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Por que as mudanças de temperatura afetam a saúde?

4 minutos
Quais são as razões pelas quais a mudança de temperatura afeta a saúde? Descubra!
Por que as mudanças de temperatura afetam a saúde?
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 11 outubro, 2022

As mudanças de temperatura afetam a saúde em múltiplos aspectos. A climatologia tem efeitos colaterais em várias áreas da vida humana, incluindo o corpo e seu funcionamento.

Por exemplo, é verdade que há mais infecções respiratórias no inverno e que no verão os casos de desidratação aumentam. Isso, que parece óbvio, na verdade responde às mudanças de temperatura que modificam o ecossistema.

O ser humano vive inserido em ambientes em mudança. Salvo algumas exceções no planeta em que a estabilidade da temperatura é muito constante, no resto dos lugares o clima oscila entre duas, três ou quatro estações.

Tanto a temperatura do ar quanto a pressão atmosférica e o grau de precipitação são elementos constituintes do clima. A interação de forças entre eles inflama ou desinflama, aumenta a circulação de microorganismos ou a detém, melhora o humor ou deprime.

Vamos ver, através de três exemplos claros, como a mudança do tempo afeta a saúde. Se já sabemos com antecedência ao que somos mais suscetíveis em cada idade, podemos tomar medidas para prevenir transtornos.

O caso de dor nas articulações devido às mudanças de temperatura

A dor nos joelhos antes das mudanças de temperatura é um sofrimento clássico, principalmente em pessoas idosas. Se o frio ou a umidade do ambiente aumentar, as pessoas com osteoartrite e artrite tendem sofrer mais.

A reumatologia conhece essa relação há muito tempo e faz parte dos protocolos para reforçar os analgésicos em épocas de inverno, por exemplo. Supõe-se que haverá mais dor e que será necessária a adição de anti-inflamatórios.

A verdadeira origem desta exacerbação é a pressão atmosférica. Entende-se como tal a força que o ar exerce sobre um ponto da atmosfera. Esta pressão externa afeta a pressão interna do corpo, inclusive aquela que pode ser medida dentro das articulações.

Como o joelho é um espaço quase fechado, um aumento da pressão interna causará dor. Em uma pessoa sem patologias articulares nada acontecerá, mas em casos de osteoartrite sim.

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Quando há aumento da pressão atmosférica, os joelhos dos pacientes com osteoartrite doem mais.

Resfriados

Em termos epidemiológicos, as infecções respiratórias são típicas do outono e inverno, associadas a baixas temperaturas ambientais. O frio reduz a mobilidade dos cílios que varrem o muco do ar e favorecem a entrada de microrganismos.

No entanto, o mesmo efeito é obtido com o ar condicionado, o que explica grande parte dos resfriados de verão. Assim, estamos diante de uma mudança de temperatura artificial que afeta a saúde.

O ar condicionado também resseca o ambiente. Isso diminui a umidade natural do nariz e da garganta, o que afeta a função de barreira contra bactérias e vírus e resulta em mais um fator de infecção.

O clima modifica os hábitos de encontro e contato social, acrescentando contágio. No inverno nos encontramos sob o mesmo teto por muitas horas com pouca ventilação e os microrganismos são mais propensos a passar de pessoa para pessoa devido à proximidade.

Veja: Caminhar: o melhor exercício para a mente e o corpo

Mudanças de humor e clima

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O clima altera a composição dos ambientes, o que pode acelerar ou retardar a disseminação de microrganismos.

Estudos científicos comparando grupos de pessoas com maior exposição ao ar livre versus aqueles com mais tempo dentro de casa devido ao clima frio mostraram que o humor varia com a temperatura. Em latitudes extremamente frias, as pessoas são mais propensas à depressão.

Os dados não são menores se os vincularmos às taxas de suicídio, que são mais altas em países e regiões geográficas frias. Isso pode ser devido à baixa exposição à radiação solar, o que teria efeitos negativos nas pessoas.

No entanto, as regiões do Caribe, por exemplo, são suscetíveis a furacões e ventos fortes que estimulam a exacerbação de doenças psiquiátricas após tempestades.

Antecipe a mudança de temperatura

Uma forma de cuidar da sua saúde é antecipar as mudanças de temperatura que já conhecemos. No inverno, por exemplo, podemos tomar medidas preventivas que reduzem nossas chances de pegar gripe.

A exposição solar é outro fator que devemos aproveitar. Se de acordo com a previsão do tempo sabemos os dias ensolarados que haverá em uma semana de outono, devemos agendar passeios para absorver a radiação do sol.

Em suma, o clima não é algo que vamos controlar, mas estamos em posição de antecipar às vezes para agir de acordo. Portanto, se você deseja proteger sua saúde, verifique a previsão do tempo.

As mudanças de temperatura afetam a saúde em múltiplos aspectos. A climatologia tem efeitos colaterais em várias áreas da vida humana, incluindo o corpo e seu funcionamento.

Por exemplo, é verdade que há mais infecções respiratórias no inverno e que no verão os casos de desidratação aumentam. Isso, que parece óbvio, na verdade responde às mudanças de temperatura que modificam o ecossistema.

O ser humano vive inserido em ambientes em mudança. Salvo algumas exceções no planeta em que a estabilidade da temperatura é muito constante, no resto dos lugares o clima oscila entre duas, três ou quatro estações.

Tanto a temperatura do ar quanto a pressão atmosférica e o grau de precipitação são elementos constituintes do clima. A interação de forças entre eles inflama ou desinflama, aumenta a circulação de microorganismos ou a detém, melhora o humor ou deprime.

Vamos ver, através de três exemplos claros, como a mudança do tempo afeta a saúde. Se já sabemos com antecedência ao que somos mais suscetíveis em cada idade, podemos tomar medidas para prevenir transtornos.

O caso de dor nas articulações devido às mudanças de temperatura

A dor nos joelhos antes das mudanças de temperatura é um sofrimento clássico, principalmente em pessoas idosas. Se o frio ou a umidade do ambiente aumentar, as pessoas com osteoartrite e artrite tendem sofrer mais.

A reumatologia conhece essa relação há muito tempo e faz parte dos protocolos para reforçar os analgésicos em épocas de inverno, por exemplo. Supõe-se que haverá mais dor e que será necessária a adição de anti-inflamatórios.

A verdadeira origem desta exacerbação é a pressão atmosférica. Entende-se como tal a força que o ar exerce sobre um ponto da atmosfera. Esta pressão externa afeta a pressão interna do corpo, inclusive aquela que pode ser medida dentro das articulações.

Como o joelho é um espaço quase fechado, um aumento da pressão interna causará dor. Em uma pessoa sem patologias articulares nada acontecerá, mas em casos de osteoartrite sim.

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Quando há aumento da pressão atmosférica, os joelhos dos pacientes com osteoartrite doem mais.

Resfriados

Em termos epidemiológicos, as infecções respiratórias são típicas do outono e inverno, associadas a baixas temperaturas ambientais. O frio reduz a mobilidade dos cílios que varrem o muco do ar e favorecem a entrada de microrganismos.

No entanto, o mesmo efeito é obtido com o ar condicionado, o que explica grande parte dos resfriados de verão. Assim, estamos diante de uma mudança de temperatura artificial que afeta a saúde.

O ar condicionado também resseca o ambiente. Isso diminui a umidade natural do nariz e da garganta, o que afeta a função de barreira contra bactérias e vírus e resulta em mais um fator de infecção.

O clima modifica os hábitos de encontro e contato social, acrescentando contágio. No inverno nos encontramos sob o mesmo teto por muitas horas com pouca ventilação e os microrganismos são mais propensos a passar de pessoa para pessoa devido à proximidade.

Veja: Caminhar: o melhor exercício para a mente e o corpo

Mudanças de humor e clima

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O clima altera a composição dos ambientes, o que pode acelerar ou retardar a disseminação de microrganismos.

Estudos científicos comparando grupos de pessoas com maior exposição ao ar livre versus aqueles com mais tempo dentro de casa devido ao clima frio mostraram que o humor varia com a temperatura. Em latitudes extremamente frias, as pessoas são mais propensas à depressão.

Os dados não são menores se os vincularmos às taxas de suicídio, que são mais altas em países e regiões geográficas frias. Isso pode ser devido à baixa exposição à radiação solar, o que teria efeitos negativos nas pessoas.

No entanto, as regiões do Caribe, por exemplo, são suscetíveis a furacões e ventos fortes que estimulam a exacerbação de doenças psiquiátricas após tempestades.

Antecipe a mudança de temperatura

Uma forma de cuidar da sua saúde é antecipar as mudanças de temperatura que já conhecemos. No inverno, por exemplo, podemos tomar medidas preventivas que reduzem nossas chances de pegar gripe.

A exposição solar é outro fator que devemos aproveitar. Se de acordo com a previsão do tempo sabemos os dias ensolarados que haverá em uma semana de outono, devemos agendar passeios para absorver a radiação do sol.

Em suma, o clima não é algo que vamos controlar, mas estamos em posição de antecipar às vezes para agir de acordo. Portanto, se você deseja proteger sua saúde, verifique a previsão do tempo.


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  • Keller, Matthew C., et al. “A warm heart and a clear head: The contingent effects of weather on mood and cognition.” Psychological science 16.9 (2005): 724-731.
  • Vergés, Josep, et al. “Influencia de las condiciones meteorológicas en la patología condral.” Apunts. Medicina de l’Esport 42.155 (2007): 145-148.
  • DE, MC, MA MOSSO ROSA, and C. Ullán. “El aire: hábitat y medio de transmisión de microorganismos.” Observatorio medioambiental 5.2002 (2002): 375-402.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.