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Parto induzido: o que é e como é realizado

4 minutos
Em casos muito específicos, o ginecologista pode aconselhar a indução do parto, isto é, provocar contrações artificiais para desencadear o trabalho de parto.
Parto induzido: o que é e como é realizado
Escrito por Virginia Martínez
Última atualização: 27 maio, 2022

O trabalho de parto induzido é aquele em que as contrações uterinas são provocadas artificialmente para desencadear o trabalho de parto. Nesse sentido, trata-se de uma ação programada e sua implementação depende de determinadas condições avaliadas pelo ginecologista.

Neste artigo, contaremos tudo o que você precisa saber sobre o trabalho de parto induzido.

Trabalho de parto induzido

Ao contrário do parto normal, no qual as contrações começam sozinhas, no trabalho de parto induzido, elas são induzidas artificialmente através da administração de certas drogas. Por esse motivo, pode-se dizer que o parto é provocado.

Embora o aconselhável seja sempre esperar que ele comece sozinho, em alguns casos é melhor induzir o parto. Portanto, o trabalho de parto induzido é recomendado por várias razões. Nestes casos, a indução do mesmo será sempre indicada e realizada pelo médico.

Confira ademais: 10 coisas que você precisa levar ao hospital para dar à luz

Quando é recomendado induzir o parto?

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  • Ruptura precoce de membranas. Quando a “bolsa se rompe”, é normal que as contrações comecem. Em alguns casos, esse rompimento ocorre cedo demais, portanto, as contrações não são iniciadas. Se elas não começarem dentro de 12 a 24 horas, o ginecologista pode induzir o parto para evitar complicações.
  • Gravidez prolongada. Após 42 semanas de gestação, o especialista pode indicar a indução do parto se ainda não tiver ocorrido naturalmente.
  • Doença da mãe. Em alguns casos, a mãe pode sofrer algum tipo de doença, como diabetes, hipertensão, etc. Nestes casos, para evitar uma piora do quadro clínico da mãe, é melhor induzir o parto.
  • Existência de mecônio. Pode indicar que há algum tipo de complicação para o feto. Portanto, é melhor induzir o parto.
  • Macrossomia fetal. São casos em que o feto atinge um peso superior a 4,5 kg. Visto que isso pode acarretar certos riscos para a mãe e para o feto, o médico pode aconselhar a indução do parto.
  • Morte fetal no útero. Infelizmente, o trabalho deve ser induzido.

Em qualquer caso, será sempre o especialista, após uma exaustiva avaliação do caso e das condições específicas da mãe e do feto, quem decidirá se o parto deve ser induzido ou não.

Como isso é feito?

Uma vez que o especialista tenha decidido que a melhor opção é induzir o parto, o processo é iniciado para provocar artificialmente o parto. Para isso, o processo é realizado em duas fases:

Primeira fase: maturação cervical

Para induzir o parto, o colo do útero deve estar dilatado em pelo menos dois ou três centímetros. Por essa razão, o médico administrará prostaglandina (hormônios responsáveis ​​pela estimulação do útero), para que o processo de dilatação comece.

No entanto, desde o início da administração da prostaglandina até a adequada maturação, é possível que passem entre 12 e 24 horas. Por este motivo, em muitos casos, é geralmente administrada à noite, para que a gestante possa descansar e estar pronta no dia seguinte para a indução do parto.

Segunda fase: amniotomia ou ocitocina

Uma vez que a dilatação é alcançada, o ginecologista romperá a bolsa de líquido amniótico para estimular as contrações. No entanto, se depois de romper a bolsa de líquido amniótico o parto não começar naturalmente, o médico poderá administrar ocitocina.

A ocitocina é um hormônio que produz a contração dos músculos uterinos e é administrada por via intravenosa. Ao mesmo tempo, a frequência cardíaca do feto e da mãe é monitorada, além das contrações.

Normalmente, a primeira dose de ocitocina é pequena e aumentará conforme indicado pelo ginecologista. Após a administração de ocitocina, as contrações podem aparecer de forma repentina e dolorosa, favorecendo o sofrimento da mãe e do feto. Por esse motivo, o ginecologista irá controlar todo o processo de forma intensiva.

A partir daqui, o parto ocorrerá normalmente, a menos que haja complicações que exijam uma cesariana.

Não deixe de ler: Dia do parto: o que você deve levar?

Riscos do trabalho de parto induzido

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Os riscos mais importantes para a mãe são devido ao longo processo. De fato, isso pode causar fadiga e até febre (devido às drogas administradas).

Neste sentido, devemos ter em mente que a partir da administração da prostaglandina até o útero ter se dilatado 3 centímetros, pode passar até 24 horas. Se, além disso, somarmos as horas necessárias para a administração de ocitocina e o desenvolvimento do próprio parto, é um procedimento longo.

Por outro lado, o feto pode não se sentir confortável no útero durante o processo. Por esse motivo, o ginecologista pode indicar uma cesariana, com as complicações próprias dessa intervenção. No entanto, isso nem sempre é o caso. De fato, a maioria dos partos induzidos acaba sendo vaginal e descomplicado.

Portanto, se esse for o seu caso, não fique assustada. Apesar do longo processo, a equipe médica irá orientá-la e ajudá-la a cada passo. Em poucas horas, finalmente você terá seu bebê nos braços.

O trabalho de parto induzido é aquele em que as contrações uterinas são provocadas artificialmente para desencadear o trabalho de parto. Nesse sentido, trata-se de uma ação programada e sua implementação depende de determinadas condições avaliadas pelo ginecologista.

Neste artigo, contaremos tudo o que você precisa saber sobre o trabalho de parto induzido.

Trabalho de parto induzido

Ao contrário do parto normal, no qual as contrações começam sozinhas, no trabalho de parto induzido, elas são induzidas artificialmente através da administração de certas drogas. Por esse motivo, pode-se dizer que o parto é provocado.

Embora o aconselhável seja sempre esperar que ele comece sozinho, em alguns casos é melhor induzir o parto. Portanto, o trabalho de parto induzido é recomendado por várias razões. Nestes casos, a indução do mesmo será sempre indicada e realizada pelo médico.

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Quando é recomendado induzir o parto?

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  • Ruptura precoce de membranas. Quando a “bolsa se rompe”, é normal que as contrações comecem. Em alguns casos, esse rompimento ocorre cedo demais, portanto, as contrações não são iniciadas. Se elas não começarem dentro de 12 a 24 horas, o ginecologista pode induzir o parto para evitar complicações.
  • Gravidez prolongada. Após 42 semanas de gestação, o especialista pode indicar a indução do parto se ainda não tiver ocorrido naturalmente.
  • Doença da mãe. Em alguns casos, a mãe pode sofrer algum tipo de doença, como diabetes, hipertensão, etc. Nestes casos, para evitar uma piora do quadro clínico da mãe, é melhor induzir o parto.
  • Existência de mecônio. Pode indicar que há algum tipo de complicação para o feto. Portanto, é melhor induzir o parto.
  • Macrossomia fetal. São casos em que o feto atinge um peso superior a 4,5 kg. Visto que isso pode acarretar certos riscos para a mãe e para o feto, o médico pode aconselhar a indução do parto.
  • Morte fetal no útero. Infelizmente, o trabalho deve ser induzido.

Em qualquer caso, será sempre o especialista, após uma exaustiva avaliação do caso e das condições específicas da mãe e do feto, quem decidirá se o parto deve ser induzido ou não.

Como isso é feito?

Uma vez que o especialista tenha decidido que a melhor opção é induzir o parto, o processo é iniciado para provocar artificialmente o parto. Para isso, o processo é realizado em duas fases:

Primeira fase: maturação cervical

Para induzir o parto, o colo do útero deve estar dilatado em pelo menos dois ou três centímetros. Por essa razão, o médico administrará prostaglandina (hormônios responsáveis ​​pela estimulação do útero), para que o processo de dilatação comece.

No entanto, desde o início da administração da prostaglandina até a adequada maturação, é possível que passem entre 12 e 24 horas. Por este motivo, em muitos casos, é geralmente administrada à noite, para que a gestante possa descansar e estar pronta no dia seguinte para a indução do parto.

Segunda fase: amniotomia ou ocitocina

Uma vez que a dilatação é alcançada, o ginecologista romperá a bolsa de líquido amniótico para estimular as contrações. No entanto, se depois de romper a bolsa de líquido amniótico o parto não começar naturalmente, o médico poderá administrar ocitocina.

A ocitocina é um hormônio que produz a contração dos músculos uterinos e é administrada por via intravenosa. Ao mesmo tempo, a frequência cardíaca do feto e da mãe é monitorada, além das contrações.

Normalmente, a primeira dose de ocitocina é pequena e aumentará conforme indicado pelo ginecologista. Após a administração de ocitocina, as contrações podem aparecer de forma repentina e dolorosa, favorecendo o sofrimento da mãe e do feto. Por esse motivo, o ginecologista irá controlar todo o processo de forma intensiva.

A partir daqui, o parto ocorrerá normalmente, a menos que haja complicações que exijam uma cesariana.

Não deixe de ler: Dia do parto: o que você deve levar?

Riscos do trabalho de parto induzido

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Os riscos mais importantes para a mãe são devido ao longo processo. De fato, isso pode causar fadiga e até febre (devido às drogas administradas).

Neste sentido, devemos ter em mente que a partir da administração da prostaglandina até o útero ter se dilatado 3 centímetros, pode passar até 24 horas. Se, além disso, somarmos as horas necessárias para a administração de ocitocina e o desenvolvimento do próprio parto, é um procedimento longo.

Por outro lado, o feto pode não se sentir confortável no útero durante o processo. Por esse motivo, o ginecologista pode indicar uma cesariana, com as complicações próprias dessa intervenção. No entanto, isso nem sempre é o caso. De fato, a maioria dos partos induzidos acaba sendo vaginal e descomplicado.

Portanto, se esse for o seu caso, não fique assustada. Apesar do longo processo, a equipe médica irá orientá-la e ajudá-la a cada passo. Em poucas horas, finalmente você terá seu bebê nos braços.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Tenore J (2003). «Methods for cervical ripening and induction of labor». Am Fam Physician 67 (10): 2123-8
  • Järvelin, M. R., Hartikainen‐Sorri, A. and Rantakallio, P. (1993), Labour induction policy in hospitals of different levels of specialisation. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 100: 310-315. doi:10.1111/j.1471-0528.1993.tb12971.x
  • A Metin Gülmezoglu et al. “Induction of labour for improving birth outcomes for women at or beyond term”, Cochrane Database Syst Rev. 2012; 6: CD004945.
  • Ekaterina Mishanina et al. “Use of labour induction and risk of cesarean delivery: a systematic review and meta-analysis”, CMAJ. 2014 Jun 10; 186(9): 665–673.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.