São João: dicas para evitar acidentes com fogos de artifício e fogueiras
Com a chegada dos festejos juninos, aumentam consideravelmente as ocorrências por queimaduras nos hospitais. De fato, segundo o Instituto Help Your Hands, só nessa época do ano, o número de acidentes com fogos de artifícios e fogueiras é 10 vezes maior.
Junho é mês de brincadeiras ligadas a fogos e fogueiras, típicas das festas juninas.
Marcos Barreto é o coordenador do Centro de Queimados do Hospital da Restauração. Ele destaca o aumento de pacientes nas vésperas e dias de São João e São Pedro.
Entre 2019 e 2021, por exemplo, a unidade teve cerca de 850 casos, um aumento médio de 30% no número de atendimentos.
Segundo a presidente do Help Your Hands e médica cirurgia, Etelvina Vaz, as áreas mais afetadas são as mãos, os braços e a face, havendo ainda riscos para audição e visão, pois os fragmentos liberados pelas explosões podem perfurar o globo ocular, desencadeando transtornos visuais e o comprometimento grave da visão, ou até provocar cegueira.
Ela relata que os incidentes ocasionados por fogos e fogueiras provocam queimaduras em 70% dos casos, já 20% dos feridos são acometidos com lacerações, e 10% chegam a ter os membros superiores amputados.
“Dependendo da potência, esses quadros podem até levar à morte”, enfatiza. As principais vítimas são crianças entre 4 e 14 anos e homens na faixa etária de 15 e 50 anos.
Como evitar acidentes com fogos de artifícios e fogueiras?
Uns dos passos mais importantes é identificar a origem dos fogos adquiridos e nunca usar materiais de fabricação caseira.
“Não se deve guardar grande quantidade de fogos em um único local, pois um acidente será certamente fatal”, orienta José Antônio Cezaretti, médico da Unidade de Queimados do Hospital Estadual de Vila Penteado.
Quanto ao uso, Etelvina ressalta que as crianças não devem acender, nem manipular esses artefatos. “É indicado que apenas pessoas treinadas, maiores de 18 anos, façam a compra e a soltura dos fogos. Além disso, os usuários devem ficar atentos à classificação de idade indicada pelos fabricantes e a forma de manuseio correto”, diz.
Outras dicas para curtir as festividades com segurança são:
- Escolher áreas isoladas, ao ar livre e sem eletricidade.
- Conferir o certificado de garantia do produto.
- Não segurar os fogos com as mãos.
- Manusear o material sempre protegido com uma base própria ou com o suporte fornecido na embalagem.
- Posicionar o rojão em ponto fixo.
- Disparar um artefato de cada vez.
- Não tentar reacender fogos e sempre ter um recipiente de água para molhar os que falharem.
- Nunca associar bebida alcoólica ao uso de fogos.
- Nunca transportar fogos nos bolsos.
- Não realizar brincadeiras, como apontar o artefato para alguém ou colocar bombas em latas.
- Já a fogueira representa um perigo de incêndio imediato e de acidentes com queima direta. A área dos olhos também fica bastante vulnerável às chamas e deve ser protegida.
Em hipótese nenhuma use álcool líquido. Ele é responsável por até 45% das causas de queimadura ao acender a fogueira.
- Não permita brincadeiras em torno da fogueira e alerte as crianças para não chegarem perto do fogo.
A presidente do Help Your Hands ressalta que cinzas, fumaça e brasas podem ocasionar quadros de conjuntivite alérgica ou edema da pálpebra. “Ardor, desconforto e lacrimejamento são os primeiros sinais de agressão à visão”, avisa.
“De toda forma, o ideal é se manter afastado das chamas e, assim que terminar a brincadeira, apagar o fogo e resfriar o chão, para evitar que alguém pise na área coberta por cinzas”, conclui Etelvina aconselhando.
O que fazer em caso de queimaduras?
Em caso de queimadura, a médica adverte que medidas caseiras como a aplicação de manteiga, creme dental, café e açúcar não devem ser realizadas, pois elas agravam o ferimento. O melhor é lavar o local água corrente fria para alivia a dor.
Se ocorrer quaisquer acidentes com fogos de artifícios e fogueiras, ligue imediatamente para o SAMU (192) ou para os bombeiros (193), solicitando socorro imediato. Enquanto a assistência não chega, enxágue o local com água corrente por alguns minutos e depois proteja a pele danificada cobrindo-a com gaze.
Em queimaduras de primeiro grau, aquelas que são mais leves e atingem a camada superficial da pele e causa apenas vermelhidão e ardência, o ideal é resfriar a área com água fria ou soro fisiológico em abundância até amenizar a dor. Caso haja persistência nos incômodos, procure um médico.
Já para queimaduras de segundo grau, que costumam apresentar bolhas, além de resfriar a região, é necessário também procurar um médico imediatamente. O profissional especializado irá averiguar a necessidade de fazer um curativo e recomendará o tratamento adequado.
É importante não estourar as bolhas ou retirar a pele, pois pode danificar o tecido em regeneração.
No caso de queimaduras de terceiro grau, quando há possibilidade de comprometimento dos nervos, músculos e estrutura óssea, é preciso procurar um hospital urgentemente. As lesões são caracterizadas pela ausência de dor, já que a sensibilidade é totalmente perdida por conta da gravidade da queimadura.
Além dos danos causados pelo fogo, a fumaça também pode representar riscos ao sistema respiratório, já que contém monóxido de carbono, substância tóxica que agrava ainda mais a saúde dos pacientes, principalmente aqueles com quadros clínicos como rinite e sinusite.
Com a chegada dos festejos juninos, aumentam consideravelmente as ocorrências por queimaduras nos hospitais. De fato, segundo o Instituto Help Your Hands, só nessa época do ano, o número de acidentes com fogos de artifícios e fogueiras é 10 vezes maior.
Junho é mês de brincadeiras ligadas a fogos e fogueiras, típicas das festas juninas.
Marcos Barreto é o coordenador do Centro de Queimados do Hospital da Restauração. Ele destaca o aumento de pacientes nas vésperas e dias de São João e São Pedro.
Entre 2019 e 2021, por exemplo, a unidade teve cerca de 850 casos, um aumento médio de 30% no número de atendimentos.
Segundo a presidente do Help Your Hands e médica cirurgia, Etelvina Vaz, as áreas mais afetadas são as mãos, os braços e a face, havendo ainda riscos para audição e visão, pois os fragmentos liberados pelas explosões podem perfurar o globo ocular, desencadeando transtornos visuais e o comprometimento grave da visão, ou até provocar cegueira.
Ela relata que os incidentes ocasionados por fogos e fogueiras provocam queimaduras em 70% dos casos, já 20% dos feridos são acometidos com lacerações, e 10% chegam a ter os membros superiores amputados.
“Dependendo da potência, esses quadros podem até levar à morte”, enfatiza. As principais vítimas são crianças entre 4 e 14 anos e homens na faixa etária de 15 e 50 anos.
Como evitar acidentes com fogos de artifícios e fogueiras?
Uns dos passos mais importantes é identificar a origem dos fogos adquiridos e nunca usar materiais de fabricação caseira.
“Não se deve guardar grande quantidade de fogos em um único local, pois um acidente será certamente fatal”, orienta José Antônio Cezaretti, médico da Unidade de Queimados do Hospital Estadual de Vila Penteado.
Quanto ao uso, Etelvina ressalta que as crianças não devem acender, nem manipular esses artefatos. “É indicado que apenas pessoas treinadas, maiores de 18 anos, façam a compra e a soltura dos fogos. Além disso, os usuários devem ficar atentos à classificação de idade indicada pelos fabricantes e a forma de manuseio correto”, diz.
Outras dicas para curtir as festividades com segurança são:
- Escolher áreas isoladas, ao ar livre e sem eletricidade.
- Conferir o certificado de garantia do produto.
- Não segurar os fogos com as mãos.
- Manusear o material sempre protegido com uma base própria ou com o suporte fornecido na embalagem.
- Posicionar o rojão em ponto fixo.
- Disparar um artefato de cada vez.
- Não tentar reacender fogos e sempre ter um recipiente de água para molhar os que falharem.
- Nunca associar bebida alcoólica ao uso de fogos.
- Nunca transportar fogos nos bolsos.
- Não realizar brincadeiras, como apontar o artefato para alguém ou colocar bombas em latas.
- Já a fogueira representa um perigo de incêndio imediato e de acidentes com queima direta. A área dos olhos também fica bastante vulnerável às chamas e deve ser protegida.
Em hipótese nenhuma use álcool líquido. Ele é responsável por até 45% das causas de queimadura ao acender a fogueira.
- Não permita brincadeiras em torno da fogueira e alerte as crianças para não chegarem perto do fogo.
A presidente do Help Your Hands ressalta que cinzas, fumaça e brasas podem ocasionar quadros de conjuntivite alérgica ou edema da pálpebra. “Ardor, desconforto e lacrimejamento são os primeiros sinais de agressão à visão”, avisa.
“De toda forma, o ideal é se manter afastado das chamas e, assim que terminar a brincadeira, apagar o fogo e resfriar o chão, para evitar que alguém pise na área coberta por cinzas”, conclui Etelvina aconselhando.
O que fazer em caso de queimaduras?
Em caso de queimadura, a médica adverte que medidas caseiras como a aplicação de manteiga, creme dental, café e açúcar não devem ser realizadas, pois elas agravam o ferimento. O melhor é lavar o local água corrente fria para alivia a dor.
Se ocorrer quaisquer acidentes com fogos de artifícios e fogueiras, ligue imediatamente para o SAMU (192) ou para os bombeiros (193), solicitando socorro imediato. Enquanto a assistência não chega, enxágue o local com água corrente por alguns minutos e depois proteja a pele danificada cobrindo-a com gaze.
Em queimaduras de primeiro grau, aquelas que são mais leves e atingem a camada superficial da pele e causa apenas vermelhidão e ardência, o ideal é resfriar a área com água fria ou soro fisiológico em abundância até amenizar a dor. Caso haja persistência nos incômodos, procure um médico.
Já para queimaduras de segundo grau, que costumam apresentar bolhas, além de resfriar a região, é necessário também procurar um médico imediatamente. O profissional especializado irá averiguar a necessidade de fazer um curativo e recomendará o tratamento adequado.
É importante não estourar as bolhas ou retirar a pele, pois pode danificar o tecido em regeneração.
No caso de queimaduras de terceiro grau, quando há possibilidade de comprometimento dos nervos, músculos e estrutura óssea, é preciso procurar um hospital urgentemente. As lesões são caracterizadas pela ausência de dor, já que a sensibilidade é totalmente perdida por conta da gravidade da queimadura.
Além dos danos causados pelo fogo, a fumaça também pode representar riscos ao sistema respiratório, já que contém monóxido de carbono, substância tóxica que agrava ainda mais a saúde dos pacientes, principalmente aqueles com quadros clínicos como rinite e sinusite.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.