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Os maus-tratos sutis que você não deve permitir em sua vida

4 minutos
Na hora de falar em maus-tratos, imediatamente pensamos no tipo de violência física ou psicológica que uma pessoa exerce sobre a sua vítima. No entanto, existem outros tipos de maus-tratos "sutis".
Os maus-tratos sutis que você não deve permitir em sua vida
Bernardo Peña

Escrito e verificado por o psicólogo Bernardo Peña

Escrito por Valeria Sabater
Última atualização: 30 julho, 2023

Os maus-tratos sutis causam dor, insegurança e baixa autoestima, por isso não devemos permiti-los. Proteste se houver algo que lhe faz mal, ainda que seu interlocutor se incomode. É necessário empatia e inteligência emocional; para estabelecer relações saudáveis.

 Em algumas ocasiões, não temos tanta consciência de que alguém está nos maltratando e, aos poucos, isso acaba por nos destruindo por dentro.

São ataques encobertos aos quais não costumamos reagir; porque a agressão não é tão direta, ou pode até ser que a intenção não seja de causar danos.

No entanto, por ser constante, eles vão destruindo nossa autoestima e a confiança que temos em nós.

Cuidado, pois não estamos falando somente dos maus-tratos sutis que nosso companheiro ou companheira pode exercer; às vezes, até nossos próprios familiares podem praticá-los.

A seguir, ensinaremos como reconhecê-los e como se defender deles.

Leia também: 6 sinais de que você é vítima de abuso verbal

Some figure

Como se exercem os chamados “maus-tratos sutis”?

Para compreender a dimensão dos maus-tratos sutis, falaremos sobre alguns exemplos que serão facilmente reconhecíveis.

Pensemos em uma menina que, desde muito pequena, a fizeram acreditar que é uma desastrada.

Toda vez que algo caía das mãos dela, seus pais chamavam a sua atenção; quando ela quebrava algo sem querer, eles justificavam a situação falando de como ela sempre fora muito desastrada.

Na medida em que ela vai crescendo, seus pais usam essa forma desajeitada e avoada para justificar as provas nas quais ela não vai bem, e à sua incapacidade de fazer amigos.

Seus pais a amam, não há dúvida disso, e claramente não a estão maltratando fisicamente.

No entanto, ao longo de sua vida, eles a fizeram acreditar que é uma pessoa “incapaz e desajeitada”. São os maus-tratos sutis que criaram nela uma grande insegurança e uma baixa autoestima.

Vejamos outro exemplo: temos um parceiro que costuma usar muito a ironia em seu dia a dia.

São comuns os comentários brincalhões através dos quais ele tenta fazer os outros rirem, sem perceber que, com suas frases, está nos machucando.

Ele nunca parece levar nada a sério, e ironiza qualquer coisa: o que você faz, como se veste, como se expressa.

São pequenas coisas que ele pode fazer sem ter má intenção, mas no entanto lhe causam dor e, portanto, trata-se de uma situação de maus-tratos encobertos.

É importante saber que este tipo de comportamento é muito comum em nossa realidade, e que é muito difícil reagir diante deles, devido a tanta sutileza.

São coisas pequenas que, ao se converterem em persistentes, acabam nos ferindo, até o ponto de nos tornamos completamente indefesos.

Temos que aprender a reconhecê-las.

Leia também: 7 efeitos invisíveis de maus-tratos psicológicos

Como me defender perante maus-tratos “sutis”?

Some figure

Você deve ter consciência de que as palavras podem machucar tanto quanto uma agressão física. As feridas internas são tão dolorosas quanto um golpe.

Não importa o quanto o comentário é inofensivo, ou a inocência de uma determinada ironia. Não permita que isso aconteça. Diga o que pensa em voz alta e expresse-se claramente, explicando que essas palavras machucam você e que não devem ser repetidas novamente.

Estabeleça limites em sua vida, barreira que os demais não devem ultrapassar. Se as ironias sobre a sua pessoa o incomodarem, não as permita.

Se falarem algo sobre você que não for verdade, defenda-se. Se há pessoas que sempre se dedicam a fazer pequenos comentários sobre essas características, talvez seja o momento de se manter afastado delas.

As pessoas tóxicas somente nos causam sofrimento, e para viver com insegurança ou infelicidade, não vale a pena conviver com elas.

E mais…

O principal problema dos maus-tratos sutis é que as outras pessoas não veem problema nenhum em suas palavras e ações. Elas não reconhecem isso.

O que para elas é uma brincadeira, para nós é uma clara ofensa. Se não reagirmos, se deixarmos passar um dia e o outro também; chegará um momento em que o nível de maus-tratos será muito maior.

Os maus-tratos podem ser exercidos por nossos pais, mães, irmãos, parceiros ou até por colegas de trabalho. Pessoas que dizem que nos amam e respeitam, mas não se engane.

É fundamental que você defenda sempre a sua própria integridade e sua autoestima, e que diferencie muito bem o que é respeito do que é ofensa.

Há pessoas que pensam que a confiança cotidiana lhes dá licença para brincar conosco, para ironizar, e inclusive para faltar com o respeito. Não permita isso nunca.

Coloque em evidência tudo que lhe incomodar. Impeça que lhe causem mal, e se não gostarem de sua reação, não se preocupe, pois quem não entender que você se sentiu ferido não tem empatia e, portanto, não possui a inteligência emocional necessária para estabelecer reações saudáveis.

Os maus-tratos sutis causam dor, insegurança e baixa autoestima, por isso não devemos permiti-los. Proteste se houver algo que lhe faz mal, ainda que seu interlocutor se incomode. É necessário empatia e inteligência emocional; para estabelecer relações saudáveis.

 Em algumas ocasiões, não temos tanta consciência de que alguém está nos maltratando e, aos poucos, isso acaba por nos destruindo por dentro.

São ataques encobertos aos quais não costumamos reagir; porque a agressão não é tão direta, ou pode até ser que a intenção não seja de causar danos.

No entanto, por ser constante, eles vão destruindo nossa autoestima e a confiança que temos em nós.

Cuidado, pois não estamos falando somente dos maus-tratos sutis que nosso companheiro ou companheira pode exercer; às vezes, até nossos próprios familiares podem praticá-los.

A seguir, ensinaremos como reconhecê-los e como se defender deles.

Leia também: 6 sinais de que você é vítima de abuso verbal

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Como se exercem os chamados “maus-tratos sutis”?

Para compreender a dimensão dos maus-tratos sutis, falaremos sobre alguns exemplos que serão facilmente reconhecíveis.

Pensemos em uma menina que, desde muito pequena, a fizeram acreditar que é uma desastrada.

Toda vez que algo caía das mãos dela, seus pais chamavam a sua atenção; quando ela quebrava algo sem querer, eles justificavam a situação falando de como ela sempre fora muito desastrada.

Na medida em que ela vai crescendo, seus pais usam essa forma desajeitada e avoada para justificar as provas nas quais ela não vai bem, e à sua incapacidade de fazer amigos.

Seus pais a amam, não há dúvida disso, e claramente não a estão maltratando fisicamente.

No entanto, ao longo de sua vida, eles a fizeram acreditar que é uma pessoa “incapaz e desajeitada”. São os maus-tratos sutis que criaram nela uma grande insegurança e uma baixa autoestima.

Vejamos outro exemplo: temos um parceiro que costuma usar muito a ironia em seu dia a dia.

São comuns os comentários brincalhões através dos quais ele tenta fazer os outros rirem, sem perceber que, com suas frases, está nos machucando.

Ele nunca parece levar nada a sério, e ironiza qualquer coisa: o que você faz, como se veste, como se expressa.

São pequenas coisas que ele pode fazer sem ter má intenção, mas no entanto lhe causam dor e, portanto, trata-se de uma situação de maus-tratos encobertos.

É importante saber que este tipo de comportamento é muito comum em nossa realidade, e que é muito difícil reagir diante deles, devido a tanta sutileza.

São coisas pequenas que, ao se converterem em persistentes, acabam nos ferindo, até o ponto de nos tornamos completamente indefesos.

Temos que aprender a reconhecê-las.

Leia também: 7 efeitos invisíveis de maus-tratos psicológicos

Como me defender perante maus-tratos “sutis”?

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Você deve ter consciência de que as palavras podem machucar tanto quanto uma agressão física. As feridas internas são tão dolorosas quanto um golpe.

Não importa o quanto o comentário é inofensivo, ou a inocência de uma determinada ironia. Não permita que isso aconteça. Diga o que pensa em voz alta e expresse-se claramente, explicando que essas palavras machucam você e que não devem ser repetidas novamente.

Estabeleça limites em sua vida, barreira que os demais não devem ultrapassar. Se as ironias sobre a sua pessoa o incomodarem, não as permita.

Se falarem algo sobre você que não for verdade, defenda-se. Se há pessoas que sempre se dedicam a fazer pequenos comentários sobre essas características, talvez seja o momento de se manter afastado delas.

As pessoas tóxicas somente nos causam sofrimento, e para viver com insegurança ou infelicidade, não vale a pena conviver com elas.

E mais…

O principal problema dos maus-tratos sutis é que as outras pessoas não veem problema nenhum em suas palavras e ações. Elas não reconhecem isso.

O que para elas é uma brincadeira, para nós é uma clara ofensa. Se não reagirmos, se deixarmos passar um dia e o outro também; chegará um momento em que o nível de maus-tratos será muito maior.

Os maus-tratos podem ser exercidos por nossos pais, mães, irmãos, parceiros ou até por colegas de trabalho. Pessoas que dizem que nos amam e respeitam, mas não se engane.

É fundamental que você defenda sempre a sua própria integridade e sua autoestima, e que diferencie muito bem o que é respeito do que é ofensa.

Há pessoas que pensam que a confiança cotidiana lhes dá licença para brincar conosco, para ironizar, e inclusive para faltar com o respeito. Não permita isso nunca.

Coloque em evidência tudo que lhe incomodar. Impeça que lhe causem mal, e se não gostarem de sua reação, não se preocupe, pois quem não entender que você se sentiu ferido não tem empatia e, portanto, não possui a inteligência emocional necessária para estabelecer reações saudáveis.


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  • Drigas, A., & Papoutsi, C. (2018). A New Layered Model on Emotional Intelligence. Behavioral Sciences, 8(5), 45. https://doi.org/10.3390/bs8050045
  • Kiviruusu, O., Berg, N., Huurre, T., Aro, H., Marttunen, M., & Haukkala, A. (2016). Interpersonal Conflicts and Development of Self-Esteem from Adolescence to Mid-Adulthood. A 26-Year Follow-Up. PLoS One, 11(10), e0164942. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0164942

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