do qual percebemos o mesmo estímulo através de dois (ou mais) sentidos. Trata-se da união dos sentidos, como sua etimologia remete.

A particularidade da sinestesia é que essa percepção acontece por canais ou vias que não são as correspondentes. Ou seja, um som pela via visual ou toque pela via auditiva. Isso é possível? Sim. Vejamos um exemplo.

A sinestesia ocorre quando, além de ouvirmos certos sons, também percebemos cores ao mesmo tempo. Se uma pessoa diz quando ouço esta melodia, o que me vem à mente é um degradê de cor azul”, então há sinestesia. Outro exemplo seria perceber um símbolo com uma cor, como associar que a letra W é violeta.

Esta junção dos sentidos provoca muito interesse, de forma que procura-se determinar sua origem. Em linhas gerais, os estudos concordam que a influência dos genes é um fator determinante.

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Parece que a genética desempenha um papel predominante na gênese da sinestesia, de forma que essa pode ser uma alteração congênita.

Também pode te interessar: Guia passo a passo para fazer um livro sensorial em casa

9 tipos de sinestesia e suas características

Alguns dos tipos de sinestesia que existem são os seguintes:

  1. Grafema-cor: corresponde ao exemplo já apresentado: é pensar em uma letra ou símbolo associado a uma cor. Por exemplo, o E é azul. O poema de Arthur Rimbaud chamado Vogais é considerado um clássico desse tipo de sinestesia.
  2. Cromestesia: se refere à associação sensorial entre cores e sons, ou seja, uma cor evoca um som ou vice-versa. Por exemplo, pense na cor branca como monótona e suave, enquanto o vermelho soaria como uma explosão. Segundo pesquisas, essa é uma das sinestesias mais frequentes.
  3. Sinestesia espelho-toque: ocorre quando vemos que alguém está tocando uma superfície e sentimos como se fôssemos tocar nela. Por exemplo, ver alguém tocar uma superfície áspera e sentir a sensação rugosa. Neste caso falamos da intervenção dos neurônios-espelho.
  4. Personificação: consiste em atribuir características ou qualidades a um símbolo ou número. Por exemplo, dizer que a letra R é caprichosa ou que o número 1 é ágil e leve.
  5. Léxico-gustativa: é um fenômeno de sinestesia que consiste em atribuir um certo sabor às letras, à cor ou às palavras. Por exemplo, pensar que a cor rosa tem gosto de chiclete ou morango.
  6. Auditiva-tátil: é o fato de experimentar as sensações de um som de forma tátil. Por exemplo, se alguém está arranhando uma superfície a pessoa sente um calafrio nos dentes. Ou ouvir uma música triste e sentir frio.
  7. Espaço-tempo: é um tipo muito raro de sinestesia, pois leva a perceber o tempo como se fosse uma unidade física.
  8. Ver palavras na linguagem falada: é como se estivéssemos legendando uma conversa. Assim, se a pessoa enfatizar a palavra “desculpe”, podemos vê-la escrita em letras maiúsculas.
  9. Números com formas: este é um dos tipos de sinestesia que nos leva a associar certas formas a números. Por exemplo, pense no 2 como dois triângulos ou no 5 como um quadrado.

Também pode te interessar: Qual é a influência das cores nas pessoas?

Como as sinestesias afetam a vida cotidiana?

Em primeiro lugar, as pessoas que têm sinestesia não são capazes de pensar sobre esse fenômeno dessa maneira; é algo que passa despercebido. Acontece com elas e pronto.

Por outro lado, estima-se que ela não seja comum e que nem toda a população a manifeste. Entre 1% e 4% das pessoas experimentam algum tipo de sinestesia globalmente.

No entanto, não existe uma posição científica uniforme. Há quem afirme que todos a experimentam, embora nem todos tenham o mesmo tipo de sinestesia. No entanto, vale esclarecer que isso não é um transtorno ou algo para se preocupar.

Embora o assunto não seja conhecido em profundidade, é considerado produto da complexa máquina cerebral, que ainda guarda muitas descobertas a serem feitas. Da mesma forma, a hipótese explicativa afirma que como neurônios estão conectados entre si, às vezes ocorrem interferências entre eles.

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A explicação para o fenômeno da sinestesia pode estar nas conexões neuronais.

Sinestesia: uma mistura de sensações

Embora a sinestesia seja apresentada como um fenômeno curioso, no qual determinados estímulos transcendem a via usual de experimentação, ela nos permite pensar em duas conclusões. Por um lado, há a riqueza e a diversidade de nossas experiências perceptivas, ou seja, existe um enorme potencial nos sentidos para imaginar, criar e experimentar.

Por outro lado, reforça-se o fato de existirem diferentes formas de viver um acontecimento. Portanto, não existe uma verdade universal sobre o assunto, e todas as experiências e teorias a respeito podem ser igualmente válidas.

Embora estejamos acostumados a pensar que o tato apenas se trata de nos permitir experimentar sensações superficiais ou que o sentido da audição apenas nos possibilita ouvir sons, existe um fenômeno curioso chamado sinestesia, que possui diferentes tipos.

A sinestesia conecta diferentes estímulos e reverbera ou multiplica seus efeitos de maneiras diferentes das que esperaríamos. Por exemplo, perceber sabores em sons. Vejamos do que se trata esse curioso fenômeno de percepção.

O que é a sinestesia?

A sinestesia é um fenômeno de percepção através do qual percebemos o mesmo estímulo através de dois (ou mais) sentidos. Trata-se da união dos sentidos, como sua etimologia remete.

A particularidade da sinestesia é que essa percepção acontece por canais ou vias que não são as correspondentes. Ou seja, um som pela via visual ou toque pela via auditiva. Isso é possível? Sim. Vejamos um exemplo.

A sinestesia ocorre quando, além de ouvirmos certos sons, também percebemos cores ao mesmo tempo. Se uma pessoa diz quando ouço esta melodia, o que me vem à mente é um degradê de cor azul”, então há sinestesia. Outro exemplo seria perceber um símbolo com uma cor, como associar que a letra W é violeta.

Esta junção dos sentidos provoca muito interesse, de forma que procura-se determinar sua origem. Em linhas gerais, os estudos concordam que a influência dos genes é um fator determinante.

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Parece que a genética desempenha um papel predominante na gênese da sinestesia, de forma que essa pode ser uma alteração congênita.

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9 tipos de sinestesia e suas características

Alguns dos tipos de sinestesia que existem são os seguintes:

  1. Grafema-cor: corresponde ao exemplo já apresentado: é pensar em uma letra ou símbolo associado a uma cor. Por exemplo, o E é azul. O poema de Arthur Rimbaud chamado Vogais é considerado um clássico desse tipo de sinestesia.
  2. Cromestesia: se refere à associação sensorial entre cores e sons, ou seja, uma cor evoca um som ou vice-versa. Por exemplo, pense na cor branca como monótona e suave, enquanto o vermelho soaria como uma explosão. Segundo pesquisas, essa é uma das sinestesias mais frequentes.
  3. Sinestesia espelho-toque: ocorre quando vemos que alguém está tocando uma superfície e sentimos como se fôssemos tocar nela. Por exemplo, ver alguém tocar uma superfície áspera e sentir a sensação rugosa. Neste caso falamos da intervenção dos neurônios-espelho.
  4. Personificação: consiste em atribuir características ou qualidades a um símbolo ou número. Por exemplo, dizer que a letra R é caprichosa ou que o número 1 é ágil e leve.
  5. Léxico-gustativa: é um fenômeno de sinestesia que consiste em atribuir um certo sabor às letras, à cor ou às palavras. Por exemplo, pensar que a cor rosa tem gosto de chiclete ou morango.
  6. Auditiva-tátil: é o fato de experimentar as sensações de um som de forma tátil. Por exemplo, se alguém está arranhando uma superfície a pessoa sente um calafrio nos dentes. Ou ouvir uma música triste e sentir frio.
  7. Espaço-tempo: é um tipo muito raro de sinestesia, pois leva a perceber o tempo como se fosse uma unidade física.
  8. Ver palavras na linguagem falada: é como se estivéssemos legendando uma conversa. Assim, se a pessoa enfatizar a palavra “desculpe”, podemos vê-la escrita em letras maiúsculas.
  9. Números com formas: este é um dos tipos de sinestesia que nos leva a associar certas formas a números. Por exemplo, pense no 2 como dois triângulos ou no 5 como um quadrado.

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Como as sinestesias afetam a vida cotidiana?

Em primeiro lugar, as pessoas que têm sinestesia não são capazes de pensar sobre esse fenômeno dessa maneira; é algo que passa despercebido. Acontece com elas e pronto.

Por outro lado, estima-se que ela não seja comum e que nem toda a população a manifeste. Entre 1% e 4% das pessoas experimentam algum tipo de sinestesia globalmente.

No entanto, não existe uma posição científica uniforme. Há quem afirme que todos a experimentam, embora nem todos tenham o mesmo tipo de sinestesia. No entanto, vale esclarecer que isso não é um transtorno ou algo para se preocupar.

Embora o assunto não seja conhecido em profundidade, é considerado produto da complexa máquina cerebral, que ainda guarda muitas descobertas a serem feitas. Da mesma forma, a hipótese explicativa afirma que como neurônios estão conectados entre si, às vezes ocorrem interferências entre eles.

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A explicação para o fenômeno da sinestesia pode estar nas conexões neuronais.

Sinestesia: uma mistura de sensações

Embora a sinestesia seja apresentada como um fenômeno curioso, no qual determinados estímulos transcendem a via usual de experimentação, ela nos permite pensar em duas conclusões. Por um lado, há a riqueza e a diversidade de nossas experiências perceptivas, ou seja, existe um enorme potencial nos sentidos para imaginar, criar e experimentar.

Por outro lado, reforça-se o fato de existirem diferentes formas de viver um acontecimento. Portanto, não existe uma verdade universal sobre o assunto, e todas as experiências e teorias a respeito podem ser igualmente válidas.


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  • Figueroa Mondaca, Pablo. (2019). La sinestesia, una condición biológica y la subjetividad del conocimiento humano.
  • Patiño-Cuervo, D., Suárez, M. T., & Patiño-Cuervo, O. (2021). Sinestesia y matemáticas: un modo de vida entre representaciones. Praxis & Saber, 12(30), e12603. https://doi.org/10.19053/22160159.v12.n30.2021.12603

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