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Peixes que devemos evitar

5 minutos
Existem algumas variedades de peixes contaminados com mercúrio e outros metais pesados. Por isso, é melhor evitar o seu consumo. Saiba quais são a seguir.
Peixes que devemos evitar
Florencia Villafañe

Escrito e verificado por a nutricionista Florencia Villafañe

Última atualização: 27 maio, 2022

Os peixes, em geral, são conhecidos por serem uma importante fonte de nutrientes essenciais. No entanto, existem algumas espécies que podem ser transmissoras de metais pesados ou de doenças alimentares. Você sabe quais são os peixes que devemos evitar?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a principal fonte de exposição humana aos compostos tóxicos é por meio do consumo de peixes e crustáceos. Em particular, essas substâncias afetam a saúde e, acima de tudo, representam um risco significativo para mulheres grávidas e lactantes.

Por que há alguns peixes que devemos evitar?

Há anos se sabe que uma grande variedade de espécies marinhas, principalmente aquelas que se encontram nos últimos níveis da cadeia alimentar, podem acumular metais como cádmio, chumbo e mercúrio provenientes de atividades como a mineração, pecuária, agricultura, entre outras.

As concentrações tornam-se tão altas que podem ser letais. O envenenamento massivo que ocorreu na baía de Minamata, no Japão, no início de 1950, é o caso mais conhecido de intoxicação decorrente do consumo de peixes com alto teor de mercúrio.

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A intoxicação pela ingestão de peixes contaminados pode ser fatal. Portanto, é importante conhecer as espécies de maior risco.

Efeitos do mercúrio na saúde humana

Segundo um estudo publicado na revista médica do Chile, a toxicidade do mercúrio em peixes está associada à forma química, ao tipo, à dose de exposição e à idade em que ocorre. Quando esse metal é liberado no meio ambiente, ele passa por uma série de transformações e participa de ciclos entre a atmosfera, o oceano e a terra.

A porcentagem que acaba na água, que é de 5%, é mercúrio elementar e se acumula em sedimentos. Isso ocorre tanto em lagos, lagoas e pântanos quanto em estuários e oceanos. As bactérias que lá vivem o convertem em metilmercúrio, que é então extraído por vermes, minhocas e outros animais.

Essa é a substância orgânica que os peixes acabam ingerindo, e é a que manifesta a maior toxidade para os organismos vivos, pois causa problemas nas seguintes estruturas:

Leia também: Por que os bebês não podem comer mel?

Peixes que devemos evitar consumir regularmente

De acordo com o que mencionamos anteriormente, existem espécies que podem viver por mais de 100 anos. Portanto, a ingestão dessas substâncias ao longo da vida aumenta seu potencial de toxicidade.

Da mesma forma, os peixes de maior tamanho consomem quantidades mais elevadas, pois o consumo é proporcional ao seu tamanho. A seguir, contamos a você quais são os peixes que devemos evitar para não prejudicar a saúde.

Cavala (Scomberomorus cavalla)

A cavala é um peixe marinho de corpo alongado e fusiforme. Seu focinho é pontudo e a sua boca larga. Além disso, possui olhos grandes que são circundados por um anel ósseo fechado. O corpo é coberto por pequenas escamas, com dorso azul-esverdeado brilhante, flancos verde-claros e ventre prateado.

Mede, geralmente, 65 centímetros de comprimento, mas os machos podem atingir um comprimento de até 2 metros. Esta espécie vive no Oceano Atlântico, desde o Canadá e Massachusetts (Estados Unidos) até São Paulo (Brasil).

Marlin azul (Makaira nigricans)

É uma espécie de Marlin que pode ultrapassar os 4 metros de comprimento, embora normalmente meça entre 1,80 e 3 metros. Também é conhecido por outros nomes, como “marlin azul do Atlântico”, devido à cor da barbatana dorsal. No entanto, é branco e prateado na área da barriga.

Seu corpo é alongado e possui duas nadadeiras dorsais. Em relação à mandíbula superior, tem a forma de uma espada. Geralmente, este peixe vive nas águas subtropicais e tropicais do Atlântico, incluindo as costas das Ilhas Canárias.

Também podemos encontrá-lo nos oceanos Pacífico e Índico. As fêmeas pesam até 450 quilos, enquanto os machos não ultrapassam 160 quilos.

Hoplostethus atlanticus

Este peixe marinho habita o leste e o noroeste do oceano Atlântico, o sul do oceano Pacífico e o oceano Índico. Seu corpo é oval e bastante alongado. Tem uma cabeça grande, olhos pequenos e dentes minúsculos. Apresenta uma coloração laranja escura no corpo e vermelha na cabeça.

Habita profundidades de 180 a 1500 metros e a sua captura é incidental com redes de arrasto. Esta espécie é uma das mais antigas das que se tem conhecimento. Estima-se que possa viver até 180 anos, portanto, seria o peixe mais velho da natureza.

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Comer peixe contaminado com mercúrio é uma causa comum de intoxicação alimentar.

Bacalhau comum (Gadu morhua)

O bacalhau comum, também conhecido como “bacalhau do Atlântico” ou “bacalhau da Noruega“, é uma das 60 espécies de peixes migradores. Habita o Oceano Atlântico Nordeste, desde o Mar de Barents até o Golfo da Biscaia, incluindo as águas da Islândia, Groenlândia e Mar Báltico.

Geralmente é pequeno em tamanho, embora alguns espécimes atinjam 2 metros de comprimento e pesem até 100 quilos. Alimentam-se de outros peixes, como arenque ou sardinha. Encontra-se a 600 metros de profundidade.

Atum olho-de-boi (Thunnus obesus)

O atum olho-de-boi é uma das espécies que pode conter uma grande quantidade de mercúrio. Entretanto, o mesmo não acontece com o atum do Mediterrâneo. Esta variedade é também conhecida como “albacora” ou “peixe pelágico”.

Vive em áreas tropicais e subtropicais do Atlântico, Índico e Pacífico, mas está ausente no Mar Mediterrâneo. Pode medir 2,50 metros de comprimento, mas geralmente atinge 1,80 metro com uma idade de aproximadamente 15 anos.

Não deixe de ler: Sintomas de intoxicação por consumo de peixes

Conclusão sobre os peixes que devemos evitar

Estas são algumas espécies que podem acumular metais pesados ​​em excesso, especialmente metilmercúrio. Entretanto, existem outros peixes que contêm essa substância, mas em quantidades que não costumam ser significativas.

Os mais vulneráveis ​​a essas substâncias tóxicas são as mulheres em idade reprodutiva, as gestantes, as mães que estão amamentando e as crianças menores de 2 anos, dados os efeitos negativos que esses compostos têm na saúde. Claro, isso não significa que eles não afetem outros grupos da população.

Lembre-se de que comer porções moderadas de alguns dos peixes descritos não prejudicará a sua saúde. Então, você pode fazer isso ocasionalmente evitando os excessos.

Os peixes, em geral, são conhecidos por serem uma importante fonte de nutrientes essenciais. No entanto, existem algumas espécies que podem ser transmissoras de metais pesados ou de doenças alimentares. Você sabe quais são os peixes que devemos evitar?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a principal fonte de exposição humana aos compostos tóxicos é por meio do consumo de peixes e crustáceos. Em particular, essas substâncias afetam a saúde e, acima de tudo, representam um risco significativo para mulheres grávidas e lactantes.

Por que há alguns peixes que devemos evitar?

Há anos se sabe que uma grande variedade de espécies marinhas, principalmente aquelas que se encontram nos últimos níveis da cadeia alimentar, podem acumular metais como cádmio, chumbo e mercúrio provenientes de atividades como a mineração, pecuária, agricultura, entre outras.

As concentrações tornam-se tão altas que podem ser letais. O envenenamento massivo que ocorreu na baía de Minamata, no Japão, no início de 1950, é o caso mais conhecido de intoxicação decorrente do consumo de peixes com alto teor de mercúrio.

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A intoxicação pela ingestão de peixes contaminados pode ser fatal. Portanto, é importante conhecer as espécies de maior risco.

Efeitos do mercúrio na saúde humana

Segundo um estudo publicado na revista médica do Chile, a toxicidade do mercúrio em peixes está associada à forma química, ao tipo, à dose de exposição e à idade em que ocorre. Quando esse metal é liberado no meio ambiente, ele passa por uma série de transformações e participa de ciclos entre a atmosfera, o oceano e a terra.

A porcentagem que acaba na água, que é de 5%, é mercúrio elementar e se acumula em sedimentos. Isso ocorre tanto em lagos, lagoas e pântanos quanto em estuários e oceanos. As bactérias que lá vivem o convertem em metilmercúrio, que é então extraído por vermes, minhocas e outros animais.

Essa é a substância orgânica que os peixes acabam ingerindo, e é a que manifesta a maior toxidade para os organismos vivos, pois causa problemas nas seguintes estruturas:

Leia também: Por que os bebês não podem comer mel?

Peixes que devemos evitar consumir regularmente

De acordo com o que mencionamos anteriormente, existem espécies que podem viver por mais de 100 anos. Portanto, a ingestão dessas substâncias ao longo da vida aumenta seu potencial de toxicidade.

Da mesma forma, os peixes de maior tamanho consomem quantidades mais elevadas, pois o consumo é proporcional ao seu tamanho. A seguir, contamos a você quais são os peixes que devemos evitar para não prejudicar a saúde.

Cavala (Scomberomorus cavalla)

A cavala é um peixe marinho de corpo alongado e fusiforme. Seu focinho é pontudo e a sua boca larga. Além disso, possui olhos grandes que são circundados por um anel ósseo fechado. O corpo é coberto por pequenas escamas, com dorso azul-esverdeado brilhante, flancos verde-claros e ventre prateado.

Mede, geralmente, 65 centímetros de comprimento, mas os machos podem atingir um comprimento de até 2 metros. Esta espécie vive no Oceano Atlântico, desde o Canadá e Massachusetts (Estados Unidos) até São Paulo (Brasil).

Marlin azul (Makaira nigricans)

É uma espécie de Marlin que pode ultrapassar os 4 metros de comprimento, embora normalmente meça entre 1,80 e 3 metros. Também é conhecido por outros nomes, como “marlin azul do Atlântico”, devido à cor da barbatana dorsal. No entanto, é branco e prateado na área da barriga.

Seu corpo é alongado e possui duas nadadeiras dorsais. Em relação à mandíbula superior, tem a forma de uma espada. Geralmente, este peixe vive nas águas subtropicais e tropicais do Atlântico, incluindo as costas das Ilhas Canárias.

Também podemos encontrá-lo nos oceanos Pacífico e Índico. As fêmeas pesam até 450 quilos, enquanto os machos não ultrapassam 160 quilos.

Hoplostethus atlanticus

Este peixe marinho habita o leste e o noroeste do oceano Atlântico, o sul do oceano Pacífico e o oceano Índico. Seu corpo é oval e bastante alongado. Tem uma cabeça grande, olhos pequenos e dentes minúsculos. Apresenta uma coloração laranja escura no corpo e vermelha na cabeça.

Habita profundidades de 180 a 1500 metros e a sua captura é incidental com redes de arrasto. Esta espécie é uma das mais antigas das que se tem conhecimento. Estima-se que possa viver até 180 anos, portanto, seria o peixe mais velho da natureza.

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Comer peixe contaminado com mercúrio é uma causa comum de intoxicação alimentar.

Bacalhau comum (Gadu morhua)

O bacalhau comum, também conhecido como “bacalhau do Atlântico” ou “bacalhau da Noruega“, é uma das 60 espécies de peixes migradores. Habita o Oceano Atlântico Nordeste, desde o Mar de Barents até o Golfo da Biscaia, incluindo as águas da Islândia, Groenlândia e Mar Báltico.

Geralmente é pequeno em tamanho, embora alguns espécimes atinjam 2 metros de comprimento e pesem até 100 quilos. Alimentam-se de outros peixes, como arenque ou sardinha. Encontra-se a 600 metros de profundidade.

Atum olho-de-boi (Thunnus obesus)

O atum olho-de-boi é uma das espécies que pode conter uma grande quantidade de mercúrio. Entretanto, o mesmo não acontece com o atum do Mediterrâneo. Esta variedade é também conhecida como “albacora” ou “peixe pelágico”.

Vive em áreas tropicais e subtropicais do Atlântico, Índico e Pacífico, mas está ausente no Mar Mediterrâneo. Pode medir 2,50 metros de comprimento, mas geralmente atinge 1,80 metro com uma idade de aproximadamente 15 anos.

Não deixe de ler: Sintomas de intoxicação por consumo de peixes

Conclusão sobre os peixes que devemos evitar

Estas são algumas espécies que podem acumular metais pesados ​​em excesso, especialmente metilmercúrio. Entretanto, existem outros peixes que contêm essa substância, mas em quantidades que não costumam ser significativas.

Os mais vulneráveis ​​a essas substâncias tóxicas são as mulheres em idade reprodutiva, as gestantes, as mães que estão amamentando e as crianças menores de 2 anos, dados os efeitos negativos que esses compostos têm na saúde. Claro, isso não significa que eles não afetem outros grupos da população.

Lembre-se de que comer porções moderadas de alguns dos peixes descritos não prejudicará a sua saúde. Então, você pode fazer isso ocasionalmente evitando os excessos.


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