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O que são as ostomias?

4 minutos
As ostomias são cirurgias que envolvem grandes mudanças no estilo de vida, principalmente quando são permanentes. Às vezes, são a única maneira de salvar a vida de uma pessoa. Com educação, prática e apoio, pode-se levar uma vida relativamente normal.
O que são as ostomias?
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

As ostomias são aberturas feitas na pele através de cirurgia para eliminar alguns tipos de resíduos. Às vezes são feitas nos intestinos, e outras vezes na bexiga. São realizadas quando o corpo não consegue expelir esses resíduos naturalmente.

As ostomias podem ser temporárias ou permanentes. As temporárias são feitas quando os resíduos vão ser eliminados desta forma de maneira transitória. Uma vez que a área que apresentava o problema é recuperada, fecha-se a abertura e a forma normal de eliminação é restaurada.

As ostomias permanentes, por outro lado, ocorrem quando os intestinos ou a bexiga estão irreparavelmente danificados, impossibilitando o restabelecimento da função normal. Nestes casos, as áreas são extirpadas e a ostemia permanece durante a vida toda.

Em todos os casos, os resíduos que saem do corpo por meio das ostomias acabam em uma bolsa que fica presa à pele. Esta bolsa deve ser conectada continuamente à abertura, e seu conteúdo deve ser esvaziado constantemente.

Tipos de ostomias

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As ostomias são classificadas de acordo com a sua localização e função. Além disso, a escolha entre uma e outra também depende da doença.

Existem basicamente três tipos de ostomias: colostomia, ileostomia e urostomia. A primeira realiza-se no cólon, a segunda no íleo, que é a parte mais baixa do intestino delgado, e a terceira na bexiga. Vejamos as principais características de cada uma delas:

  • A colostomia é uma cirurgia na qual parte do cólon passa pela parede abdominal para formar um estoma ou abertura. Os tamanhos são diversos e podem ser localizados no lado direito do abdômen, esquerdo, ou no centro.
  • Ileostomia. É uma cirurgia para realocar a extremidade inferior do íleo, por meio de uma abertura na parede abdominal. Geralmente está localizada no lado inferior direito do abdômen. Na maioria das vezes, é necessária para doenças como colite ulcerosa, polipose hereditária, câncer e doença de Crohn.
  • Urostomia. É uma abertura que é feita por cirurgia para desviar a urina da bexiga para o exterior do organismo. Mais comumente, é feita quando há câncer de bexiga, defeitos de nascença ou lesão da medula espinhal.

Leia também: Câncer de bexiga: 7 sinais que devemos ficar atentos

Vivendo com uma ostomia

Uma ostomia é uma mudança radical no estilo de vida. A primeira grande mudança ocorre porque os resíduos não são mais expelidos no momento em que o paciente quiser. Não há controle sobre o momento da evacuação e isso obviamente gera algum grau de ansiedade. Da mesma forma, existe o medo de emitir um odor desagradável ou atrair atenção excessiva.

Soma-se a essas pressões o fato de que leva algum tempo para aprender a esvaziar e encaixar a bolsa que adere ao estoma. No início é comum que ocorram acidentes, já que o normal é que a bolsa tenha que ser esvaziada de cinco a oito vezes ao dia. A falta de prática vai ser complicada no início.

É normal sentir frustração e incerteza após a cirurgia. Sentir raiva e tristeza é totalmente compreensível. Tal situação transforma a autoestima e requer ajustes psicossociais. É importante ter ajuda psicológica, se for o caso, ou apenas conversar com pessoas de confiança sobre o assunto.

Não deixe de ler: Câncer de cólon: tudo o que precisamos saber

Ostomias em crianças

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O impacto emocional das ostomias é muito maior em crianças. Por isso, é fundamental dar apoio e ensiná-las a lidar com situações de vazamentos e outras dificuldades.

As ostomias criam mudanças na vida de qualquer pessoa. Porém, no caso das crianças esta situação tende a ter um impacto maior, devido à própria imaturidade emocional. Em princípio, não será fácil para elas retomar a vida, principalmente pelo medo de se diferenciar dos outros ou porque presumem que serão rejeitadas.

É melhor falar franca e naturalmente com a criança. Não será fácil para ela carregar uma sacola com seus resíduos por toda parte. As crianças mais novas tendem a enfrentar este tipo de situação com mais calma, enquanto para os adolescentes será muito difícil.

A criança pode precisar de um bom tempo para se ajustar à nova situação. Ela vai temer, especialmente, pelos vazamentos que podem ocorrer ou por outros problemas com a ostomia. É importante ensinar o que ela deve fazer nesses casos. Assim, ela se sentirá mais confiante em seus próprios recursos para resolver as dificuldades.

As ostomias são aberturas feitas na pele através de cirurgia para eliminar alguns tipos de resíduos. Às vezes são feitas nos intestinos, e outras vezes na bexiga. São realizadas quando o corpo não consegue expelir esses resíduos naturalmente.

As ostomias podem ser temporárias ou permanentes. As temporárias são feitas quando os resíduos vão ser eliminados desta forma de maneira transitória. Uma vez que a área que apresentava o problema é recuperada, fecha-se a abertura e a forma normal de eliminação é restaurada.

As ostomias permanentes, por outro lado, ocorrem quando os intestinos ou a bexiga estão irreparavelmente danificados, impossibilitando o restabelecimento da função normal. Nestes casos, as áreas são extirpadas e a ostemia permanece durante a vida toda.

Em todos os casos, os resíduos que saem do corpo por meio das ostomias acabam em uma bolsa que fica presa à pele. Esta bolsa deve ser conectada continuamente à abertura, e seu conteúdo deve ser esvaziado constantemente.

Tipos de ostomias

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As ostomias são classificadas de acordo com a sua localização e função. Além disso, a escolha entre uma e outra também depende da doença.

Existem basicamente três tipos de ostomias: colostomia, ileostomia e urostomia. A primeira realiza-se no cólon, a segunda no íleo, que é a parte mais baixa do intestino delgado, e a terceira na bexiga. Vejamos as principais características de cada uma delas:

  • A colostomia é uma cirurgia na qual parte do cólon passa pela parede abdominal para formar um estoma ou abertura. Os tamanhos são diversos e podem ser localizados no lado direito do abdômen, esquerdo, ou no centro.
  • Ileostomia. É uma cirurgia para realocar a extremidade inferior do íleo, por meio de uma abertura na parede abdominal. Geralmente está localizada no lado inferior direito do abdômen. Na maioria das vezes, é necessária para doenças como colite ulcerosa, polipose hereditária, câncer e doença de Crohn.
  • Urostomia. É uma abertura que é feita por cirurgia para desviar a urina da bexiga para o exterior do organismo. Mais comumente, é feita quando há câncer de bexiga, defeitos de nascença ou lesão da medula espinhal.

Leia também: Câncer de bexiga: 7 sinais que devemos ficar atentos

Vivendo com uma ostomia

Uma ostomia é uma mudança radical no estilo de vida. A primeira grande mudança ocorre porque os resíduos não são mais expelidos no momento em que o paciente quiser. Não há controle sobre o momento da evacuação e isso obviamente gera algum grau de ansiedade. Da mesma forma, existe o medo de emitir um odor desagradável ou atrair atenção excessiva.

Soma-se a essas pressões o fato de que leva algum tempo para aprender a esvaziar e encaixar a bolsa que adere ao estoma. No início é comum que ocorram acidentes, já que o normal é que a bolsa tenha que ser esvaziada de cinco a oito vezes ao dia. A falta de prática vai ser complicada no início.

É normal sentir frustração e incerteza após a cirurgia. Sentir raiva e tristeza é totalmente compreensível. Tal situação transforma a autoestima e requer ajustes psicossociais. É importante ter ajuda psicológica, se for o caso, ou apenas conversar com pessoas de confiança sobre o assunto.

Não deixe de ler: Câncer de cólon: tudo o que precisamos saber

Ostomias em crianças

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O impacto emocional das ostomias é muito maior em crianças. Por isso, é fundamental dar apoio e ensiná-las a lidar com situações de vazamentos e outras dificuldades.

As ostomias criam mudanças na vida de qualquer pessoa. Porém, no caso das crianças esta situação tende a ter um impacto maior, devido à própria imaturidade emocional. Em princípio, não será fácil para elas retomar a vida, principalmente pelo medo de se diferenciar dos outros ou porque presumem que serão rejeitadas.

É melhor falar franca e naturalmente com a criança. Não será fácil para ela carregar uma sacola com seus resíduos por toda parte. As crianças mais novas tendem a enfrentar este tipo de situação com mais calma, enquanto para os adolescentes será muito difícil.

A criança pode precisar de um bom tempo para se ajustar à nova situação. Ela vai temer, especialmente, pelos vazamentos que podem ocorrer ou por outros problemas com a ostomia. É importante ensinar o que ela deve fazer nesses casos. Assim, ela se sentirá mais confiante em seus próprios recursos para resolver as dificuldades.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Urgilés, R. E. M., & González, M. D. L. Á. E. (2017). Caso Clínico: Abordaje de Ostomias. Revista Médica HJCA, 9(2), 181-185.
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  • Silva NM, Santos MAD, Rosado SR, Galvão CM, Sonobe HM. Psychological aspects of patients with intestinal stoma: integrative review. Rev Lat Am Enfermagem. 2017;25:e2950. Published 2017 Dec 11. doi:10.1590/1518-8345.2231.2950
  • Ambe PC, Kurz NR, Nitschke C, Odeh SF, Möslein G, Zirngibl H. Intestinal Ostomy. Dtsch Arztebl Int. 2018;115(11):182–187. doi:10.3238/arztebl.2018.0182
  • Vonk-Klaassen SM, de Vocht HM, den Ouden ME, Eddes EH, Schuurmans MJ. Ostomy-related problems and their impact on quality of life of colorectal cancer ostomates: a systematic review. Qual Life Res. 2016;25(1):125–133. doi:10.1007/s11136-015-1050-3

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