Tipos de cicatrização
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
Existem diferentes tipos de cicatrização da pele, porque nem todas as feridas são iguais. Diferentes mecanismos de produção de lesões levam a feridas mais ou menos profundas.
A pele é composta por três camadas, então é necessário saber qual delas foi afetada: epiderme, derme e hipoderme ou camada subcutânea. A epiderme é a camada mais superficial e em contato com o exterior, enquanto a hipoderme é a mais profunda, em contato com o interior do organismo.
A camada média da pele é a derme, e é capaz de causar cicatrizes patológicas quando é afetada por uma ferida profunda o suficiente para penetrá-la. A derme é um tecido altamente especializado e, portanto, o corpo tem dificuldade para alcançar a sua reparação total.
Vamos examinar primeiro como a pele reage a uma ferida para produzir a cicatrização e, depois, veremos quais tipos de cicatrizes são possíveis.
Etapas da cicatrização
Quando a pele sofre uma ferida, desencadeia uma série de fenômenos sucessivos para repará-la. A maneira como essas fases são realizadas é o que determina os tipos de cicatrização. As fases são cinco:
1. Coagulação e resposta vascular
Assim que a lesão ocorre, o sangue produz uma lavagem da ferida. Corpos estranhos são arrastados para fora do lugar para evitar infecções. Logo depois, os vasos são fechados para coagular e parar o sangramento, com a ajuda de plaquetas.
2. Inflamação
A segunda fase é inflamatória. Embora a pele fique vermelha, isso não está relacionado ao início de uma infecção. A vermelhidão da inflamação é causada pelo intenso movimento celular e aumento do fluxo sanguíneo. Um líquido inflamatório claro pode até se formar na ferida, o que também não é um sinal de infecção.
3. Granulação
Agora começa a essência do reparo. As células mais envolvidas são os fibroblastos, que viajam para o local da lesão para produzir colágeno. O colágeno é o principal componente da derme, portanto, é o que substitui o tecido perdido.
Leia também: 8 alimentos para obter colágeno através da dieta
4. Epitelização
A função final do reparo de feridas é a restauração da camada que separa o exterior do interior. A pele tem sua função de barreira graças à epiderme. A epitelização consiste, então, em formar novamente a epiderme que desapareceu através de células chamadas queratinócitos.
5. Remodelagem
Uma vez que a ferida é fechada, o corpo deve definir como será a aparência final da cicatriz. Se a ferida afetou apenas a epiderme, possivelmente haverá apenas regeneração celular e a tendência é que a cicatriz seja normal. Por outro lado, se a ferida for profunda, há uma possibilidade maior de que a cicatriz se torne patológica.
Tipos de cicatrização
As fases da cicatrização da pele são sempre as mesmas em todas as feridas, mas nem todas são iguais. É por isso que foram identificados três tipos de cicatrizes no mundo da dermatologia e da cirurgia:
Primeira intenção
Esse é o nome dado ao processo que ocorre quando a ferida é pequena, não é profunda e existe uma proximidade entre as bordas da ferida. É muito raro que deixe uma cicatriz a longo prazo.
Segunda intenção
Este é o processo de cicatrização de uma ferida mais profunda, que afetou a derme. O resultado costuma ser uma cicatriz maior do que o normal e com uma aparência mais destacada. A principal causa é a perda de substância ou a existência de uma distância muito grande entre as bordas da ferida. Quando isso acontece, a derme deve formar muitos novos tecidos no estágio de granulação, e essa é a razão da deformidade final.
Terceira intenção
Este tipo de cicatriz está associado à intervenção médica. Isso acontece quando uma segunda sutura é realizada cirurgicamente em uma já existente, ou quando enxertos dérmicos são adicionados para reparo. É uma cicatriz final guiada pela intervenção em saúde.
Quer saber mais? Então leia: Cremes naturais para atenuar as cicatrizes
Tipos de cicatrizes
Embora existam cicatrizes normais e esperadas, há também aquelas consideradas cicatrizes patológicas. Vamos ver como são classificadas pela medicina:
- Normal: é o que acontece após um processo normal. O resultado final é uma linha tênue.
- Atrófica: é a perda de substância na pele, quando há uma pequena depressão na área onde a ferida estava. É uma apresentação muito comum da acne, por exemplo.
- Hipertróficas: são cicatrizes causadas por tipos de cicatrização com produção excessiva de colágeno. A pele resultante é espessa e se sobressai acima do nível da epiderme normal. Geralmente acontece em áreas da pele com movimento constante, como o joelho.
- Queloide: é a cicatriz hipertrófica excessivamente grande. Pode coçar e até causar queimação. Geralmente se estende além dos limites iniciais da ferida que a originou.
- Contratura: é o nome dado às cicatrizes das queimaduras. O tecido cicatricial se contrai, deformando a área afetada.
Cada um desses tipos de cicatrizes, resultando em diferentes formas de cicatrização, tem uma abordagem médica. Você pode consultar um cirurgião ou dermatologista se tiver uma cicatriz que o preocupa. O profissional saberá orientá-lo a respeito da melhor abordagem para o seu caso.
Existem diferentes tipos de cicatrização da pele, porque nem todas as feridas são iguais. Diferentes mecanismos de produção de lesões levam a feridas mais ou menos profundas.
A pele é composta por três camadas, então é necessário saber qual delas foi afetada: epiderme, derme e hipoderme ou camada subcutânea. A epiderme é a camada mais superficial e em contato com o exterior, enquanto a hipoderme é a mais profunda, em contato com o interior do organismo.
A camada média da pele é a derme, e é capaz de causar cicatrizes patológicas quando é afetada por uma ferida profunda o suficiente para penetrá-la. A derme é um tecido altamente especializado e, portanto, o corpo tem dificuldade para alcançar a sua reparação total.
Vamos examinar primeiro como a pele reage a uma ferida para produzir a cicatrização e, depois, veremos quais tipos de cicatrizes são possíveis.
Etapas da cicatrização
Quando a pele sofre uma ferida, desencadeia uma série de fenômenos sucessivos para repará-la. A maneira como essas fases são realizadas é o que determina os tipos de cicatrização. As fases são cinco:
1. Coagulação e resposta vascular
Assim que a lesão ocorre, o sangue produz uma lavagem da ferida. Corpos estranhos são arrastados para fora do lugar para evitar infecções. Logo depois, os vasos são fechados para coagular e parar o sangramento, com a ajuda de plaquetas.
2. Inflamação
A segunda fase é inflamatória. Embora a pele fique vermelha, isso não está relacionado ao início de uma infecção. A vermelhidão da inflamação é causada pelo intenso movimento celular e aumento do fluxo sanguíneo. Um líquido inflamatório claro pode até se formar na ferida, o que também não é um sinal de infecção.
3. Granulação
Agora começa a essência do reparo. As células mais envolvidas são os fibroblastos, que viajam para o local da lesão para produzir colágeno. O colágeno é o principal componente da derme, portanto, é o que substitui o tecido perdido.
Leia também: 8 alimentos para obter colágeno através da dieta
4. Epitelização
A função final do reparo de feridas é a restauração da camada que separa o exterior do interior. A pele tem sua função de barreira graças à epiderme. A epitelização consiste, então, em formar novamente a epiderme que desapareceu através de células chamadas queratinócitos.
5. Remodelagem
Uma vez que a ferida é fechada, o corpo deve definir como será a aparência final da cicatriz. Se a ferida afetou apenas a epiderme, possivelmente haverá apenas regeneração celular e a tendência é que a cicatriz seja normal. Por outro lado, se a ferida for profunda, há uma possibilidade maior de que a cicatriz se torne patológica.
Tipos de cicatrização
As fases da cicatrização da pele são sempre as mesmas em todas as feridas, mas nem todas são iguais. É por isso que foram identificados três tipos de cicatrizes no mundo da dermatologia e da cirurgia:
Primeira intenção
Esse é o nome dado ao processo que ocorre quando a ferida é pequena, não é profunda e existe uma proximidade entre as bordas da ferida. É muito raro que deixe uma cicatriz a longo prazo.
Segunda intenção
Este é o processo de cicatrização de uma ferida mais profunda, que afetou a derme. O resultado costuma ser uma cicatriz maior do que o normal e com uma aparência mais destacada. A principal causa é a perda de substância ou a existência de uma distância muito grande entre as bordas da ferida. Quando isso acontece, a derme deve formar muitos novos tecidos no estágio de granulação, e essa é a razão da deformidade final.
Terceira intenção
Este tipo de cicatriz está associado à intervenção médica. Isso acontece quando uma segunda sutura é realizada cirurgicamente em uma já existente, ou quando enxertos dérmicos são adicionados para reparo. É uma cicatriz final guiada pela intervenção em saúde.
Quer saber mais? Então leia: Cremes naturais para atenuar as cicatrizes
Tipos de cicatrizes
Embora existam cicatrizes normais e esperadas, há também aquelas consideradas cicatrizes patológicas. Vamos ver como são classificadas pela medicina:
- Normal: é o que acontece após um processo normal. O resultado final é uma linha tênue.
- Atrófica: é a perda de substância na pele, quando há uma pequena depressão na área onde a ferida estava. É uma apresentação muito comum da acne, por exemplo.
- Hipertróficas: são cicatrizes causadas por tipos de cicatrização com produção excessiva de colágeno. A pele resultante é espessa e se sobressai acima do nível da epiderme normal. Geralmente acontece em áreas da pele com movimento constante, como o joelho.
- Queloide: é a cicatriz hipertrófica excessivamente grande. Pode coçar e até causar queimação. Geralmente se estende além dos limites iniciais da ferida que a originou.
- Contratura: é o nome dado às cicatrizes das queimaduras. O tecido cicatricial se contrai, deformando a área afetada.
Cada um desses tipos de cicatrizes, resultando em diferentes formas de cicatrização, tem uma abordagem médica. Você pode consultar um cirurgião ou dermatologista se tiver uma cicatriz que o preocupa. O profissional saberá orientá-lo a respeito da melhor abordagem para o seu caso.
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- Andrades, Patricio, and Sergio Sepúlveda. “Cicatrización normal.” Cirugia Plástica Esencial Santiago: Universidad de Chile (2005).
- Basto, Carlos Valencia. “Cicatrización: proceso de reparación tisular. Aproximaciones terapéuticas.” Investigaciones Andina 12.20 (2010): 85-98.
- Yousef H, Alhajj M, Sharma S. Anatomy, Skin (Integument), Epidermis. [Updated 2019 Jun 12]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2019 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK470464/
- Senet, P. “Fisiología de la cicatrización cutánea.” EMC-Dermatología 42.1 (2008): 1-10.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.