Preocupação crônica: 3 efeitos para sua saúde e como enfrentá-los
Escrito e verificado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli
A preocupação crônica é uma dinâmica psicológica muito comum na atualidade, marcada quase sempre pelo estresse e pressões.
Estamos diante de mais um componente da ansiedade, um sintoma que, sem chegar a ser patológico em grande parte dos casos, causa um grande esgotamento físico e emocional para a pessoa que o sofre diariamente.
São como tempestades mentais, como poços sem fundo nos quais caímos diariamente e não deixamos de pensar em certas coisas que não aconteceram ou que, simplesmente, fazem parte do nosso passado.
Essa situação, quando a mente se dedica a sofrer ou pensar obsessivamente em certas coisas, enfraquece nossa produtividade e, em essência, nossa qualidade de vida.
Além disso, é importante considerar que a preocupação como meio de enfrentar os problemas nem sempre é útil.
A razão? Quando nos preocupamos em excesso, aparecem o negativismo e a impotência, portanto, deixamos de ser úteis para nós mesmos ao não focarmos em estratégias mais práticas.
Além disso, também não devemos esquecer um detalhe essencial: a preocupação crônica tem um alto custo para nossa saúde.
Vejamos a seguir alguns de seus efeitos e como enfrentá-los com estratégias mais eficazes.
1. Tensão muscular por causa da preocupação excessiva
Todos já passamos por isso alguma vez. Chegar no fim do dia e notar os músculos do pescoço e da mandíbula muito mais rígidos e dolorosamente tensos.
- Na maior parte das vezes não estamos conscientes da grande quantidade de reações biológicas que causam a preocupação excessiva que, como já assinalamos, é um componente a mais do demônio da ansiedade.
- Quando nos preocupamos em excesso ao longo do dia, nosso cérebro começa a liberar cortisol no sangue, o hormônio do estresse. O que o cortisol faz é nos preparar para a fuga ou para a luta.
- Por sua vez, o cérebro manda uma grande parte de nossa energia e circulação sanguínea para os músculos, para nos ajudar a reagir.
Esses processos geram tensão muscular e articular, além de dores de cabeça, de estômago, enjoos…
O que podemos fazer para diminuir a tensão muscular?
Sabemos que a origem dessa tensão muscular e dessa sobrecarga é a preocupação excessiva. A estratégia, portanto, começaria trabalhando esses pensamentos obsessivos e intrusivos.
No entanto, para diminuir o impacto dos efeitos secundários da ansiedade, a preocupação e carga cotidiana do estresse, podemos, sem dúvida, pôr em prática estas dimensões:
- Exercícios de curta duração, mas de alta intensidade. Precisamos liberar energia, canalizá-la, cansar o corpo para acalmar a mente.
- Escolha os exercícios que melhor se ajustem a suas características pessoais, levando em conta, por exemplo, que, se temos uma contratura, o ideal é ir com mais cuidado.
- As séries de abdominais, as caminhadas ou até dançar zumba podem ser muito catárticas.
2. O cansaço e a preocupação crônica
Ocorre em grande parte dos casos: a agonia mental, os emaranhados de nossas preocupações e a ansiedade que não sabemos gerenciar, acabam impactando nosso corpo.
A mente é a que consome toda a nossa energia, ela que definha nossos ânimos e até a vontade de realizar grande parte de nossas tarefas e responsabilidades diárias.
Pouco a pouco, ficamos presos a esse círculo vicioso e desgastante que a preocupação causa, e também ficamos presos ao cansaço físico.
O que podemos fazer para diminuir o impacto do cansaço?
Uma forma positiva de encarar a preocupação crônica é aplicando o que se conhece como “preocupação programada”. Trata-se do seguinte:
- Defina um tempo ao longo do dia durante o qual se dedicar a encontrar uma solução para essas preocupações.
- Quando aparecer um pensamento, diga a si mesmo: “não é o momento de lhe dar poder, pensarei nisso quanto terminar o trabalho e diante de um papel”.
- Toda preocupação deve servir para algo, para encontrar uma solução. Se a preocupação não tem solução, então, não faz sentido investir tempo nela.
- Além disso, é importante que jamais levemos essa “preocupação programada” para a cama, ou seja, que nunca nos deitemos com uma preocupação em mente.
3. A preocupação crônica enfraquece nosso sistema imunológico
Preocupar-se com um projeto, com uma entrevista, com uma cirurgia pela qual passaremos em breve, é algo natural e compreensível.
O problema surge quando a preocupação se instala em nosso dia a dia para ocupar cada um de nossos pensamentos.
- Se, além disso, as ditas preocupações e reflexões internas são sempre negativas, tudo isso tem um impacto direto sobre nossa saúde.
- Não apenas eleva-se o nível de cortisol no sangue, como também a adrenalina dispara…
- Todo o nosso organismo fica em “estado de alerta”, porque o cérebro interpreta que há um risco diante do qual é necessário reagir.
- Todos os recursos biológicos e energia vão para os músculos e o cérebro. Assim, outros sistemas ficam completamente desfalcados, como o imunológico.
- Deixamos assim de poder reagir de forma eficaz diante de um vírus ou de bactérias. Assim, ficamos mais sensíveis a infecções, resfriados, alergias…
O que podemos fazer para cuidar de nosso sistema imunológico?
Não deixe para amanhã a preocupação que você sente hoje. Não permita que o problema se torne maior, não procrastine aquilo que hoje poderia ter uma solução.
- Quando você passar por períodos de estresse e de ansiedade, procure cuidar de sua alimentação, consumindo alimentos frescos e naturais. Evite acima de tudo as comidas prontas e ricas em gorduras saturadas.
- Invista em sua socialização, compartilhe suas preocupações com outras pessoas, passe tempo com suas amizades, pois isso permitirá enfraquecer o foco em nossas ansiedades, deixar de dar importância a aquilo que nos deixa obcecados ou que só vemos de maneira negativa.
- Faça exercícios em um ambiente natural pelo menos durante meia hora por dia, procure se oxigenar, ativar sua circulação, retire a tensão de seus músculos, libere sua mente…
Para concluir, assim como pudemos ver, a preocupação crônica pode ser enfrentada de vários modos.
Encontre aquelas estratégias que mais se adequam a sua personalidade e comece a canalizar sua ansiedade para desfrutar assim de uma melhor qualidade de vida, com o bem-estar que você merece.
A preocupação crônica é uma dinâmica psicológica muito comum na atualidade, marcada quase sempre pelo estresse e pressões.
Estamos diante de mais um componente da ansiedade, um sintoma que, sem chegar a ser patológico em grande parte dos casos, causa um grande esgotamento físico e emocional para a pessoa que o sofre diariamente.
São como tempestades mentais, como poços sem fundo nos quais caímos diariamente e não deixamos de pensar em certas coisas que não aconteceram ou que, simplesmente, fazem parte do nosso passado.
Essa situação, quando a mente se dedica a sofrer ou pensar obsessivamente em certas coisas, enfraquece nossa produtividade e, em essência, nossa qualidade de vida.
Além disso, é importante considerar que a preocupação como meio de enfrentar os problemas nem sempre é útil.
A razão? Quando nos preocupamos em excesso, aparecem o negativismo e a impotência, portanto, deixamos de ser úteis para nós mesmos ao não focarmos em estratégias mais práticas.
Além disso, também não devemos esquecer um detalhe essencial: a preocupação crônica tem um alto custo para nossa saúde.
Vejamos a seguir alguns de seus efeitos e como enfrentá-los com estratégias mais eficazes.
1. Tensão muscular por causa da preocupação excessiva
Todos já passamos por isso alguma vez. Chegar no fim do dia e notar os músculos do pescoço e da mandíbula muito mais rígidos e dolorosamente tensos.
- Na maior parte das vezes não estamos conscientes da grande quantidade de reações biológicas que causam a preocupação excessiva que, como já assinalamos, é um componente a mais do demônio da ansiedade.
- Quando nos preocupamos em excesso ao longo do dia, nosso cérebro começa a liberar cortisol no sangue, o hormônio do estresse. O que o cortisol faz é nos preparar para a fuga ou para a luta.
- Por sua vez, o cérebro manda uma grande parte de nossa energia e circulação sanguínea para os músculos, para nos ajudar a reagir.
Esses processos geram tensão muscular e articular, além de dores de cabeça, de estômago, enjoos…
O que podemos fazer para diminuir a tensão muscular?
Sabemos que a origem dessa tensão muscular e dessa sobrecarga é a preocupação excessiva. A estratégia, portanto, começaria trabalhando esses pensamentos obsessivos e intrusivos.
No entanto, para diminuir o impacto dos efeitos secundários da ansiedade, a preocupação e carga cotidiana do estresse, podemos, sem dúvida, pôr em prática estas dimensões:
- Exercícios de curta duração, mas de alta intensidade. Precisamos liberar energia, canalizá-la, cansar o corpo para acalmar a mente.
- Escolha os exercícios que melhor se ajustem a suas características pessoais, levando em conta, por exemplo, que, se temos uma contratura, o ideal é ir com mais cuidado.
- As séries de abdominais, as caminhadas ou até dançar zumba podem ser muito catárticas.
2. O cansaço e a preocupação crônica
Ocorre em grande parte dos casos: a agonia mental, os emaranhados de nossas preocupações e a ansiedade que não sabemos gerenciar, acabam impactando nosso corpo.
A mente é a que consome toda a nossa energia, ela que definha nossos ânimos e até a vontade de realizar grande parte de nossas tarefas e responsabilidades diárias.
Pouco a pouco, ficamos presos a esse círculo vicioso e desgastante que a preocupação causa, e também ficamos presos ao cansaço físico.
O que podemos fazer para diminuir o impacto do cansaço?
Uma forma positiva de encarar a preocupação crônica é aplicando o que se conhece como “preocupação programada”. Trata-se do seguinte:
- Defina um tempo ao longo do dia durante o qual se dedicar a encontrar uma solução para essas preocupações.
- Quando aparecer um pensamento, diga a si mesmo: “não é o momento de lhe dar poder, pensarei nisso quanto terminar o trabalho e diante de um papel”.
- Toda preocupação deve servir para algo, para encontrar uma solução. Se a preocupação não tem solução, então, não faz sentido investir tempo nela.
- Além disso, é importante que jamais levemos essa “preocupação programada” para a cama, ou seja, que nunca nos deitemos com uma preocupação em mente.
3. A preocupação crônica enfraquece nosso sistema imunológico
Preocupar-se com um projeto, com uma entrevista, com uma cirurgia pela qual passaremos em breve, é algo natural e compreensível.
O problema surge quando a preocupação se instala em nosso dia a dia para ocupar cada um de nossos pensamentos.
- Se, além disso, as ditas preocupações e reflexões internas são sempre negativas, tudo isso tem um impacto direto sobre nossa saúde.
- Não apenas eleva-se o nível de cortisol no sangue, como também a adrenalina dispara…
- Todo o nosso organismo fica em “estado de alerta”, porque o cérebro interpreta que há um risco diante do qual é necessário reagir.
- Todos os recursos biológicos e energia vão para os músculos e o cérebro. Assim, outros sistemas ficam completamente desfalcados, como o imunológico.
- Deixamos assim de poder reagir de forma eficaz diante de um vírus ou de bactérias. Assim, ficamos mais sensíveis a infecções, resfriados, alergias…
O que podemos fazer para cuidar de nosso sistema imunológico?
Não deixe para amanhã a preocupação que você sente hoje. Não permita que o problema se torne maior, não procrastine aquilo que hoje poderia ter uma solução.
- Quando você passar por períodos de estresse e de ansiedade, procure cuidar de sua alimentação, consumindo alimentos frescos e naturais. Evite acima de tudo as comidas prontas e ricas em gorduras saturadas.
- Invista em sua socialização, compartilhe suas preocupações com outras pessoas, passe tempo com suas amizades, pois isso permitirá enfraquecer o foco em nossas ansiedades, deixar de dar importância a aquilo que nos deixa obcecados ou que só vemos de maneira negativa.
- Faça exercícios em um ambiente natural pelo menos durante meia hora por dia, procure se oxigenar, ativar sua circulação, retire a tensão de seus músculos, libere sua mente…
Para concluir, assim como pudemos ver, a preocupação crônica pode ser enfrentada de vários modos.
Encontre aquelas estratégias que mais se adequam a sua personalidade e comece a canalizar sua ansiedade para desfrutar assim de uma melhor qualidade de vida, com o bem-estar que você merece.
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