10 problemas do trânsito que afetam a nossa saúde
Se você mora em uma grande metrópole, provavelmente já passou por muitas situações estressantes no trânsito. Os problemas do trânsito são um dos principais vilões para a boa saúde, podendo elevar os níveis de estresse em decorrência da exposição à poluição atmosférica e sonora.
Quanto tempo você gasta se deslocando de carro? Muitas vezes não percebemos o tempo que ficamos dirigindo no trânsito nem consideramos o mal que isso pode causar à nossa saúde.
Quem vive em grandes cidades do Brasil passa em média 21 dias por ano no trânsito. É o que revelou a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com o Sebrae.
Os motoristas profissionais passam ainda mais tempo. Embora a lei determine que sua jornada de trabalho diária seja de até oito horas, somando 44 horas semanais, muitos ultrapassam esse limite. Aqueles que atuam na informalidade —caso de cerca de 1,5 milhão de pessoas que trabalham em aplicativos, segundo o Ipea— às vezes até viram a noite na direção.
Problemas do trânsito que afetam a nossa saúde
1- Transtornos mentais
Horas de engarrafamento, atrasos, discussões, falta de segurança… Tudo isso somado à pressão por resultados pode culminar em um quadro perigoso de estresse.
Todas essas situações nos afetam. O estresse é uma resposta do organismo frente a ameaças e, se não for controlado, se intensifica e evolui para outras complicações, como ansiedade, depressão, pânico, burnout e doenças psicossomáticas.
2- Perda de audição
Para quem convive diariamente com o ruído proveniente de carros, motos e caminhões, a qualidade de vida poderá estar comprometida. A poluição sonora pode causar perda auditiva grave e permanente.
Buzinas, alarmes, sirenes, caixas de som de veículos de publicidade, motores de motos, tudo isso emite entre 87 a 112 decibéis, mais que o suficiente para causar a morte das células auditivas, que é progressiva e irreversível.
3- Problemas respiratórios
Os pulmões, quando expostos longa e continuamente a poluentes, perdem sua capacidade funcional e estão sujeitos a asma, bronquite, fibrose e câncer.
Em 2012, a OMS atribuiu a morte de cerca de 3,7 milhões de pessoas no mundo à poluição. Motoristas estão mais suscetíveis, segundo um estudo de 2016 realizado por médicos do Incor e do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
4- Trombose venosa
Ficar várias horas sentado com as pernas encolhidas pode causar vários problemas circulatórios: as pernas incham, ficam doloridas e os efeitos das varizes são agravados, podendo até levar à trombose venosa profunda em algumas pessoas.
A formação de coágulos em veias profundas, sobretudo nas pernas (trombose), não se limita apenas a viagens de avião, o risco também existe em carro e ônibus, quando o trajeto é longo (mais de 4 horas) e não se tem espaço para se movimentar.
Se o coágulo se desprender pela corrente sanguínea, evolui para embolia, que nos pulmões pode ser fatal.
5- Ataque do coração
Você sabia que o trânsito é um dos grandes vilões do coração? O trânsito intenso é um dos principais propulsores do infarto, que também está associado a outros inimigos cardíacos, como poluição, estresse e trombose.
De acordo com a Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), que investigou dados de acidentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) entre janeiro de 2014 e julho de 2020, doenças cardiológicas (infartos e arritmias) também são a quarta causa de acidentes nas estradas brasileiras.
6- Dores no corpo
Os movimentos repetitivos podem causar fadiga muscular e desgaste das articulações, provocando frequentes dores nos ombros, costas e coluna. Quem fica sentado num banco de automóvel por mais de duas horas seguidas dificilmente não se queixa de dores.
Ficar horas na mesma posição sem poder se alongar traz uma série de consequências: a coluna sofre desvios, compressões e lesões, os músculos ficam sobrecarregados e fadigados, e os tendões e nervos, encurtados. Já o ato de frear e pisar na embreagem várias vezes ao dia desgasta as articulações dos joelhos e tornozelos.
7- Pedras nos rins
Passar muito tempo ao volante pode significar tomar menos água. Além disso, há maior risco de exposição contínua a temperaturas muito elevadas e redução de idas ao banheiro durante a maior parte do dia.
Como resultado, o motorista fica sujeito à desidratação, ao desenvolvimento de cálculos (pedras) renais e infecções urinárias, as quais as mulheres tendem a ser mais propensas que os homens.
8- Ganho de peso
Um levantamento feito pelas concessionárias dos sistemas Anhanguera-Bandeirantes e Castelo Branco-Raposo Tavares, dois dos principais corredores viários do estado de São Paulo, apontou, em 2018, que 78% dos caminhoneiros estavam com sobrepeso ou obesidade.
A falta de atividade física e a má alimentação são apontadas como principais causas, aumentando ainda o risco para obesidade, diabetes e pressão alta.
9- Gastrite
Em situações de tensão, o nosso organismo acelera a liberação de cortisol e adrenalina, hormônios que elevam a produção de ácido no estômago. A gastrite quando relacionada ao trânsito pode surgir em decorrência do estresse crônico ou da alimentação muito gordurosa e processada, típica de restaurantes de estrada, que priorizam o consumo de lanches, pratos rápidos e fáceis para quem tem pressa.
Além disso, a dificuldade de acesso a saneamento básico também pode aumentar a chance de infecção pela bactéria H. pylori, que causa úlceras.
10- Distúrbios do sono
O trânsito caótico pode comprometer a qualidade do sono do indivíduo, impedindo-o de dormir bem e ininterruptamente. O estresse cotidiano é uma das causas dos distúrbios do sono.
O trânsito pode afetar o sono de várias maneiras perigosas. Tédio e cansaço extremo e persistente levam muitos motoristas a terem sonolência ao volante, o que frequentemente ocasiona acidentes.
Segundo a Abramet, entre 2014 e 2019, foram registrados 20 mil acidentes de trânsito relacionados aos distúrbios do sono, causando 1.788 mortes e 19.450 feridos. Por outro lado, estresse e preocupações repercutem em insônia, que pode causar mal súbito, apneia e alta ingestão de remédios.
Como evitar os malefícios do trânsito
- Está enganado quem pensa que as capitais são os melhores lugares para se viver. Se possível, busque oportunidades em cidades mais tranquilas e com trânsito menos intenso.
- Rotas alternativas podem ser uma ótima solução para driblar o congestionamento. Ou então, opte pelo uso de transportes como trens e metrô, use bicicleta ou caminhe.
- Imprevistos acontecem. É aconselhável sair de casa com antecedência e pesquisar trajetos alternativos.
- Escolha uma playlist relaxante. Ouça no carro músicas e programas de rádio relaxantes.
- Considere fazer psicoterapia e descanse bem antes de qualquer viagem longa.
- Pratique exercícios de alongamento e fortalecimento, aproveite o farol vermelho.
- Para evitar a poluição, fique com os vidros do carro fechados.
- Relaxe. Faça paradas a cada duas horas para ir ao banheiro, caminhar e ingerir líquidos.
- Fique atento à distância entre o banco e o volante e faça ajustes.
- Revise a espuma dos bancos e, caso seja necessário, realize uma troca.
- Procure fazer refeições leves. Evite o consumo de doces, frituras e salgados na estrada.
- Faça visitas regulares ao médico e mantenha bons hábitos.
Se você mora em uma grande metrópole, provavelmente já passou por muitas situações estressantes no trânsito. Os problemas do trânsito são um dos principais vilões para a boa saúde, podendo elevar os níveis de estresse em decorrência da exposição à poluição atmosférica e sonora.
Quanto tempo você gasta se deslocando de carro? Muitas vezes não percebemos o tempo que ficamos dirigindo no trânsito nem consideramos o mal que isso pode causar à nossa saúde.
Quem vive em grandes cidades do Brasil passa em média 21 dias por ano no trânsito. É o que revelou a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com o Sebrae.
Os motoristas profissionais passam ainda mais tempo. Embora a lei determine que sua jornada de trabalho diária seja de até oito horas, somando 44 horas semanais, muitos ultrapassam esse limite. Aqueles que atuam na informalidade —caso de cerca de 1,5 milhão de pessoas que trabalham em aplicativos, segundo o Ipea— às vezes até viram a noite na direção.
Problemas do trânsito que afetam a nossa saúde
1- Transtornos mentais
Horas de engarrafamento, atrasos, discussões, falta de segurança… Tudo isso somado à pressão por resultados pode culminar em um quadro perigoso de estresse.
Todas essas situações nos afetam. O estresse é uma resposta do organismo frente a ameaças e, se não for controlado, se intensifica e evolui para outras complicações, como ansiedade, depressão, pânico, burnout e doenças psicossomáticas.
2- Perda de audição
Para quem convive diariamente com o ruído proveniente de carros, motos e caminhões, a qualidade de vida poderá estar comprometida. A poluição sonora pode causar perda auditiva grave e permanente.
Buzinas, alarmes, sirenes, caixas de som de veículos de publicidade, motores de motos, tudo isso emite entre 87 a 112 decibéis, mais que o suficiente para causar a morte das células auditivas, que é progressiva e irreversível.
3- Problemas respiratórios
Os pulmões, quando expostos longa e continuamente a poluentes, perdem sua capacidade funcional e estão sujeitos a asma, bronquite, fibrose e câncer.
Em 2012, a OMS atribuiu a morte de cerca de 3,7 milhões de pessoas no mundo à poluição. Motoristas estão mais suscetíveis, segundo um estudo de 2016 realizado por médicos do Incor e do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
4- Trombose venosa
Ficar várias horas sentado com as pernas encolhidas pode causar vários problemas circulatórios: as pernas incham, ficam doloridas e os efeitos das varizes são agravados, podendo até levar à trombose venosa profunda em algumas pessoas.
A formação de coágulos em veias profundas, sobretudo nas pernas (trombose), não se limita apenas a viagens de avião, o risco também existe em carro e ônibus, quando o trajeto é longo (mais de 4 horas) e não se tem espaço para se movimentar.
Se o coágulo se desprender pela corrente sanguínea, evolui para embolia, que nos pulmões pode ser fatal.
5- Ataque do coração
Você sabia que o trânsito é um dos grandes vilões do coração? O trânsito intenso é um dos principais propulsores do infarto, que também está associado a outros inimigos cardíacos, como poluição, estresse e trombose.
De acordo com a Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), que investigou dados de acidentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) entre janeiro de 2014 e julho de 2020, doenças cardiológicas (infartos e arritmias) também são a quarta causa de acidentes nas estradas brasileiras.
6- Dores no corpo
Os movimentos repetitivos podem causar fadiga muscular e desgaste das articulações, provocando frequentes dores nos ombros, costas e coluna. Quem fica sentado num banco de automóvel por mais de duas horas seguidas dificilmente não se queixa de dores.
Ficar horas na mesma posição sem poder se alongar traz uma série de consequências: a coluna sofre desvios, compressões e lesões, os músculos ficam sobrecarregados e fadigados, e os tendões e nervos, encurtados. Já o ato de frear e pisar na embreagem várias vezes ao dia desgasta as articulações dos joelhos e tornozelos.
7- Pedras nos rins
Passar muito tempo ao volante pode significar tomar menos água. Além disso, há maior risco de exposição contínua a temperaturas muito elevadas e redução de idas ao banheiro durante a maior parte do dia.
Como resultado, o motorista fica sujeito à desidratação, ao desenvolvimento de cálculos (pedras) renais e infecções urinárias, as quais as mulheres tendem a ser mais propensas que os homens.
8- Ganho de peso
Um levantamento feito pelas concessionárias dos sistemas Anhanguera-Bandeirantes e Castelo Branco-Raposo Tavares, dois dos principais corredores viários do estado de São Paulo, apontou, em 2018, que 78% dos caminhoneiros estavam com sobrepeso ou obesidade.
A falta de atividade física e a má alimentação são apontadas como principais causas, aumentando ainda o risco para obesidade, diabetes e pressão alta.
9- Gastrite
Em situações de tensão, o nosso organismo acelera a liberação de cortisol e adrenalina, hormônios que elevam a produção de ácido no estômago. A gastrite quando relacionada ao trânsito pode surgir em decorrência do estresse crônico ou da alimentação muito gordurosa e processada, típica de restaurantes de estrada, que priorizam o consumo de lanches, pratos rápidos e fáceis para quem tem pressa.
Além disso, a dificuldade de acesso a saneamento básico também pode aumentar a chance de infecção pela bactéria H. pylori, que causa úlceras.
10- Distúrbios do sono
O trânsito caótico pode comprometer a qualidade do sono do indivíduo, impedindo-o de dormir bem e ininterruptamente. O estresse cotidiano é uma das causas dos distúrbios do sono.
O trânsito pode afetar o sono de várias maneiras perigosas. Tédio e cansaço extremo e persistente levam muitos motoristas a terem sonolência ao volante, o que frequentemente ocasiona acidentes.
Segundo a Abramet, entre 2014 e 2019, foram registrados 20 mil acidentes de trânsito relacionados aos distúrbios do sono, causando 1.788 mortes e 19.450 feridos. Por outro lado, estresse e preocupações repercutem em insônia, que pode causar mal súbito, apneia e alta ingestão de remédios.
Como evitar os malefícios do trânsito
- Está enganado quem pensa que as capitais são os melhores lugares para se viver. Se possível, busque oportunidades em cidades mais tranquilas e com trânsito menos intenso.
- Rotas alternativas podem ser uma ótima solução para driblar o congestionamento. Ou então, opte pelo uso de transportes como trens e metrô, use bicicleta ou caminhe.
- Imprevistos acontecem. É aconselhável sair de casa com antecedência e pesquisar trajetos alternativos.
- Escolha uma playlist relaxante. Ouça no carro músicas e programas de rádio relaxantes.
- Considere fazer psicoterapia e descanse bem antes de qualquer viagem longa.
- Pratique exercícios de alongamento e fortalecimento, aproveite o farol vermelho.
- Para evitar a poluição, fique com os vidros do carro fechados.
- Relaxe. Faça paradas a cada duas horas para ir ao banheiro, caminhar e ingerir líquidos.
- Fique atento à distância entre o banco e o volante e faça ajustes.
- Revise a espuma dos bancos e, caso seja necessário, realize uma troca.
- Procure fazer refeições leves. Evite o consumo de doces, frituras e salgados na estrada.
- Faça visitas regulares ao médico e mantenha bons hábitos.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.