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Por que no Japão os filhos sempre obedecem aos pais?

4 minutos
As mães japonesas se dedicam com devoção ao cuidado e à educação de seus filhos. Este estilo de criação desenvolve crianças capazes de respeitar as regras, serem amáveis e se comportarem bem.
Por que no Japão os filhos sempre obedecem aos pais?
Última atualização: 27 julho, 2022

O Japão é um país admirado. Entre outras coisas, as crianças são vistas como obedientes e bem comportadas, sendo gentis e atenciosas, aprendendo e seguindo as regras ou adaptando seu comportamento ao que se espera delas. Essa forma de ser tem a ver com um método parental que muitos reverenciam.

Os pais japoneses têm plena confiança de que seus filhos sabem como se comportar adequadamente diante do exemplo que dão e se sentem responsáveis pelos resultados de seus filhos.

Você deve estar se perguntando como eles fazem isso. Continue lendo este artigo e nós daremos as dicas fundamentais da criação japonesa, que difere em vários aspectos dos padrões de criação das culturas ocidentais.

No Japão, as crianças obedecem e dão um exemplo de bom comportamento

Como uma pesquisa publicada pela Child Development explica, as famílias japonesas cultivam apego, empatia e harmonia. Neste país asiático, as crianças obedecem e aprendem a se comportar socialmente como um adulto.

No entanto, dentro de casa, as crianças são totalmente dependentes dos pais, principalmente da mãe. A dependência não é desencorajada, mas, ao contrário, é aceita e encorajada.

Some figure

Os pais japoneses reduzem a tendência individualista da criança de querer fazer o que quer através da proximidade extrema. As birras não fazem parte do comportamento das crianças japonesas, mas é claro que sempre há exceções.

O apego no Japão

Os pais, principalmente a mãe, têm uma relação muito estreita com a criança. Os pais promovem essa proximidade e reforçam a dependência. De acordo com os costumes japoneses, as crianças são vestidas e alimentadas pelos pais, além de dormirem junto com eles até os 6 anos de idade, aproximadamente.

Conforme detalhado por Halloway (2010)a relação histórica da mãe e do filho japoneses é íntima, embora isso mude com o tempo. É uma unidade na qual eles se vêem como uma “mente compartilhada”, ao invés de duas pessoas separadas e independentes. Nos primeiros três anos de vida, a mãe carregará seu bebê com ela o tempo todo e para qualquer lugar.

Assim, a mulher tem uma dedicação e devoção inegáveis ​​ao filho. É difícil para uma criança japonesa entrar na pré-escola antes dos três anos ou ser cuidada pelos avós. Depois de completar três anos, ela começa a estudar.

Confira também: Como ter sucesso na educação emocional dos filhos

A técnica de criação japonesa

Os pais japoneses consideram que o bom comportamento dos seus filhos se deve à criação baseada em sua crença filosófica, o confucionismo. A criação japonesa parte do ideal confucionista de educar as crianças com bondade, pois essa virtude gera paz interior e alegria.

Some figure

A partir dessa premissa inicial, a criação tem alguns componentes fundamentais que vamos descrever a seguir.

O poder da sugestão

Para fazer qualquer correção, a mãe japonesa utiliza a persuasão, a sugestão e, às vezes, a vergonha para evitar o confronto direto com os filhos pequenos. Isso minimiza as atitudes desafiadoras e agressivas das crianças.

A mãe japonesa usa os pedidos e sugestões para indicar as obrigações das crianças. Em vez de dizer “Recolha os brinquedos! ”, ela diz “O que você deve fazer agora com os seus brinquedos?” Como consequência, a criança fará o possível para cumprir suas responsabilidades com a mãe.

Porém, se a criança não estiver disposta a cooperar ou finge não ter ouvido o pedido ou a sugestão, a mãe pode usar pequenas provocações. A criança sempre vai preferir obedecer do que se sentir envergonhada.

A força dos gestos

As crianças japonesas se sentem muito envolvidas com suas mães, ao ponto de terem plena consciência das emoções e dos gestos delas, e em qual estado de harmonia se encontram. Os filhos farão o que for possível para não quebrar essa harmonia.

Quando a mãe sugere algo, junto à sugestão, há uma expressão em seu rosto que informa à criança que ela ficará surpresa se as coisas não ocorrerem como o esperado.

Some figure

Uma mãe jamais castiga ou repreende um filho diretamente. Como já foi dito anteriormente, no seu rosto há uma expressão de tensão que indica à criança que ela está decepcionada. A criança deseja manter a harmonia com a mãe, portanto, ela vai evitar os conflitos e fazer o que é esperado dela.

A compreensão e o amor: no Japão, as crianças obedecem

As mães japonesas também sabem reconhecer as emoções de seus filhos. Diante disso, a criança pode mudar sua técnica de persuasão. Se perceber que ela não parece estar com vontade de atender a uma solicitação sua, evite fazê-la. Ela deixa seu pedido para quando tiver maiores chances de sucesso.

Não deixe de ler: Criar filhos sozinhas, é tudo o que nos espera

Se a criança não quiser recolher os brinquedos, a mãe terá explicações mais condescendentes sobre a recusa. Ela vai dizer que a criança não está preparada ou não se desenvolveu o suficiente para cumprir a tarefa ou, talvez, que está cansada ou apenas interessada em continuar brincando naquele momento.

Em última análise, os pais no Japão fazem o possível para que seus filhos se sintam amados, respeitados e valorizados. As crianças, por sua vez, dependem da paciência, da bondade e da compaixão de seus pais.

Sem dúvida, esse tipo de criação é um desafio para as mães ocidentais. Você tem coragem de experimentar essa forma de criação que faz com que as crianças japonesas obedeçam seus pais?

O Japão é um país admirado. Entre outras coisas, as crianças são vistas como obedientes e bem comportadas, sendo gentis e atenciosas, aprendendo e seguindo as regras ou adaptando seu comportamento ao que se espera delas. Essa forma de ser tem a ver com um método parental que muitos reverenciam.

Os pais japoneses têm plena confiança de que seus filhos sabem como se comportar adequadamente diante do exemplo que dão e se sentem responsáveis pelos resultados de seus filhos.

Você deve estar se perguntando como eles fazem isso. Continue lendo este artigo e nós daremos as dicas fundamentais da criação japonesa, que difere em vários aspectos dos padrões de criação das culturas ocidentais.

No Japão, as crianças obedecem e dão um exemplo de bom comportamento

Como uma pesquisa publicada pela Child Development explica, as famílias japonesas cultivam apego, empatia e harmonia. Neste país asiático, as crianças obedecem e aprendem a se comportar socialmente como um adulto.

No entanto, dentro de casa, as crianças são totalmente dependentes dos pais, principalmente da mãe. A dependência não é desencorajada, mas, ao contrário, é aceita e encorajada.

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Os pais japoneses reduzem a tendência individualista da criança de querer fazer o que quer através da proximidade extrema. As birras não fazem parte do comportamento das crianças japonesas, mas é claro que sempre há exceções.

O apego no Japão

Os pais, principalmente a mãe, têm uma relação muito estreita com a criança. Os pais promovem essa proximidade e reforçam a dependência. De acordo com os costumes japoneses, as crianças são vestidas e alimentadas pelos pais, além de dormirem junto com eles até os 6 anos de idade, aproximadamente.

Conforme detalhado por Halloway (2010)a relação histórica da mãe e do filho japoneses é íntima, embora isso mude com o tempo. É uma unidade na qual eles se vêem como uma “mente compartilhada”, ao invés de duas pessoas separadas e independentes. Nos primeiros três anos de vida, a mãe carregará seu bebê com ela o tempo todo e para qualquer lugar.

Assim, a mulher tem uma dedicação e devoção inegáveis ​​ao filho. É difícil para uma criança japonesa entrar na pré-escola antes dos três anos ou ser cuidada pelos avós. Depois de completar três anos, ela começa a estudar.

Confira também: Como ter sucesso na educação emocional dos filhos

A técnica de criação japonesa

Os pais japoneses consideram que o bom comportamento dos seus filhos se deve à criação baseada em sua crença filosófica, o confucionismo. A criação japonesa parte do ideal confucionista de educar as crianças com bondade, pois essa virtude gera paz interior e alegria.

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A partir dessa premissa inicial, a criação tem alguns componentes fundamentais que vamos descrever a seguir.

O poder da sugestão

Para fazer qualquer correção, a mãe japonesa utiliza a persuasão, a sugestão e, às vezes, a vergonha para evitar o confronto direto com os filhos pequenos. Isso minimiza as atitudes desafiadoras e agressivas das crianças.

A mãe japonesa usa os pedidos e sugestões para indicar as obrigações das crianças. Em vez de dizer “Recolha os brinquedos! ”, ela diz “O que você deve fazer agora com os seus brinquedos?” Como consequência, a criança fará o possível para cumprir suas responsabilidades com a mãe.

Porém, se a criança não estiver disposta a cooperar ou finge não ter ouvido o pedido ou a sugestão, a mãe pode usar pequenas provocações. A criança sempre vai preferir obedecer do que se sentir envergonhada.

A força dos gestos

As crianças japonesas se sentem muito envolvidas com suas mães, ao ponto de terem plena consciência das emoções e dos gestos delas, e em qual estado de harmonia se encontram. Os filhos farão o que for possível para não quebrar essa harmonia.

Quando a mãe sugere algo, junto à sugestão, há uma expressão em seu rosto que informa à criança que ela ficará surpresa se as coisas não ocorrerem como o esperado.

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Uma mãe jamais castiga ou repreende um filho diretamente. Como já foi dito anteriormente, no seu rosto há uma expressão de tensão que indica à criança que ela está decepcionada. A criança deseja manter a harmonia com a mãe, portanto, ela vai evitar os conflitos e fazer o que é esperado dela.

A compreensão e o amor: no Japão, as crianças obedecem

As mães japonesas também sabem reconhecer as emoções de seus filhos. Diante disso, a criança pode mudar sua técnica de persuasão. Se perceber que ela não parece estar com vontade de atender a uma solicitação sua, evite fazê-la. Ela deixa seu pedido para quando tiver maiores chances de sucesso.

Não deixe de ler: Criar filhos sozinhas, é tudo o que nos espera

Se a criança não quiser recolher os brinquedos, a mãe terá explicações mais condescendentes sobre a recusa. Ela vai dizer que a criança não está preparada ou não se desenvolveu o suficiente para cumprir a tarefa ou, talvez, que está cansada ou apenas interessada em continuar brincando naquele momento.

Em última análise, os pais no Japão fazem o possível para que seus filhos se sintam amados, respeitados e valorizados. As crianças, por sua vez, dependem da paciência, da bondade e da compaixão de seus pais.

Sem dúvida, esse tipo de criação é um desafio para as mães ocidentais. Você tem coragem de experimentar essa forma de criação que faz com que as crianças japonesas obedeçam seus pais?


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  • Rothbaum, F.; Pott, M.; Azuma, H.; Miyake, K.; Weisz, J. 2000. The Development of Close Relationships in Japan and the United States: Paths of Symbiotic Harmony and Generative Tension. Child Development. https://scholar.harvard.edu/files/jweisz/files/2000b.pdf
  • Holloway, Susan. (2010). Japanese Women, Parenting, and Family Life.
  • Kawano, A., Matsuda, T., & Xiao, L. (2015). Educación social en Japón. Pedagogia Social Revista Interuniversitaria. https://doi.org/10.7179/psri_2016.27.12
  • Gainey, Peter & Andressen, Curtis. (2002). The Japanese Education System: Globalisation and International Education. Japanese Studies. 22. 153-167. 10.1080/1037139022000016564.
  • Damian J. Rivers (2010) Ideologies of internationalisation and the treatment of diversity within Japanese higher education, Journal of Higher Education Policy and Management, 32:5, 441-454, DOI: 10.1080/1360080X.2010.511117

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