Como a rinite e a asma estão relacionadas?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A ciência médica conhece, de maneira empírica, a relação entre rinite e asma. Não é nada fora do comum que um paciente asmático apresente sinais alérgicos no trato respiratório superior na primavera. O mesmo acontece ao contrário.
Agora, onde reside esse vínculo intrínseco? Para alguns pesquisadores, é uma origem comum que está no sistema imunológico; para outros, é a forma semelhante da mucosa respiratória que é compartilhada entre os brônquios e o nariz. Vamos ver mais sobre isso.
O que é a rinite?
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal. Pode responder a diversos agentes etiológicos, mas o resultado final é sempre um aumento de tamanho devido ao acúmulo de fluidos e células inflamatórias a partir de um agente externo ou de um estímulo interno.
Existem rinites infecciosas e não infecciosas. No primeiro caso, um microrganismo invade o nariz e o infecta, seja um vírus ou uma bactéria. O corpo reage à colonização e aciona mecanismos para expulsar o agente invasor. Isso determina a inflamação.
No caso da rinite não infecciosa, a mais comum é a forma alérgica, que é a que mais aparece nos asmáticos. Sem ser um vírus ou bactéria, o agente externo é uma partícula reconhecida como estranha e é atacada. Na época em que as plantas florescem, o pólen costuma ser uma das causas.
Continue lendo: 5 ervas para tratar a rinite alérgica
O que é a asma?
A asma brônquica é uma inflamação do revestimento dos brônquios com hiper-responsividade. Em outras palavras, além do processo inflamatório, as vias aéreas se fecham abruptamente e impedem o fluxo normal de ar.
É classificada como uma doença respiratória obstrutiva e crônica. Seu curso evolui na forma de episódios agudos a longo prazo. Há certos gatilhos de crises, como os resfriados ou as infecções, que são mais comuns no inverno. Portanto, esse período é o que mais afeta essas pessoas.
O diagnóstico da patologia geralmente é feito em uma idade precoce. São crianças que começam com broncoespasmos quando fazem atividade física ou quando a temperatura cai. Em primeiro lugar, trata-se o problema com broncodilatadores para avaliar sua evolução, mas se as crises ocorrerem novamente, o diagnóstico de asma é confirmado.
A gravidade da doença nem sempre é a mesma, nem a evolução é linear. Há pessoas nas quais a patologia se apresenta de forma leve, com apenas um ataque por ano, enquanto outras passam por um estado quase persistente de falta de ar.
Saiba mais: Como funcionam os antiasmáticos?
Por que existe uma relação entre rinite e asma?
As explicações para o motivo pelo qual os pacientes asmáticos frequentemente sofrem de rinite são variadas. Estima-se que até 75% dos asmáticos apresentam inflamação da mucosa nasal. Por outro lado, aqueles com diagnóstico de rinite apresentam broncoespasmo em 40% dos casos. Vejamos algumas teorias sobre esta relação.
Respiração pela boca
Uma das explicações para as pessoas com rinite também terem asma é pela falta de fluxo suficiente de ar pelo nariz. Como há inflamação da mucosa, esses pacientes preferem respirar pela boca, o que evita a umidificação e o aquecimento do ar.
Dessa forma, quando o ar frio e seco atinge os brônquios, a via aérea tende a se contrair, pois esse fluxo é identificado como prejudicial. Vários estudos científicos mostraram que a broncoconstrição aumenta no clima frio, por exemplo, em atletas de neve e de inverno.
Comunicação entre mucosas
Várias pesquisas revelam a relação entre todas as partes da mucosa respiratória. Se houver estímulos através de alérgenos no nariz, é muito provável que as células dos brônquios reajam de alguma forma. Por outro lado, quando as vias aéreas inferiores se contraem, a mucosa nasal se modifica.
Parte do mecanismo fisiopatológico estaria na comunicação nervosa e na reatividade dos vasos sanguíneos. É isso que parece estar por trás da asma induzida por exercícios, mediada pela descarga de adrenalina e norepinefrina que são desencadeadas por estímulos esportivos.
Esses neurotransmissores relacionam a rinite e a asma, causando a redução do calibre dos vasos sanguíneos. Em toda a mucosa respiratória, esse estreitamento reduz a circulação e a capacidade de responder a agentes externos.
O sistema imunológico e a relação entre rinite e asma
Um tipo especial de glóbulo branco são os eosinófilos. Eles têm um papel especial na mediação de reações alérgicas em todo o corpo. Por um lado, os pesquisadores investigaram o seu papel na rinite, por outro lado, também estudaram o seu papel na asma.
Supõe-se que, por se tratar de um mecanismo semelhante, faz sentido que as reações alérgicas compartilhem a via comum dessas células e que seu aumento em situações de combate a agentes externos seja fundamental.
Além disso, as substâncias da inflamação não são estáticas, mas aproveitam a circulação sanguínea para se movimentar, podendo passar do nariz para os brônquios.
Rinite e asma: semelhantes, mas diferentes
É possível explicar a relação entre rinite e asma através de várias hipóteses, mas isso não significa que se trate da mesma condição. Alguns medicamentos usados são semelhantes, embora a abordagem não tenha os mesmos protocolos para uma e para a outra.
É essencial que os médicos responsáveis pelo tratamento distingam uma condição da outra, para que a terapia seja correta. Em qualquer caso, o paciente asmático deve aprender a lidar com uma crise de rinite, pois tem uma grande probabilidade de sofrer da doença.
A ciência médica conhece, de maneira empírica, a relação entre rinite e asma. Não é nada fora do comum que um paciente asmático apresente sinais alérgicos no trato respiratório superior na primavera. O mesmo acontece ao contrário.
Agora, onde reside esse vínculo intrínseco? Para alguns pesquisadores, é uma origem comum que está no sistema imunológico; para outros, é a forma semelhante da mucosa respiratória que é compartilhada entre os brônquios e o nariz. Vamos ver mais sobre isso.
O que é a rinite?
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal. Pode responder a diversos agentes etiológicos, mas o resultado final é sempre um aumento de tamanho devido ao acúmulo de fluidos e células inflamatórias a partir de um agente externo ou de um estímulo interno.
Existem rinites infecciosas e não infecciosas. No primeiro caso, um microrganismo invade o nariz e o infecta, seja um vírus ou uma bactéria. O corpo reage à colonização e aciona mecanismos para expulsar o agente invasor. Isso determina a inflamação.
No caso da rinite não infecciosa, a mais comum é a forma alérgica, que é a que mais aparece nos asmáticos. Sem ser um vírus ou bactéria, o agente externo é uma partícula reconhecida como estranha e é atacada. Na época em que as plantas florescem, o pólen costuma ser uma das causas.
Continue lendo: 5 ervas para tratar a rinite alérgica
O que é a asma?
A asma brônquica é uma inflamação do revestimento dos brônquios com hiper-responsividade. Em outras palavras, além do processo inflamatório, as vias aéreas se fecham abruptamente e impedem o fluxo normal de ar.
É classificada como uma doença respiratória obstrutiva e crônica. Seu curso evolui na forma de episódios agudos a longo prazo. Há certos gatilhos de crises, como os resfriados ou as infecções, que são mais comuns no inverno. Portanto, esse período é o que mais afeta essas pessoas.
O diagnóstico da patologia geralmente é feito em uma idade precoce. São crianças que começam com broncoespasmos quando fazem atividade física ou quando a temperatura cai. Em primeiro lugar, trata-se o problema com broncodilatadores para avaliar sua evolução, mas se as crises ocorrerem novamente, o diagnóstico de asma é confirmado.
A gravidade da doença nem sempre é a mesma, nem a evolução é linear. Há pessoas nas quais a patologia se apresenta de forma leve, com apenas um ataque por ano, enquanto outras passam por um estado quase persistente de falta de ar.
Saiba mais: Como funcionam os antiasmáticos?
Por que existe uma relação entre rinite e asma?
As explicações para o motivo pelo qual os pacientes asmáticos frequentemente sofrem de rinite são variadas. Estima-se que até 75% dos asmáticos apresentam inflamação da mucosa nasal. Por outro lado, aqueles com diagnóstico de rinite apresentam broncoespasmo em 40% dos casos. Vejamos algumas teorias sobre esta relação.
Respiração pela boca
Uma das explicações para as pessoas com rinite também terem asma é pela falta de fluxo suficiente de ar pelo nariz. Como há inflamação da mucosa, esses pacientes preferem respirar pela boca, o que evita a umidificação e o aquecimento do ar.
Dessa forma, quando o ar frio e seco atinge os brônquios, a via aérea tende a se contrair, pois esse fluxo é identificado como prejudicial. Vários estudos científicos mostraram que a broncoconstrição aumenta no clima frio, por exemplo, em atletas de neve e de inverno.
Comunicação entre mucosas
Várias pesquisas revelam a relação entre todas as partes da mucosa respiratória. Se houver estímulos através de alérgenos no nariz, é muito provável que as células dos brônquios reajam de alguma forma. Por outro lado, quando as vias aéreas inferiores se contraem, a mucosa nasal se modifica.
Parte do mecanismo fisiopatológico estaria na comunicação nervosa e na reatividade dos vasos sanguíneos. É isso que parece estar por trás da asma induzida por exercícios, mediada pela descarga de adrenalina e norepinefrina que são desencadeadas por estímulos esportivos.
Esses neurotransmissores relacionam a rinite e a asma, causando a redução do calibre dos vasos sanguíneos. Em toda a mucosa respiratória, esse estreitamento reduz a circulação e a capacidade de responder a agentes externos.
O sistema imunológico e a relação entre rinite e asma
Um tipo especial de glóbulo branco são os eosinófilos. Eles têm um papel especial na mediação de reações alérgicas em todo o corpo. Por um lado, os pesquisadores investigaram o seu papel na rinite, por outro lado, também estudaram o seu papel na asma.
Supõe-se que, por se tratar de um mecanismo semelhante, faz sentido que as reações alérgicas compartilhem a via comum dessas células e que seu aumento em situações de combate a agentes externos seja fundamental.
Além disso, as substâncias da inflamação não são estáticas, mas aproveitam a circulação sanguínea para se movimentar, podendo passar do nariz para os brônquios.
Rinite e asma: semelhantes, mas diferentes
É possível explicar a relação entre rinite e asma através de várias hipóteses, mas isso não significa que se trate da mesma condição. Alguns medicamentos usados são semelhantes, embora a abordagem não tenha os mesmos protocolos para uma e para a outra.
É essencial que os médicos responsáveis pelo tratamento distingam uma condição da outra, para que a terapia seja correta. Em qualquer caso, o paciente asmático deve aprender a lidar com uma crise de rinite, pois tem uma grande probabilidade de sofrer da doença.
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