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Síndrome de Cotard

3 minutos
Muitas vezes, algumas pessoas afetadas por esta síndrome também podem apresentar comportamentos suicidas: por acreditar que já morreram, nada mais parece importar, se consideram imortais.
Síndrome de Cotard
Nelton Abdon Ramos Rojas

Escrito e verificado por médico Nelton Abdon Ramos Rojas

Última atualização: 11 agosto, 2022

A síndrome de Cotard é considerada um transtorno mental em que a pessoa pensa que está morta, sem estar. Ou seja, assegura a sua inexistência como se fosse um fato inegável.

Acima de tudo, é um tipo de delírio, também conhecido como delírio niilista ou de negação. É pouco comum, mas foram documentados alguns casos com o passar dos anos.

Pessoas que sofrem com a síndrome de Cotard negam que seu corpo exista, que têm nervos, cérebro, sangue e órgãos internos, assim como as outras partes do mesmo. Pensam que vivem de maneira improvável e fictícia. Inclusive, chegam a pensar que seus órgãos estão apodrecendo, sendo capazes até de sofrer alucinações, sentindo cheiro de podre.

Alguns dados sobre a síndrome de Cotard

Características da síndrome

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O indivíduo geralmente sofre uma alteração na intensidade de suas emoções, perde energia vital e é dominado pela negatividade. Isso pode dar origem à síndrome de Cotard.

Também começa uma hiperatividade na amígdala, há danos em áreas têmporo-parientais, inibição na parte frontal esquerda do cérebro, entre outros aspectos. Além disso, a presença de dopamina diminui nos receptores da mesma.

Etimologia

O nome da síndrome vem do neurologista francês Jules Cotard, que a descobriu. Ele começou a estudar essa síndrome depois que vários pacientes com transtornos psiquiátricos apresentaram os delírios que a caracterizam.

A primeira paciente que J. Cotard atendeu foi uma mulher de 43 anos. Ela dizia não ter “nem cérebro, nem nervos, nem coração, nem entranhas, apenas pele e ossos”. O caso da paciente, apresentado em uma conferência em Paris no ano de 1880, sob o pseudônimo de Mademoiselle X, negava a existência de Deus e do diabo, bem como a necessidade de se nutrir. Ela também acreditava que estava eternamente condenada, já que não poderia ter uma morte natural.

Cabe destacar que o caso apresentado pelo doutor Cotard não foi poupado das críticas e do ceticismo da comunidade científica da época.

Sintomas característicos (patológicos)

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  • Depressão
  • Pensamentos suicidas
  • Crença de que seu corpo não existe
  • Crença de que estão ficando sem sangue
  • Pensamentos negativos
  • Crença de que já estão mortos – com delírios olfativos, inclusive sentem o cheiro de podre, pois acreditam que estão apodrecendo.
  • Crença de que os vermes estão sob a sua pele
  • Crença de que são imortais
  • Crença de que estão se decompondo
  • Crença de que não têm órgãos internos
  • Analgesia ou ausência de dor
  • Automutilações

Antes de serem comprovados e documentados pelo Dr. Cotard, esses sintomas eram associados a suposições e distúrbios da conduta humana, associados à cultura, religião, etnia e qualquer outro elemento diferente do estabelecido como o padrão moral e saudável da época.

Descrição da patologia em pacientes

Pode se apresentar como um delírio típico das depressões mais graves (psicóticas ou delirantes), mas também em outros quadros de doenças mentais severas (demência com sintomas psicóticos, esquizofrenia, psicoses resultantes de doenças ou substâncias tóxicas).

Não obstante, é importante destacar que os pacientes chegam a acreditar que os seus órgãos internos pararam completamente de funcionar, que os seus intestinos não funcionam, que o seu coração não bate, que não têm nervos, nem sangue, nem cérebro, e até mesmo que estão apodrecendo. Em consequência, chegam a apresentar algumas alucinações olfativas que confirmam seu delírio (odores desagradáveis, como a de carne em putrefação), inclusive podem chegar a dizer que há vermes deslizando sob sua pele.

Alguns tratamentos possíveis

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Este tipo de doença não é de fácil tratamento, ainda mais quando o diagnóstico envolve elementos de outras doenças já classificadas e menos polêmicas, mas aqui descrevemos uma série de passos que os médicos aplicam, dependendo da complexidade e da situação em que o indivíduo se encontra:

  • Combinação farmacológica (comprimidos, injeções, sedativos, etc.).
  • Medicamentos antidepressivos, como a mirtazapina, ou antipsicóticos, ou a olanzapina.
  • Se os medicamentos não forem eficazes, pode ser tratada com terapias eletroconvulsivas.

Etiologia ou classificação da doença

A síndrome de Cotard é uma doença neurológica-mental, o que a converte em um tremendo mistério para os profissionais desta área médica, devido aos poucos casos diagnosticados e à controvérsia entre a demência e transtornos do tipo delírio.

A síndrome de Cotard é considerada um transtorno mental em que a pessoa pensa que está morta, sem estar. Ou seja, assegura a sua inexistência como se fosse um fato inegável.

Acima de tudo, é um tipo de delírio, também conhecido como delírio niilista ou de negação. É pouco comum, mas foram documentados alguns casos com o passar dos anos.

Pessoas que sofrem com a síndrome de Cotard negam que seu corpo exista, que têm nervos, cérebro, sangue e órgãos internos, assim como as outras partes do mesmo. Pensam que vivem de maneira improvável e fictícia. Inclusive, chegam a pensar que seus órgãos estão apodrecendo, sendo capazes até de sofrer alucinações, sentindo cheiro de podre.

Alguns dados sobre a síndrome de Cotard

Características da síndrome

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O indivíduo geralmente sofre uma alteração na intensidade de suas emoções, perde energia vital e é dominado pela negatividade. Isso pode dar origem à síndrome de Cotard.

Também começa uma hiperatividade na amígdala, há danos em áreas têmporo-parientais, inibição na parte frontal esquerda do cérebro, entre outros aspectos. Além disso, a presença de dopamina diminui nos receptores da mesma.

Etimologia

O nome da síndrome vem do neurologista francês Jules Cotard, que a descobriu. Ele começou a estudar essa síndrome depois que vários pacientes com transtornos psiquiátricos apresentaram os delírios que a caracterizam.

A primeira paciente que J. Cotard atendeu foi uma mulher de 43 anos. Ela dizia não ter “nem cérebro, nem nervos, nem coração, nem entranhas, apenas pele e ossos”. O caso da paciente, apresentado em uma conferência em Paris no ano de 1880, sob o pseudônimo de Mademoiselle X, negava a existência de Deus e do diabo, bem como a necessidade de se nutrir. Ela também acreditava que estava eternamente condenada, já que não poderia ter uma morte natural.

Cabe destacar que o caso apresentado pelo doutor Cotard não foi poupado das críticas e do ceticismo da comunidade científica da época.

Sintomas característicos (patológicos)

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  • Depressão
  • Pensamentos suicidas
  • Crença de que seu corpo não existe
  • Crença de que estão ficando sem sangue
  • Pensamentos negativos
  • Crença de que já estão mortos – com delírios olfativos, inclusive sentem o cheiro de podre, pois acreditam que estão apodrecendo.
  • Crença de que os vermes estão sob a sua pele
  • Crença de que são imortais
  • Crença de que estão se decompondo
  • Crença de que não têm órgãos internos
  • Analgesia ou ausência de dor
  • Automutilações

Antes de serem comprovados e documentados pelo Dr. Cotard, esses sintomas eram associados a suposições e distúrbios da conduta humana, associados à cultura, religião, etnia e qualquer outro elemento diferente do estabelecido como o padrão moral e saudável da época.

Descrição da patologia em pacientes

Pode se apresentar como um delírio típico das depressões mais graves (psicóticas ou delirantes), mas também em outros quadros de doenças mentais severas (demência com sintomas psicóticos, esquizofrenia, psicoses resultantes de doenças ou substâncias tóxicas).

Não obstante, é importante destacar que os pacientes chegam a acreditar que os seus órgãos internos pararam completamente de funcionar, que os seus intestinos não funcionam, que o seu coração não bate, que não têm nervos, nem sangue, nem cérebro, e até mesmo que estão apodrecendo. Em consequência, chegam a apresentar algumas alucinações olfativas que confirmam seu delírio (odores desagradáveis, como a de carne em putrefação), inclusive podem chegar a dizer que há vermes deslizando sob sua pele.

Alguns tratamentos possíveis

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Este tipo de doença não é de fácil tratamento, ainda mais quando o diagnóstico envolve elementos de outras doenças já classificadas e menos polêmicas, mas aqui descrevemos uma série de passos que os médicos aplicam, dependendo da complexidade e da situação em que o indivíduo se encontra:

  • Combinação farmacológica (comprimidos, injeções, sedativos, etc.).
  • Medicamentos antidepressivos, como a mirtazapina, ou antipsicóticos, ou a olanzapina.
  • Se os medicamentos não forem eficazes, pode ser tratada com terapias eletroconvulsivas.

Etiologia ou classificação da doença

A síndrome de Cotard é uma doença neurológica-mental, o que a converte em um tremendo mistério para os profissionais desta área médica, devido aos poucos casos diagnosticados e à controvérsia entre a demência e transtornos do tipo delírio.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Swamy, N. C., Sanju, G., & Jaimon, M. (2007). An overview of the neurological correlates of Cotard syndrome. The European journal of psychiatry, 21(2), 99-116.
  • Tomasetti, C., Valchera, A., Fornaro, M., Vellante, F., Orsolini, L., Carano, A., … & De Berardis, D. (2020). The ‘dead man walking’disorder: an update on Cotard’s syndrome. International Review of Psychiatry, 32(5-6), 500-509.
  • Dieguez, S. (2018). Cotard syndrome. Neurologic-Psychiatric Syndromes in Focus-Part II, 42, 23-34.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.