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O que você sabe sobre a candidíase vulvovaginal?

4 minutos
Diferentes circunstâncias podem favorecer o crescimento excessivo de colônias de Candida Albicans dando origem a uma candidíase vulvovaginal se afetar essa região.
O que você sabe sobre a candidíase vulvovaginal?
Diego Pereira

Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 15 dezembro, 2022

A candidíase vulvovaginal é uma infecção causada por espécies de fungos do gênero Cândida. Entre as quais, Candida albicans é a mais comum.

Esse fungo é encontrado normalmente, embora em pequenas quantidades, em diferentes regiões do corpo, como a pele, a boca, o aparelho gastrointestinal e vagina. Não causa doença quando se mantém em seu número habitual.

No entanto, diferentes circunstâncias podem favorecer o crescimento excessivo de colônias de Candida albicans dando origem a uma candidíase vulvovaginal se afetar essa região.

Incidência da candidíase vulvovaginal

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Entre 20 e 50% das mulheres têm a vagina colonizada por Candida albicans, embora isso não signifique que exista infecção. Em condições normais, não há sintomas porque o pH ácido da vagina, sistema imunológico e a presença de uma flora vaginal equilibrada impedem que o fungo se reproduza em excesso.

No entanto, se ocorrer uma colonização excessiva desse fungo, pode haver um desequilíbrio na flora vaginal, dando origem a uma candidíase vulvovaginal.

A candidíase vulvovaginal pode afetar 75% das mulheres alguma vez na vida. Além disso, em 5% dos casos há recorrência, manifestando-se quatro ou mais vezes por ano. Isso afeta a qualidade de vida da mulher.

Fatores de risco de candidíase vulvovaginal

Alguns dos fatores de risco de sofrer de candidíase vulvovaginal são:

  • Diabetes mellitus com glicemia mal controlada.
  • Tratamento recente com antibióticos: os antibióticos desequilibram a flora, já que matam as bactérias, mas não os fungos.
  • Mudanças hormonais.
  • Imunossupressão por doença ou tratamento.

Por outro lado, é aconselhável não utilizar roupas muito justas, nem roupa de banho úmidas. A pessoa também deve manter sua higiene com produtos adequados e que respeitem o pH da vagina.

Também pode te interessar: Tratamento da candidíase

Sintomas

A candidíase se manifesta com sintomas, como alterações no fluxo vaginal, irritação, sensação de coceira e prurido ou ardor. Esses sintomas podem afetar tanto o interior como o exterior da vagina.

Em muitos casos, também há dor durante a micção e incômodos ou dores quando se têm relações sexuais.  No entanto, podem aparecer outros sintomas, como inchaço e vermelhidão vulvar, lesões por causa da coceira e presença de fluxo esbranquiçado, granuloso e praticamente sem odor.

Como diferenciar uma candidíase vulvovaginal de outras infecções?

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Existem outras infecções vaginais que são relativamente frequentes em idade fértil. Elas podem ser diferenciadas pela consistência do fluxo vaginal e seu odor.  Algumas dessas infecções são:

Vaginose bacteriana

Essa infecção é produzida por uma alteração da microbiota vaginal por bactérias como Gardnerella vaginalis, Prevotella e espécies de bacteroides.

A vaginose bacteriana é frequente na gravidez, assim como em mulheres que usam dispositivos intrauterinos e duchas vaginais ou que sofrem de estresse e passam por mudanças hormonais.  O fluxo na vaginose bacteriana apresenta um forte cheiro de peixe e sua consistência é viscosa de cor branca ou cinzenta.

Tricomoníase

Essa infecção é produzida pelo Trichomonas vaginalis e é uma doença de transmissão sexual. O fluxo vaginal, quando aparece nessa infecção, tem um cheiro incomum. A consistência é espumosa, transparente, branca, amarelada ou esverdeada.

Leia também: Remédios caseiros para as infecções vaginais frequentes

Tratamento da candidíase vulvovaginal

O tratamento dessa condição pode ser realizado de forma local por via vaginal e por via oral.  Assim então, o tratamento por via vaginal pode ser com clotrimazol 2% em forma de creme vaginal ou com óvulos de clotrimazol de 100 e de 500 mg.

Como coadjuvantes do tratamento ou para prevenir a candidíase vulvovaginal, podem ser indicadas combinações específicas de probióticos. É possível a aplicação tanto por via vaginal como por via oral.

O tratamento por via oral é com antifúngicos. Os mais usados são fluconazol e itraconazol.  Esses medicamentos podem provocar efeitos secundários como náuseas, vômitos ou diarreia.  Além disso, podem afetar a função hepática.

Medidas de higiene e prevenção

Algumas das principais medidas de higiene e prevenção para evitar a candidíase vulvovaginal são:

  • Em primeiro lugar, tomar probióticos quando estiver tomando antibióticos.
  • Também, manter uma higiene íntima adequada: evitando a umidade e secando bem a área.
  • Além disso, limpar a área genital e anal, sempre da frente para trás.
  • Por outro lado, trocar com frequência absorventes externos e internos. É aconselhável evitar o uso de absorventes internos se houver infecção.
  • Finalmente, usar roupa íntima de algodão.

Em conclusão, em caso de tratamento por candidíase vulvovaginal, tomar medidas de proteção nas relações sexuais. Paralelamente, também é aconselhável que ambos os membros do casal recebam tratamento.

A candidíase vulvovaginal é uma infecção causada por espécies de fungos do gênero Cândida. Entre as quais, Candida albicans é a mais comum.

Esse fungo é encontrado normalmente, embora em pequenas quantidades, em diferentes regiões do corpo, como a pele, a boca, o aparelho gastrointestinal e vagina. Não causa doença quando se mantém em seu número habitual.

No entanto, diferentes circunstâncias podem favorecer o crescimento excessivo de colônias de Candida albicans dando origem a uma candidíase vulvovaginal se afetar essa região.

Incidência da candidíase vulvovaginal

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Entre 20 e 50% das mulheres têm a vagina colonizada por Candida albicans, embora isso não signifique que exista infecção. Em condições normais, não há sintomas porque o pH ácido da vagina, sistema imunológico e a presença de uma flora vaginal equilibrada impedem que o fungo se reproduza em excesso.

No entanto, se ocorrer uma colonização excessiva desse fungo, pode haver um desequilíbrio na flora vaginal, dando origem a uma candidíase vulvovaginal.

A candidíase vulvovaginal pode afetar 75% das mulheres alguma vez na vida. Além disso, em 5% dos casos há recorrência, manifestando-se quatro ou mais vezes por ano. Isso afeta a qualidade de vida da mulher.

Fatores de risco de candidíase vulvovaginal

Alguns dos fatores de risco de sofrer de candidíase vulvovaginal são:

  • Diabetes mellitus com glicemia mal controlada.
  • Tratamento recente com antibióticos: os antibióticos desequilibram a flora, já que matam as bactérias, mas não os fungos.
  • Mudanças hormonais.
  • Imunossupressão por doença ou tratamento.

Por outro lado, é aconselhável não utilizar roupas muito justas, nem roupa de banho úmidas. A pessoa também deve manter sua higiene com produtos adequados e que respeitem o pH da vagina.

Também pode te interessar: Tratamento da candidíase

Sintomas

A candidíase se manifesta com sintomas, como alterações no fluxo vaginal, irritação, sensação de coceira e prurido ou ardor. Esses sintomas podem afetar tanto o interior como o exterior da vagina.

Em muitos casos, também há dor durante a micção e incômodos ou dores quando se têm relações sexuais.  No entanto, podem aparecer outros sintomas, como inchaço e vermelhidão vulvar, lesões por causa da coceira e presença de fluxo esbranquiçado, granuloso e praticamente sem odor.

Como diferenciar uma candidíase vulvovaginal de outras infecções?

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Existem outras infecções vaginais que são relativamente frequentes em idade fértil. Elas podem ser diferenciadas pela consistência do fluxo vaginal e seu odor.  Algumas dessas infecções são:

Vaginose bacteriana

Essa infecção é produzida por uma alteração da microbiota vaginal por bactérias como Gardnerella vaginalis, Prevotella e espécies de bacteroides.

A vaginose bacteriana é frequente na gravidez, assim como em mulheres que usam dispositivos intrauterinos e duchas vaginais ou que sofrem de estresse e passam por mudanças hormonais.  O fluxo na vaginose bacteriana apresenta um forte cheiro de peixe e sua consistência é viscosa de cor branca ou cinzenta.

Tricomoníase

Essa infecção é produzida pelo Trichomonas vaginalis e é uma doença de transmissão sexual. O fluxo vaginal, quando aparece nessa infecção, tem um cheiro incomum. A consistência é espumosa, transparente, branca, amarelada ou esverdeada.

Leia também: Remédios caseiros para as infecções vaginais frequentes

Tratamento da candidíase vulvovaginal

O tratamento dessa condição pode ser realizado de forma local por via vaginal e por via oral.  Assim então, o tratamento por via vaginal pode ser com clotrimazol 2% em forma de creme vaginal ou com óvulos de clotrimazol de 100 e de 500 mg.

Como coadjuvantes do tratamento ou para prevenir a candidíase vulvovaginal, podem ser indicadas combinações específicas de probióticos. É possível a aplicação tanto por via vaginal como por via oral.

O tratamento por via oral é com antifúngicos. Os mais usados são fluconazol e itraconazol.  Esses medicamentos podem provocar efeitos secundários como náuseas, vômitos ou diarreia.  Além disso, podem afetar a função hepática.

Medidas de higiene e prevenção

Algumas das principais medidas de higiene e prevenção para evitar a candidíase vulvovaginal são:

  • Em primeiro lugar, tomar probióticos quando estiver tomando antibióticos.
  • Também, manter uma higiene íntima adequada: evitando a umidade e secando bem a área.
  • Além disso, limpar a área genital e anal, sempre da frente para trás.
  • Por outro lado, trocar com frequência absorventes externos e internos. É aconselhável evitar o uso de absorventes internos se houver infecção.
  • Finalmente, usar roupa íntima de algodão.

Em conclusão, em caso de tratamento por candidíase vulvovaginal, tomar medidas de proteção nas relações sexuais. Paralelamente, também é aconselhável que ambos os membros do casal recebam tratamento.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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