Conheça os tipos de psoríase

Apesar de não ser uma condição perigosa, a psoríase é uma doença hereditária que, no caso de se apresentarem feridas muito chamativas, pode chegar a afetar a nossa autoestima
Conheça os tipos de psoríase
José Gerardo Rosciano Paganelli

Revisado e aprovado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli.

Escrito por Okairy Zuñiga

Última atualização: 20 dezembro, 2022

A psoríase é uma doença crônica de pele que normalmente provoca manchas vermelhas que causam coceira. Essas manchas possuem escamas que variam sua coloração entre branca e tons prateados, dependendo da gravidade da condição. Você conhece os tipos de psoríase? Confira.

O que é a psoríase?

Esta condição autoimune faz com que os glóbulos brancos trabalhem muito rápido.

Graças a isso, as camadas da pele se regeneram em uma maior velocidade do que nos ciclos normais de regeneração celular, portanto a pele fica exposta a lesões que tendem a causar coceira e irritação.

A boa notícia é que esta doença geralmente é hereditária e é mais comum em homens do que em mulheres. Por isso, se você não tem antecedentes em sua família, pode ficar tranquila, já que as possibilidades de contraí-la são mínimas.

A psoríase normalmente é causada pelo esgotamento físico e psicológico que deixa sobre muito estresse o corpo e a mente.

Assim, um estilo de vida inadequado, problemas no trabalho ou problemas pessoais podem agir como desencadeadores, se você tem que lidar com eles por um tempo prolongado.

Quais são os tipos de psoríase existentes?

Existem vários tipos de psoríase conhecidos. Mas, para que você possa fazer um tratamento adequado, é importante conhecer o tipo que você está padecendo.

Psoríase em placa

Psoríase em placa

Este é um dos tipos de psoríase mais comuns que se conhece e caracteriza-se por produzir excessiva placa na pele. Geralmente aparece com maior frequência nos joelhos, cotovelos, rosto, orelhas e nas costas.

Inicia como um erupção regular, mas que não desaparece com cremes. As erupções mudam para uma cor avermelhada, com uma textura escamosa e com manchas na pele que possuem bordas definidas.

A psoríase em placa produz muita coceira e, em alguns casos, pode haver sangramento devido ao ressecamento ou à coceira excessiva.

No caso de começar a afetar seu couro cabeludo, aparecem escamas de cor branca como a caspa.

No caso das unhas, essas começam a descascarem e, em alguns casos, desprendem-se.

Psoríase gutata

Psoríase gutata

Geralmente produz pequenas manchas vermelhas tanto no tronco como nas extremidades, mas não cobrem uma grande área.

Em poucos casos, pode afetar as orelhas, o rosto e o couro cabeludo. É mais comum em pessoas com menos de 30 anos.

Provoca lesões que não são tão grossas como as provocadas pela psoríase em placa.

As pessoas que são portadoras do estreptococo ou têm possibilidades de herdar a psoríase, normalmente a desenvolvem quando se expõem a climas frios que ressecam a pele.

Psoríase pustulosa

Este tipo de psoríase afeta principalmente os adultos e caracteriza-se por formas bolhas brancos com pus não infeccioso, acompanha-se de vermelhidão da pele que as rodeia.

A pele normalmente fica vermelha  antes da formação das bolhas e costumam estar acompanhadas de coceira e dor na zona afetada.

Psoríase  eritrodérmica

É considerada uma das formas mais perigosas de psoríase devido ao fato de cobrir grande parte da superfície da pele com manchas vermelhinhas e coexiste com a psoríase pustulosa.

É mais comum em pessoas que sofrem de psoríase em placa instável, onde as lesões não têm um tempo definido de duração.

Psoríase inversa

É comum em dobras, tais como a axila, virilha e sob os seios. É particularmente incômoda devido ao fato de que o suor mantém a pele sensível.

Normalmente aparece na forma de manchas grandes similares a remendos, mas sem escamas. Além disso, é fácil de notar e cobre grandes áreas nas dobras da pele.

Psoríase de unhas

Quando as unhas coçam, desenvolvem uma superfície irregular ou são arrancadas da raiz, produz-se esse tipo de psoríase. Geralmente é similar à psoríase do couro cabeludo ou à de placa.

Além disso, seus sintomas podem incluir irregularidade na superfície, lascas ou queda das unhas.

Psoríase do couro cabeludo

Esse é outro dos tipos de psoríase. Normalmente confundida com problemas graves de caspa, é desenvolvida por pessoas que tenham outro tipo de psoríase.

Assim, começa com escamas finas e termina formando escamas densas e grossas que podem se estender por todo o couro cabeludo e pelas zonas perto como pescoço, orelhas e o rosto.

Artrite psoriásica

Comum em pessoas que sofrem de outros tipos de psoríase e encontram-se em idades entre os 30 a 50 anos. Causas:

  • Inflamação
  • Dores nas articulações e ao redor dessas
  • Rigidez ou bloqueio das articulações
  • Fadiga e movimentos limitados
  • Vermelhidão dos olhos e perda de rigidez nos tendões

É muito importante que esse tipo de psoríase seja diagnosticado e tratado a tempo para que as articulações não fiquem danificadas permanentemente.

A psoríase e a depressão

A psoríase e a depressão

É comum que aquelas pessoas que sofrem de algum tipo de psoríase tenham certa tendência a mostrar sintomas de depressão.

Isto se deve ao aspecto pouco atrativo das lesões, pois geralmente atraem, de forma negativa, a atenção dos outros e pode afetar a autoestima.

Por isso, se você está lidando com qualquer tipo de psoríase, é importante que busque apoio em seus familiares e amigos para obter compaixão e carinho.

Assim, leve em consideração que se automedicar não é a solução.

Em suma, seu sistema imunológico é muito diferente do das outras pessoas e, para tratar o problema, requer-se de medicamentos adequados para o seu caso.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • López-Estebaranz, J. L., de la Cueva-Dobao, P., de la Torre Fraga, C., Galán Gutiérrez, M., González Guerra, E., Mollet Sánchez, J., & Belinchón Romero, I. (2018). manejo de la psoriasis moderada-grave en condiciones de práctica habitual en el ámbito hospitalario español. Actas Dermo-Sifiliográficas. https://doi.org/10.1016/j.ad.2018.02.015.
  • Saraceno, R., Chiricozzi, A., & Chimenti, S. (2015). Psoriasis. In European Handbook of Dermatological Treatments, Third Edition. https://doi.org/10.1007/978-3-662-45139-7_81.
  • Capon F. (2017). The Genetic Basis of Psoriasis. International journal of molecular sciences, 18(12), 2526. https://doi.org/10.3390/ijms18122526
  • Badri, T., Kumar, P., & Oakley, A. M. (2020). Plaque psoriasis. StatPearls (). Treasure Island (FL): StatPearls Publishing. Retrieved from http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK430879/
  • Saleh D, Tanner LS. Psoriasis, Guttate. In: StatPearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2020 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482498/
    Benjegerdes, K. E., Hyde, K., Kivelevitch, D., & Mansouri, B. (2016). Pustular psoriasis: pathophysiology and current treatment perspectives. Psoriasis (Auckland, N.Z.), 6, 131–144. https://doi.org/10.2147/PTT.S98954

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.