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O palbociclib no tratamento do câncer de mama

4 minutos
A comercialização do palbociclib foi um grande avanço no tratamento do câncer de mama metastático. Existem outros inibidores de CDK 4/6, como o ribociclib, que também mostraram resultados semelhantes ao palbociclib nos ensaios clínicos.
O palbociclib no tratamento do câncer de mama
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 14 dezembro, 2022

O palbociclib é um medicamento que vem sendo usado no tratamento do câncer de mama. É comercializado sob a marca Ibrance, do laboratório da Pfizer. É o primeiro inibidor seletivo de enzimas chamadas quinases dependentes de ciclina 4 e 6 (CDK 4/6) aprovado nos EUA.

Este fármaco é utilizado, no momento, como primeira linha de tratamento em combinação com a terapia hormonal, como o letrozol. 

É usado em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama metastático com receptores hormonais estrogênicos positivos e HER-2 negativo.

No momento, é indicado para esse grupo de pacientes, pois está sendo investigado em diversos ensaios clínicos para avaliar sua eficácia e segurança em combinação com a terapia hormonal em outras fases do câncer, como estágios iniciais ou como terapia adjuvante.

Quando o palbociclib foi aprovado?

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O palbociclib foi aprovado de forma diferente da habitual. Sua aprovação foi agilizada com base nos dados de um estudo de fase 2 denominado PALOMA-1.

Como as pacientes com câncer de mama metastático não tinham tratamento para esta doença e os resultados do estudo foram positivos, decidiu-se aprová-lo sem esperar pelos resultados de um estudo de fase 3. O palbociclib dobrou a sobrevida livre de progressão em comparação com a administração do letrozol isoladamente.

A aprovação acelerada deste medicamento foi apoiada pelos resultados confirmatórios de outro estudo de fase 3, o PALOMA-2. 666 mulheres com câncer de mama metastático RH-positivo e HER-2-negativo participaram deste estudo.

Essas mulheres foram divididas aleatoriamente em dois grupos: palbociclib com letrozol ou placebo com letrozol. Em comparação com o placebo, o palbociclib estendeu a sobrevida livre de progressão mediana em quase 10 meses, de 15 meses no grupo placebo à quase 25 meses no grupo com palbociclib.

Além disso, mais da metade dos pacientes que estavam recebendo esta droga tiveram uma redução significativa no tamanho do tumor após o tratamento. Esta é uma grande melhoria em comparação com 44% das mulheres que reduziram o tamanho do tumor com o tratamento com placebo.

No entanto, o tempo de análise não é suficiente para determinar se essa terapia melhora a sobrevida geral desses tipos de pacientes. Por esse motivo, o estudo ainda não foi encerrado e o acompanhamento desses pacientes continua para informar sobre a sobrevivência geral no futuro.

Como o palbociclib exerce seu efeito no organismo?

Como mencionamos no início do artigo, este é um medicamento inibidor de enzimas conhecidas como quinases independentes de ciclinas CDK 4 e CDK 6. Essas ciclinas são vias de sinalização que levam à proliferação celular.

As CDK 4/6 inativam, mediante uma fosforilação, uma proteína conhecida como retinoblastoma. Ao ficar inativa, a proteína não pode ativar os fatores da transcrição e as células se dividem.

Por isso, quando estas ciclinas estão inibidas, a retinoblastoma está ativa, ou seja, está desfosforilada e inibe os fatores de transcrição, o que acaba impedindo a divisão das células.

Leia também: O que a dieta para pacientes com câncer de mama deve incluir?

Reações adversas do palbociclib no tratamento do câncer de mama

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Este medicamento é administrado por via oral com uma dose inicial de 125 mg. Porém, dependendo das reações adversas que o paciente desenvolver, a dose pode ser reduzida para 100 mg ou até mesmo para 75 mg, se necessário.

A descontinuação permanente do tratamento devido a uma reação adversa ocorreu em 8% dos pacientes tratados com palbociclib e letrozol. As reações adversas mais frequentes e, portanto, as mais características do tratamento com este medicamento são:

  • Neutropenia: É uma diminuição dos neutrófilos, que são um tipo de glóbulo branco. Normalmente, se for de grau 3, desaparece quando a dose do medicamento é reduzida.
  • Fadiga.
  • Anemia.
  • Leucopenia: diminuição dos leucócitos.
  • Infecções
  • Diarreia.
  • Perda de apetite.

Descubra também: Será que teremos uma vacina contra o câncer no cérebro?

Conclusão sobre o palbociclib no tratamento do câncer de mama

A comercialização do palbociclib representou um grande avanço no tratamento do câncer de mama metastático. Existem outros inibidores das CDK 4/6, como o ribociclib, que também mostraram resultados semelhantes em ensaios clínicos.

Atualmente, novas indicações para esse medicamento estão sendo investigadas, como o tratamento do câncer precoce ou o tratamento da primeira recidiva locorregional isolada do câncer de mama.

Não se esqueça de que a prevenção é um dos aspectos mais importantes da luta contra o câncer de mama, assim como os exames de diagnóstico regulares. Não deixe de fazer seus exames regularmente!

O palbociclib é um medicamento que vem sendo usado no tratamento do câncer de mama. É comercializado sob a marca Ibrance, do laboratório da Pfizer. É o primeiro inibidor seletivo de enzimas chamadas quinases dependentes de ciclina 4 e 6 (CDK 4/6) aprovado nos EUA.

Este fármaco é utilizado, no momento, como primeira linha de tratamento em combinação com a terapia hormonal, como o letrozol. 

É usado em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama metastático com receptores hormonais estrogênicos positivos e HER-2 negativo.

No momento, é indicado para esse grupo de pacientes, pois está sendo investigado em diversos ensaios clínicos para avaliar sua eficácia e segurança em combinação com a terapia hormonal em outras fases do câncer, como estágios iniciais ou como terapia adjuvante.

Quando o palbociclib foi aprovado?

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O palbociclib foi aprovado de forma diferente da habitual. Sua aprovação foi agilizada com base nos dados de um estudo de fase 2 denominado PALOMA-1.

Como as pacientes com câncer de mama metastático não tinham tratamento para esta doença e os resultados do estudo foram positivos, decidiu-se aprová-lo sem esperar pelos resultados de um estudo de fase 3. O palbociclib dobrou a sobrevida livre de progressão em comparação com a administração do letrozol isoladamente.

A aprovação acelerada deste medicamento foi apoiada pelos resultados confirmatórios de outro estudo de fase 3, o PALOMA-2. 666 mulheres com câncer de mama metastático RH-positivo e HER-2-negativo participaram deste estudo.

Essas mulheres foram divididas aleatoriamente em dois grupos: palbociclib com letrozol ou placebo com letrozol. Em comparação com o placebo, o palbociclib estendeu a sobrevida livre de progressão mediana em quase 10 meses, de 15 meses no grupo placebo à quase 25 meses no grupo com palbociclib.

Além disso, mais da metade dos pacientes que estavam recebendo esta droga tiveram uma redução significativa no tamanho do tumor após o tratamento. Esta é uma grande melhoria em comparação com 44% das mulheres que reduziram o tamanho do tumor com o tratamento com placebo.

No entanto, o tempo de análise não é suficiente para determinar se essa terapia melhora a sobrevida geral desses tipos de pacientes. Por esse motivo, o estudo ainda não foi encerrado e o acompanhamento desses pacientes continua para informar sobre a sobrevivência geral no futuro.

Como o palbociclib exerce seu efeito no organismo?

Como mencionamos no início do artigo, este é um medicamento inibidor de enzimas conhecidas como quinases independentes de ciclinas CDK 4 e CDK 6. Essas ciclinas são vias de sinalização que levam à proliferação celular.

As CDK 4/6 inativam, mediante uma fosforilação, uma proteína conhecida como retinoblastoma. Ao ficar inativa, a proteína não pode ativar os fatores da transcrição e as células se dividem.

Por isso, quando estas ciclinas estão inibidas, a retinoblastoma está ativa, ou seja, está desfosforilada e inibe os fatores de transcrição, o que acaba impedindo a divisão das células.

Leia também: O que a dieta para pacientes com câncer de mama deve incluir?

Reações adversas do palbociclib no tratamento do câncer de mama

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Este medicamento é administrado por via oral com uma dose inicial de 125 mg. Porém, dependendo das reações adversas que o paciente desenvolver, a dose pode ser reduzida para 100 mg ou até mesmo para 75 mg, se necessário.

A descontinuação permanente do tratamento devido a uma reação adversa ocorreu em 8% dos pacientes tratados com palbociclib e letrozol. As reações adversas mais frequentes e, portanto, as mais características do tratamento com este medicamento são:

  • Neutropenia: É uma diminuição dos neutrófilos, que são um tipo de glóbulo branco. Normalmente, se for de grau 3, desaparece quando a dose do medicamento é reduzida.
  • Fadiga.
  • Anemia.
  • Leucopenia: diminuição dos leucócitos.
  • Infecções
  • Diarreia.
  • Perda de apetite.

Descubra também: Será que teremos uma vacina contra o câncer no cérebro?

Conclusão sobre o palbociclib no tratamento do câncer de mama

A comercialização do palbociclib representou um grande avanço no tratamento do câncer de mama metastático. Existem outros inibidores das CDK 4/6, como o ribociclib, que também mostraram resultados semelhantes em ensaios clínicos.

Atualmente, novas indicações para esse medicamento estão sendo investigadas, como o tratamento do câncer precoce ou o tratamento da primeira recidiva locorregional isolada do câncer de mama.

Não se esqueça de que a prevenção é um dos aspectos mais importantes da luta contra o câncer de mama, assim como os exames de diagnóstico regulares. Não deixe de fazer seus exames regularmente!


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Gysling, E. (2017). Palbociclib. Pharma-Kritik. https://doi.org/10.1358/dof.2013.038.11.2076501
  • DeMichele, A., Clark, A. S., Tan, K. S., Heitjan, D. F., Gramlich, K., Gallagher, M., … O’Dwyer, P. (2015). CDK 4/6 Inhibitor palbociclib (PD0332991) in Rb+ advanced breast cancer: Phase II activity, safety, and predictive biomarker assessment. Clinical Cancer Research. https://doi.org/10.1158/1078-0432.CCR-14-2258
  • O’Leary, B., Finn, R. S., & Turner, N. C. (2016). Treating cancer with selective CDK4/6 inhibitors. Nature Reviews Clinical Oncology. https://doi.org/10.1038/nrclinonc.2016.26

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.