Óculos com IA ajudam crianças cegas a ler
Os alunos com deficiência visual da rede pública de Porto Alegre começaram a testar um modelo de óculos com inteligência artificial que consegue identificar pessoas e transformar textos em áudio por meio de uma câmera embutida na armação do aparelho.
”É incrível esse troço, porque ele faz o reconhecimento facial, ele lê texto, lê placas, meu Deus do céu… [risos], identifica até os produtos. Geralmente não temos as coisas em braile, e eu cheguei a me assustar”, afirmou a estudante Gabrielle Morales da Rosa, 13, da escola Presidente Vargas, na zona norte de Porto Alegre.
Fabricado por uma empresa israelense, o dispositivo OrCam foi entregue aos estudantes pela Secretaria Municipal de Educação. Ao todo, 46 alunos e dez professores têm acesso à tecnologia.
Como são os óculos com IA?
Eles têm o formato tradicional de óculos, mas contam com uma câmera integrada em uma das laterais.
Esses óculos foram desenvolvidos para pessoas com deficiência visual ou com dificuldade de leitura. O aparelho permite que crianças, adultos e idosos leiam textos impressos ou digitais, de perto ou de longe em diversas velocidades.
Essa tecnologia permite a leitura de cédulas de dinheiro e a reprodução em áudio textos escritos em português, inglês e espanhol. Além disso, reconhece rostos e armazena o nome de até 150 pessoas.
Cada óculos custa R$ 17 mil. Calcula-se que foi feito um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão realizado pela prefeitura de Porto Alegre.
O uso nas escolas
Os óculos importados estão disponíveis para os alunos da rede municipal em três escolas: Presidente Vargas, São Pedro e Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire.
As instituições possuem uma Sala de Integração e Recursos Visuais, onde é oferecido um serviço de apoio à inclusão para estudantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades.
”Nesse ambiente os estudantes têm a oportunidade de aprender e participar ativamente do cotidiano escolar. Além disso, essa sala proporciona um espaço de aprendizado para os professores, que trabalham de forma inclusiva, utilizando as ferramentas necessárias para apoiar os alunos com deficiência visual”, explicou a professora Janaína Oppermann.
O primeiro teste com o dispositivo OrCam ocorreu no mês passado e foi realizado pela estudante Gabrielle Morales da Rosa, de 13 anos, com deficiência visual, que usou os óculos com inteligência artificial para ler um livro.
A aluna Manuella Lacerda, 10 anos, tem baixa capacidade visual e ficou muito feliz quando experimentou a tecnologia pela primeira vez: “Estes óculos são incríveis. Aliás, vai me ajudar muito em sala de aula”, afirmou.
“Mas o braile não vai deixar de existir. Eu gosto do OrCam, ele vai ajudar as pessoas como eu a Gabi (…). Vai ajudar várias pessoas no Brasil que têm baixa visão”, acrescentou a aluna.
Para o professor André Vicente da Silva, que também tem deficiência visual, a tecnologia oferece maior independência ao estudante, permitindo a leitura de conteúdos que não estão disponíveis em braile.
“Além disso, [a tecnologia] proporciona acessibilidade e praticidade ao estar integrada aos óculos, eliminando a necessidade de segurá-lo nas mãos”, ressaltou.
“São entregas como essas que nos fazem acreditar que é possível, sim, transformar a vida das pessoas e trazer mais dignidade. A inclusão social é o caminho para melhorar a educação”, disse o Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre.
Os alunos com deficiência visual da rede pública de Porto Alegre começaram a testar um modelo de óculos com inteligência artificial que consegue identificar pessoas e transformar textos em áudio por meio de uma câmera embutida na armação do aparelho.
”É incrível esse troço, porque ele faz o reconhecimento facial, ele lê texto, lê placas, meu Deus do céu… [risos], identifica até os produtos. Geralmente não temos as coisas em braile, e eu cheguei a me assustar”, afirmou a estudante Gabrielle Morales da Rosa, 13, da escola Presidente Vargas, na zona norte de Porto Alegre.
Fabricado por uma empresa israelense, o dispositivo OrCam foi entregue aos estudantes pela Secretaria Municipal de Educação. Ao todo, 46 alunos e dez professores têm acesso à tecnologia.
Como são os óculos com IA?
Eles têm o formato tradicional de óculos, mas contam com uma câmera integrada em uma das laterais.
Esses óculos foram desenvolvidos para pessoas com deficiência visual ou com dificuldade de leitura. O aparelho permite que crianças, adultos e idosos leiam textos impressos ou digitais, de perto ou de longe em diversas velocidades.
Essa tecnologia permite a leitura de cédulas de dinheiro e a reprodução em áudio textos escritos em português, inglês e espanhol. Além disso, reconhece rostos e armazena o nome de até 150 pessoas.
Cada óculos custa R$ 17 mil. Calcula-se que foi feito um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão realizado pela prefeitura de Porto Alegre.
O uso nas escolas
Os óculos importados estão disponíveis para os alunos da rede municipal em três escolas: Presidente Vargas, São Pedro e Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire.
As instituições possuem uma Sala de Integração e Recursos Visuais, onde é oferecido um serviço de apoio à inclusão para estudantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades.
”Nesse ambiente os estudantes têm a oportunidade de aprender e participar ativamente do cotidiano escolar. Além disso, essa sala proporciona um espaço de aprendizado para os professores, que trabalham de forma inclusiva, utilizando as ferramentas necessárias para apoiar os alunos com deficiência visual”, explicou a professora Janaína Oppermann.
O primeiro teste com o dispositivo OrCam ocorreu no mês passado e foi realizado pela estudante Gabrielle Morales da Rosa, de 13 anos, com deficiência visual, que usou os óculos com inteligência artificial para ler um livro.
A aluna Manuella Lacerda, 10 anos, tem baixa capacidade visual e ficou muito feliz quando experimentou a tecnologia pela primeira vez: “Estes óculos são incríveis. Aliás, vai me ajudar muito em sala de aula”, afirmou.
“Mas o braile não vai deixar de existir. Eu gosto do OrCam, ele vai ajudar as pessoas como eu a Gabi (…). Vai ajudar várias pessoas no Brasil que têm baixa visão”, acrescentou a aluna.
Para o professor André Vicente da Silva, que também tem deficiência visual, a tecnologia oferece maior independência ao estudante, permitindo a leitura de conteúdos que não estão disponíveis em braile.
“Além disso, [a tecnologia] proporciona acessibilidade e praticidade ao estar integrada aos óculos, eliminando a necessidade de segurá-lo nas mãos”, ressaltou.
“São entregas como essas que nos fazem acreditar que é possível, sim, transformar a vida das pessoas e trazer mais dignidade. A inclusão social é o caminho para melhorar a educação”, disse o Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre.
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