Pomadas de cabelo podem causar cegueira temporária
Todas as pomadas de cabelo estão com a comercialização proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a partir do dia 10/02/2023. Esses produtos costumam ser usados para modelar e trançar cabelos e, nos últimos dias, oftalmologistas de todo o Brasil têm relatado um aumento no número de casos que associam graves prejuízos oculares, incluindo cegueira.
A decisão é resultado de uma avaliação de riscos feita pela Anvisa e foi adotada pelo aumento do número de casos de efeitos graves associados ao uso desse tipo de produto, como a cegueira temporária, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça.
“A avaliação de risco feita pela Anvisa em conjunto com o Ministério da Saúde e vigilâncias sanitárias locais indica que, diante do número de ocorrências, distribuição geográfica e diversidade de marcas envolvidas, a medida mais segura é interditar estes produtos até que todas as providências possíveis sejam adotadas para evitar novos casos”, afirmou, em nota, a Anvisa.
Segundo o oftalmologista Kayo Espósito, da FAV, “São pomadas que causam uma conjuntivite química. Só na FAV, foram 60 atendimentos ontem (domingo, dia 5)”, diz.
A maioria das pacientes apresentou os sintomas nos olhos, incluindo muita dor, após fazerem penteados feitos para ir a prévias carnavalescas. Geralmente, os sintomas são observados depois da lavagem dos cabelos em que foi utilizado o produto ou depois do contato com água da chuva, banho de chuveiro, água de piscina ou do mar.
Orientações da Anvisa
Inicialmente, a Anvisa havia proibido apenas o uso de determinadas marcas de pomada, mas devido ao grande número de ocorrências, proibiu o uso de todas as marcas.
“Caso você tenha adquirido algum desses produtos, não faça uso dele. Caso tenha em sua residência ou estabelecimento produtos para os quais foi determinado recolhimento, a recomendação é de que entre em contato com a empresa onde o produto foi adquirido, para verificar a forma de devolução”, orienta a Anvisa.
Quem fez uso recente de algum desses produtos deve observar o cuidado ao lavar os cabelos, para que o produto não entre em contato com os olhos. Em caso de qualquer efeito adverso, procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo de você e informe a Anvisa pelos endereços eletrônicos abaixo:
- Cidadãos e profissionais que manejam produtos cosméticos
- Empresas e profissionais da saúde (após realização de cadastro)
A Anvisa destaca que a interdição do produto é uma medida cautelar que visa proteger a população em caso de risco à saúde e permanecerá vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação mais aprofundada do caso.
Em janeiro, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) já havia feito um alerta sobre os cuidados com o manuseio das pomadas para cabelo. O presidente da Sociedade Brasileira de Córnea, Sérgio Kwitko, membro do CBO, diz que é necessária atenção por parte dos consumidores à composição química desses produtos.
Pomadas de cabelo: mulheres relatam cegueira temporária após o uso
Com o carnaval chegando e o aumento da procura por esse tipo de penteado, o número de casos tem se tornado cada vez mais frequente. Os hospitais de todo Brasil registraram um aumento de atendimentos – todos eles relacionados a queimaduras nas córneas por causa do uso de pomadas modeladoras.
“Os relatos que circulam em redes sociais e em ambientes hospitalares associam reações, como cegueira temporária, irritação e sensação de queimadura nos olhos, ao uso de pomadas modeladoras de diferentes marcas e fabricantes, o que indica a necessidade de atenção por parte dos consumidores à composição química desses produtos”, diz a nota de alerta do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Segundo esse alerta, a metilcloroisotiazolinona (MCI) e a metilsotiazolinona (MI), que são compostos químicos comumente utilizados na formulação dessas pomadas para cabelos, são uma ameaça à visão.
“Esses conservantes contêm elementos tóxicos à pele e mucosas, podendo causar alergias e queimaduras nos olhos e na pele, além de toxicidade pulmonar e neurotoxicidade”.
“Muitas marcas já foram retiradas do mercado, mas muitas pacientes estão chegando com amostras de várias pomadas diferentes. Então, a minha orientação é evitar usar qualquer uma dessas pomadas neste momento, já que a gente não sabe ainda qual dos agentes presentes na formulação causa esses problemas na visão“, diz o oftalmologista Kayo Espósito.
A Anvisa informou que a proibição da venda desses produtos é uma medida preventiva e deve durar até o fim da investigação. Enquanto não se sabe o que está causando o problema, a orientação é trançar os cabelos à moda antiga: sem pomada.
Todas as pomadas de cabelo estão com a comercialização proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a partir do dia 10/02/2023. Esses produtos costumam ser usados para modelar e trançar cabelos e, nos últimos dias, oftalmologistas de todo o Brasil têm relatado um aumento no número de casos que associam graves prejuízos oculares, incluindo cegueira.
A decisão é resultado de uma avaliação de riscos feita pela Anvisa e foi adotada pelo aumento do número de casos de efeitos graves associados ao uso desse tipo de produto, como a cegueira temporária, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça.
“A avaliação de risco feita pela Anvisa em conjunto com o Ministério da Saúde e vigilâncias sanitárias locais indica que, diante do número de ocorrências, distribuição geográfica e diversidade de marcas envolvidas, a medida mais segura é interditar estes produtos até que todas as providências possíveis sejam adotadas para evitar novos casos”, afirmou, em nota, a Anvisa.
Segundo o oftalmologista Kayo Espósito, da FAV, “São pomadas que causam uma conjuntivite química. Só na FAV, foram 60 atendimentos ontem (domingo, dia 5)”, diz.
A maioria das pacientes apresentou os sintomas nos olhos, incluindo muita dor, após fazerem penteados feitos para ir a prévias carnavalescas. Geralmente, os sintomas são observados depois da lavagem dos cabelos em que foi utilizado o produto ou depois do contato com água da chuva, banho de chuveiro, água de piscina ou do mar.
Orientações da Anvisa
Inicialmente, a Anvisa havia proibido apenas o uso de determinadas marcas de pomada, mas devido ao grande número de ocorrências, proibiu o uso de todas as marcas.
“Caso você tenha adquirido algum desses produtos, não faça uso dele. Caso tenha em sua residência ou estabelecimento produtos para os quais foi determinado recolhimento, a recomendação é de que entre em contato com a empresa onde o produto foi adquirido, para verificar a forma de devolução”, orienta a Anvisa.
Quem fez uso recente de algum desses produtos deve observar o cuidado ao lavar os cabelos, para que o produto não entre em contato com os olhos. Em caso de qualquer efeito adverso, procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo de você e informe a Anvisa pelos endereços eletrônicos abaixo:
- Cidadãos e profissionais que manejam produtos cosméticos
- Empresas e profissionais da saúde (após realização de cadastro)
A Anvisa destaca que a interdição do produto é uma medida cautelar que visa proteger a população em caso de risco à saúde e permanecerá vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação mais aprofundada do caso.
Em janeiro, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) já havia feito um alerta sobre os cuidados com o manuseio das pomadas para cabelo. O presidente da Sociedade Brasileira de Córnea, Sérgio Kwitko, membro do CBO, diz que é necessária atenção por parte dos consumidores à composição química desses produtos.
Pomadas de cabelo: mulheres relatam cegueira temporária após o uso
Com o carnaval chegando e o aumento da procura por esse tipo de penteado, o número de casos tem se tornado cada vez mais frequente. Os hospitais de todo Brasil registraram um aumento de atendimentos – todos eles relacionados a queimaduras nas córneas por causa do uso de pomadas modeladoras.
“Os relatos que circulam em redes sociais e em ambientes hospitalares associam reações, como cegueira temporária, irritação e sensação de queimadura nos olhos, ao uso de pomadas modeladoras de diferentes marcas e fabricantes, o que indica a necessidade de atenção por parte dos consumidores à composição química desses produtos”, diz a nota de alerta do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Segundo esse alerta, a metilcloroisotiazolinona (MCI) e a metilsotiazolinona (MI), que são compostos químicos comumente utilizados na formulação dessas pomadas para cabelos, são uma ameaça à visão.
“Esses conservantes contêm elementos tóxicos à pele e mucosas, podendo causar alergias e queimaduras nos olhos e na pele, além de toxicidade pulmonar e neurotoxicidade”.
“Muitas marcas já foram retiradas do mercado, mas muitas pacientes estão chegando com amostras de várias pomadas diferentes. Então, a minha orientação é evitar usar qualquer uma dessas pomadas neste momento, já que a gente não sabe ainda qual dos agentes presentes na formulação causa esses problemas na visão“, diz o oftalmologista Kayo Espósito.
A Anvisa informou que a proibição da venda desses produtos é uma medida preventiva e deve durar até o fim da investigação. Enquanto não se sabe o que está causando o problema, a orientação é trançar os cabelos à moda antiga: sem pomada.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.