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Terremoto no Brasil? Entenda melhor o abalo sísmico que teve epicentro em Iguape

2 minutos
O tremor de 4.7 na escala Richter foi sentido nas cidades de Miracatu, Iguape e Itariri. O abalo sísmico também foi sentido levemente por pessoas de São Paulo, Sorocaba e outras cidades na Grande São Paulo.
Terremoto no Brasil? Entenda melhor o abalo sísmico que teve epicentro em Iguape
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 28 junho, 2023

A cidade de Iguape, na região do Vale do Ribeira, no litoral sul de São Paulo, foi o epicentro de um abalo sísmico de magnitude de 4.7 na escala Richter. Especialistas analisam o tremor incomum na região e relacionam riscos.

O que é abalo sísmico?

O abalo sísmico corresponde a terremoto ou tremor de terra. São movimentações naturais das placas tectônicas que ocorrem devido às pressões internas no interior do planeta. O Brasil está situado no centro da placa tectônica Sul-Americana e longe das zonas de convergências, o que diminui bastante a probabilidade de grandes abalos sísmicos, segundo o engenheiro civil especialista em geotécnica Denis Suzuki.

De acordo com especialistas, os terremotos acontecem o tempo todo no Brasil, porém, com magnitude muito baixa, o que não permite que a população os sinta na superfície.

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Abalos sísmicos dessa proporção não causam preocupação e podem causar efeitos como pequenas trincas em rebocos, quedas de telhas e danos em casas de baixa qualidade, segundo a USP.

Abalos sísmicos são comuns no Brasil

Os especialistas explicam que, como o Brasil está em uma posição privilegiada, no centro da placa tectônica sul-americana, não ocorrem tremores que causam acidentes mais graves, como no caso dos chamados terremotos.

“Estamos em uma posição intraplaca e a placa sul-americana se movimenta alguns centímetros por ano. Essa movimentação faz com que haja um acúmulo de tensões que, de vez em quando, são liberadas. Isso causa pequenos tremores de terra que podem acontecer em qualquer lugar. Pode ser numa floresta ou no centro de uma cidade. Tremores acontecem no Brasil todo”.

“A pressão interna da terra cria fissuras na placa tectônica que podem chegar à superfície e, consequentemente, ocasionar tremores”, explicam.

O tremor com epicentro em Iguape não foi o único já sentido em São Paulo. Em 2008, um terremoto de magnitude 5,2 foi sentido na maior metrópole do Brasil e nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

“Os tremores que acontecem no Brasil não são considerados terremotos. Terremoto é quando é catastrófico. Mas esses tremores que acontecem no meio das placas tectônicas são mais costumeiros”, conta José Roberto, do Centro de Sismologia da USP.

O técnico explica que abalos de grau 4 são mais raros, especialmente em regiões mais habitadas, mas comumente não apresentam grandes riscos.

“Tremores de 4 pontos são tremores mais significativos, e quando acontecem em regiões mais habitadas, assustam as pessoas, porque as vibrações duram vários segundos. Às vezes, se o epicentro principal for em uma região bastante habitada, pode trincar ou derrubar algum objeto da prateleira. Mas só isso. Como as pessoas estão desacostumadas, ficam assustadas”, diz.

O que varia é a quantidade de tensão acumulada e liberada em cada lugar. No entanto, os eventos são acompanhados pelo Centro de Sismologia, que não vê preocupações maiores nas ocorrências até o momento.

A cidade de Iguape, na região do Vale do Ribeira, no litoral sul de São Paulo, foi o epicentro de um abalo sísmico de magnitude de 4.7 na escala Richter. Especialistas analisam o tremor incomum na região e relacionam riscos.

O que é abalo sísmico?

O abalo sísmico corresponde a terremoto ou tremor de terra. São movimentações naturais das placas tectônicas que ocorrem devido às pressões internas no interior do planeta. O Brasil está situado no centro da placa tectônica Sul-Americana e longe das zonas de convergências, o que diminui bastante a probabilidade de grandes abalos sísmicos, segundo o engenheiro civil especialista em geotécnica Denis Suzuki.

De acordo com especialistas, os terremotos acontecem o tempo todo no Brasil, porém, com magnitude muito baixa, o que não permite que a população os sinta na superfície.

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Abalos sísmicos dessa proporção não causam preocupação e podem causar efeitos como pequenas trincas em rebocos, quedas de telhas e danos em casas de baixa qualidade, segundo a USP.

Abalos sísmicos são comuns no Brasil

Os especialistas explicam que, como o Brasil está em uma posição privilegiada, no centro da placa tectônica sul-americana, não ocorrem tremores que causam acidentes mais graves, como no caso dos chamados terremotos.

“Estamos em uma posição intraplaca e a placa sul-americana se movimenta alguns centímetros por ano. Essa movimentação faz com que haja um acúmulo de tensões que, de vez em quando, são liberadas. Isso causa pequenos tremores de terra que podem acontecer em qualquer lugar. Pode ser numa floresta ou no centro de uma cidade. Tremores acontecem no Brasil todo”.

“A pressão interna da terra cria fissuras na placa tectônica que podem chegar à superfície e, consequentemente, ocasionar tremores”, explicam.

O tremor com epicentro em Iguape não foi o único já sentido em São Paulo. Em 2008, um terremoto de magnitude 5,2 foi sentido na maior metrópole do Brasil e nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

“Os tremores que acontecem no Brasil não são considerados terremotos. Terremoto é quando é catastrófico. Mas esses tremores que acontecem no meio das placas tectônicas são mais costumeiros”, conta José Roberto, do Centro de Sismologia da USP.

O técnico explica que abalos de grau 4 são mais raros, especialmente em regiões mais habitadas, mas comumente não apresentam grandes riscos.

“Tremores de 4 pontos são tremores mais significativos, e quando acontecem em regiões mais habitadas, assustam as pessoas, porque as vibrações duram vários segundos. Às vezes, se o epicentro principal for em uma região bastante habitada, pode trincar ou derrubar algum objeto da prateleira. Mas só isso. Como as pessoas estão desacostumadas, ficam assustadas”, diz.

O que varia é a quantidade de tensão acumulada e liberada em cada lugar. No entanto, os eventos são acompanhados pelo Centro de Sismologia, que não vê preocupações maiores nas ocorrências até o momento.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.